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sábado, 19 de julho de 2025

CASO EZEQUIEL IRMÃO DE LAMPIÃO, VIVEU NO PIAUÍ?

 

Lampião Aceso

Em 1999 estivemos na cidade piauiense de Valença do Piauí, onde iríamos colher subsídios para nosso livro “Antiguidades Valencianas”, sobre vestígios pré-históricos, arte rupestres, lendas, folclore, causos, ufologia, belezas rurais, etc. Ali nos chamou atenção uma curiosa notícia, de que um dos irmãos do famigerado Lampião teria vivido naquela Cidade em tempos idos. O texto abaixo é uma condensação do que escrevemos naquele livro, publicado em 2000, atualizado com notícias de outras fontes.

No Piauí mesmo o temível cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva (1898-1938), vulgo Lampião, nunca pisou. Isso em que pese uma falsa notícia de que travara um combate em forças policiais no sul do Estado.


As sangrentas e polêmicas passagens do cangaceiro pelos sertões nordestinos nunca o trouxeram ao nosso Piauí.

Mas, curiosamente, há um interessante, mas não provado relato de que um dos seus irmãos, o caçula, teria vivido algum tempo em Picos e depois em Valença do Piauí, centro do Estado
Para nos inteirar desta veracidade ou não desta história, nos dirigimos a uma modesta casa no Bairro valenciano de Cacimbas, onde fomos encontrar Dona Luzia Alves Ferreira, nascida em 22 de maio de 1914 (hoje provavelmente falecida).

Ali fomos recebidos pela alquebrada, mas lúcida anciã, sempre muito desconfiada e relutante, nos liberando aos poucos a história do irmão do Rei do cangaço em Valença do Piauí. Porém, vaidosa, não nos permitiu por nada que fosse fotografada, alegando não estar adequadamente trajada para a ocasião. Assim sua imagem conseguimos através de uma fotógrafa da cidade, que nos cedeu gentilmente a preciosa foto que apresentamos neste artigo.

 

O cangaceiro Ezequiel fotografado em 1929...

 Segundo Dona Luzia, Ezequiel Ferreira, também conhecido como José Gomes (?), seria o irmão caçula de Lampião, muito novo na época do cangaço para empunhar armas.

Este pernambucano, da atual cidade de Serra Talhada, não teria dívida alguma com a justiça e vivia com outro irmão de Virgulino Ferreira, João Ferreira, onde tinham um pequeno comércio. Ezequiel, por sua vez, teria vindo de Picos (Piauí) para Valença por volta de 1980, vendendo, como ambulante, chapéu, fumo e alho.
 

...E o suposto "Ezequiel valenciano"

Sem filhos, o irmão do cangaceiro passou a viver maritalmente com Dona Luzia até sua morte, no início dos anos 1990, sendo enterrado ali mesmo, em Valença do Piauí. Antes teria sido casado mas sobre sua primeira mulher, não sabemos nada. Em Valença teria vivido num sítio de propriedade de Dona Luzia.
 

“Como a senhora conheceu o irmão de Lampião?” – Indaguei.
 

“Conheci ele na feira de Valença” – respondeu ponderadamente a Sra.
 

“Ele não era valente como o famoso irmão? – Perguntamos
 

“Não senhor. Ele não gostava de armas de fogo. Ele só acompanhou o bando carregando armas e ajudando noutras coisas, pois era muito pequeno. Era um homem de faca...”
 

“E como a senhora soube que ele era mesmo irmão de Lampião? – Quisemos saber.
 

“Ele mesmo contou pra todo mundo ouvir.”
 

“E as pessoas acreditavam nele?” – Interrogamos.
 

“E ele era muito respeitado pelos vizinhos, pois era um homem calmo, e  se dava bem com todo mundo. 

Mas as pessoas diziam pra mim tomar cuidado com ele. As pessoas não acreditavam que ele era irmão de Lampião porque ele era moreno e não tinha olhos azuis como o cangaceiro.”
 

Obs: Lampião não possuía olhos azuis mas um deles (o direito) apresentava leucoma, com a característica cor clara.
 

“Durante todo tempo em que ele viveu em Valença do Piauí ele foi visitado por algum parente?” – 

Quisemos saber.
 

“Um tempo veio um casal de filhos de João Peitudo, filho de Lampião que mora em Juazeiro do Norte (Ceará). Nessa época o Ezequiel estava muito doente. Depois, ele foi com João Peitudo conhecer a família em Serra Talhada. Lá inclusive conheceu antigos inimigos da família. Um deles o convidou para uma visita uma sua casa. Desconfiado, o Ezequiel não aceitou o convite.”


“E o que ele dizia sobre o famoso irmão?” – Perguntamos.
 

“Dizia que Lampião não fazia mal a qualquer um. Só perseguia os inimigos. Também não perdoava os “macacos” da volante (polícia) e os entregadores (dedos duros).”


“Mas o Ezequiel confirmou a morte do irmão em Angico (Sergipe) em 1938?


“Não! Lampião nunca morreu naquela emboscada. Nem ele nem Maria Bonita. Lampião mesmo morreu foi no Rio do Sonho (Sono?), em Goiás, há uns 20 anos. “Nessa época o Ezequiel já estava em Valença.”


Obs: Quem fugiu e morou em Goiás foi Sinhô Pereira [1896-1979], antigo chefe do bando que tinha como membro Lampião. Pereira chegou a convidar Virgulino para se acoitar com ele em Goiás, coisa recusada pelo cangaceiro.


“E os dois mantinham algum tipo de correspondência? – Indagamos.
 

“Não se comunicavam, não. Mas um dia o Lampião mandou uma carta perguntando se Ezequiel queria ir morar com ele lá em Goiás. Ezequiel respondeu que não, pois gostava da vida tranquila aqui em Valença.”


Esta é uma história que se mistura folclore, com tradições e elementos intrusos suspeitos e incoerentes, senão vejamos.


O irmão de Lampião, Ezequiel Ferreira da Silva, vulgo “Ponto Fino” era realmente mais novo do que Lampião, pois nascera em 1908. Porém integrou o bando como membro armado, como pode se ver numa das imagens desta matéria.


Lampião teve quatro irmãos homens além de quatro mulheres.  Dos quatro irmãos homens, três acompanharam Virgulino no Cangaço: Antônio Ferreira, o mais velho [1895-1926] que morreu em 1926 num acidente bobo no qual numa brincadeira com Luiz Pedro seu fuzil caiu no chão e disparou acidentalmente. Livino Ferreira (1896-1925) que morreu em 1925 num combate noturno com uma força volante.


O caçula Ezequiel (1908-1931) foi abatido no dia 23 de abril de 1931 no tiroteio da Fazenda Touro, povoado Baixa do Boi, no Estado da Bahia, ponto conhecido como Lagoa do Mel. João Ferreira (1902-?) foi o único que não abraçou o Cangaço.


Assim, Ezequiel não pode ter vivido com dona Luzia nos anos 1980, já que morrera em 1931.
Também não procede a afirmação de Dona Luzia de que estando vivo Ezequiel em Valença, moraria com outro irmão de Lampião, João Ferreira, o único que nunca entrou no Cangaço. João, ao que se sabe, foi morar em Osasco SP ou em Propriá, Sergipe.


Outro engano de Dona Luzia é que o tal João Ferreira da Silva, o João Peitudo (1942 - 2000), seria filho de Lampião, em que pese supostas provas apresentadas de sua filiação a Lampião e Maria Bonita (inclusive um DNA inconclusivo). Conhecido como João Peitudo por ter sido lutador de boxe, morreu de ataque cardíaco em Juazeiro do Norte-CE. Se nasceu em 1942 não poderia ser filho de Lampião e Maria Bonita, chacinados em 1938.


Longe de taxar dona Luzia como mentirosa, é possível que ela tenha ouvido narrativas de alguém que veio das bandas do cangaço, e talvez até de um parente de Lampião (mas nunca um irmão) esta história e nela tenha acreditado piamente, dentro de suas limitações intelectuais. Assim conviveu maritalmente e acreditou ter como companheiro um irmão do cangaceiro morto há décadas.
 

Em nenhum momento a velha senhora tentou me impressionar ou ser taxativa de maneira irredutível. Somente discorreu sobre o tema que lhe indaguei.


Quando o suposto Ezequiel esteve em Serra Talhada em 1984 para rever a família e tirar documentos para aposentadoria (?) conseguiu convencer alguns parentes e outros moradores de que era realmente o irmão do Lampião. Mas cometeu alguns escorregões quando, por exemplo, deixou de visitar sua única irmão viva na época, Dona Mocinha. No mais, nenhum pesquisador aceita esta versão de sobrevivência de Ezequiel Ferreira
 

Em 16 de janeiro de 1985, o Ezequiel de Valença deu uma entrevista ao jornalista Antônio de Pádua, do “Jornal da Manhã”, de Teresina, deixando-se fotografar ao lado do vereador valenciano Luís Rosa. Suponho que o alegado irmão de Lampião temia alguma repercussão jurídica negativa de sua entrevista, pois estava presente na mesma o afamado advogado piauiense Dr. Alfredo Cadena Neto, segundo a reportagem.  


Garantindo que era o irmão de Virgulino. disse que havia fixado residência em Valença do Piauí por volta de 1980 e era analfabeto, sendo sua profissão “banqueiro”, ou seja, possuía uma banca de vender artigos regionais, como fumo de rolo, rapadura, farinha, calçador, livretos de cordel, remédios caseiros, etc.  Disse ainda que frequentava a Cidade desde 1952 como ambulante.


O Ezequiel valenciano acrescentou que viajou constantemente como ambulante para as cidades nordestinas de Mossoró (Rio Grande do Norte), Bom Jardim (Pernambuco) e Catolé do Rocha (Paraíba), lugares onde era bastante conhecido. Mas não explicou se era conhecido como um vendedor valenciano comum ou como irmão do célebre cangaceiro Lampião.


Contou ainda sobre incontáveis anos do bando de lampião em escaramuças contra os “nazarezistas” (ferrenhos inimigos de lampião, os volantes nazarenos viviam no Povoado de Nazaré, próximo a Serra talhada). Disse ainda que não sabe quantas pessoas morreram no campo de luta mas que nunca matou ninguém, sendo apenas um rastejador, destinado a informar ao bando de Lampião a aproximação dos inimigos.
 

O que o Ezequiel Valenciano nunca explicou em suas entrevistas foi como escapou dos tiros que recebeu das volantes que, historicamente, causaram sua morte nem como escapou para o Piauí.
Outro problema que observamos é que na entrevista, o repórter se refere a Ezequiel como sendo um senhor de 72 anos em 1985, tendo nascido no dia 6 de janeiro. Ora, tendo nascido em 1908, o verdadeiro Ezequiel deveria ter 77 e não 72 anos em 1985.


Na entrevista ao repórter Antônio de Pádua o Ezequiel valenciano fala do assassinato do pai e da mãe quando se sabe que somente o pai foi assassinado. A mãe morreu de desgosto dias depois.
Mistérios, folclore, fantasia, elucubrações desenfreadas e afirmações desencontradas. Cada um faça seu julgamento....
.......... 

Créditos Reinaldo Antiquário

Fontes:
Coutinho, Reinaldo. Antiguidades valencianas. Teresina, 2000.
"Irmão de Lampião diz que nunca Matou Ninguém". Matéria publicada por Antônio de Pádua, no Jornal da Manhã, Teresina 16 de janeiro de 1985.

https://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/1929

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“PAJEÚ EM CHAMAS: O CANGAÇO E OS PEREIRAS”.

  

Recebi hoje do Francisco Pereira Lima (Professor Pereira) lá da cidade de Cajazeiras no Estado da Paraíba uma excelente obra com o título "PAJEÚ EM CHAMAS O CANGAÇO E OS PEREIRAS - Conversando com o Sinhô Pereira" de autoria do escritor Helvécio Neves Feitosa. Obrigado grande professor Pereira, estarei sempre a sua disposição.


O livro de sua autoria “Pajeú em Chamas: o Cangaço e os Pereiras”. A solenidade de lançamento aconteceu no Auditório da Escola Estadual de Educação profissional Joaquim Filomeno Noronha e contou com a participação de centenas de pessoas que ao final do evento adquiriram a publicação autografada. Na mesma ocasião, também foi lançado o livro “Sertões do Nordeste I”, obra de autoria do cratense Heitor Feitosa Macêdo, que é familiar de Helvécio Neves e tem profundas raízes com a família Feitosa de Parambu.

PAJEÚ EM CHAMAS 

Com 608 páginas, o trabalho literário conta a saga da família Pereira, cita importantes episódios da história do cangaço nordestino, desde as suas origens mais remotas, desvendando a vida de um mito deste mesmo cangaço, Sinhô Pereira e faz a genealogia de sua família a partir do seu avô, Crispim Pereira de Araújo ou Ioiô Maroto, primo e amigo do temível Sinhô Pereira.

A partir de uma encrenca surgida entre os Pereiras com uma outra família, os Carvalhos, foi então que o Pajeú entrou em chamas. Gerações sucessivas das duas famílias foram crescendo e pegando em armas.

Pajeú em Chamas: O Cangaço e os Pereiras põe a roda da história social do Nordeste brasileiro em movimento sobre homens rudes e valentes em meio às asperezas da caatinga, impondo uma justiça a seus modos, nos séculos XIX e XX.

Helvécio Neves Feitosa, autor dessa grande obra, nascido nos Inhamuns no Ceará, é médico, professor universitário e Doutor em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal), além de poeta, escritor e folclorista. É bisneto de Antônio Cassiano Pereira da Silva, prefeito de São José do Belmonte em 1893 e dono da fazenda Baixio.

Sertões do Nordeste I

É o primeiro volume de uma série que trata dos Sertões do Nordeste. Procura analisar fatos relacionados à sociedade alocada no espaço em que se desenvolveu o ciclo econômico do gado, a partir de novas fontes, na maioria, inéditas.

Não se trata da monumentalização da história de matutos e sertanejos, mas da utilização de uma ótica sustentada em elementos esclarecedores capaz de descontrair algumas das versões oficiais acerca de determinados episódios perpassados nos rincões nordestinos.
Tentando se afastar do maniqueísmo e do preconceito para com o regional, o autor inicia seus estudos a partir de dois desses sertões, os Inhmauns e os Cariris Novos, no estado do Ceará, sendo que, ao longo de nove artigos, reunidos à feição de uma miscelânea, desenvolve importantes temas, tentando esclarecer alguns pontos intrincados da história dessa gente interiorana.

É ressaltado a importância da visão do sertão pelo sertanejo, sem a superficialidade e generalidade com que esta parte do território vem sendo freqüentemente interpretada pelos olhares alheios, tanto de suas próprias capitais quanto dos grandes centros econômicos do País.

Após a apresentação das obras literárias, a palavra foi facultada aos presentes, em seguida, houve a sessão de autógrafos dos autores.

Quem interessar adquirir esta obra é só entrar em contato com o professor Pereira através deste e-mail: franpelima@bol.com.br
Tudo é muito rápido, e ele entregará em qualquer parte do Brasil.

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A NOITE " EDIÇÃO DE 14 DE DEZEMBRO DE 1932 INFORMES CONFUSOS SOBRE AS MORTES DE ALGUNS CANGACEIROS.

 Por Helton Araújo-  Cangaço


Na matéria do jornal " A Noite " edição de 14 de Dezembro de 1932 ", o periódico traz o seguinte título : " O BANDITISMO NO NORDESTE ", com o subtítulo " A campanha vae ser feita por mais de tres mil soldados - " Antônio de Engracia " morreu mesmo, e foi comido pelos corvos (seguindo a escrita da época).

Apesar da péssima resolução da matéria, vou passar para vocês um resumo da publicação e fazer algumas observações em seus principais tópicos.

A matéria tem início informando que a campanha contra o banditismo está na região tranquilizando a população que vem sofrendo com as incursões de Lampião e seu bando nas regiões do sertão baiano e sergipano.

O periódico informa que há poucos dias a volante comandada pelo tenente Justiniano travou ríspido combate contra o bando de Lampião, nas proximidades de Juá, em Santo Antônio da Glória, nessa ocasião foi morto o cangaceiro Baliza e presa a sua companheira. Aqui fazemos nossa primeira observação, o periódico não informa o que a tradição oral diz sobre a história de Baliza, que o mesmo teria sido surpreendido por Justiniano e seus homens, no momento em que estava em relações sexuais com sua companheira.

A Tradição oral ainda diz que o tenente Santinho ( Ladislau Reis ) quando se encontrou com a volante do " cabo " Justiniano ( o jornal diz tenente ) solicitou ao mesmo por ter a patente maior a condução e recambiamento do cangaceiro. Daí popularmente sabemos o que aconteceu com Baliza, que foi torturado e morto em uma fogueira por Santinho e seus homens.

Fica claro que o periódico não apresenta essas informações, destaco ainda, que na tradição oral a data do acontecimento seria março de 1933, mas o jornal relata que o fato se deu em dezembro de 1932, ficando aí a inconsistência.

Cabe aos pesquisadores buscarem mais informações se de fato Santinho torturou e matou Baliza ou se essa história é mais uma entre tantas outras que caiu nos contos e folclores populares sobre o cangaço.

A matéria segue com mais uma excelente informação, segundo o jornal, as colunas volantes descobriram que de fato o cangaceiro Antônio de Engrácia estava morto, cujo acontecimento deixava dúvidas sobre a veracidade da morte do cangaceiro.

Um coiteiro de Chorrochó preso, disse que Antônio foi gravemente ferido pelo contratado Hermógenes, sobrinho do fazendeiro sergipano José Ribeiro. Segundo o coiteiro, Antônio veio a falecer em decorrência de seus ferimentos em sua própria residência, ainda segundo o coiteiro, seu corpo ficou insepulto, vindo a ser devorado pelos "corvos".

Ele prossegue informando que as ossadas do cangaceiro foram levadas até Jeremoabo ( não informando quem a levou ), onde ficou em exposição. Aqui faço mais uma observação, o jornal fala de Antônio de Engrácia, porém segundo as informações que temos nas pesquisas do cangaço, quem teria sido morto por Hermógenes, seria o cangaceiro "Antônio de Seu Naro", sendo assim, acredito eu, que houve apenas uma confusão de informações, pois Antônio de Seu Naro também era um Engrácia e também lhe caberia a apresentação como Antônio de Engrácia.

Diante dos fatos, creio eu que a matéria refere-se ao cangaceiro Antônio de Seu Naro e não de seu parente Antônio de Engrácia. Nos tempos atuais, aqueles que fazem pesquisas, se não cruzarem as informações podem fazer uma grande confusão histórica entre os fatos acontecidos e seus personagens.

Gostaria de associar essa informação das ossadas levadas para Jeremoabo com aquela matéria que também roda por aí, dos ossos e crânios dos cangaceiros " Antônio de Engrácia " e Ponto Fino (Ezequiel Ferreira), diante dessa matéria, acredito que aquelas ossadas sejam de fato Antônio de Seu Naro e do suposto Ponto Fino.

A matéria traz mais algumas ótimas informações, a primeira é que o sertão baiano contará com o reforço de mais de 3 mil soldados na campanha contra o banditismo.

A segunda, o Capitão João Miguel conseguiu auxílio mensal de 20 contos de réis para ajudar os flagelados da seca. Além de mandar construir estradas de rodagem por vários locais da região.
 

Vale lembrar que isso contradiz o que a tradição oral conta sobre a ação do capitão João Miguel, o mesmo teria mandado os sertanejos abandonarem suas casas em uma tática irresponsável na tentativa de dificultar as ações dos cangaceiros na região, Isso não só favoreceu os cangaceiros como causou mais sofrimento para os pobres sertanejos, esse fato relatado ficou conhecido como " A seca de João Miguel "

E para finalizar, a matéria relata que foi aprendido na casa de um coiteiro a metralhadora que Lampião conseguiu no confronto no Tanque do Touro (onde supostamente teria morrido Ezequiel Ferreira) contra a volante comandadas pelo tenente Arsênio Alves, além de outros armamentos e muitas munições.

Encerro esse texto sem querer desmerecer o trabalho de nenhum dos companheiros de pesquisa, pelo contrário, reafirmo aqui meu respeito a cada um, meu intuito com essa postagem é apenas elevar a história ao mais próximo possível da realidade. Deixo claro também, que não sou dono da verdade e que posso estar errado em minhas observações, mas fica aí o material para confrontação de informações e esclarecimentos e dúvidas.

https://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Ant%C3%B4nio%20de%20Engr%C3%A1cia

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NOVO LANÇAMENTO.

 Clerisvaldo B. Chagas, 18 de julho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.272.

LAJEIRO GRANDE

O “Bairro Lajeiro Grande”, em Santana do Ipanema, é um dos mais altos e maiores da cidade. Foi originário de um milagre do padre Cícero Romão Batista. Tendo alcançado o milagre, o devoto chamado Hilário, construiu em agradecimentos ao vigário do Juazeiro, uma igrejinha no topo de um lajeiro enorme, em suas terras. O desdobrar dessa história formou o hoje Bairro Lajeiro Grande e a igrejinha passou por algumas reformas. Uma imagem do padre Cícero chegou defronte à igrejinha, vinda do antigo serrote Pelado (Alto da Fé), colocada na gestão do prefeito Isnaldo Bulhões e, até hoje ali permanece. Será esse o cenário de lançamento do livro “PADRE CÍCERO – 100 MILAGRES NORDESTINOS, no dia 20 de novembro.

Por questões que nem vale à pena citar, resolvemos fazer o lançamento do livro no Lajeiro Grande e não mais na Pedra do Padre Cícero, em Dois Riachos. O livro será distribuído gratuitamente entre os devotos e romeiros que testemunharam seus milagres para o citado livro e que estão devidamente numerados, titulados e textualizados individualmente. Os romeiros e devotos registrados ou seus familiares, receberão um livro cada e serão convidados através de uma rádio da cidade e de boca a boca. Faremos todos os esforços para haver missa, homenagem, música típica e fogos. No primeiro momento não haverá distribuição de livros para devotos e romeiros outros que não sejam os dos testemunhos do livro. Entretanto todos poderão participar do evento.

Estamos tentando fazer uma programação de lançamento, simples, mas muito significativa. O livro que será lançado tem depoimentos de romeiros de Santana do Ipanema, Poço das Trincheiras, Ouro Branco, Cajazeiras e João Pessoa, Paraíba. Aliás, pessoas de Cajazeiras estarão presentes no dia do evento.   O livro já se encontra no prelo, istó é, na gráfica para impressão. E ainda este mês, os livros estarão prontos. Entre a solenidade simples que está sendo preparada, vai haver entre as homenagens, a entrega de título a um devoto ou devota com o reconhecimento dos seus esforços em prol do padre Cícero: MINISTRA (OU MINISTRO) DOS ROMEIROS.

Assim começamos o aviso a todos. prepare-se, então para comparecer no dia 20 de novembro ao Lajeiro Grande, para juntos homenagearmos o meu compadre e amiguinho padre Cícero.

https://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2025/07/novo-lancamento-clerisvaldo-b.html

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O CORONEL QUE JURAVA NÃO TER MEDO… ATÉ VER LAMPIÃO NA TRASEIRA.

 Por A História do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=99u8JUE3nAY

O coronel Justino achava que era intocável. Espalhava pelos quatro cantos do sertão que Lampião não passava de um ladrãozinho covarde, que só enfrentava quem estava de costas. Mas naquela noite, a verdade bateu à porta — com faca na mão e ódio nos olhos. Lampião invadiu a fazenda sozinho. Subiu o morro no escuro, driblou os jagunços e entrou pela porta da frente. Sem dar um tiro. Quando o coronel viu, já era tarde: o capitão estava ali, a poucos passos, com o facão encostado em seu pescoço e os olhos ardendo em fúria. Um deles — branco como se tivesse sido tocado pela própria morte. A partir daquela noite, Justino nunca mais abriu a boca pra falar do rei do cangaço. E quem viu, conta até hoje: foi o único momento em que o coronel conheceu o medo de verdade.

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QUANDO LAMPIÃO FEZ JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS CONTRA UM CORONEL | #Lampião #Cangaço.

https://www.youtube.com/watch?v=4EqQfW2qTV0

 Quando a justiça se esconde… o sertão se levanta.

Essa é a história real e impactante de Rosinha, uma jovem violentada por um coronel poderoso, num tempo em que a lei se calava diante dos ricos. Mas dessa vez, Lampião ficou sabendo… e resolveu fazer justiça com as próprias mãos.

💥 Uma das histórias mais fortes já contadas aqui no canal Lendas do Cangaço Proibido. 🟡 Deixa nos comentários de qual estado você tá assistindo, isso ajuda o canal a crescer e espalhar essas lendas que o povo nunca esqueceu! ✅ Se inscreva, curta o vídeo e compartilhe com alguém que precisa ouvir essa história. 📌 Histórias contadas com verdade, emoção e o sangue quente do nosso sertão!

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00:00 – O Crime Que Abalou o Sertão
03:40 – O Silêncio da Cidade e o Poder do Coronel
08:15 – Quando a Notícia Chegou Até Lampião
10:30 – O Julgamento no Sertão
14:20 – A Justiça Feita Com Sangue
16:45 – O Legado de Uma Vingança

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DOCUMENTÁRIO - OS PRIMEIROS CANGACEIROS #CANGAÇOS.

 Por Nas Pegadas da História

https://www.youtube.com/watch?v=PyOtSSOXpfg

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A HISTÓRIA DO CANGAÇO.

 Por Paulo Rezzutti

https://www.youtube.com/watch?v=H2cInZLs0vo

Em 1953, os cinemas da França foram invadidos por um grande sucesso. A história falava a respeito de um bando de criminosos que aterrorizam uma terra árida e sem lei, onde os poderosos mandam, até que o amor de uma moça causa um conflito entre eles. Parece a trama de um faroeste, mas não é. Eu estou falando do filme “O Cangaceiro”, que ganhou como melhor filme de aventura no Festival de Cannes de 1953 e é considerado o primeiro filme a lançar o cinema brasileiro lá fora. O cangaço, retratado no filme, foi um fenômeno social do interior do Nordeste que acabou romantizado na cultura popular brasileira, do mesmo jeito que o modo de vida do oeste norte-americano. Mas afinal, o que foi o cangaço? É o que você vai saber neste vídeo. Para ajudar o canal: Pix: canalpaulorezzutti@gmail.com Torne-se membro do Clube do Canal    / @paulorezzuttiescritor   ** INSCREVA-SE NO CANAL: http://goo.gl/vjSyge ** *** PARA COMPRAR MEUS LIVROS E PRODUTOS: https://www.casadosmundos.com.br/cata... +++MINHAS OUTRAS MÍDIAS+++ Twitter:   / paulorezzutti   Instagram:   / paulorezzutti   Facebook:   / prezzutti   #PauloRezzutti #HistoriaNaoContada

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FREDERICO PERNAMBUCANO DE MELLO REVELA O VERDADEIRO AUTOR DA MORTE DE LAMPIÃO...

 Por 

Letras, a apresentação do livro "Apagando o Lampião: Vida e Morte do Rei do Cangaço" (São Paulo, Global Editora, 2018-19, Valor: R$ 60, 00 reais) de autoria do acadêmico Frederico Pernambucano de Mello. Logo em seguida, a obra será lançada, a partir das 17h, com vendas por cartão no  local (crédito  ou  débito).  O livro resulta de uma pesquisa detalhada de quinze anos de estudos do escritor e aponta o verdadeiro autor material da morte de Lampião, decorridos oitenta anos de dúvidas acerca do episódio de 1938, na Grota do Angico, Sergipe. “Apoiada em testemunhos diretos, em documentos e até mesmo em perícia balística, a biografia de mais de trezentas páginas e cem imagens de época inovará muito do que se conhece até hoje sobre a vida do maior dos bandoleiros do Brasil”, afirma Frederico Pernambucano de Mello.

Trata-se do décimo segundo livro de Frederico Pernambucano, historiador direcionado pessoalmente pelo escritor Gilberto Freyre – seu ex-chefe na Fundação Joaquim Nabuco durante quinze anos – para o estudo de aspectos à sombra na história do Nordeste profundo. Na obra "Apagando o Lampião: Vida e Morte do Rei do Cangaço", o autor consegue traçar o perfil de uma das figuras mais polêmicas de nossa história regional, não sendo à toa que autores do Sudeste tenham vindo aqui para estudá-la ainda em vida, a exemplo de Mário de Andrade, autor de um “Romanceiro de Lampião”, publicado em São Paulo, em 1932. Para não falar dos jornais The New York Times e Paris-Soir, que lhe acompanharam os passos ao longo dos Anos 1930, sem esquecer a imprensa brasileira em peso, inclusive a do Sudeste.

Frederico descortina a verdade de modo especial sobre:

A) o primeiro conflito cruento em que se envolveu o jovem Virgulino Ferreira, em 1916, em seu berço natal no Pajeú pernambucano;
B)  o modo como o comerciante, industrial e exportador Delmiro Gouveia, introdutor da mentalidade capitalista em nossos sertões,  influenciou o Virgulino, tropeiro a seu serviço em anos verdes, levando-o, uma vez nas armas, a reformular o cangaço tradicional e a dar vida ao cangaço-empresa que organizou e conduziu por quase vinte anos;
C) as razões que levaram o já então famoso cangaceiro Lampião a deixar momentaneamente os estados ao norte do rio São Francisco e atravessar para a Bahia e Sergipe, em 1928, expandindo seu império e alcançando uma sobrevida de dez anos, sob as bênçãos secretas do governo de Pernambuco;
D) o plano de abandonar o Nordeste no meado de 1938 e se destinar ao oeste de Minas Gerais com todo o bando, onde iria “desempatar” a pesada questão política entre as famílias Borges e Maciel, plano abortado pelo revés do Angico, na madrugada de 28 de julho.

Outro ponto de destaque no livro, é o emprego por Frederico  da rica poesia popular sertaneja de época, cantada ou impressa por violeiros e cordelistas celebrados junto ao homem simples da chã da caatinga, das ribeiras e dos pés de serra, em que se reportam as façanhas de amor e de guerra levadas a efeito pelos capitães de cangaço mais notórios; ou na demonstração de como o grande cangaceiro, exímio na costura e no bordado  em pano e em couro, pilotando tanto a agulha quanto a sovela ou a máquina Singer de mesa, conduziu a revolução estética que o sertão pôde ver no imaginário do cangaço, a partir do traje da cabroeira; ou ainda na apresentação das várias etapas de vida do maior dos cangaceiros não como fases isoladas, porém unidas, muitas vezes, por motivos ocultos somente agora revelados.
 
SERVIÇO: 
VALOR DO LIVRO: R$ ....................

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