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quarta-feira, 22 de março de 2017

LIVRO “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO”

Por Antonio Corrêa Sobrinho

O que dizer de “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO”, livro do amigo Ruberval de Souza Silva, obra recém-lançada, que acabo de ler, senão que é trabalho respeitável, pois fruto de muito esforço, dedicação; que é texto bom, valoroso, lavra de professor, um dizer eminentemente didático da história do banditismo cangaceiro na sua querida Paraíba. É livro de linguagem simples, sucinto e objetivo, acessível a todos; bem intitulado, pontuado, bem apresentado. E que capa bonita, rica, onde nela vejo outro amigo, o Rubens Antonio, mestre baiano, dos primeiros a colorizar fotos do cangaço! A leitura de “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO” me fez entender de outra forma o que eu antes imaginava: o cangaço na terra tabajara como apenas de passagem. Parabéns e sucesso, Ruberval!

Adendo: José Mendes Pereira

Eu também recomendo aos leitores do nosso blog para lerem esta excelente obra, e veja se alguns dos leitores  possam ser parentes de alguns cangaceiros registrados no livro do Ruberval Souza.

ADENDO -  http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Entre em contato com o professor Pereira através deste 
e-mail: 
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O MÁRTIR DE SERRITA

Escreveu: Francisco Alves Cardoso – 20/03/2017

A impunidade no Brasil já é um fato rotineiro, por isso os crimes mais brutais acontecem comumente e os praticantes recebem como prêmio a liberdade, revoltando os familiares das vítimas.

No município de Serrita, Estado do Pernambuco, em 08 de julho de 1954 o vaqueiro Raimundo Jacó foi mais uma vítima dessa brutalidade insuportável.

Era ele um destacado vaqueiro na região onde morava, no Sítio Lajes, onde trabalhava para um importante proprietário de fazenda.

Pelo patrão citado foi designado, juntamente com Miguel Lopes para pegar no meio da caatinga uma reis arisca e estimada. Ao final da tarde, o Miguel Lopes retornou à fazenda sem notícias do animal e Jacó não apareceu. No dia seguinte os demais vaqueiros foram em busca pela propriedade adentro e encontraram o corpo de Raimundo ao lado da reis, ainda amarrada, e o seu fiel cachorro latindo sem sair de perto do morto. Uma pedra manchada de sangue denunciava a covardia do assassinato.

Miguel Lopes foi processado, mas o crime foi arquivado caindo no esquecimento da justiça.

Jacó era primo legítimo de Luiz Gonzaga, que revoltado com a barbárie, criou a Missa do Vaqueiro, um dos maiores eventos culturais do Brasil.

O Parque Cultural O Rei do Baião, na Fazenda São Francisco, município de São João do Rio do Peixe-PB resolveu homenagear Raimundo Jacó, realizando a cada ano a Missa do Vaqueiro na abertura do tradicional Festival de Músicas Gonzagueanas (FESMUZA).

Neste ano de 2017, celebra o quarto ano de homenagens para os vaqueiros com realização da missa solene. O homenageado neste ano é o vaqueiro Guimarães, do município de Poço de José de Moura-PB, de saudosa e inesquecível memória.

A tradicional festa de Luiz Gonzaga acontecerá nos dias 19 e 20 de agosto. A tradicional Missa do Vaqueiro será coordenada pelo vaqueiro Fernando Amâncio, que faz parte da Diretoria do Parque, e será celebrada pelo bispo da Diocese de Cajazeiras-PB, Dom Francisco Sales.

O FESMUZA é uma das maiores festas brasileiras em homenagem a Luiz Gonzaga. Dentro da programação está a celebração da missa que relembra Raimundo Jacó, e que homenageia também todos os vaqueiros da região do Vale do Rio do Peixe.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CARRO DE BOI, RELÍQUIA DO BRASIL (I)

(Seriado em três crônicas) - Clerisvaldo B. Chagas, 22 de março de 2017 - Escritor Símbolo de Sertão Alagoano - Crônica 1.649

No Brasil, primeiro chegaram jumentos e cavalos com Martim Afonso de Souza em 1534, São Vicente, data que faz parte do Século XVI. Esses cavalos faziam parte do primeiro lote. Em 1535, chegou o segundo lote de cavalos e foi para Pernambuco. O terceiro lote de equinos chegou com o primeiro Governador-Geral do Brasil, Tomé de Souza (1549-1553), na Bahia, que também trouxe carpinteiros e carreiros para o fabrico do carro de boi. O burro somente surgiu em torno de 1700 (Século XVIII).

Divulgação. Encontro do Carro de Bois. Tapira, MG, 2014.

Depois das trilhas indígenas, cavalos e jumentos palmilharam muitas terras brasileiras como montarias e animais cargueiros, praticamente nas mesmas trilhas. O carro de boi, entretanto, como vimos, na mesma época, exigia estradas para o deslocamento em pequenas e longas distâncias transportando gente e mercadorias.

Devemos muito a esses três tipos de transportes que atuaram durante séculos e permitindo o Brasil de hoje. Mais tarde, a partir do início do Século XVIII, surgiram os burros usados em alguns países vizinhos, comprados e roubados por brasileiros. Contudo, seu uso em tropas, com o chamado tropeiro à frente transportando mercadorias, só veio a acontecer nos meados deste mesmo século. As tropas de burros ganhavam na rapidez do transporte e não exigia a largura de estradas exigidas pelo carro de boi. Este, porém, nunca deixou a opção de carregar mercadorias pesadas de todos os tipos e pessoas para os mais diversos eventos: novenas, feiras, festas em viagens curtas e longas. Levaram o progresso para o interior transportando dos navios para os sertões, ferramentas, tecidos, produtos industrializados e diversos objetos europeus. Do interior levavam para os portos fluviais ou marítimos: cachaça, rapadura, mel de engenho, cana-de-açúcar, cereais, queijos, carnes, couros e peles e tantos outros objetos de exportação.

Podemos afirmar com absoluta certeza que o carro de boi abriu estradas para os veículos motorizados de outrora.

Mesmo diante do modernismo atual, os tropeiros ─ no Nordeste chamados almocreves ─ jumentos e carros de boi continuam atuando em todo o País, mesmo reservadamente em fazendas e pequenas distâncias. Ainda existem fabriquetas de carros como antigamente, fazendo com que os artesãos demonstrem toda a perícia no fabrico. Diversos movimentos no Brasil, em Minas, Goiás, Alagoas, por exemplo, procuram preservar a arte promovendo eventos importantes como Procissão do Carro de Boi, Festival do Carro de Boi, concursos e tantas outras manifestações de carinho ao veículo que varou o tempo.

O trem de ferro e o caminhão foram aos poucos transformando o País dos carros de boi em frotas, dos jumentos em récuas, dos burros em tropas, até a chegada dos automóveis que definitivamente tomaram conta das estradas e não dão nem um fonfom buzinado para os que ─ para eles ─ são alienígenas.

·         Continua amanhã.

·         Jumentos. Vieram com Martim Afonso de Souza: 1534. São Vicente.
·         Cavalos. Primeiro lote com Martim Afonso de Souza: 1534.
                Segundo lote: Pernambuco: 1535.
                              Terceiro lote: Com Tomé de Souza (1549-1553) Bahia.                                 Primeiro Governador-geral. Sec. XVI.

·         Carro de boi. Veio com carreiros profissionais e carpinteiros com Tomé de Souza (1549).
·         Burros. Somente a partir de em torno de 1700, comprado e roubados dos vizinhos.

1.    Carro de boi. Absoluto nos séculos XVI (1500) e XVII(1600).
2.    Tropas de burro: meados do século XVIII (1700).


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CASCA DE PAU

*Rangel Alves da Costa

Zezim Bonome, famoso bebedor das ribeiras sertanejas, já cantava ao pé do balcão: Bebida pede um motivo e sem cachaça não vivo. Caço um motivo na hora, da saudade que arvora, da dor que não vai embora. Seja motivo verdadeiro ou não, o que importa é a intenção. E depois do copo virado outro motivo é achado e um novo copo emborcado. Então bote mais uma aí que eu tô é apaixonado.

Já Pé de Cana, cujo apelido já dizia bem o que mais gostava de fazer, chegava chorando no botequim pra todo mundo perguntar o que estava se passando e logo ele dizia: Joaninha das Cabaças me traiu, e veja que triste sina a minha. Pra não morrer de desgosto vim aqui pedi um lenço aos amigos. Mas como ninguém usa lenço, então prefiro uma relepada boa, uma cachaça de copo cheio que é pra ver se diminui a desdita da maldita.

Famosa era a toada ecoada por Zé das Quebranças toda vez que entrava no Gineta, um famoso botequim do passado sertanejo. Descendo o chapéu de couro no balcão antigo, logo entoava: Escute aqui ô Seu Né essa mágoa sertaneja. Dia e noite na peleja nesse sol que não troveja, tudo causa um sofrer que só me resta beber pra na vida ter prazer. Desce um copo bem cheinho que esse cabra tá doidinho e não quer enlouquecer.

E assim os copos são cheios, virados e revirados por esse mundão afora. Cada um chegando ao pé do balcão com seu motivo de beberança. Seja na alegria ou na tristeza, pelo prazer em beber ou pelo motivo da hora, a verdade é que a branquinha não deixa de ser virada. Então, o cabra chega ao pé do balcão e diz a escolha ou aponta o dedo. O vendeirim volta de litro à mão e despeja na medida. E o copo de pinga todo mundo já sabe como é: fundo encardido e o resto amarelado.

O copo é o que menos importa, pois é o sabor da pinga que mais interessa. Mas existem cachaças e cachaças, pinga de todo tipo. Tem gente que tanto faz beber uma destilada ou uma artesanal, tanto faz beber aguardente de rótulo como virar uma lapada de cachaça com raiz de pau. Gente assim não sabe nem beber nem escolher. O bom bebedor é fiel a uma marca ou tipo de bebida, nunca mistura no pé de balcão ou diz que tanto faz uma como outra.


O sertanejo, por exemplo, só bebe cachaça de rótulo se não houver a casca de pau, preparada no esmero. E quando se fala em preparo, logo se tem a pinga legítima, branquinha de engenho, despejada em litro e misturada ao que existe na vegetação ao redor. Casca de pau, raiz, folha, fruto, tudo serve como mistura. Mas a aceitação é maior quando a planta é conhecida por todos, assim como angico, bonome, aroeira, hortelã, quixabeira, umburana, cravo, cidreira, e muito mais.

Além disso, engana-se quem imaginar que beber cachaça matuta é apenas o ato de virar a dose goela adentro e acabou. Do mesmo modo, comete injustificável equívoco aquele que disser que a beberança da pinga do mato é igual a outra qualquer. A sabedoria sertaneja já disse que a cachaça matuta é tanto remédio como revigorante, é tanto expulsadeira de mazelas como chamadeira de apetite. Até mesmo os mais velhos dão uma bicada quando querem afoguear.

No mundo matuto, muitos são aqueles que chegam ao pé do balcão batendo na barriga e dizendo que ela anda meio roncadeira, meio desajeitada. Então pede, na dose, o remédio certo. Outros se previnem das consequências de uma comida pesada ou gordurosa com uma cachaça preventiva. Já outros até inventam desculpas para ter o copo cheio perto dos beiços. E se há umbu verde ao lado, perna de preá, caju ou qualquer frutinha azedada, então a dose se torna em beberança.

Como a cachaça com raiz, folha, semente, lasca ou fruto do mato, não deve ser vista como aquela destilada de fabricação em lote, o mesmo se diga com relação ao jeito de beber, ao modo de sorver cada tiquinho da branquinha de engenho misturado ao sabor da planta escolhida. Pinga de rótulo se bebe aos poucos, enquanto a casca de pau é virada de vez, mas sem se esquecer de oferecer um tiquinho ao santo beberrão lá embaixo.

Muitos podem ser os nomes para a mesma cachaça depois de misturada: casca de pau, raiz de pau, cachaça de mato, cachaça com casca ou raiz de pau. Nas prateleiras ou nos cantos dos velhos balcões, os sortimentos para a escolha perfeita. E muitas são as opções para a mistura da cachaça. Alguns vendeirins misturam a casca ou raiz com aguardente branca destilada. Contudo, a verdadeira cachaça matuta só presta com a pinga nova de engenho, branquinha e pura, ainda com o gosto da cana.

Conheço por que já bebi. E muito. Hoje troquei o bar por sorveteria, como diz a música.

Escritor
Membro da Academia de Letras de Aracaju
blograngel-sertao.blogspot.com


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UM NOVO LIVRO ESTARÁ

Por Verluce Ferra

Saindo de um casamento frustrado, Maria de Deia (Maria Bonita) busca um homem para sua convivência; o Zé de Neném (o sapateiro com quem se casou) não é capaz de a fazer feliz - Zé, o sapateiro, foi casado com Maria Bonita e depois da separação vai juntar-se a outras mulheres, mas nunca suas relações amorosas deram certo. Maria Bonita larga o marido e vai juntar-se a Lampião; homem de quase 1,90m de altura, vaidoso, valente e matador. 


Ele cuidará do grupo de homens e ela assume a tarefa de cuidar das mulheres - que entrarão para os bandos lampiônicos.

Isso e mais outros detalhes você encontrará em "Dos mitologemas na imortalidade do passado lampiônico...", que trata da Psicologia do Cangaço.

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ANOS REBELDES.

Por Adilson Costa

Toma essa, Brasil! Exclamava Emerson Fitipaldi na sua primeira conquista da fórmula 1, de um Brasil que ainda respirava amordaçado pela censura a toda a nação enferma e impedida de fazer grandes voos...

Sílvio Santos e Chacrinha reuniam multidões em suas caravanas, enquanto que o rei Roberto já começava a colecionar os louros de uma carreira de superestrela! Eram tempos de festivais, onde um jovem ganhador, que atendia pela alcunha de Chico, abriu mão da primeira fila dos artistas premiados em favor de outra pérola de nossa MPB, a famosa “Disparada” na voz do eterno Jair Rodrigues, cada qual ficando com uma banda da premiação maior, enquanto que o cinema novo prosseguia a todo o vapor, sob a liderança de um jovem ousado e gênio, que precisaria apenas de uma ideia na cabeça e uma câmera na mão (Mas não na mão de qualquer um), na mão de um Glauber Rocha, rebelde e único.

Tempos de tropicália, com uma proposta de abrasileirar a nossa arte e tempos de uma bossa nova que começaria a importar e mostrar para o mundo o que de melhor teríamos, além de uma jovem guarda puxada por nosso rei Roberto Carlos e as namoradinhas dos domingos à tarde nas nossas tv’s em preto e branco.

Tempos de verdadeiros Golias, Mazzaropi, Grande Otelo e Oscarito, deixando um inestimável legado a tantos outros, também grandes, como um Chico Anísio, Jô Soares e a grandes trapalhões de nossas noites dominicais, tempos do Pasquim, Raul Seixas, Elis e Tom, Luiz Gonzaga, Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto e Ângela Maria, dentre tantas outras estrelas de não menos brilho e grandeza... Tempos de um anjo de pernas tortas que redesenhou a arte de encantar o público com os seus pés mágicos, passando por um Rivelino, Jairzinho, Zito, Coutinho e um jovem que iria ter o mundo às suas mãos, quer dizer, aos seus pés, Edson Arantes do Nascimento entre milhares e um PELÉ sem ninguém à sua sombra!

Tempos de protestos, resistências e esperança num planeta mais justo e acolhedor, de uma nova reedição da batalha bíblica entre um Davi e Golias, na sangrenta guerra do Vietnam! Dos Hips, Hare Krishna e outros tantos novos talentos, enfim, um tempo que trouxe consigo retrovisores para que pudéssemos sempre rever a nossa história sem precisarmos olhar para trás...

Adilson Costa 25/09/2016

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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DR MANELITO VILAR - A UNIVERSIDADE DO MANDACARU


Meus Prezados,
Não deixem de assistir a entrevista até o seu final. Vale a pena!

A convivência com o semiárido é a saída para um Nordeste mais justo e solidário!

Abraços!
João Suassuna

http://www.youtube.com/watch?v=HSH048zDRac&feature=share


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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MARÇO DE 1924 - COMBATE DE LAMPIÃO NA SERRA DO CATOLÉ, EM SÃO JOSÉ DO BELMONTE - PE.

Por Valdir José Nogueira pesquisador e escritor

Março de 1924 - Combate de Lampião na Serra do Catolé, em São José do Belmonte - PE. 


Lampião é gravemente ferido no pé sendo cuidado pelo Dr. José Cordeiro e pelo Dr. Severino Diniz da cidade de Triunfo - PE. 

A pedido do padre Zé Kerlhe ele pensou em se entregar para a polícia mas depois voltou atrás e continuou no cangaço.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?fref=ts

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NOVO LIVRO NA PRAÇA...! PADRE CÍCERO, LAMPIÃO E CORONÉIS

Autor: Daniel Walker.

A vida política de Padre Cícero é tão importante quanto a sua vida religiosa, pois ambas foram polêmicas. Como religioso ele esteve sempre às turras com as autoridades eclesiásticas, que o censuravam por causa da questão do milagre da hóstia; como político ele sempre procurou manter uma conduta de harmonia e paz, embora isso em alguns momentos não tenha sido possível. Na verdade, ele nunca quis ser político, como explicou no seu Testamento.

Sua opção pelo caminho sinuoso da política se deu de forma circunstancial e isso foi explorado de várias maneiras pelos seus biógrafos, não havendo ainda consenso. Diante do que foi publicado até hoje, dá para perceber que ninguém acredita na explicação dada por ele mesmo. E não poderia ser diferente, pois em se tratando do Padre Cícero tudo é controverso. Sua vida, tão cheia de ambiguidade, jamais deixará de ser dissecada pela caneta dos seus biógrafos, cujos trabalhos já renderam uma bibliografia com mais de 500 títulos.

Neste trabalho, minha análise da vida política do Padre Cícero está baseada em dois eventos significativos e polêmicos: a outorga da patente de Capitão a Lampião (1926) e o Pacto dos Coronéis (1911). 

Segundo os pesquisadores a vida política do Padre Cícero só foi tumultuada porque colada a ela, como uma espécie de alter ego, esteve a figura emblemática do médico baiano adotado pelo Juazeiro, Dr. Floro Bartholomeu da Costa. Este estudo deixa evidente que a vida política de Padre Cícero está intrinsecamente ligada à de Floro, mas realmente era o médico baiano quem de fato articulava ou maquinava tudo com ou sem o consentimento do Padre Cícero.

Foi ele, com habilidade e astúcia, quem colocou Padre Cícero no miolo da política cearense, despertando contra o ingênuo Padre novato em política todo o rancor dos adversários. E como Padre Cícero pagou caro por isso! A vida política do Santo dos Nordestinos é o retrato mais fiel da sua transição de reverendo a lutador, fato notório que se repetiu em mais dois fenômenos igualmente polêmicos: sua participação no movimento de emancipação política de Juazeiro (1911) e na Sedição de 1914.

Daniel Walker, pesquisador e escritor 
Juazeiro do Norte, Ceará
NOTA: O livro está à venda ao preço de R$ 30,00 com frete grátis. Pedido diretamente ao autor pelo e-mail: 

professordaniel@hotmail.com.br 
ou celular/WhatsUpp 98835 6303 
Ou no Sebo Alan Poe - Solaris. 
Rua Av. Padre Cícero, 1227 - Centro, Juazeiro do Norte - CE E ainda: 
Coelhos Hotel. Rua do Cruzeiro/Praça Padre Cícero. Banca de Revistas de César. Praça Padre Cícero..


OBS: Matéria compilada de http://cariricangaco.blogspot.com.br

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DESAMADOS.

Por José Ribamar Alves

Bem no âmago de um ermo sem vestígios
Encontrei uma flor descolorida
Esperando uma esmola de carinho
Pelos lábios do tempo prometida.
Tive dó e pra ela perguntei:
Não percebes em mim, que já cansei,
De esperar por aquilo que esperas?
Respondeu-me que sim, um tanto triste.
Percebi que lugar nenhum existe
Para nós no jardim das primaveras.

Apossei-me do rumo do diálogo
E falei para aquela triste flor:
Somos filhos carnais da desventura
Tatuados na alma pela dor.
Pelo júri da sorte condenados
Na tribuna real, pelos pecados
Que nem tempo tivemos de compor.
Submissos às leis irrevogáveis
No porão dos martírios miseráveis
Sem os mimos da luz do sol do amor.

E um pouco do líquido H2O
Sobre os lábios da flor impregnei-o
E a última gotícula de essência
Que havia naquela flor me veio.
Na savana escarpada da tristeza
Sem auxílio nenhum da natureza
Por mão própria, trazido ao nosso meio,
Concordamos à sombra dos fadários
Que da falta de amor aos solitários
O espírito do mundo vive cheio.

(José Ribamar Alves)

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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BILLY CHANDLER, O FORASTEIRO

Por Geziel Moura

Se alguém perguntasse, sobre que livro, da saga de Lampião, eu recomendaria para o leitor inicial, aquele que seria a primeira leitura, deste hipotético leitor, não teria dúvida, apontaria o "Lampião, o Rei dos Cangaceiros" do estadunidense Billy Jaynes Chandler, e os critérios da minha escolha, vão permear nas seguintes noções:


O texto de Chandler reúne, na minha visão, aquilo que captura qualquer leitor da história, em particular do cangaço, ou seja, a pesquisa analítica, com formidável triangulações de fontes, o que favorece a credibilidade de seu trabalho, tornando-o coerente e lógico, aliado a isto, excelente estilo e estrutura textual, o que permite a compreensão de suas narrativas, sem deixá-lo medíocre e/ou simplório.

Do ponto de vista da pesquisa, ela foi realizada entre os anos de 1973 e 1975, podemos considerar como de lavra acadêmica, primeiro, porque o movimento que o autor fez em sua produção, é tipicamente de pesquisador que persegue o método científico, e segundo, por ele está vinculado à instituições de pesquisas daquele país. É notório no livro, a vasta publicidade de referências de fontes utilizadas, amplamente usual, por pesquisadores, de tais nichos de produções.


O livro oferece aos seus leitores, além de informações sobre diversos episódios da saga de Virgolino (Queimadas, Mossoró, Serra Grande, Angico, dentre outros), análises interessantes, sobre o perfil dele e de outros cangaceiros e os contextos históricos, que estavam inseridos, não se trata de trabalho meramente de transcrição, e para isto, utilizou-se de entrevistas, e pela minha contabilidade, com cerca de 50 sujeitos que de uma forma ou de outra, estavam ligados ao cangaço lampiônico, além, dos principais jornais do nordeste, que noticiaram, as peripécias do capitão Virgolino e seus companheiros, buscou, ainda, os principais livros biográficos, daquele chefe cangaceiro, e arrematou com a leitura de artigos, documentos e trabalhos publicados sobre o tema.

Com Billy Chandler e a leitura de "Lampião, O Rei do Cangaço" aprendi que a história do cangaço, ou outra qualquer, não tem dono, naturalidade, nacionalidade e nem forasteiros, que esta não foi concluída, visto que, continua sendo fabricada, em todos os ambientes, nos cordéis, cantadores de feiras, oralidade, memória, imagens, publicações, filmes, teatros e até na academia, e que a feitura de trabalho literário de qualidade, está relacionada com a pesquisa séria, o método científico e principalmente, com a originalidade e criatividade do autor, preceitos que o brasileiro e nordestino Frederico Pernambucano de Mello, por exemplo, realiza de forma contumaz.

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DIVA HUMANA.

Por José Ribamar Alves

Saibas que és uma rosa
No jardim da minha vida, 
Além de linda, cheirosa, 
Por mim jamais esquecida. 

Eu desejaria ter-te 
Para poder abraçar-te, 
Mas não queria perder-te 
Porque nasci para amar-te. 

Não tens o mérito de Santa, 
Mas tens fragrância de flor. 
És a sereia que canta 
Nos verdes mares do amor. 

Quisera te ver querer-me 
Em teus braços cativantes, 
E a sós ver-te fazer-me 
Feliz por alguns instantes. 

Diva humana, tu és 
Atraente como os mares, 
Ser que me curva a teus pés, 
Origem dos meus cantares. 

Fizeste-me gostar de ti, 
Adoro-te de mil maneiras. 
Pra amar-te estou aqui, 
Embora tu não me queiras. 

Torno-me meigo e galante 
Por teus lábios tão risonhos. 
Sinto-me feliz diante 
De ti, mulher dos meus sonhos.


José Ribamar Alves
Mossoró-RN- 2017

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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EX-CANGACEIRA " SILA "...

Por Voltaseca Volta

EX-CANGACEIRA "SILA"... pouco depois que chegou em São Paulo-SP, ao se formar no curso de corte e costura ...

Ela chegou a trabalhar na Tv-Bandeirante, como costureira e, outras empresas. Para os padrões da época era uma mulher muito bonita.

Casada com o ex-cangaceiro ZÉ SERENO, teve 03 filhos: Ivo, Wilson e Gilaene.

Foto: compilada do livro "Sila - Memória de Guerra e paz"

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ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA


C O N V O C A Ç Ã O

A Diretoria da Associação dos Docentes da UERN – ADUERN/Seção Sindical do ANDES/SN, no uso de suas atribuições legais e regimentais, CONVOCA todos os professores da UERN para participarem da Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará na Área de Lazer Prof. FRANCISCO MORAIS FILHO, no dia 24 de março de 2017, sexta-feira, em primeira convocação, com 20% do número de sindicalizados, às 08:30 horas, em segunda convocação com 10% do número de sindicalizados, às 08:45 horas, ou, em terceira e última convocação, com qualquer quorum, às 09:00 horas, oportunidade em que será apreciado o seguinte ponto de pauta:

1.  CAMPANHA SALARIAL
2.  ESCOLHA DE REPRESENTANTE DOCENTE NA CATEGORIA AUXILIAR PARA A COMISSÃO PERMANENTE DE PESSOAL DOCENTE - CPPD

Mossoró (RN), 22 de março de 2017
Prof. Lemuel Rodrigues da Silva
Presidente
Jornalista
Cláudio Palheta Jr.
Telefones Pessoais:
(84) 88703982 (preferencial) 
Telefones da ADUERN: 
ADUERN
Av. Prof. Antonio Campos, 06 - Costa e Silva
Cep: 59.625-620
Mossoró / RN
Seção Sindical do Andes-SN
Presidente da ADUERN
Lemuel Rodrigues

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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A MORTE DE LAMPIÃO EM ANGICOS (SOUS-TITRES EN FRANÇAIS)

https://www.youtube.com/watch?v=L63u0izlTMw

Publicado em 26 de ago de 2016
La mort du cangaceiro Lampião, à Angicos, état de Sergipe, Brésil.
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EM 21 DE MARÇO DE 2016

Por Lindomarcos Faustino

EM 21 DE MARÇO DE 2016 - Acontecia um fato triste em Mossoró, a morte do policial Wildney Alves de Andrade, aos 34 anos de idade, quando reagiu um assalto, no 3° Ofício de Notas (Cartório), situada na Rua Santos Dumont, no Centro de Mossoró e foi sepultado no Cemitério Novo Tempo, nesta cidade, acompanhado por sua família e militares. 

Ele nasceu no dia 01 de setembro de 1981, na cidade de Mossoró; filho de Geraldo de Andrade e Nazarena Alves de Andrade. Era casado com Surama Alves de Andrade e era pai de três filhos: Wesley Samuel, William Henrique e Wiklefer Pietro. 

Ainda jovem prestou vestibular na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN para o curso de História, onde foi aprovado e concluiu o mesmo. Ainda exerceu atividades de Agente Comunitário de Saúde até o seu ingresso na Polícia Militar do RN, em 2009. 

Na corporação militar atuou predominantemente no setor ostensivo com passagem pela Força Tática e Esquadrão de Polícia Montada, a Cavalaria do 12º BPM/RN.

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