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domingo, 28 de julho de 2019

HOJE 28 DE JULHO COMEMORA-SE A MORTE DOS REIS DO CANGAÇO LAMPIÃO E MARIA BONITA


Por Verluce Ferraz

Hoje - 28 de julho - comemoram-se a morte dos maiores matadores da História do Sertão do Nordeste: Virgulino, o Lampião e mais outros comparsas assassinos - os cartases são uma amostra das atrocidades do psicopata Lampião; que torturava e matava sem dó e nem compaixão - matou 16 pessoas da família Ferraz Nogueira. 


Virgulino Ferreira da Silva assassinou em Nazaré do Pico (município de Floresta do Navio) dezenas de pessoas, além de atear fogo em casas e animais - Merece uma missa diariamente e, talvez, assim, não consiga redimir-se junto ao Pai Celestial. 




A morte de Virgulino foi autorizada pelo Estado de Direito; ele jamais respeitou as Leis do país e nem as leis de Deus.


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CORONELISMO.- CORONEL JOÃO SÁ.

Por Geraldo Júnior
Coronel João Sá

João Gonçalves de Sá “João Sá” (Jeremoabo, 25 de Novembro de 1882 - 05 de Agosto de 1958)

Ex-Prefeito da cidade Jeremoabo entre os anos de 1938 e 1943. Fazendeiro e pecuarista, Coronel da Guarda Nacional, deputado estadual pelo PSD. Uma das grandes lideranças políticas do Nordeste baiano.

Em 1928, enquanto viajava, manteve um encontro inesperado com Lampião e seu bando, onde mantiveram o primeiro contato.



Volta Seca é o último da direita ainda criança

Em 1932 ao ser preso o ex-cangaceiro Volta Seca apontou o coronel João Sá como um dos mais poderosos e influentes coiteiros de Lampião em solo baiano.

O coronel João Sá faleceu no dia 05 de agosto de 1958 aos 75 anos de idade.

Geraldo Antônio de Souza Júnior

ENCONTRO COM LAMPIÃO.

Fonte: Wikipédia.

Em dezembro de 1928, Virgulino Ferreira da Silva o Lampião, estava de passagem pela Bahia, mais precisamente, pela então vila de Ribeira do Pombal. Lampião e seu bando estavam naquela região depois de vários anos atuando nos sertões dos Estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte, fugindo de uma grande perseguição dos aparatos policiais destes Estados. Depois de passar pela vila, o bando de cangaceiros esteve também em Bom Conselho (hoje Cícero Dantas) e seguiu em direção mais ao norte, cerca de 40 quilômetros, para um pequeno aglomerado de casas denominado Sítio do Quinto, procurando a casa de um homem chamado José Hermenegildo.

Naquela mesma época, o coronel João Sá exercia os cargos de presidência da Intendência de Jeremoabo e, pela segunda vez, o mandato de deputado estadual pelo legislativo baiano. Ele, seu pai Jesuíno Martins de Sá (um dos secretários da Intendência de Jeremoabo) e o jovem José da Costa Dórea seguiam num pequeno automóvel modelo Ford rumo à cidade de Salvador, onde o trajeto naquele tempo exigia seguirem pelo território sergipano e dali prosseguirem por via ferroviária, utilizando os trens da ferrovia conhecida como Leste Brasileiro.

Conforme os relatos de Dórea transcritos no capítulo 5 do livro “Lampião na Bahia”, de Oleone Coelho Fontes, a viagem ocorreu à noite, na madrugada do dia 16 para 17 de dezembro de 1928 devido a um problema mecânico no automóvel. Mesmo sabendo que o grupo de Lampião circulava pela região, o coronel Sá confiou que guiando durante grande parte da noite, seguindo pelas antigas estradas poeirentas da região, eles poderiam passar despercebidos pelo bando.

Ao realizarem uma parada para tomar café na fazenda Abobreira, o medo de um encontro com Lampião e seus cangaceiros se tornou mais real, pois o proprietário do lugar, José Saturnino de Carvalho Nilo, confirmou que eles estavam nas redondezas. Mesmo assim seguiram adiante, em direção ao lugarejo Sítio do Quinto.

Ao entrarem no pequeno arruado, viram diante de uma casa um veículo parado, com alguns homens ao seu redor. Um deles estava com um candeeiro. O coronel João Sá imaginou que a casa onde o veículo e os homens estavam deveria oferecer algum tipo de apoio aos viajantes. Após brecarem, os passageiros do Ford foram cercados por homens armados e intimados a informarem quem eram. Após isso o coronel João Sá descobriu que estava diante do cangaceiro Lampião, e para confirmar suas suspeitas, o homem armado aproximou o candeeiro de seu rosto, mostrando a característico defeito em seu olho. Ele e os outros viajantes foram conduzidos à casa de José Hermenegildo e foram se acomodando em cima de sacos de algodão e de peles de animais, temendo que fossem mortos, assim como ocorreu com outros coronéis.

Mas Lampião não lhes fez mal algum. Em sua chegada à Bahia, ele pretendia firmar contatos, compor alianças, ampliar sua rede de coiteiros que lhe dariam apoio e proteção, e dizia que estava “em paz” no território baiano, que “havia entrado no cangaço pelos sofrimentos sofridos pela sua família” e que se “houvesse condições”, ele largaria aquela vida em armas e buscaria ficar em paz.

Porém, mesmo divulgando estas novas intenções, não deixou de coagir os fazendeiros baianos, pedindo para estes lhe “ajudar” no sustento do seu bando. E assim o fez com o Coronel João Sá, que não transportava dinheiro naquele momento, e sim títulos bancários. Dórea afirmou que foi chamado pelo coronel para fora da casa, onde lhe solicitou 200$000 réis para dar a Lampião. Este por sua vez deixou que os viajantes do Ford escrevessem cartas as suas famílias, que um portador levaria as missivas para Jeremoabo.

Na sequência, Lampião pediu a José Hermenegildo que colocasse três redes para acomodar a ele, ao coronel e a seu pai no mesmo quarto. Neste momento, o coronel pediu ao maior cangaceiro do Brasil que narrasse a epopeia de sua vida. Lampião descreveu as perseguições que sofreu ao longo da vida como bandoleiro das caatingas, mas que estava “a fim de descansar” no sertão baiano. Depois de ouvir as histórias, todos foram dormir, e após o despertar, o coronel João Sá comenta a Lampião que na condição de deputado estadual, teria de informar as autoridades sobre aquele encontro. Consta que Lampião não se alterou com as palavras do político baiano.

Quando o coronel deu na partida do seu automóvel, a máquina não pegou (provavelmente devido ao frio noturno do sertão). Na mesma hora, vários comandados de Lampião deram uma mãozinha ao coronel João Sá, empurrando o carro, que pegou no “tranco” e estes seguiram viagem.

Estes relatos foram documentados pelo jornal carioca "Crítica", de Mário Rodrigues (na edição do dia 30 de dezembro de 1928) e enquanto Lampião esteve na Bahia, as terras e os protegidos de Coronel João Sá permaneceram em segurança. O pesquisador Oleone Coelho Fontes afirma que, fosse por simpatia, por necessidade de preservar seus bens, ou por ter vislumbrando vantagens outras nesta aliança com o grande cangaceiro, o coronel Sá se tornou um dos mais importantes protetores de Lampião na Bahia.


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FOLHAS E OUTONOS

*Rangel Alves da Costa

As folhas morrem no outono... Tudo parece morrer no outono. E o que não morre é simplesmente levado pela ventania como um fim ainda em vida, como um exaurimento ainda com esperança de mais existir.
Já final de outono, paisagem desoladora, folhas ressequidas, tons lancinantes, entristecimentos. Quase todas as folhas já haviam desfalecido e levadas pela ventania, ou simplesmente caído no chão de leito ocre, marrom, acinzentado. Sem cor.
As árvores nuas choravam suas ausências. Mas a mesma dor da perda de toda estação. As folhas que ainda restavam dependuradas davam seus últimos suspiros. Frágeis demais, sem mais seiva alguma nas veias, sentiam-se estalando até no sopro da brisa.
Uma árvore onde só restava uma folha, já conhecendo que naquele mesmo dia ficaria totalmente despida, tomou coragem e falou: Minha querida folha, eis que nosso tempo é curto aqui na terra. Nas mãos do homem não durarei muito tempo. E você, tão jovem, e tendo de partir ao entardecer de hoje.
A folha estava fraca demais para expressar qualquer sentimento ou demonstrar reação. E por isso mesmo foi buscar, lá no fundo da alma, um restinho de força para perguntar por que partiria ao entardecer daquele dia. Foi quando a árvore respondeu que o vento passaria ali para levá-la bem alto, juntinho às portas do jardim do céu. Só isso.
A árvore viu a folhinha chorar pela última vez. Neste momento nem pensou duas vezes em proporcionar-lhe um pouco de força nos seus últimos instantes. E avisou-lhe que antes de partir teria seiva suficiente para conversar tudo que quisesse com o vento. Se o seu argumento fosse bom, talvez ele nem a levasse consigo naquele dia.
E, por dentro do tronco, adentrando as galhagens e chegando até o seu corpo esquálido e quebradiço, fez chegar o tanto suficiente de seiva que durasse até os últimos raios avermelhados do entardecer. Sabia que este era o momento de o vento, tal qual trem na estação, apitar e partir. Era assim, todo outono e o trem da estação chegava para as tristes partidas.
Sem saber o que a árvore havia providenciado, ao receber a seiva a folha ficou espantada com a súbita energia que se viu tomada. Sentiu até encorajamento para gritar; cantaria uma ária se houvesse ali outra folha para ouvi-la. O corpo enrijeceu-se, ganhou outra cor no semblante, os olhos brilharam e começou a enxergar melhor. E assim pôde ver quando o vento se aproximava.


Percebeu que era o vento do entardecer que vinha chegando por causa das árvores agitadas e de folhas e restos de folhas esvoaçando pelo ar. Sentiu arrepios, uma frieza por todo o corpo. Fechou os olhos e orou. Despediu-se dessa vida sem querer partir. Ao abrir os olhos viu a face do vento à sua frente.
O vento era bonito, porém parecia cansado e tristonho. Daí que seu rosto quase não se movia, não se agitava como todo vento faz. Com os olhos fixos naquela que levaria naquele momento, espalhou uma leve e perfumada aragem pela boca ao dizer: Está pronta para partir? A folha não conseguiu responder. Não queria partir de jeito nenhum. E se perguntou por dentro: Por que toda folha tem de morrer no outono?
Sentindo que ela não respondia, e entendendo muito bem os motivos daquele silêncio, o vento continuou a falar: Consigo enxergar sua dor e seus sentimentos. Mil lenços não enxugariam as lágrimas que chora por dentro. Também choro por dentro quando faço assim, quando levo pelo ar essas sombras do outono. E choraria muito mais se não soubesse que para vocês, talvez para todos os seres, a partida não significa morrer completamente.
A folha, gélida, continuava em silêncio. Mas o vento continuou: Com a partida, a chegada de outras vidas; com a morte, a ressurreição. Há um renascimento em tudo. Não demorará muito e novas folhas nascerão aqui mesmo nesta árvore. E no outono seguinte também terão de partir. Mas vou lhe contar um segredo que nunca revelei a ninguém.
Fale, fale. A folha conseguiu dizer. E ouviu: As folhas que levo simplesmente ficam espalhadas pelo ar. Depois não sei o destino que tomam. Mas com você farei diferente. Conheço um caminho onde as folhas entram novamente na fila para retornar já na próxima estação. E assim você poderá partir agora e depois voltar para o mesmo lugar. Aceita?
A folhinha jogou-se aos braços do vento, feliz e contente porque retornaria ao mesmo lugar. E o vento soprou forte, rumando sem destino. Estava desnorteado, angustiado demais, gritando e chorando por dentro. Havia mentido para a folhinha. Não haveria retorno, senão noutra folha, noutra vida.
Eis que as folhas simplesmente morrem no outono. As folhas também morrem. Também. Mas tudo como uma fábula para a compreensão da existência e seu significado, da vida e sua transitoriedade, do caminho e da curva adiante. Eis que o humano é folha. E o vento sempre o chamado ao final da estrada.

Escritor
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CORISCO NÃO SE ENTREGA PORQUE A MULHER NÃO DEIXA


Segundo este recorte de jornal (não tenho o nome do jornal) que o cangaceiro "Velocidade" e era irmão do cangaceiro "Atividade" disse que o cangaceiro Corisco não se entregava à polícia porque a sua esposa Dadá não deixava.


Alguns estudiosos afirmam que Corisco era muito bravo e perverso ao estremo, não tinha medo de nada, mas se curvava e baixava a cabeça diante da sua companheira Dadá, pois  se ela falasse estava falado.

Eu acredito que o que falam os estudiosos do cangaço têm procedências.

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LAMPIÃO EM ESTÁTUA

Acervo do pesquisador do cangaço José João Souza

Lampião no sítio que nasceu Passagem das pedras.


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JORNAL A TARDE, EDIÇÃO DE 5 DE SETEMBRO DE 1980

Por Juarez Conrado

Cantando aboios morre em Serra Talhada omaior inimigo de Lampião

Impressionante o fato de um simples furto de bodes, tão comum nos longínquos anos de 1910 a 1920, haver se constituído no ponto de partida para uma das mais emocionantes histórias do banditismo em toda América Latina, fazendo com que um dos seus personagens, um tímido e bem comportado garoto, do interior de Pernambuco, se transformasse numa figura legendária, da qual ainda hoje se ocupam jornalistas, pesquisadores e, principalmente, sociólogos, todos eles interessados em conhecer de perto detalhes da vida desse homem que marcou época nos sertões brasileiros.

 José Saturnino Alves de Barros - Acervo Lampião Aceso

Lampião, já o sabemos, morreu há 42 anos, na Grota do Angico, no município, sergipano de Poço Redondo. Mas, quem era, e o que para ele significava José Alves de Barros, o José Saturnino, falecido a semana passada, aos 86 anos, em Serra Talhada?

Uma pergunta cuja resposta não poderá ser encontrada senão com o retorno ao ano de 1916, quando ambos, de bons e pacíficos vizinhos, acabaram por se transformar em ferozes e irreconciliáveis inimigos, que faziam do ódio suas vidas marcadas por tiroteios e emboscadas, tingindo de sangue a pequena região onde conviviam.

Uma situação que iria se transformar com o furto praticado por um dos empregados de José Saturnino, logo descoberto por um inspetor de quarteirão violento e autoritário, compadre e amigo do velho José Ferreira, que não hesitou em prender o ladrão, impondo-lhe uma série de impiedosos castigos. Era o começo de tudo.

Represálias

Saturnino irritado, iniciou uma série de represália contra os Ferreira, mutilando, quando não matando, suas criações, criando uma situação tão tensa entre eles que exigia a medição de autoridades locais, como o juiz de direito, Adolfo Cardoso, e o coronel e chefe político Cornélio Soares, ambos prevendo acontecimentos de extrema gravidade, a persistirem os desentendimentos. Os fatos que se sucederam são do conhecimento geral e deles muitos já se ocuparam, narrando-os, nem sempre, com muita fidelidade. José Saturnino não aceitava as acusações que lhe eram feitas como responsável pela transformação de Virgulino no cangaceiro que todos nós conhecemos.

Marilourdes Ferraz

Tanto não aceitava que, pouco antes de sua morte, em carta dirigida à jornalista pernambucana Marilourdes Ferraz, dizia que, na “realidade dos fatos, os sertanejos viviam em época de grande atraso...Quando a minha pessoa, fui criado pelos meus pais na Fazenda Pedreira e baixa de São Domingos, e que me ensinaram a respeitar os direitos alheios, o que posso provar com os meus vizinhos, especialmente, alguns que ainda restam com suas idades avançadas. Os Ferreira, certos ou errados, queriam superar aos demais; quando não gostavam de uma pessoas, tratavam de hostilizar, assim aconteceu com a minha pessoa.

Retiraram-se para um distrito de Floresta: dentro de dois anos, saíram por motivo de questões com os filhos da terra e a polícia do destacamento. Venderam o que tinham e foram para Matinha de Água Branca, Alagoas, onde, muito cedo, desinquetaram os irmãos Porcino Cavalcanti Lacerda... em consequência da vida turbulenta dos Ferreira, vieram a perder a mãe, D. Maria Ferreira Lopes, que faleceu traumatizada pelos vexames que passara vendo seus filhos perseguidos pela polícia alagoana, e depois, o próprio pai... motivo da conduta dos seus filhos”.

Retrato falado dos pais de Virgulino José Ferreira e Maria Sulena
segundo o padre Frederico Bezerra Maciel.

A revolta de Saturnino, ente tantas acusações, estendia-se aos seus filhos Aureliano e João Alves Barros, que, na mesma oportunidade, há cerca de um mês, escreveram o seguinte comentário, publicado pela imprensa pernambucana:

“Se algum cangaceiro destrata meu pai, está certo, está no papel dele. Agora, o que nos revolta, como sempre revoltou meu pai, é o fato de homens que tiveram a oportunidade de maiores estudos viverem perseguindo meu pai com acusações injustas, só para dar uma explicação para vida de cangaceiro de Virgulino Ferreira”.

 
 João Alves de Barros em foto de 2013. - Créditos Kiko Monteiro


E ressaltou João:

“Meu pai sempre viveu nesta região (Serra Vermelha); trabalhou no campo toda a vida; a vida dele como militar foi uma fase. Só entrou nas Forças Volantes depois que Lampião veio de Alagoas, diversas vezes queimar nossas propriedades e roubar o nosso gado. Nunca meu pai matou ninguém, nem dos Ferreira. Lampião, ao contrário, matou muitos dos nossos parentes, inclusive José Nogueira, com frieza, à traição, roubando-lhe até as alpargatas dos pés, tendo Antonio Ferreira calçado e saído com elas.

Nas “Volantes”

Em um dos muitos livros publicados sobre a vida de “Lampião”, e de autoria de pesquisadora Aglae, José Saturnino fala das lutas, das emboscadas, dos “homens machos” que lutavam ao seu lado, como Zé Caboclo, Zé Batoque, Paisinho, Cassimiro e Nego Tibúrcio. Refeiru-se aos insultos que trocavam quando se encontrava com os membros da família Ferreira, da troca de tiros com Virgulino, Antonio, Livino, Antonio Matilde e Luiz da Gameleira. Do cavalo que vendeu a Zé Ciprino, de Nazaré, da emboscada que lhe foi preparada por Virgulino, quando, no dia da feira, foi receber o dinheiro correspondente à transação com o animal.

Uma narrativa simples e que vale a pena ser descrita para mostrar o clima que reinava entre eles:

- Pru vorta das treis hora da tarde arrecebi o dinheiro du cavalo. Cem mil réis. Selei meu burro. Quando andei meia légua, fui envolvido numa emboscada. Eu e João Fuló brigamo cinco hora. Quando cheguei in casa era 9 da noite. Naquele tempo a puliça era pouca e quando a gente quebrava as acomodação do Juiz e do Coroné tinha tiroteio de novo. Eu e os vizinho sabia aqui os Ferreira irá cercar minha casa antes do dia quilariá. E viero. Brigamo desde 1 da manhã às 6. Eu tinha 23 homes. João Flor, Zé Caboclo, Zé Batoque, Cassimiro e Tibúrcio era cabra muito home, muito macho. A munição dos Ferreira se acabou-se. Se arretiraro chamando nomes feio”.


José Saturnino foi integrante das forças Volantes durante alguns anos e conviveu com cangaceiros famosos como: Cassimiro Honório e Antonio Matilde. Foi fazendeiro e sobretudo, vaqueiro. Lutou contra secas, inclementes e amou sua terra tanto quanto amou sua família.

Na noite em que morreu, José Saturnino cantou aboios como nunca o fizera em sua acidentada vida no campo, tangendo as reses.



Diz a crença popular que as pessoas antes de morrerem, revivem o passado. Se assim é, certamente naquela noite, o velho Saturnino deve se ter sentido, novamente de mosquetão, em punho.

Ao lado dos velhos e corajosos companheiros, fugindo das emboscadas armadas pelos Ferreira, com eles lutando com aquela coragem que guardou até os últimos momentos da vida.

Deveria ter-se visto vestido de gibão, chapéu e alpargatas de couro cru cavalgando por toda aquela região onde, quando não estava lutando, aboiava como um autêntico vaqueiro que era. Saturnino, afinal, está descansando.

Está sepultado, há cerca de 15 dias, na terra pela qual sempre viveu e lutou, porque a amava como a sua própria família. E com sua morte, com poucos registros na imprensa, desaparece uma figura da maior importância na história do cangaço brasileiro.

Apagava-se a figura de um homem que, durante toda a sua existência, dedicou-se a combater bandidos e bandoleiros, expondo-se à balas dos inimigos, num verdadeiro desafio à morte.

A morte que afinal, o levou de vencido em Serra Talhada, fazendo desaparecer um dos últimos remanescentes, e certamente de todos... da era de “Lampião”.

Adendo Lampião Aceso:

José Saturnino Alves de Barros faleceu em sua fazenda Maniçoba da Pedreira, em 5 de Agosto de 1980, com a idade de 86 anos e já sem lucidez. A matéria foi ilustrada por nós.


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REVISTA "REGIÃO" DE CRATO/CE.

A vingança do Tenente Antônio 

Reportagem de Osvaldo Alves
Jornalista Osvaldo Alves de Souza
Dizendo chamar-se legitimamente Antônio Manuel Filho, o tenente Antônio de Amélia, famoso por haver vingado a morte de um sócio, matando três cabras de Lampião, recebeu o repórter na sua Fazenda Piau, a cinco quilômetros da cidade de Ouricuri. Naquela visita fizemo-nos acompanhar do Dr. Edilton Luna, Promotor de Justiça de Bodocó e do jornalista Francisco Rocha, correspondente de "Região" no estado de Pernambuco.

A historia do tenente Antônio é longa e cheia de lances perigosos. Nascido em Alagoas, na cidade de Mata Grande, AL pertenceu a Policia pernambucana, na época de Lampião. Hoje é tranquilo fazendeiro em Ouricuri, somente molestado pela insistente curiosidade de algum repórter da revista Região, pois fomos os únicos, até agora, a localizar, no seu retiro, o valente oficial reformado da Policia pernambucana, muitos anos depois de sua arriscada aventura.

Trajando calça escura e camisa branca, óculos de grau a ponta do nariz, foi assim que encontramos Antônio de Amélia no alpendre da Casa Grande da Fazenda Piau. Inicialmente meio arredio, mas logo se derramou em cordialidade e falou com toda franqueza contando sua historia, suas proezas, suas aventuras, finalmente o desfecho com a morte de quatro elementos do grupo de Lampião. Foi bate-papo longo, aqui e acolá entremeado de risos do nosso entrevistado, quando recordava um episódio cômico ocorrido em meio a mais terrível expectativa, nas horas de maior perigo.

Corisco sangra Mizael e desfecha-lhe dois tiros na cabeça.

Primeiro veio a noticia: mataram Antônio Mizael. Corisco - Conta-nos o Tenente Antônio - Tocaiou o meu sócio Mizael. Ele tinha uma propriedade - O sitio Catinga. Deu feira em Inhapi, e depois foi empreitar umas terras para plantação de feijão.

Em lá chegando deparou com Corisco, cabra do grupo de Lampião. Com a ajuda de outros três bandidos Corisco amarrou o meu sócio, em seguida sangraram-no e depois deu dois tiros na cabeça. Recebi telegrama em Caruaru comunicando o fato.

Meio tonto com a noticia fui a Inhapi e comuniquei ao Prefeito Antônio Mota que iria fazer uma tragédia com a morte de Mizael. Só Deus evitaria de matar um dos cangaceiros. Mizael será vingado, custe o que custar. E preparei o plano.

Familiares do Tenente eram amigos de Lampião. 

Após um cafezinho servido as visitas, Antônio de Amélia prossegue no seu relato: "Estando, certo dia, em uma firma comercial, em Inhapi, em companhia do meu amigo corretor Pedro Paulo, expliquei para ele o meu desgosto por ter sabido da grande amizade de pessoas de minha família com Lampião e seus cangaceiros. Sendo eu da família, prefiro ir embora a ver acontecer alguma coisa desagradável com eles. A uma perguntas de Antônio Paulo, que o maior relacionamento de Lampião era com o meu parente Sebastião. Soube até que ele tem um rifle do bandido para consertar, além de um cantil que eles mandaram fazer de zinco e tem ainda umas cartucheiras enfeitadas de metal, também para conserto.

 O encontro com Sebastião

Sem mencionar o sobrenome de Sebastião, Antônio de Amélia conta as providências tomadas na articulação de seu plano para vingar a morte do sócio Mizael. Protestando, de inicio, suas ligações com o grupo de Lampião, Sebastião findou concordando com Antônio de Amélia. No momento travou-se este dialogo, entre os dois:
- Sebastião, vamos liquidar esses cabras?
- Não, porque ninguém pode. Eles são muito desconfiados e valentes como cobras venenosas.
- Confie no meu plano. Garanto que dará certo.
- Estou até esperando por alguns deles, para entregar umas encomendas.
 A longa espera 

Atendendo a uma sugestão de Sebastião, Antônio de Amélia conta que, em companhia de pessoa indicada por Sebastião, se dirigiu para o local não muito distante do sitio onde o seu parente teria encontro com os cabras de Virgolino. Ali aguardaria as noticias de Sebastião ou a ordem para se apresentar na casa onde estavam os bandidos. Antônio de Amélia conta que, durante oito horas, escondido no mato, ficou a espera de Sebastião, que só apareceu as dez da noite, esclarecendo que teve que realizar algumas compras em Inhapi e, de volta, demorou numa festinha de casamento.

- Pensei - disse Antônio de Amélia - que você tivesse denunciado o plano e nós é que iriamos morrer: A seguir Sebastião meio pessimista quanto ao bom resultado do plano do seu parente:

- Não vai dar jeito para vocês, apesar de Lampião não ter vindo com os cabras que já estão aqui. Quem veio comandando os cangaceiros foi Luiz Pedro, agora, tem muita gente. Estão distante daqui, uma légua.

Fingiram haver morto um soldado para gozar da confiança dos cangaceiros. 

Distante uma légua do sitio onde se encontravam Antônio de Amélia, seu primo Sebastião e Antônio Tiago, compadre do primeiro e amigo para enfrentar as mais difíceis situações, estava acampado um dos grupos do famoso bandoleiro do Pajeú. Foi neste local, conta Antônio de Amélia, que Sebastião, conhecido do grupo, pois para eles trabalhava em serviço de consertos de armas, costura de embornais e outras atividades de sua profissão, apresentou-me a mim e ao compadre Antônio Tiago: - Aqui é gente minha - esclareceu na hora da apresentação, adiantando: - Eles mataram um soldado e estão refugiados na Casa de João Aires. A policia os anda perseguindo, embora não saiba onde eles se encontram.

A historia da "morte" do soldado, ardilosamente criada por Antônio de Amélia, foi o bastante para que os estranhos passassem a gozar da simpatia e confiança do grupo. Para eles, cabras de Lampião era herói quem assassinasse um soldado e duas vezes herói quem matasse um oficial.

Integrados ao grupo, Antônio e seus companheiros passaram a dar os últimos retoques no plano. Pelo menos já haviam conseguido penetrar no bando, o que muito facilitaria a execução de tudo quanto imaginaram perpetrar para vingar a morte do sócio Mizael. Naquele mesmo dia, a sombra das árvores, comeram, beberam e dançaram, homem com homem.
Antônio de Amélia é o 4º à direita.

Interessante observação nos fez o Tenente Antônio de Amélia, a nos explicasse que mesmo sendo em pequeno grupo, os cabras de Lampião jamais dormiram todos agrupados num mesmo local. Na hora de dormir se espalhavam a fim de garantir uma reação no caso de serem surpreendidos por uma visita desagradável dos volantes policiais.

Encontro com Lampião. 

Reunidos ao grupo chefiado por Luiz Pedro, prossegue Antônio de Amélia na sua narração - Fomos a Fazenda de Pedro Ferreira, um amigo de Lampião.

Ali recebidos com muito queijo e carne seca de bode. Neste local os cabras demoraram pouco tempo. Daí seguiram ao encontro do chefe. A apresentação da mais nova aquisição do bando foi feita por Luiz Pedro.

- É gente de Sebastião - explicou o apresentador sob o olhar meio desconfiado de Lampião. Dada a grande confiança que gozava Sebastião junto a Lampião e seus cabras, os visitantes logo puderam ficar a vontade.

Grupo se divide para confundir as volantes 

Contou-nos Antônio de Amélia: Todos os elementos do grupo estavam reunidos. Lampião, tendo ao seu lado a companheira inseparável Maria Bonita, começou a distribuir ordens. Precisava demorar, por muito tempo, naquele acampamento, para repouso, depois de longas caminhadas e reiterados encontros com as volantes policiais e de ataques a indefesas cidades nordestinas. Chamando Suspeita, um dos seus fiéis comandados, ordenou que fosse a cidade de Mata Grande. E prosseguiu o Rei do cangaço:
- Receba umas encomendas de Sebastião e depois, da Mata Grande mate Alfredo Curim, Zé Horácio da Ipueira e faça 6 ou 7 mortes na família dos Bentos que é para ficarmos aqui despreocupados. De lá viaje para onde quiser, que passe fora uns 15 dias a um mês. 
Alegando Suspeita, que os cangaceiros do seu grupo precisavam arrumar certas coisas, Lampião autorizou que retirasse elementos de outros grupos. Foi aí que Fortaleza, que era do grupo de Luiz Pedro, Medalha, que sempre acompanhava o chefe, e Limoeiro, que pertencia a outro, passaram a compor o pessoal de Suspeita para o cumprimento daquelas ordens. Ao mesmo grupo nos incorporamos. Isto é, eu, Sebastião e Antônio Tiago. Mais tarde, quando estávamos de passagem pelo município de Santana, Zeca, irmão de Sebastião e Alfredo, seu primo, se reuniram a nós, após as necessárias apresentações.

Em diferentes direções outros grupos saíram.

Seguindo as ordens do capitão Virgolino, diversos grupos seguiram em diferentes direções, com o mesmo objetivo de desviar a atenção das volantes e facilitar a permanência de Lampião, naquele local: Um deles, disse-nos Antônio de Amélia, se dirigiu a Matinha de Agua Branca, terra da famosa baronesa, cujas joias foram roubadas por Lampião, no inicio de sua carreira.

Cangaceiros deram para desconfiar.

Acampados no meio da mata, Suspeita e sua gente aproveitaram a presença de Zeca, primo de Sebastião, que era bom rabequista, para, ao lado de uma fogueira, dançarem e beberem durante toda a noite.

Antônio de Amélia prossegue na sua narração: Aproveitando os cabras entretidos na dança, chamei Sebastião e disse para ele: vamos ter um pouquinho de cuidado com os cabras. Parece que eles estão um pouquinho desconfiados. Chamei depois o meu compadre Antônio Tiago e combinamos: 
- O primeiro tiro será dado por mim em "Fortaleza". Compadre Antônio cuida de "Limoeiro" e Sebastião de "Suspeita".
Aguardaremos, com cuidado a melhor oportunidade. Neste momento pude observar que Suspeita e Fortaleza se isolaram do grupo e, todos equipados, se dirigiam a um riacho nas proximidades do lugar de nosso acampamento.

Foi aí que Sebastião se dirigiu até o local onde os dois se achavam e perguntou:
- O que está havendo com você, Suspeita, que está triste e capiongo? 
Ao que Suspeita exclamou:
- Nada não, companheiro. Quem anda nessa vida precisa ter todo cuidado. Precisa confiar desconfiando. 
Sebastião retrucou:
- Então está desconfiando de mim que tudo tenho feito por vocês e gosto de você e do Capitão? Neste caso não mande mais me chamar para coisa nenhuma. E saiu para perto da fogueira. 
Diante da reação de Sebastião tudo voltou ao normal no acampamento, mesmo porque advertir, - disse Antônio de Amélia - para cessar a dança e o barulho da rabeca, pois dada a pequena distancia daquele local para a estrada, poderiam ser surpreendidos por alguma volante.
Tentativa frustrada.

Prosseguindo na entrevista, comenta Antônio de Amélia: todos reunidos ao pé da fogueira contavam anedotas ou relembravam fatos pitorescos ocorridos em outras ocasiões. Medalha levanta-se e se encontra a um pé de catingueira, enquanto Fortaleza se ampara em um toco escorou o embornal e ficou voltado para o fogo. Limoeiro, ao lado de Antônio Tiago, ouvia as historias que outros contavam. Foi neste momento que, ao me aproximar cautelosamente de Fortaleza, baixei o mosquetão em cima dele mas pinou a bala. Foi quando procurei despistar colocando rápido o rifle as costas e fui passando debaixo dos galhos das árvores. 

Nisto gritou Limoeiro:
 - O que foi? 
- Foi o galho que pegou aqui na mira do rifle. 
Passando o episódio, frustrada a primeira tentativa de liquidar os bandidos, pude distanciar-me um pouco e sacudi a bala fora, colocando outra na agulha. Antes, justifiquei o caso afirmando inexperiência no uso de armas daquele tipo.

A hora da vingança.

O momento da vingança chegou: disse o tenente Antônio, de volta após mudada a bala que falhou e colocada outra na agulha, desci o mosquetão e o primeiro tiro pegou na cara do bandido Fortaleza, que enterrou os pés e caiu em seguida por sobre os paus. Dei o segundo tiro que o atingiu no ombro. Nisto ouvi disparo: Era compadre Antônio Tiago havia atirado em Limoeiro, enquanto numa sequência rápida, Sebastião pegou Suspeita pelo meio.

Alfredo ataca Medalha e saíram aos trancos e barrancos numa luta corporal danada. Corri para lá e encontrei suspeita com Sebastião imprensado na ribanceira do riacho tentando puxar o punhal que, por ser grande demais, não dava para arrancar da cintura. Sebastião então grita para mim: chegue se não este cabra me mata. Bati com a boca do mosquetão no pé do ouvido do cabra que o sangue acompanhou. Nisso Sebastião pode dominar Suspeita e joga-lo no chão. Quis usar novamente o mosquetão, mas Sebastião gritou: 
Não atire que você pode errar e me atingir, e mesmo o bandido já está morrendo.
Em seguida corremos para o lugar onde António Tiago e Limoeiro se engalfinhavam numa luta de gigantes. Eram dois negros enrolados numa luta feroz.

Nisso Sebastião pegou nos cabelos de Limoeiro e exclamou: foi este bandido que sangrou o o finado Mizael. Fui mandado, disse Limoeiro.
- Pelo amor de Deus não me sangrem. Atirem na minha cabeça, mas não me sangrem. 
Um tiro reboou na mata. Caia morto o terceiro bandido. Estava vingada a morte do amigo de Antônio de Amélia. Partimos para o lugar onde Alfredo, pegado com medalha, tentava mata-lo. Alfredo é desses cabras vermelhos de cabelo ruim que quando pegam um não soltam. Ao nos ver disse:  
- Decá uma faca. Deixem eu matar este peste. 
Não permiti que matasse, explicando que deveria levá-lo para ser entregue as autoridades.

O diálogo entre Sebastião e Medalha

Outro episodio que nunca foi citado nos livros e reportagens sobre o rei do cangaço foi o que passamos a enfocar: já amarrado, pés e mãos, Medalha exclamou para Sebastião a que passou a tratar de Tião: 
- Como é que você faz dessas... chamar seus parceiros para vir matar a gente?
Ao que Tião responde: 
- Vocês estão acostumados a matar com facilidade, nós também podemos matar vocês na facilidade.
- Eu não sou homem para ser preso, me atirem na cabeça... me sangrem que eu fico satisfeito.
- Você está preso e garantido, explicou Tião.
No meio da luta uma segunda vingança

Praticamente encerrado o impasse entre matar ou prender, entra em cena novamente Alfredo, de arma em punho. Com revolver colocado por cima dos ombros de Tião, desfechou um tiro certeiro na cabeça de medalha. Tombou o quarto bandido. É o próprio Tenente Antônio de Amélia, explica a interferência de Alfredo no caso Medalha: 

No meio da luta o velho Félix, pai de Alfredo, ao se aproximar do local do acampamento foi atingido por uma bala no peito esquerdo e foi fulminado na hora. O filho, como um louco, viu o pai cair morto e não teve outra alternativa a não ser a de matar, com a pistola de Limoeiro, mais um bandido do grupo sinistro de Lampião.
Exposição macabra dos bandoleiros e no caixão Félix Alves, 
pai de Alfredo.



 O enterro coletivo dos quatro cangaceiros no cemitério de Mata Grande.
Noite Ilustrada, Edição 319 de 12 de outubro de 1935. Página 10
 Cortesia do scanner: Robério Santos

Créditos: Roberto de Carvalho 
Transcrição Antonio Moraes para o Blog do Sanharol 
Correções e adição de imagens: Lampião Aceso

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Adendo Lampião Aceso

A literatura nos diz que este grupo foi orientado pelo tenente Joaquim "Grande", mas em nenhum momento este ou outro oficial é citado por Antônio de Amélia. De acordo com a legenda das duas primeiras fotografias o fato ocorreu entre 18 e 19 de setembro de 1935 em Mata Grande Alagoas.


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