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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Novo livro na praça - Lampião em Alagoas

Autores: Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Fausto

O livro tem 468 páginas.

Preço R$ 55,00 (Cinquenta e cinco reais) com frete incluso, para todo o Brasil.
Onde comprar?
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Professor Pereira 
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 (83) 9911 8286 (TIM) - (83) 8706 2819 (OI)

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O Paraíso dos Mossoroenses II - 01 de Fevereiro de 2013

Por: Geraldo Maia do Nascimento
Geraldo Maia e Dr. Vingt-un Rosado

Tibau está localizada na região litorânea do Médio Oeste Potiguar, na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará. É, como se diz, o paraíso dos mossoroenses. E a paixão dos mossoroenses por essa praia vem de longos anos. Através de velhos jornais locais, existentes no Museu Municipal, colhemos notícias que datam do início do século passado. O professor Vingt-un Rosado, através de seus escritos, nos revela depoimentos de pessoas que conheceram Tibau em épocas passadas. Dessas informações tiramos fragmentos que nos permite conhecer um pouco da história antiga de Tibau.



Ficamos sabendo, por exemplo, que em 1908 mantinham casas em Tibau os seguintes cidadãos: Major Migas, que tinha uma pequena bodega para fornecimento de gêneros de primeira necessidade; Dr. Almeida Castro, que era médico em Mossoró; o Major Zeta Cavalcanti e o farmacêutico Jerônimo Rosado. Sobre Jerônimo Rosado há um depoimento bem interessante. Seu Rosado, como era mais conhecido o farmacêutico, era pai de “numerosa e numerada família”, no dizer do seu filho mais novo Vingt-un Rosado. Consta que todo ano ele fretava 2 carros de boi puxados cada um por 4 parelhas, colocavam cuidadosamente todos os seus familiares e saiam em demanda da praia de Tibau onde passavam grande temporada. Os carros, que eram cobertos com couro de boi espichados para fazer sombra sobre a meninada que enchia o lastro dos carros, saíam cantando e rodando lentamente pelo areial, numa jornada que levava até dois dias para chegar ao final. Seu Rosado saia de Mossoró pela madrugada, dormia em Gangorra para no outro dia alcançar Tibau. A casa da praia era pequena, de piso batido e coberta com palha. E por passarem ali grande temporada, como já foi dito, Seu Rosado levava uma professora que lá se encarregava de ministrar os conhecimentos referentes ao curso primário a meninada. A professora em questão era Dona Lutgardes Guerra, que era filha de Felipe Guerra.
               
Por volta de 1918 e 1919 foram construídas várias casas na chapada do morro dentre as quais achava-se a de Antônio Florêncio de Almeida e o afamado chalé de Delfino Freire, todo construído em madeira, pregada a pregos de cobre, plantada em cima da pedra do chapéu, na divisa natural do Rio Grande do Norte com o Ceará. “Seu” Delfino era grande comerciante em Mossoró.
               
Por volta de 1926/1927 foi construída a Capela de Santa Terezinha, onde foi celebrada a primeira missa pelo Padre Manoel Barreto.
               
A estrada de rodagem Mossoró-Tibau foi construída em 1932 pela Associação Comercial de Mossoró, que tinha como superintendente o Sr. Alfredo Fernandes. Os recursos havia sido adquiridos pela Associação nas diversas praças do país, como auxílio aos flagelados da seca, conforme noticia o jornal “Correio do Povo” em sua edição de 29/05/1932. “As antigas viagens para Tibau eram feitas por dois caminhos e algumas variantes: um pela Gangorra-Canto dos Bois-Tibau e o outro pelo caminho que ia para a Barra ganhando-se a praia 18 Km, que distavam até Tibau, os quais somados aos 36 Km da Barra até Mossoró totalizavam 54 Km.” Dix-sept Rosado Maia, quando Governador, mandou piçarrar a estrada em toda a sua extensão. O Governador Dinarte Mariz, atendendo reivindicação do seu Secretário de Educação Dr. Tarcísio Maia, construiu a atual estrada que liga Mossoró a Tibau.
               
A primeira linha de transporte coletivo para Tibau surgiu por volta de 1942 com uma “sopa” de propriedade do Sr. Cícero Gadê. 
                
Continua no próximo domingo

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Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

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O Paraíso dos Mossoroenses - 31 de Janeiro de 2013

Por: Geraldo Maia do Nascimento
Raibrito e Geraldo Maia

Mal chega o final do ano e o ritual se repete: Mossoró inteira se entrega as águas mornas de Tibau, o “Paraíso dos Mossoroenses”. E a partir de dezembro, a pequena cidade que tem menos de quatro mil habitantes, se incha para receber a grande massa de veranistas que ali se instala para um curto período de férias.


Tibau está localizada na região litorânea do Médio Oeste Potiguar, na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará. É, como se diz, a praia dos mossoroenses. E a paixão dos mossoroenses por essa praia vem de longos anos. Vamos conhecer um pouco da história de Tibau:
               
O topônimo Tibau vem de ty-pau, que significa baixa-mar (Dicionário da Língua Tupi). Para Teodoro Sampaio a palavra significa “entre águas, entre rios” (O Tupi na Geografia Nacional, Bahia, 1928, p. 324). Em uma Acta Diurna, de maio de 1942, sobre “Praias do Rio Grande do Norte” o Mestre Cascudo sugere que Tibau viria do TI-PAUM, “entre duas águas, entre dois rios”. Seria a localização do Tibau entre os Rios Mossoró e Jaguaribe.
               
Henry Koster conheceu Tibau em dezembro de 1810. Deixou registro sobre o fato: “A volta do meio-dia passamos perto de uma choupana onde residia o vaqueiro de uma fazenda e imediatamente depois deparamos o morro de areia, chamado Tibau, junto ao qual se vê o mar.”
               
Tibau foi descoberta pelo navegador holandês Gideon Morris de Jorge em fevereiro de 1641. Após constatar a existência de salinas do Rio Iwipanim (hoje, rio Mossoró) e maravilhado com a variedade de areias, observadas através de uma luneta, chamou pela cor que predominava: Morro Vermelho.
               
Em 5 de julho de 1708, foi dado um importante passo para a exploração e povoação do território. Foi nesse dia que Gonçalo da Costa Faleiro recebeu das mãos do Capitão-Mor do Rio Grande do Norte, Sebastião Nunes Colares, uma sesmaria compreendendo vasta extensão de terra a partir do Morro do Tibau. Antes desse acontecimento, segundo o historiador Câmara Cascudo, Gonçalo Faleiro esteve em Portugal, a mandado da Câmara de Natal, onde fez um relato ao Rei sobre a difícil situação vivida pela Capitania do Rio Grande do Norte em conseqüência dos problemas criados pela famosa Guerra dos Bárbaros, ocorrida entre os anos de 1687 e 1700.
               
Mas a linda terra de Tibau passou a ser alvo de uma acirrada disputa de posse que se arrastou por muito tempo entre os Estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. Após muitas controvérsias a Assembléia Legislativa do Ceará resolveu anexar ao seu Estado as terras de Grossos e Tibau, em 13 de julho de 1901. Depois de três anos da decisão cearense, o extraordinário jurista e Senador da República Rui Barbosa foi convidado para defender os direitos do Rio Grande do Norte. Com uma brilhante defesa Rui Barbosa garantiu a vitória para o Estado potiguar, definitivamente sacramentada no dia 17 de julho de 1920.
               
Com o final da batalha jurídica, Tibau pode experimentar maiores sinais de crescimento. No dia 5 de novembro de 1922 foi celebrado a primeira missa na comunidade, pelo Padre Manoel Gadelha.
               
Em 23 de dezembro de 1948, pela Lei número 146, o povoado chegou a condição de distrito. A partir daí não demorou para ter as características de uma cidade. Mas a autonomia política só chegou muito tempo depois: exatamente no dia 21 de dezembro de 1995, pela Lei número 6.840, Tibau foi desmembrado de Grossos, tornando-se um novo município do Rio Grande do Norte.
               
A cidade, de forte presença turística, tem também grande destaque no campo artesanal. O talento do povo transforma a extraordinária variedade natural de argila e areia existente na praia em matéria prima para um produto que marcou época e permanece famoso em todo o país: as garrafas de areias coloridas, formando os desenhos mais variados, que expressam bem a criatividade dos artesãos de Tibau. A festa da padroeira do município, Santa Terezinha, é comemorada no período de 26 de setembro a 5 de outubro, com muita animação popular e vários eventos religiosos.

Continua...

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Nota: Este blog apesar do link está escrito cangaço, mas não tem nada a ver com o tema. Foi um equívoco na sua criação e ainda não está disponível outro link.

O ABC de Jesuíno Brilhante reeditado pela Queima-Bucha

Por: José Romero Cardoso

Em seu célebre livro por título Cancioneiro do Norte, Rodrigues de Carvalho publicou o ABC de Jesuíno Brilhante, ênfase repetida por Luís da Câmara Cascudo em opúsculo intitulado Flor de Romances Trágicos.

Verdadeira pérola da cultura popular, o ABC de Jesuíno Brilhante não foi identificado, no que diz respeito ao verdadeiro autor, por nenhum dos estudiosos que se desbruçaram sobre o gentleman dos sertões.

Jesuíno Alves de Melo Calado tornou-se uma legenda na história do cangaço nordestino devido a postura ética e honrada que sempre o acompanhou, quando o mesmo ao, se tornar chefe de bando, ficou conhecido devido aos avisos enfáticos referentes à intolerância no que diz respeito à necessária postura respeitadora dos homens do seu bando.

Todos, incondicionalmente, eram obrigado a jurar respeitar as famílias, pobres e desvalidos quando da inserção na vida bandoleira ao lado de Jesuíno, cujo objetivo intuia vingar a honra maculada do clã radicado em Patu, Estado do Rio Grande do Norte.

Vários episódios renderam notoriedade espetacular ao grupo comandado pelo cangaceiro romântico. Um destes diz respeito ao formidável ataque à cadeia da Cidade de Pombal, Estado da Paraíba, no ano de 1874, cujo objetivo era soltar parentes ali aprisionados.

Há destaque ainda à forma justa que Jesuíno implementou em suas ações, salvando donzelas e matronas de situações vexatórias, e ainda quando da distribuição de víveres enviados pelo governo Imperial a fim de minimizar os efeitos dramáticos da terrível seca de 1877-1879.

Outro feito digno de registro foi o ataque à Cidade de Martins, em 1876, cujo ABC resgatado por Rodrigues de Carvalho enfoca integralmente. Narrado em primeira pessoa, os versos de anônimo sertanejo referem-se à estadia inicialmente pacífica de Jesuíno em Martins, quando este em companhia de asseclas procuravam por cidadão de nome Porfírio.

Não o encontrando, acabaram enfrentando o poder coercitivo do Estado que almejava alcançá-los, sem sucesso, visto que a astúcia dos corajosos bandoleiros se responsabilizou pelo sucesso frente ao cerco comandado pelo alferes João Francisco.

Jesuíno e o bando vararam a tentativa de capturá-los, furando as paredes das casas da cidade serrana e, cantando a corujinha, ganharam as matas da zona de exceção do sertão potiguar.

Todos os biógrafos de Jesuíno Brilhante, incluindo entre esses José Gregório e o martinense Raimundo Nonato, são unânimes em afirmar que a retidão de caráter era a maior virtude do cangaceiro nascido no longínquo ano de 1844, na fazenda Tuiuiu. Jesuíno foi assassinado no final de 1879, na localidade Riacho dos Porcos, município de Brejo do Cruz, Estado da Paraíba, vítima de tocaia prepara por acérrimo inimigo conhecido por Preto Limão.

Mantendo os critérios referentes à divulgação da autêntica Literatura Popular Nordestina, a Editora Queima-Bucha reeditou em outubro de 2005 o ABC de Jesuíno Brilhante, cujo trabalho de capa ficou a cargo do célebre poeta popular Arievaldo Viana. Esse folheto, de número sessenta, integra a Coleção dedicada à Literatura de Cordel mantida pela dinâmica e clarividente lucidez de Gustavo Luz, editor mossoroense que vem se transformando no maior divulgador da cultura nordestina.

Livros, cordéis, peças e filme, este último fruto do esforço e da obstinação do ipanguaçuense William Cobbett, enfocam o o bandoleiro romântico cujos feitos épicos se responsabilizaram por sua imortalização através de gerações, marcando indelevelmente o imaginário sertanejo devido sua vinculação estreita com seu povo e com os valores nobres e honrados que perdem espaço ao longo das décadas que separam sua ação cronológica relacionada com a atual conjuntura.

Reeditar o ABC de Jesuíno Brilhante foi uma das mais louváveis idéias de Gustavo Luz, pois a presença marcante do Robin Hood dos sertões nordestino na história regional deve ser perpetuada através dos tempos, como forma do povo do semi-árido render as devidas homenagens àquele que se distinguiu formidavelmente dos seus sucessores em razão da serenidade e objetividade que embasaram suas lutas e ações fantásticas, as quais podem ser compreendidas como épicas na expressão literal do termo.

(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor Adjunto do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Especialista em Geografia e Gestão Territorial e em Organização de Arquivos. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.

Enviado pelo o autor.

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O incrível mundo do cangaço - Volumes I e II

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