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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

ADUERN REALIZA LANÇAMENTO DE AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA EM MOSSORÓ NA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA


A Aduern – Associação dos Docentes da UERN – realiza, na próxima quinta-feira (11), o lançamento do Núcleo da Auditoria Cidadã da Dívida em Mossoró.  A Auditoria é uma associação sem fins lucrativos quer visa realizar, de maneira coletiva e democrática, um monitoramento das contas dos Governos, garantindo a devida transparência no processo de endividamento de estados, municípios e federação.

O lançamento do Núcleo terá início às 8h com a palestra “Os impactos da Previdência Complementar no Funcionalismo Público”, que será ministrada pela docente da UERN Rivânia Moura, que é especialista na temática. A atividade acontecerá na sede da ADUERN e vai discutir as consequências da adesão à previdência complementar e fundos de pensão para os trabalhadores do serviço público, em especial na esfera estadual.

Durante a tarde será realizada uma reunião unificada com diversos sindicatos e entidades políticas que farão parte do núcleo da Auditoria em Mossoró. Neste espaço serão pensadas estratégias de organização e mobilização para a causa.

A partir das 19h será apresentada a palestra "Dívida Pública dos Estados”, facilitada pelo Professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) José Menezes Gomes, que é membro da direção nacional da Auditoria Cidadã. A discussão, que também acontece na sede da ADUERN, vai apresentar a natureza da dívida pública brasileira, os montantes recebidos e pagos pelos Bancos, a destinação dos recursos e os beneficiários dos pagamentos de juros, amortizações, comissões e demais gastos. 

Confira  a programação completa :
Palestra “Os impactos da Previdência Complementar no Funcionalismo Público -Professora Rivânia Moura (UERN)


08h às 12h


Sede da ADUERN
Reunião unificada dos sindicatos
15h às 17h
  Sede da ADUERN
”Palestra “Dívida Publica dos Estados”  - Professor José Menezes (UFAL)
19 às 22h
  Sede da ADUERN




Jornalista
Cláudio Palheta Jr.
Telefones Pessoais :

(84) 88703982 (preferencial) 
Telefones da ADUERN: 



ADUERN

Av. Prof. Antonio Campos, 06 - Costa e Silva
Cep: 59.625-620
Mossoró / RN
Seção Sindical do Andes-SN
Presidente da ADUERN
Lemuel Rodrigues

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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AULA INAUGURAL DA ESPECIALIZAÇÃO


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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MARAVILHA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 10 de agosto de 2016 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.558

Maravilha, cidade sertaneja de Alagoas, já pertenceu a Santana do Ipanema. Geograficamente chamada de cidade brejo de pé de serra, já teve nome horrível, mas reverteu para sua melhor sorte. Situada no sopé da serra da Caiçara – uma das mais altas do estado – tem arranjado sensível melhora no seu aspecto físico. Ligeiramente inclinada favorece o escoamento das águas pluviais das suas chuvas de relevo. Maravilha não é tão grande assim e compete com Ouro Branco, cidade vizinha assentada em amplo lajeado de granito. Seu povo é tão bom quanto atesta o nome da cidade.

Foto: (correionotíciablog).

Após a descoberta em sítio arqueológico da preguiça gigante, a cidade tomou gosto pelo desenvolvimento, embelezou-se e ostenta em seus jardins públicos a imagem da preguiça gigante como monumentos. Isso tem atraído milhares de visitantes curiosos em torno das pesquisas realizadas naquele município. No livro “Lampião em Alagoas”, os autores Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Fausto, falam sobre as incursões que Virgulino Ferreira da Silva fazia naquela região, antes da fama adquirida. Foi por ali que aconteceu a morte de um dos irmãos Porcino, bando em que Ferreira havia se metido quando veio morar nas Alagoas.

O seu maior cartão de visita, porém, continua sendo a imponente serra da Caiçara que se estende por outros municípios. Atualmente a montanha também é chamada de serra da Maravilha e, contemplar fatia do sertão do alto de seu lombo é um privilégio inesquecível.

Para se chegar a “Terra da Preguiça Gigante”, indo da capital para o Sertão pela BR-316, é só passar à cidade de Santana do Ipanema e logo, logo, estará em Maravilha com seus barzinhos noturnos aconchegantes. Daí é só admirar o seu museu e respeitar os seus monumentos, de resto, é maravilha pura!...


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NOTA DE PESAR FALECEU RICARDO ALBUQUERQUE


Faleceu nesta quarta-feira (10) em Fortaleza o empresário e pesquisador cearense Ricardo Albuquerque.

Ricardo era filho de Chico Albuquerque. Era escritor e, um dos herdeiros da ABAFILM - empresa varejista de fotografia e material fotográfico brasileira fundada em 1934, em Fortaleza, por Ademar Bezerra de Albuquerque, seu avô. 

 Ademar Bezerra de Albuquerque

Ademar foi quem forneceu os meios necessários para que o árabe Benjamin Abrahão pudesse FILMAR e fotografar ninguém menos que Virgolino Ferreira "Lampião" e seu grupo em plena caatinga nordestina.

Francisco Afonso de Albuquerque

Tanto as fotos quanto o que restou do filme compõem o livro organizado por Ricardo "Iconografia do Cangaço" lançado em 2012.

De acordo com seu filho Marco Albuquerque, o sepultamento ocorrerá nesta quinta-feira (11) em Fortaleza.

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2016/08/nota-de-pesar.html

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ONÇA COM FOME E SEDE

*Rangel Alves da Costa

Diferentemente do que se imaginava, aquela onça não tinha por hábito atacar e devorar qualquer outro animal ou homem que encontrasse pela frente. Era arredia, calma, quase em mansidão no seu habitat e arredores.

A onça, de modo geral e como costumeiramente se comenta, é tida como um dos mais perigosos e ferozes animais. E é mesmo. Suas garras, sua sanha, sua impulsão ao pulo ante a presa, são conhecidas e temidas pelas matarias onde ainda habita. Umas poucas apenas, pois sob o risco de extinção ante o avanço do homem sobre as matas.

A onça é um mamífero carnívoro da família dos felídeos, rivalizando em ferocidade com o tigre e o leão. Felino de grande porte, com o corpo recoberto de pelos rajados entre o negro e o amarelado acastanhado. Geralmente solitária, andando sem pressa, possui, porém, um faro que vai mapeando tudo ao redor e um olhar de longo e seletivo alcance.

Caminha silenciosa, furtiva, entre tufos e folhagens, em busca de seu alimento. Uma vez encontrado, avança em alta velocidade e se lança em veloz e longo salto até imobilizar sua presa. Come o bicho do mato, o animal da fazenda, até mesmo o ser humano que encontrar. Tudo depende de sua fome.

Os ferozes ataques não são costumeiros, pois se contenta com os pequenos animais que devora. Contudo, a situação muda quando somem seus pratos do dia a dia e quanto mais fareja, olha e procura, mais a falta de alimento vai se transformando em perigo a tudo o que ser encontrado. É quando avança de seu território e adentra em pastagens e até arredores das casas.

Verdade é que quando a pintada se vê aperreada pela fome, tudo o que encontrar pela frente se torna em presa. Primeiro ronda, depois avança lentamente, em seguida salta sobre a vítima já com as garras navalhadas e prontas para abocanhar e destroçar todo o corpo. Come com tamanha avidez que em pouco instante somente a carcaça restará aos urubus e outros carnicentos.


Mas, como dito, a onça é animal manso, sossegado, pacificamente vivendo os seus dias. Tudo começa a mudar a partir do instante em que se sente ameaçada por outros predadores - bicho e homem - ou quando tem fome. E quando tem fome e sede então todo o instinto de fera feroz toma conta de si. E ai de quem se coloque adiante em momentos assim.

É próprio dos animais - e não somente das onças - a ferocidade e o ataque como instintos de sobrevivência. Quando se sentem ameaçados, verdadeiramente se transformam em monstros aterrorizantes. O menor animal se modifica como pode, busca forças escondidas, e de repente faz sucumbir até mesmo aquele de força e ferocidade superiores. Como bem diz o ditado, quando pisado até mesmo o menor verme se revira. E para contra-atacar.

Daí surgir a onça no ser humano. E uma pintada selvagem, bruta, selvagem, violenta ao extremo. Mas por que assim, por que também o homem se animaliza tanto e tão vorazmente? Pela mesma situação da onça, ao menos em alguns. Pessoas calmas, pacíficas, educadas, fraternas, e num instante já partem com garras afiadas contra sua ameaça, seu oponente ou seu predador.

O homem, quando ferido na alma, na honra, na dignidade, na sua moral, no seu corpo, na sua integridade, no seu viver pacífico, também passa a ter a mesma fome e a mesma sede que a onça pintada. E passa a demonstrar uma valentia impressionante e jamais imaginada para uma pessoa tão avessa às violências.

Mais uma vez a história do verme: quando pisado até mesmo o menor verme se revira. E mais: quando injustiçado, quando injustamente ferido, quando pisado na sua honra e no seu caráter, o instinto mais pacífico acaba clamando pelo troco em igual medida ou em maior proporção, a depender de quem venha a desonra ou a ameaça. Um fato normal, apenas humano, quando a ninguém é dado ferir sem ser ferido, fazendo valer o olho por olho dente por dente. Ou apenas a arma que se tenha perante o ataque.

O homem é a mesma onça nos seus habitats. Cada um procura apenas sobreviver sem precisar enfrentar predadores muito perigosos. Ataca-se quando preciso, mas evita-se viver com garras à mostra ou com navalha à mão. Mas não há jeito. Sempre a fome e a sede são trazidas pelo forasteiro que se arvora do direito de ameaçar. Então não haverá outra resposta senão o ataque feroz.

Escritor
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ANIVERSÁRIO DO ÚLTIMO CANGACEIRO CORISCO


Apresenta Datas Marcantes (10 de Agosto de 2016)

Hoje se comemora o aniversário de Cristino Gomes da Silva Cleto conhecido como "Corisco". Nasceu em 10 de Agosto de 1907, em Matinha de Água Branca, Alagoas. A 109 anos atrás...

Um dos cangaceiros mais destacado da História.

O "Diabo Loiro" como ficou conhecido, morreu numa emboscada na tarde de 25 de Maio de 1940.

ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Cristino Gomes da Silva Cleto mais conhecido como Corisco (Água Branca10 de agosto de 1907 - Barra do Mendes, em 25 de maio de 1940). Foi um cangaceiro do bando de Virgulino Ferreira da Silva, apelidado Lampião. Também era conhecido como Diabo Louro.

Em meados do ano de 1938 a polícia alagoana matou e degolou onze cangaceiros que se encontravam acampados na fazenda Angico, no estado de Sergipe; entre eles encontravam-se Lampião e Maria Bonita. Corisco ao receber essa notícia, vingou-se furiosamente, matando a família do fazendeiro acusado de delatar o bando à polícia, porém assassinou as pessoas erradas.[1]

Morte

Em 1940 o governo Vargas promulgou uma lei concedendo anistia aos cangaceiros que se rendessem. Corisco e sua mulher Dadá já haviam decidido deixar o cangaço desde 1939, quando no ano seguinte estavam no estado da Bahia, na cidade de Barra do Mendes, em um povoado denominado Fazenda Pacheco. O casal repousava em uma casa de farinha após almoçarem, e estavam desarmados. O ataque foi comandado pela volante do Zé Rufino, juntamente com o Ten. José Otávio de Sena. Corisco foi surpreendido, mas não se entregou, dizendo a Rufino que não era homem de se entregar. Foi metralhado na barriga, deixando seu intestino fora do abdômen, ainda vivendo por 10 horas depois da rajada de tiros.[3] Dadá precisou amputar a perna direita. Com as mortes de Lampião e Corisco, o cangaço nordestino enfraqueceu-se e acabou se extinguindo.

Corisco foi enterrado no cemitério da Consolação em Miguel Calmon, na Bahia. Depois de alguns dias sua sepultura foi violada, e seu corpo exumado. Seus restos mortais ficaram expostos durante 30 anos no Museu Nina Rodrigues ao lado das cabeças de Lampião e Maria Bonita.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Corisco

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1080503395360371&set=gm.1282252281787887&type=3&theater

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TOMBAMENTO DA CASA DE CHICO PEREIRA

Artigo do Secretário da Cultura da Paraíba, Lau Siqueira.

"Recebo com alegria a notícia que o IPHAEP consolidou o tombamento da Casa do Sítio Jacu, antiga residência do ex-cangaceiro Chico Pereira, em Nazarezinho-PB. É a memória viva do Cangaço respirando ainda pelos sertões. Mais um passo para a construção do Memorial do Cangaço na Paraíba. Uma luta do Grupo de Estudos Cariri Cangaço, um coletivo de estudiosos e militantes apaixonados pelas histórias do Cangaço e as suas influências na cultura nordestina. Um passo importante para a solução dos conflitos familiares em relação ao destino de um imóvel com uma importância histórica insubstituível. Numa das fotos acompanho o GE Cariri Cangaço numa visita técnica ao sítio em 2014, quando presidia a FUNESC. Emociona ver a história viva na entrada da cidade, as balas ainda cravadas na parede... Também ainda se sente o cheiro de um tempo em que o sertanejo que se tornava cangaceiro por conta das condições sócio-culturais da época. Gratidão, Cassandra Figueirêdo Dias e toda equipe do IPHAEP! :) Gratidão, Iris Mendes Medeiros! Bravo, Grupo de Estudos Cariri Cangaço! Grande Manoel Severo Barbosa!!! :)

Vejam os Manifestos da Família Cariri Cangaço pela restauração da Casa de Chico Pereira:


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CONVITE - LANÇAMENTO DO LIVRO DO PROF. BENEDITO VASCONCELOS MENDES



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LAMPIÃO - FOI VENENO OU NÃO? DEBATE VIRTUAL


Lampião: O Capitão do sertão! - Foi ou não foi veneno?

A hipótese do envenenamento existe e não podemos deixar de levar em conta as afirmativas e suposições de alguns pesquisadores e curiosos pelo tema cangaço. 

(Coiteiro Pedro de Cândido é o da Esquerda o da Direita é um Comerciante de Piranhas) - http://portaldocangaco.blogspot.com.br

Alguns dizem que o coiteiro Pedro Cândido era homem de confiança de Lampião e poderia ter levado bebidas com veneno ou soníferos, outros que tinha o coiteiro levado pães envenenados. 

Esses argumentos, dizem, podem ser constatados pela morte de urubus após terem comido as vísceras dos cangaceiros e também por quase não ter havido reação do bando. 

O assunto é bastante controverso e merece que tenhamos a mente aberta para os prós e contras da teoria. Eis um bom e interessante debate que merece ser lido, e que se deu na home-page do grupo público HISTORIOGRAFIA DO CANGAÇO no Facebook.



http://meneleu.blogspot.com.br/2016/08/lampiao-foi-veneno-ou-nao-debate-virtual.html

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SEU OSÉAS: TEM PUXA?

Por Clerisvaldo B. Chagas, 08 de agosto de 2016 - Crônica 1.557

Da feira não gostava, mas amava os seus produtos. Afinal, quem do sertão nordestino rejeita um “tijolo” de jaca, de raiz de imbuzeiro, uma broa macia ou o quebra-queixo com amendoim e castanha? Pode também ser um bolo de mandioca ou a malvada morosilha. Mas lá no Ginásio Santana não havia nada disso, somente na feira do sábado, camarada. Perto do Ginásio havia sim, a bodega de Seu Oséas na esquina do Bairro Monumento. 

Foto: (Cozinnhanatureb)

E entre uma licença ou outra do Curso de Admissão, vamos nós à esquina do homem que vendia puxa. A puxa nada mais era de que um doce comprido, torcido e enrolado em papel manteiga. Por um lado parecia um macarrão, cuja espessura não chegava a um dedo mínimo. Não era doce demais e ligava nos dentes que era uma beleza. E assim, na falta das guloseimas da feira, a bodega fazia a felicidade da meninada.

Tem puxa, seu Oséas?

Ora, após tanto tempo fui descobrir numa banca em Maceió, a tal da puxa santanense. Estava lá, bem no cantinho do tabuleiro, para minha incredulidade. Rodeei a banca, rodeei a mulher e, com vergonha de estar enganado apontei com o dedo perguntando o que era aquilo. A lembrança trazia a voz suave do homem da bodega, a marca de uma meia lua na face e um bigode caprichado.

Na banca, era o mesmo o produto suspeito, igual nomenclatura, mas não sei afirmar sobre o sabor. De repente me vi indagando ao bodegueiro educado de Santana:

- Seu Oséas, tem puxa?

A sua resposta lembro claramente. Mas havia seu sogro que às vezes despachava também. Agastado, nervoso, puxando uma perna, talvez não desse resposta igual ao titular. Como vivia sempre a remoer a situação do país, imagino uma resposta nunca dita, mas...
- Seu Artur, tem puxa!

- Puxa mesmo, acabou, mas tem ladrão feito à peste!


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FEIRA DE MANGAIO PROFESSOR DA UERN GANHA CONCURSO DE CRÔNICAS NA PARAÍBA


O professor universitário José Romero Araújo Cardoso, do curso de Geografia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), foi o grande campeão do II Lembrança do Ídolo, um concurso de crônicas realizado em São João do Rio do Peixe-PB. Este ano o homenageado foi o multi-instrumentista Sivuca. Ele também ficou em segundo lugar no II Concurso Prêmio A Carta, que neste ano homenageou Seu Januário, o pai de Luiz Gonzaga.

Natural da cidade de Pombal (PB), o professor Romero irá ao município de São João do Rio do Peixe-PB, onde receberá sua premiação e troféu durante o IX Festival de Músicas Gonzagueanas (FESMUZA), no dia 20 de agosto.

Crônica - “As feiras livres nordestinas caracterizaram-se, em um passado não muito distante, por serem verdadeiros repositórios para a comercialização da produção artesanal, as quais personificam formas perfeitas e acabadas do trabalho coletivo ou individual com pouco ou nenhum uso dos artefatos sofisticados surgidos com a industrialização.

Em épocas pretéritas havia ênfase quase absoluta nas feiras livres nordestinas para a venda do que era produzido na região ou na própria localidade, estando hoje visivelmente submetidas aos ditames contidos no comportamento da economia globalizada, sendo facilmente encontrados produtos de fora, do exterior, em consonância com a oferta de objetos e demais artes da cultura popular genuinamente regional. Nesses espaços marcantes, a interação entre as pessoas verifica-se notavelmente, fomentando formas variadas de contato, as quais vão da pechincha dos fregueses com comerciantes ao bate-papo descontraído sobre fatos e personagens locais e das redondezas, entre inúmeras outras maneiras de tangência direta da própria sociedade.

Momento sublime de referência às feiras livres nordestinas encontra-se em composição musical de autorias de Severino Dias de Oliveira, mais conhecido como Sivuca (Itabaiana/PB, 26 de Maio de 1930 – João Pessoa/PB, 14 de Dezembro de 2006) e de Glória Gadelha (Sousa – Paraíba, 19 de Fevereiro de 1947 - ), a qual sintetiza de forma invulgar e extraordinária a importância assumida pelas manifestações da cultura popular enquanto marca indelével dos espaços abertos que integram economicamente os circuitos inferiores do processo de comercialização no Nordeste Brasileiro.

O povo sertanejo, com suas criações, invenções, interações e maneiras como se apresenta a culinária regional, integram os refrões marcantes de uma das mais belas canções regionais, pois é notável o apelo à compra do que é ofertado através do destaque dado aos produtos. Fumo de rolo, arreio, cangalha, bolo de milho, broa, cocada, pé-de-moleque, alecrim, canela, cabresto de cavalo, rabichola, pavio de candeeiro, panela de barro, farinha, rapadura e graviola são vendidos há tempos imemoriais em feiras livres nordestinas, razão pela qual a identificação espaço-tempo é realizada sem nenhum empecilho no que tange ao entendimento por aqueles que, nordestinos de fato, escutam Feira de Mangaio, tendo em vista que, invocando conceitos pertinentes a lugar e ao espaço vivido, a tradução precisa acerca de pertencimento está explícita de forma clara e objetiva, pois as representações da geografia humana contidas em uma feira livre nordestina estão definidas com precisão, razão pela qual personagens reais do mundo dos compositores, sobretudo ao que pertence Glorinha Gadelha, estão imortalizados através da arte sublime de dois gênios de sensibilidade extraordinária, aos quais o povo do Nordeste deve agradecer eternamente pelo legado ímpar e autêntico que valoriza exponencialmente toda região.

Tudo foi logisticamente invocado em Feira de Mangaio, desde a feira de pássaros à vendinha localizada de forma estratégica, a qual não pode faltar em uma feira livre nordestina, onde um mangaieiro ia se animar, tomando bicada com lambu assado, olhando para Maria do Joá, passando pelo sanfoneiro no canto da rua, fazendo floreio para a gente dançar, com Zefa de Purcina fazendo renda e o ronco do fole sem parar, dando ênfase à necessidade do sertanejo de xaxar o roçado que nem boi de carro para garantir a sobrevivência de si próprio e da sua família, finalizando com o fomento de que alpargata de arrasto não quer lhe levar para sua labuta, pois o forró inebriante tomava conta da feira em todos os quadrantes.

Causa admiração que Feira de Mangaio tenha sido composta na globalizada e cosmopolita Nova York, quando o casal residia nos Estados Unidos. A estrutura começou a se efetivar quando Glorinha Gadelha estava em uma aula de inglês, sendo concluída em um fast food da McDonalds, mas foi a bucólica e sertaneja cidade-sorriso que serviu de inspiração para um dos mais belos símbolos musicais do Nordeste Brasileiro.

” [1] Crônica vencedora do II Concurso Lembrança do ídolo, promovido pelo Grupo União São Francisco – Caldeirão Político no ensejo do IX Festival de Músicas Gonzagueanas.


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ATRIZ DE 'LAMPIÃO E MARIA BONITA' SE DEDICA A SPA, MAS SENTE FALTA DA TV

Por Paula Fadul Do Gshow, Rio
Tânia Alves como Maria Bonita e nos tempos de hoje (Foto: CDOC/TV Globo e Arquivo pessoal)

Em entrevista, Tânia Alves confessa que ficou arrepiada enquanto falava da minissérie e conta algumas lembranças da gravação

Há quase 33 anos, Tânia Alves fazia história na televisão protagonizando a primeira minissérie da Rede Globo, Lampião (Nelson Xavier) e Maria Bonita (Tânia), que volta a ser exibida nesta quinta, dia 22, em formato de filme. Hoje, a atriz se divide entre seu spa e shows de música, mas garante que está louca para voltar à TV.

Maria Bonita e Lampião (Foto: CDOC/TV Globo)

“Tenho me desdobrado entre a carreia artística – no momento mais como cantora – e também com o SPA. Mas televisão eu adoro! Estou morrendo de vontade de fazer. Aliás, estou sentindo síndrome de abstinência, com muita vontade de voltar a atuar”, confessa Tânia, cujo último papel em novelas foi em Araguaia.

Em uma entrevista exclusiva ao GSHOW, ela confessa que ficou arrepiada enquanto relembrava a trama, conta algumas lembranças da época de gravação e que ainda é reconhecida nas ruas por Maria Bonita. A cantora ainda enumera algumas terapias “alternativas” do seu espaço de beleza. Confira tudo abaixo!

Tânia em família com filhos Leonardo e Gabriela e o marido, DJ Dan Rodriguez. (Foto: Arquivo pessoal)

Reconhecimento

“Ainda sou muito lembrada por este personagem, eu fico impressionada. A gente quando faz novela, por exemplo, quando está no ar é muito assédio, imprensa, telefonemas e tal. Mas quando a trama sai do ar, há uma transmutação e as pessoas só querem ver quem passou a estar no ar. Mas fico impressionada: nunca ninguém esqueceu (a Maria Bonita). E não foram 180 capítulos, como é a média de novela, foram oito, há mais de 30 anos. Quem viu, mesmo quando era muito pequenininho, não esquece. As pessoas ainda vêm falar comigo emocionadas. É antológico”.

Maria Bonita


Tânia Alves como Maria Bonita (Foto: CDOC/TV Globo)

“Eu sou apaixonada por Maria Bonita, mudou minha vida artística. Foi um divisor de águas. Porque a TV tem uma penetração muito maior. Eu já tinha feito dez espetáculos, alguns filmes, mas com a Maria Bonita, da noite para o dia, já fiquei conhecida. As pessoas me paravam na rua, aí já era um outro patamar”.

Lembranças de gravação

“Lembro que eu saía às 4 da madrugada com o maquiador para fazer tudo com calma para montar Maria Bonita: colocar uma cor morena, porque eu sou branquela. Ele também colocava gelinho no meu rosto... Quando chegavam os cangaceiros de figuração e, principalmente, o Nelson Xavier, a Maria Bonita vinha, não tinha como. No meio da caatinga mesmo, ficávamos sediados em Paulo Afonso, uma cidade do sul da Bahia, e dali nós íamos para os sertões. Quando eu via aquilo era emocionante”.

O SPA

Tânia Alves em momento relax (Foto: Arquivo pessoal)

“É uma loucura, é uma bola de neve de acontecimentos. Em 2004, por exemplo, trouxemos uma jornada xamânica, com xamãs e pajés para práticas das filosofias dos índios das Américas. Terapeuticamente é maravilhoso, como autoconhecimento também. E ainda vieram pessoas do mundo inteiro para fazer o retiro do silêncio por quatro dias no nosso SPA”.

Terapias alternativas?

“Eu tenho um amor à vida muito grande. Sempre gostei de cuidar de saúde, porque beleza é consequência. Eu coloco em primeiro lugar mesmo a minha energia. Então cuido da alimentação e faço atividades físicas. Vivi os anos 70, que foram uma época revolucionária em todos os sentidos e abriram para as coisas chamadas terapias ‘alternativas’ – não gosto dessa palavra - , mas eram como eram chamadas na época”.


Tânia Alves (Foto: Arquivo pessoal)
Tânia Alves (Foto: Arquivo pessoal)

Luz, Câmera 50 anos

O ano em que a Globo completa 50 anos começa com uma reedição inovadora de obras que marcaram a história da televisão.  O ‘Luz, Câmera 50 anos’ exibe 12 telefilmes extraídos de séries, minisséries e seriados da televisão brasileira. O festival vai ao ar de terça a sexta-feira, após o ‘BBB15’ em sua terceira semana.

http://gshow.globo.com/Especiais-50-anos/noticia/2015/01/atriz-de-lampiao-e-maria-bonita-se-dedica-spa-mas-sente-falta-da-tv.html

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