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quinta-feira, 30 de março de 2023

DE VOLTA AO CEPINHA

Clerisvaldo B. Chagas, 31 de março de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.855

o sucesso do “Café Filosófico”, promovido pelo Departamento de Cultura, em sua casa, veio um honroso convite para uma palestra na Escola Estadual Prof. Aloísio Ernande Brandão, o famosíssimo “Cepinha”. No café, foi lançado o livro documentário, “Canoeiros do Ipanema” e que também será relançado para professores e alunos do Cepinha, no encontro agendado para o dia 20 de abril, ocasião em que estaremos falando sobre Santana do Ipanema. Estamos ainda na primeira fase do entendimento e não temos certeza se será uma palestra ou uma ampla entrevista pela plateia, modo da minha atual preferência. De qualquer maneira é um prazer enorme retornar àquela casa onde encerrei a minha carreira de Magistério.

CENTRO DE SANTANA (FOTO: B. CHAGAS).

Antes de tudo, o Cepinha era apenas uma oficina da Escola Estadual Deraldo Campos... Uma carpintaria onde os alunos aprendiam arte e tinham a assistência do profissional Abelardo, marceneiro que ali trabalhava pelo estado. Até hoje existe a lembrança forte da saudosa professora “Dodôra” que ministrava essas aulas de Educação Artística prática e fumava bastante. A carpintaria foi perdendo força como tal e passou a ser a base de fundação da Escola Estadual Prof. Aloísio Ernande Brandão e que permaneceu com o mesmo apelido de antes e muito mais conhecida assim. A homenagem ao professor pela sua morte precoce, foi justíssima, mas achamos que deveria haver pelo menos uma sala com o nome da professora Dodôra que também partiu precocemente pelas ações do cigarro.

E para concluir, voltamos a lamentar a localização das três grandes escolas estaduais dentro duma área plana mas, insalubre, dominada pelas grandes enchentes do riacho Camoxinga, afluente do Ipanema. Ao lado das escolas, está o enorme terreno federal, desocupado, abandonado, não saneado aonde as águas de minação descem noite e dia vindo das partes altas (Rua das Pedrinhas) e imediações da COHAB NOVA. E os três colégios: Laura Chagas, Mileno Ferreira e Ernande Brandão estão no antigo entulho formado a milhares ou milhões de anos pelo bravo riacho Camoxinga. E desde há muitos anos quando as chuvas derrubou parte da murada que cerca as três escolas, que o abandono do terreno, com a parte caída ampliada não é coisa bonita de se vê.

Amor às coisas públicas?

Quem ama cuida!

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EM MEIO À DOIS FILHOS DO EX-CANGACEIRO BALÃO II (GUILHERME ALVES DOS SANTOS).


Fotografia registrada na cidade paulista de Itaquaquecetuba durante visita realizada no último dia 24 de março de 2023.
Iolanda Alves e Juscelino Alves, dois dos vinte e cinco filhos de Balão.

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NÃO DEI O VERDE A FLORESTA

Por José G. Diniz

Não dei o verde a floresta
Nem o branco para a goma
Não dei o amarelo ao ouro
Nem o escuro para o puma
Não dei o azul para o céu
Nem sentenciei ao réu
Não atei fogo em Roma.

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JESUS AJUDE-NOS!

Por Hélio Xaxá


Nesses tempos loucos em que vivemos
Todo dia é sempre dia de provações
Apesar das negativas que recebemos
Fique de pé, a fé deve superar as decepções...
Jesus... Jesus...
Ajude-nos!
Na cidade grande, violência e desemprego
Nos campos, a seca e a fome
Esquecido na alegria, lembrado no desespero
O mundo se agita e grita o seu santo nome...
Jesus... Jesus...
Ajude-nos!
A vida por vezes pode parecer ingrata
Mas não podemos nunca desistir
A recompensa do Céu não vem em prata:
É um tesouro que o ouro não pode cobrir...
Jesus... Jesus...
Ajude-nos!
Se você se sente perdido e sem esperanças
Amargurado, sofrendo todo tipo de privações
Desemprego, fome; choro de mulher e crianças
Não se desespere, se apegue às suas orações.
Jesus... Jesus...
Ajude-nos!

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A FALSIDADE E A COVARDIA SEMPRE FIZERAM PARTE DA CONDUTA HUMANA DESDE OS TEMPOS MAIS REMOTOS E TAIS ATITUDES FORAM RESPONSÁVEIS...

Por Geraldo Júnior

... pelo declínio de poderosos reinos e nações, assim como pela queda de formidáveis personagens da nossa antiga e recente história... como foi o caso de Lampião.
Lampião, que apesar da vida cangaceira que vivia, passou por várias situações extremas, cujos desfechos por pouco não terminaram em tragédia, após ter sido traído por aliados próximos a ele e por diversas vezes conseguiu se safar por causa de sua coragem, astúcia e experiência na lida da canga. Sendo a sua morte fruto de uma traição, ainda que de forma involuntária, por parte de um de seus coiteiros de maior confiança na região que envolve os municípios de Piranhas no estado de Alagoas e Poço Redondo (Porto da Folha) no estado de Sergipe.


Após a morte de Lampião alguns de seus comandados mudaram de lado e passaram, ingressados na polícia, a perseguir os antigos companheiros de cangaço, como foi o caso de Manoel Pereira de Azevedo o Jurity II, entre outros, que auxiliou as Forças Volantes na caçada e foi o responsável pela delação da existência de Expedita Ferreira, filha do casal Lampião e Maria Bonita, que foi deixada pelos pais aos cuidados do casal Manuel Severo e Aurora moradores da região de Porto da Folha no estado de Sergipe. Sendo essa atitude de Jurity II uma das mais desprezíveis que foram praticadas após a morte do chefe-cangaceiro. Jurity que tempos depois obteve a anistia governamental e saiu da região de conflito, retornando anos depois para o sertão sergipano, onde foi preso na Fazenda Pedra D'água em Canindé do São Francisco e levado para o município de Poço Redondo, ambas cidades sergipanas, onde foi lançado ainda vivo dentro de uma fogueira. Terminando seus dias de forma trágica a exemplo de suas vítimas.
Por outro lado temos exemplos de extrema dignidade e fidelidade ao antigo chefe-mor do cangaço, como foi o caso do cangaceiro Vila Nova IV (Iziano Ferreira Lima), que após ter se entregado à polícia em troca da prometida anistia, passou por terríveis espancamentos e torturas nas mãos da polícia por se recusar a delatar antigos coiteiros e a perseguir seus antigos companheiros que naquela ocasião ainda permaneciam procurados pela "justiça". Apesar de toda a violência sofrida Vila Nova sobreviveu ao cangaço e tomou destino ignorado, demonstrando através de sua postura que mesmo no mundo do crime existem elementos confiáveis e dignos, ainda que para com os seus pares.
Na fotografia que ilustra essa matéria aparecem os cangaceiros Jurity II (Esquerda), Vila Nova IV (Centro) e o velho e famígerado Lampa na extrema direita.
Garranchos e emaranhados de palavras: Geraldo Antônio De Souza Júnior

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ADQUIRA ESTA OBRA...

 

Capa da nova edição

Não deixa passar esta oportunidade. Adquira-o com o professor Pereira através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

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JOSÉ PEREIRA LIMA NETO

 Por José Tavares de Araújo Neto

José Tavares de Araújo Neto e José Pereira Lima Neto

José Pereira Lima Neto, o nome dispensa apresentações: Ele é neto do coronel José Pereira, de Princesa, uma das personagens mais marcantes dq história do Nordeste brasileiro.

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ESTE LIVRO DE 1952 É A PRIMEIRA BIOGRAFIA DO REI DO BAIÃO...

Acervo do Kydelmir Dantas

José Praxedes Barreto - Zé Praxédi. O poeta- vaqueiro, 1º biógrafo de Luiz Gonzaga, faleceu em 1983 ou 1982 ( 16 de março)?

Zé Praxedi - Café Filho - Câmara Cascudo

Zé Praxédi nasceu no Município de Cerro - Corá ( RN), em 15 de novembro de 1916.

Considerado por muitos como o sucessor de Catulo da Paixão Cearense. Ficou conhecido como o poeta vaqueiro. Compositor, intérprete, escritor e poeta.
Em 1950 mudou-se para o Rio de Janeiro. Dois anos depois escreve a primeira biografia do rei do Baião, Luiz Gonzaga. Em 1951 apresentou recital no Teatro Copacabana ( RJ) sob o patrocínio do então vice-presidente da República Café Filho.

Câmara Cascudo é o prefaciador da primeira biografia do Luiz Gonzaga. A relação do polígrafo Câmara Cascudo com a música dos vaqueiros, modinheiros e cantadores populares é visceral e perpassa toda a sua obra. Cascudo foi um pianeiro tocador de ouvido. Essa sua faceta foi explorada inicialmente pelo escritor potiguar e tocador de violino Gumercindo Saraiva , que escreveu um livro sobre o musicólogo Cascudo; “Cascudo um Musicólogo Desconhecido” (1969).

Gumercindo também foi compositor e compôs com o poeta vaqueiro Zé Praxedi a modinha “Minha Natal”. José Praxédes Barreto -Zé Praxedi – escreveu em versos a primeira biografia do Rei do Baião. O livro do poeta norte-rio-grandense foi publicado há 60 anos e reeditado em edição facsimilar pelo Sebo Vermelho de Natal – RN, em 2012. O livro “Luiz Gonzaga e outras poesias” do Zé Praxedi teve o prefácio de Luiz Gonzaga e apoio do vice-presidente da República, o potiguar João Café Filho. Foi publicada pela Continental Artes Gráficas, de São Paulo – SP, em 1952. José Praxedes Barreto – o Zé Praxedi – nasceu em 15 de Novembro de 1916 na fazenda ‘Espinheiro’, município de Currais Novos, atualmente Cerro Corá (RN), e faleceu no Rio de Janeiro em 16 de março de 1982. Compositor, intérprete, escritor, poeta, radialista, cordelista e jornalista. Atuou muito tempo na famosa Rádio Nacional, onde apresentava o programa “Sertão é assim”, título de um outro livro escrito com sua pena matuta.

Cascudo escreveu: “o que ele disser é diretamente nascido das melhores águas e da mais pura das fontes populares. Está impregnado no sentido, na essência, do sangue da tradição popularesca.”

O livro do Poeta Vaqueiro é composto de vários poemas, com destaque para “Luiz Gonzaga.”

“Meu nome é Luiz Gonzaga,
Não sei se sou fraco ou forte,
Só sei que graças a Deus,
Té pra nascer tive sorte,
Após nasci em Pernambuco
Fanmôso Leão do Norte.
Nas terras de Novo Exu,
Da fasenda Caiçara,
Im novecentos e dôze,
Viu o mundo a minha cara.
No dia de Santa Luzia,
Purisso é qui sô Luiz,
No mêz qui Cristo nasceu,
Purisso é qui sô feliz.
Lá nas terras im que nasci
Só tem valô o vaqueit,
o home para sê libérto
Precisa ser cangaceiro
mas meu pai, graças a Deus
E um grande sanfoneiro!

O SERTÃO É ELE

A relação de Luis da Câmara Cascudo com o Rei do Baião, Luiz Gonzaga nascido no dia de Santa Luzia, não ficou só nesse prefácio a esse livro pioneiro. Em 1973, o musicólogo Cascudo escreve um texto primoroso para a contracapa do LP “Luiz Gonzaga.”.

Luiz Gonzaga é uma legitimidade do sertão. Sua inspiração mantém as características do ambiente poderoso e simples, bravio e natural, onde viveu. Não imita. Não repete. Não pisa rastro de nome aclamado. É ele mesmo, sozinho, inteiro, solitário, povoando os arranha-céus com as figuras imortais do Nordeste, ardente e sedutor, fazendo florir cardeiros e mandaracus, levantando o mormaço dos tabuleiros através das cidades tumultuosas onde permanece.

Fui menino do Sertão, 1909 – 1913. Tenho na memória o timbre das grandes vozes infatigáveis, ímpeto das guerrilhas no açodamento dos “crescendo”, nasalamente infalível na modulação para fechar na dominante. Sertão sem rodovias, luz elétrica, gasolina. vaqueiros, cantadores, romeiros do São Francisco do Canindé, Juazeiro, Santa Rita dos Impossíveis. Poeira heróica das feiras e vaquejadas. Viola do rojão de dois- por- quatro, sanfonas de oito baixos, pobreza milionária na emoção irradiante, inexplicável alegria das coisas suficientes.

Luiz Gonzaga é um documento da Cultura Popular. Autoridade da lembrança e idoneidade da convivência. A paisagem pernambucana, águas, matos, caminhos, silêncio, gente viva e morta. Tempos os idos nas povoações sentimentais voltam a viver, cantar e sofrer quando ele põe os dedos no teclado da sanfona do feitiço e da recordação.

Não posso compará-lo a ninguém. Luiz Gonzaga é uma coordenada humana que as ventanias urbanas fazem vibrar sem modificação. Não é retentiva, artificialismo, sabedoria de recursos mentais “ aproveitando” o Sertão. Ele próprio é a fonte, cabeceira e nascente de suas criações. SERTÃO É ELE, como a Bretanha está no bretão e a Provença em Mistra. Bem logicamente, a sua terra muda a fisionomia pela mão de ferro do Progresso. Técnicas, maquinas, combustíveis, sonhos novos. Mas, pelo lado de dentro, o Homem não muda, como a sucessiva aparelhagem em serviço do seu interesse. Luiz Gonzaga, presta-nos, a nós, devotos das permanentes culturas brasileiras, a colaboração sem preço de uma informação viva, pessoal, humana.

Sanfoneiro do Sertão, brasileiro do Brasil, os que amam terra e gente nativa te saúdam na hora em que tua voz se eleva, vivendo a sensibilidade profunda da tu´alma sertaneja …

Um poema para Luiz Gonzaga / Damata Costa

A terra é exsicada
E ele o nosso rapsodo
O chão partido curtido
Por cactáceas
Ser tão forte de
Beatos e cangaceiros
Milagres de Santa Luzia
Cantadores, sanfonas, violeiros
E Juazeiros
Salve meu Sertão
Luiz
Lua
Gonzaga
de Pai a Fio e Vô
respeita
Januário
Gonzagão
Gonzaguinha
João da Mata Costa

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PROCISSÃO - LUIZ GONZAGA E CHICO BUARQUE

 Acervo do Kydelmir Dantas

https://www.youtube.com/watch?v=h4qIBIj3Um0&ab_channel=EstudioCase

Procissão - Luiz Gonzaga e Chico Buarque - CD Mestre Lua Duetos

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MEU REMÉDIO É A DOUTORA - PAULO DE IGUATÚ - CANTA: JOSÉ DI ROSA MARIA

 Por José Di Rosa Maria

https://www.youtube.com/watch?v=hWfWVpBOqbI&ab_channel=Jos%C3%A9DiRosaMaria

Acompanhamento: Macote

https://www.facebook.com/jose.ribamar.3939

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"O CABOCLO MARCOLINO TINHA OITO BOI ZEBÚ. UMA CASA COM VARANDA DANDO PRO NORTE E PRO SUL. SEU PAIOL TAVA CHEINHO DE FEIJÃO E DE ANDÚ. SEM CONTAR COM MAIS UNS COBRES LÁ NO FUNDO DO BAÚ. MARCOLINO DAVA TUDO POR UM CHEIRO DE XANDU" (LUIZ GONZAGA / HUMBERTO TEIXEIRA).

Por Geraldo Antônio De Souza Júnior

Quem nunca ouviu a canção Xanduzinha de autoria de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira que se tornou mundialmente conhecida através do velho Lua (Luiz Gonzaga)?

Pois bem! Estive em diversas ocasiões em visita ao povoado de Patos de Irerê que atualmente está anexado ao município paraibano de São José de Princesa e que antigamente pertencia ao histórico município de Princesa. Local de inúmeros acontecimentos envolvendo a história paraibana, cangaceira e nordestina. Reduto do célebre Marcolino Pereira Diniz que foi um dos grandes aliados de Lampião em toda a sua história. Marcolino que era filho do coronel Marçal Florentino Diniz e cunhado do coronel Zé Pereira de Princesa e ao qual prestou seus "serviços" durante a Revolta de Princesa, que como todos sabem. foi uma revolta armada estabelecida pelo potentado coronel Zé Pereira (José Pereira Lima) contra o governo estadual da Paraíba liderado pelo então Governador João Pessoa em virtude dos altos impostos cobrados nas fronteiras fiscais do estado, culminando na morte de inúmeros soldados e revoltosos. Fato ocorrido no ano de 1930.

A fotografia que ilustra essa matéria foi registrada no interior da Capela de São Sebastião que fica localizada no povoado de Patos de Irerê, onde está sepultado o célebre casal Marcolino e Xanduzinha. Os corpos do casal encontram-se sepultados abaixo do salão da capela em frente ao corredor principal de acesso ao altar.

Mais um registro para a história.

Obs: Visita realizada em setembro de 2021.

Agradecimentos especiais aos amigos João Alberto Florentino Antas Diniz (Patos de Irerê) e Emanuel Arruda (Princesa/PB).

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EX-CANGACEIROS DEPOIS DO CANGAÇO | CNL | 1281

Por O Cangaço na Literatura

https://www.youtube.com/watch?v=kL__3LMkWFY&ab_channel=OCanga%C3%A7onaLiteratura

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