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segunda-feira, 4 de julho de 2016

A POMBAL DO PASSADO

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

A Pombal do passado me chega de leve e se ele atrasar me faz falta.

Faz-me falta deitar-me de papo pro ar e contar as estrelas nas horas noturnas de Pombal.

Faz-me falta o vôo dos morcegos em casas assombradas, olhar para cima e ver casas de maribondos num telhado de madeira onde o cupim comendo o tempo faz crepitar, como lenha em fogueira de São João, numa noite que cheira a milho assado naquelas brasas fumegantes.


Onde anda o cheiro das coisas, hoje velhas, que foi nova na minha juventude e que ficou perdida em uma alguma sombra de algarobas daquelas tardes quentes de Pombal?

O sol não era tão quente e a falta do tudo que hoje nos falta não fazia a diferença. Hoje faz diferença os sonhos que não realizamos e faz diferença a lista cada vez mais curta de verdadeiros amigos que escrevemos e apagamos do nosso caderno a cada dia.

O badalar cadenciado do sino da Matriz e a procissão do Rosário serpenteando pelas ruas com as pagadoras de promessas, mas pedras e coroas de espinho na cabeça, outras pés no chão.

As pessoas do meu tempo, com seus nomes esquisitos, como: Nego Panela, Cachorra Velha, Fitita, , Marreta, Mané Pinga, Nego Chalé, Miquiquiu, Sabonete, Nego Piaba, Mão de Onça Pecado, Papel, Maria Queixinho, Semba, Maduro, Zé de Dozim, Maria do Menino, Macaco, Laura Preá e Canção entre outros.


As ruas do tempo que eu falo eram tão poucas, e denominavam-se por Nova, do Comercio, do Rio, Estreita e dos Pereiros.

Bairros distantes do centro eram logo ali como Nova Vida, Alto do Cruzeiro e Cassete Armado e Rua de Baixo. A minha aldeia era tão pequena e singular que cabia dentro das minhas poesias de rimas pobres.


Novidades que quebravam a monotonia bucólica da minha aldeia era circo na cidade, que trazia pessoas de fora, palhaço sem graça como Batatinha, anão de nome esquisito como Pinduca ou moça de família fugindo com o trapezista para a decepção dos pais.

Vendedor de Quebra queixo, que aceitava de garrafa vazia a arame de cobre, isso na falta dos preciosos centavos, e o carro das Lojas Paulista ou Camisaria de Tiquinho anunciando as ofertas da semana, seguido por uma cambada de moleque disputando as balas que eram jogadas ao léu pelos anunciantes.


No São João, o Pau de Sebo organizado pelo Professor Arlindo, com suas prendas inacessíveis; no São Pedro as quermesses dos Pereiros e as mulheres do Cordão Azul e Encarnado, na disputa pela maior e melhor barraca na Festa do Rosário.

Caminhar de pés descalços pela lama das ruas do meu tempo, que se formavam nas primeiras chuvas; disputar com outros moleques as bicas por onde jorravam as águas cheirosas e frias do inverno, quando havia.
Brinquedo bom era o papagaio colorido ou carrinho de lata que nós mesmo fazíamos juntando latas de leite arame e barbantes.


A penicilina que vinha pelas agulhas de aço no bagageiro da bicicleta de seu Zé de Santa e a disciplina nas filas João da Mata que era estampado rosto do porteiro Zé de Júlia ou na sineta tocada por Dona Livinha, que anunciava o bom e esperado recreio.

O passado me chega de leve e traz a minha boca o gosto azedo dos tamarindos da Praça do Centenário, o picolé da soverteria Tropical e o algodão doce na porta da Sede, antes da primeira matinê dos domingos de Carnavais.


Ouço o fantasmagórico som dos dados jogados na mesa de Ludo, onde bêbados, estudantes e desocupados disputavam as poucas sombras das algarobas, com os animais soltos nas ruas feito gente.


Ouço a minha voz gritando gol num peleja futebolística no avelozão onde os nosso ídolos do futebol moram logo ali na esquina e atendem por nomes como Craques da qualidade de Agnelo, Zé de Dozinho, Edílson(goleiro) Valdemar Pereira, Eron Leite, Carin, Zaqueu, Agamenon, Arioaldo, João de Aristides, Zé Queiroga, Natal Queiroga, Ruy Alcântara, Mixuruca, Dilau, sem dúvida, foram os responsáveis pela época de ouro do nosso futebol.Chico Sales, Zé de Duca, Alfredo, Carlos César, Xixico, Luiz Camilo, Magro Zequinha, Carrinho, Curinha, João Rapadura Nenzinho, Werneck, Bosco Alencar, Klebe, Esdras, Ridney, entre outros.

Jerdivan Nóbrega de Araújo. Escritor. Poeta. Advogado. Funcionário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Pom, balense, radicado em João Pessoa.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

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JEGUES, JUMENTOS E COISA E TAL

Por Clerisvaldo B. Chagas, 4 de julho de 2016 - Crônica 1.543

Pesquisando pelos mangues, falésias, restingas e lagoas, não deixamos de cruzar inúmeras vezes pelas rodovias modernas do estado. Tanto nas rodovias da Planície Litorânea, quanto nas do Baixo Planalto dos Tabuleiros, nos deparamos com jumentos nas pistas. E o jegue, já se sabe, não liga para buzinas e nem para palavrões. Dizem que o Equus asinus é pré-histórico. A suspeita é que o jumento do Brasil tenha vindo do norte de África.

Foto (proagri)

O bicho que tanto serviu pelos sertões, hoje se acha desvalorizado e custa apenas um real. Foi trocado modernamente pelo trator, moto e camioneta. Vive pelas estradas, ignorados pelo governo e cobiçado pelos espertos para abatedouros clandestinos. Um país que tanto fala em proteger os animais esquece-se do asno forte, paciente, trabalhador e viril.

Na década de 60, em Santana do Ipanema, o povo admirava os dois enormes jumentos Pegas (ê) do comerciante Isaías Rego, fazendeiro e panificador. Todas as tardes os dois animais devoravam os pães boias, colocados em caçuás na calçada da padaria. Nós também admirávamos a força de um jegue Canindé em nossa fazenda no pé da serra da Camonga. Menor do que o jumento Pega, pelagem marrom e desempenho de trem de ferro. Fazenda sertaneja sem jumento e carro de boi, não tinha prestígio. Lembramos também de uma farra que certo “coronel” fez e convidou os amigos para um almoço. Somente depois da refeição, levou a prova do crime para os convivas. Tratava-se de carne de jumenta. Elogios e vômitos foram apresentados sob gargalhadas do “coronel” matador de gente.

Enquanto os jegues vagueiam sem destino, surge solução esdrúxula de outro jegue sádico de dois pés que escapou da récua.

 E se ninguém nunca assaltou montado num jumento, sua substituta, a moto, tornou-se a campeã brasileira dessa fuleragem.

Quanto ao modo de despachar os vivos, o jegue mata parado, a moto, correndo!


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QUANDO PARECE QUE DEUS SE DISTANCIA DA GENTE

*Rangel Alves da Costa

Às vezes, depois de tanto tempo pedindo, rogando, implorando, ajoelhando-se aos pés do altar, fazendo flamejar velas e louvações, tudo parece desanimar quando nada acontece, quando nada é resolvido, quando os mesmos tormentos continuam afligindo a alma e todo o ser.

Não é por falta de fé, de orações, de missas e silenciosas e aflitivas conversas perante as imagens dos santos e anjos e da divindade maior. Não é por falta de crença e esperança, pois sempre há a certeza que as graças divinas logo chegarão em auxílio. Mas ainda assim nada acontece.

Também não é pela religiosidade de momento ou pela busca de Deus somente em estados de precisão e necessidade. Do mesmo modo, não é pela fé extravasada apenas ante as carências, os perigos e as atribulações. É fé contínua e permanente, firme na crença e no poder de Deus. Mas ainda assim nada modifica o estado já desesperador.

Verdade que muitas pessoas se valem das preces e obediência aos ensinamentos somente quando estão desafortunadas. De repente, uma forçada e exacerbada religiosidade. O seu Deus, contudo, se torna força apenas para aquele momento, para aquela determinada situação, pois depois de o problema resolvido tudo será esquecido. Nenhuma prece sequer. Contudo, a situação é outra.

A pessoa exala verdadeiramente a sua fé, tem consciência do seu dever de amor e obediência a Deus e aos seus ensinamentos, e assim age em todos os momentos da vida. Foge do pecado, é fiel aos mandamentos, procura se manter numa existência digna de reconhecimento sagrado. Mas quando mais precisa mais se sente abandonada por aquilo que tanto confia.

E se indaga: O que mais devo fazer para ser ouvido e auxiliado por Deus? Onde errei na minha fé, na minha pregação e na minha obediência, que agora preciso de ajuda e nada obtenho como resposta de salvação? Quantas preces, quantas velas, quantas promessas, quantas lágrimas haverei de derramar para que o meu clamor seja ouvido?

Deus, meu Deus, por que me abandonaste?! Em situações assim, não há como fugir de tal indagação. Será que mereço sofrer tanto até ser ouvido, será que preciso me exaurir de corpo e alma até que a dádiva sagrada chegue em meu auxílio, será que terei o martírio das horas, dos dias e do tempo, até que sobre mim recaia uma benção? Não há como não se indagar, já no limite de chegar à plena desilusão.


Sim, mas a religião católica e os ensinamentos litúrgicos sempre dizem que o Deus de bondade nunca está distante ou se distancia daquele que tem fé e se mostra um filho fiel. A igreja sempre prega que a hora de Deus é sagrada e que tudo deverá acontecer no momento certo. Mas por que tanto sofrimento, tanto padecimento, tanto martírio?

Não raramente que pessoas desistem de suas igrejas, de suas Bíblias, de sua fé. Não por que tenha a fé e a devoção como atos de retribuição, mas por que simplesmente se sentiram abandonadas nos instantes que mais precisavam de ajuda divina. Não que merecessem ou desejassem que milagres acontecessem nas suas vidas, mas tão somente que recaísse uma luz perante suas vidas em escuridão.

O ser humano é frágil demais, tudo lhe traz dor e sofrimento. O homem faz da fé, da crença e da devoção, exatamente um sustentáculo ante seu frágil poder existencial. Não é nenhum Jó bíblico que sempre suporta as aflições e padecendo vai até as derradeiras consequências porque acredita no amor de Deus. Sim Jó suportou, foi atendido, mas o homem é frágil demais.

Até quando suportar, se entra dia e sai dia, com as preces e os clamores aumentando, e nenhum sinal de tempo bom pela estrada? Até quando suportar um mundo de aflições se tudo cessaria ou diminuiria com um simples querer divino? Deus escuta, mas parece não ouvir os rogos e clamores. E o que fazer então, quando as angústias se acumulam e a pessoa, solitária na sua dor, se vê sem nenhuma saída?

É diante de situações assim que somos menores em tudo. E até inexistentes na esperança. Deseja-se apenas um olhar, um sinal, um auxílio sagrado. Mas parece que Deus se distancia de nossa existência. E, sem Deus, esperar em Deus que o Deus ressurja como chama de ressurreição. Não há outra fé. Não há outra saída.

Esperar na fé, pois diz o Salmo 37: Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia. Descansa no Senhor, e espera nele...

Esperar em Deus. Jó soube esperar. Mas o sofrimento pode não cessar e o homem é frágil demais. E mais uma vez repete: Deus, meu Deus, por que me abandonaste?!

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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ELEIÇÃO DA SBEC (SOCIEDADE BRASILEIRA DO ESTUDO DO CANGAÇO)

Por Elane Marques

Queridos colegas de todos grupos de estudo e pesquisa do Cangaço:

Como esposa do candidato à Presidência da SBEC venho solicitar de vocês que no dia 20 de julho de 2016 votem no nome do meu e nosso candidato, ARCHIMEDES JOSÉ MELO MARQUES. 

Agradeço antecipadamente o seu nobre gesto.

Elane Marques

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RÉQUIEM A NILSON GURGEL - 03 DE JULHO DE 2016

Por Geraldo Maia do Nascimento
Escritores e pesquisadores do cangaço Geraldo Maia e Kydelmir Dantas

Viveu intensamente sua vida, sem medo de ser feliz. Teve vitórias e fracassos, alegrias e tristezas, emoções e decepções, mas nunca perdeu a alegria de viver. Era assim Nilson Gurgel. As vicissitudes da vida, tal qual o bambu dos ensinamentos chinês, o dobraram, mas nunca o quebraram. Não foi perfeito (ninguém o é): errou muito, magoou pessoas que o amavam, mas também foi muito magoado por pessoas que amava. Perdoava a todos, não guardava mágoas no coração. Ajudou a muitos que necessitavam, não se apegou a bens materiais. 


Conheci-o logo que cheguei a Mossoró em 1998 e tornamo-nos irmãos. Frequentava minha casa como se fosse a sua. Eu sempre lhe dei essa liberdade. Sempre que estava em Mossoró, nos finais de semana, bebíamos e comíamos como se fosse uma eterna festa. Dava cambalhota na piscina como se fosse um menino. Adorava exibir as suas habilidades físicas. Gostava de boas músicas e dividíamos sempre esse prazer. Um dia me presenteou com um CD de músicas que tinha gravado, em cujo rótulo, cuidadosamente preparado, estava escrito: “Recordar é viver duas vezes. Como quero ser lembrado daqui a cem anos quando morrer, se morrer. Nilson, Asuncion-PY – 08/2009”. Enquanto escrevia essas linhas, ouvia as músicas com as quais ele gostaria de ser lembrado. Foi a maneira que encontrei para senti-lo novamente ao meu lado.
               
Amava os cavalos. Cavalgar era terapia para ele. Fazia grandes percursos em companhia de outros aficionados, em dias maravilhosos de relaxamento e prazer. Esses dias eram realmente inesquecíveis, motivo de resenhas para muito tempo.
               
Tão intensamente viveu que foi preciso uma série de males simultâneos para pôr fim a sua vida. Apegou-se a vida enquanto pode. Mas um dia foi vencido e a fortaleza, que era o seu corpo físico, definhou. Já não lembrava mais o Nilson Gurgel que todos conheciam. Magro, sem cabelos e sem força para se deslocar, sequelas da quimioterapia, sofria mais pela imobilidade do que pelos males que o consumia. Até que um dia entregou sua alma a Deus. O seu corpo foi sepultado no solo de Mossoró, terra que tanto amou.
               
Como diz a frase latina que encabeça esse texto, “que Deus te dê descanso eterno”, meu amigo. Descanse em paz! 

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Fonte: http://www.blogdogemaia.com

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

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CONVITE!


GECC (Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará)
Amanhã, terça-feira, dia 05 de julho, reunião do GECC
às 19 horas na sede da ABO (Associação Brasileira de Odontologia)
Rua Gonçalves Ledo, 1630. Bairro Joaquim Távora.
Com a participação especial do professor Hamilton Pereira falando sobre a história da estrada de ferro no Ceará.


Ângelo Osmiro Barreto
Fortaleza-Ce


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PADRE ERNALDO E OS PERCALÇOS FRENTE À PARÓQUIA DE POMBAL

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

Se tudo der certo, este e o último ano de Padre Ernaldo à frente da Paróquia de Pombal, deixando para trás um legado negativo para a Festa dos Negros do Rosário de Pombal.

1. Logo que chegou a Pombal fez um buraco na Igreja do Rosário (1721), patrimônio Histórico da Paraíba e em estudo para se tornar patrimônio histórico do Brasil (fiz a denúncia)

2. Tirou Professor Arlindo da Narração da Procissão do Rosário, o que acontecia desde a década de 1960

3. Vendeu uma das casas do Rosário (salão anexo)

4. Excluiu a Irmandade dos Negros do Rosário das Finanças da Festa

5. Negou espaço para os três grupos folclóricos se apresentarem

6. Na reunião do dia 10 de agosto de 2003, o tesoureiro cobrou do padre o pagamento dos fogos da festa, ainda do ano anterior, que até aquela data não haviam sido pagos ao fornecedor.

7. Expulsa e proíbe dona Rosa de ser a Rainha do Rosário por ela se recusar a sair da casa que segundo ela em disse, ele também queria vendê-la

8. O Padre demonstrando total desconhecimento da história da Irmandade dos Negros Rosário de Pombal cometeu o equívoco de criar um “Conselho Administrativo” para tratar dos assuntos da Confraria, mais notadamente dos que envolvem o dinheiro das arrecadações de esmolas, ignorando que a entidade tem seus próprios estatutos, e que nele há pormenorizado todas as atividades do Juiz e do Tesoureiro.

9. Proíbe a Confraria de se reunir dentro da Igreja dos Negros do Rosário A sessão do dia 2 de abril de 2012, foi realizada na residência do Juiz João Coremas. É a primeira reunião realizada fora da Igreja, desde que a confraria passou a administrar a Igreja do Rosário, em 1895. O fato causou uma grande revolta entre os confrades, que registraram as suas indignações em ata.

10. Nessa ata o meu nome foi citado da seguinte forma: Na mesma data é eleito o novo Rei e Juiz Edmilson Evaristo Nery, que registra a seguinte comentário, em Ata:

... Falou também que Jerdivan, escritor e historiador pombalense preocupa-se com as coisas de Pombal. O mesmo falou que a Casa do Rosário deve ser entregue a quem pertence, digo a quem pertence de fato... (dia 05 de janeiro de 2014)

11. Em um missa o padre também cita meu nome por “interferência nas coisas da igreja feita por Jerdivan um rapaz que nem da cidade é...”. Na verdade a mina inferência e nas coisas da cultura e do folclore e não nas coisas da igreja.

12. A nossa luta é pela devolução da casa do rosário a Irmandade já que o padre a registrou em nome da igreja para facilitar a venda. Não o fez por que dona Rosa não saiu da casa. Ela me disse que só sai se for para entregar a Irmandade.

13. Não tenho dúvida que Casa do Rosário pertence à irmandade, construída e reformada pela Confraria, com dinheiro esmolado por seus devotos, nos sítios e vizinhanças da cidade de Pombal, ao longo do tempo, passando de uma simples casa de taipa para a hoje alicerçada em tijolo batido. 


















Jerdivan Nóbrega de Araújo. Escritor. Poeta. Advogado. Funcionário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Pombalense, radicado em João Pessoa/PB.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

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A METRALHADORA AMERICANA HOT-KISS (BEIJO QUENTE).


Já me deparei algumas vezes com esta afirmativa: que se usaram contra os cangaceiros as metralhadoras americanas marca Hot-Kiss (beijo quente, em inglês). Salvo engano já me disseram que isso consta até em livros.

Pois bem, dois equívocos que desmentirei pela enésima vez. 

1- Primeiro se trata de um NOME PRÓPRIO e não um apelido, a arma era fabricada pela Cia. de Benjamin B. Hotchkiss (bem longe da tradução de “beijo quente”).

2- A Hotchkiss et Cie . foi fundada por Benjamin B. Hotchkiss engenheiro americano que se mudou para a França depois da guerra civil. Montou sua fábrica em Saint-Denis, perto de Paris, ou seja, estas armas são FRANCESAS. 

Na virada do século (já depois de sua morte), a empresa de Hotchkiss desenvolveria várias armas automáticas que seriam usadas por várias nações, inclusive pelo Brasil em três versões a Benet-Mercie desenvolvida em 1901 adotada pelos franceses em 1909 (usada pela FP de S. Paulo, e pelo EB como metralhadora leve 1922), a metralhadora pesada 1914 em uso no EB, e o fuzil metralhador 1922, este último sim vedete na luta contra o cangaço, e usado ao lado do FZ Mtr Madsen 1918 em várias ocasiões contra os grupos de cangaceiros.

Abraços.


Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1123047964403219&set=gm.654679288029524&type=3&theater

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O CRIME DA RUA DA CRUZ - O Jury de Maria da Conceição: Cidade de Pombal/PB, 03 de junho de 1883.

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

A defesa da ré MARIA DA CONCEIÇÃO, no segundo Júri, foi feita por Antônio Gomes de Arruda Barreto,


O Advogado de Maria da Conceição, Antônio Gomes de Arruda Barreto, nasceu em 1856, Pedra Lavrada-PB, e faleceu em 1909 na cidade de João Pessoa-PB. Era filho de Antônio Gomes Barreto e de Ana de Arruda Câmara. Homem inteligente e de caráter nobre, dedicou-se ao magistério, especialmente, à educação dos jovens sertanejos. Em 1875, seguiu para Catolé́ do Rocha, fixando-se lá, onde formou a sua família. 


Em 1897, fundou o Colégio Sete de Setembro em Brejo do Cruz, primando pela qualidade. O seu Colégio era procurado tanto por alunos paraibanos quanto por aqueles que residiam no vizinho Estado do Rio Grande do Norte. Em decorrência da seca que assolou o Estado, no ano de 1898, Antônio Gomes viu-se obrigado a fechar o seu educandário e emigrar para o Rio Grande do Norte, instalando-se em Mossoró́ , em 1900. Antônio Gomes era autodidata e poliglota. Além de professor, era poeta satírico, jornalista polêmico e combativo. Foi advogado e promotor sem ser bacharel. Foi deputado provincial por duas legislaturas (1901/1904 e 1908/1911), faleceu no exercício do mandato. Republicano, ao lado de Epitácio Pessoa, Castro Pinto e Argemiro de Souza, prestou relevantes serviços jornalísticos a sua terra. 

Foi redator do Jornal O Estado da Paraíba; redator-chefe de O Mossoroense e colaborador de O Combate e O Eco. Também dedicava-se à poesia satírica, arma utilizada para atacar os adversários políticos do seu tempo. Entretanto, segundo Oscar de Castro, seus versos eram cheios de um humor sadio, que não chegavam a provocar ódios ou melindres justificados. Publicou também em O Comércio. 

Era tenente-coronel da Guarda Nacional, membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Publicou em jornais muitas poesias, usando sempre os pseudônimos Pincelle e F. Santarém. Também escreveu uma gramática latina Da arte latina e Um tratado de Direito, alegações finais.

Enviado pelo professor, escritor pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso;

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SURPREENDEU-ME O PROFESSOR JOSÉ ROMERO DE ARAÚJO CARDOSO


Queridos amigos do Cariri Cangaço:

Fui maravilhadamente surpreendido com o artigo do professor José Romero de Araújo Cardoso, publicado na página do Seminário Cariri Cangaço, em que é comentado o meu livro “Lampião – a Raposa das Caatingas”. 


Para mim, que dediquei onze anos de minha vida à elaboração desse livro, é gratificante e alentador ver que o meu esforço não foi em vão. E o que mais me sensibiliza é o fato de tais comentários serem feitos por um Mestre do quilate de José Romero, um abnegado estudioso das coisas do Nordeste – sua geografia, sua história, seu folclore, sua música, suas belezas e suas mazelas. 

Professor José Romero de Araújo Cardoso

José Romero é uma enciclopédia em temas como Padre Cícero, Josué de Castro, Coronel Zé Pereira de Princesa, Delmiro Gouveia, Luiz Gonzaga e outros vultos da história do Nordeste, inclusive Virgulino, o Lampião. Costumo dizer, e aqui repito: a melhor forma de demonstrarmos amor à nossa terra é estudando a sua geografia e a sua história. 

Obrigado, professor Romero, pelas generosas palavras sobre o meu livro.

O pesquisador do cangaço Antonio José de Oliveira também falou sobre o professor Romero e sobre o trabalho do escritor José Bezerra Lima Irmão:

Antonio Oliveira posicionado numa gruta construída há mais de 160 anos (portanto, não é uma obra natural), na Serra de São Caetano, gruta essa, que chamamos de banheiro de José Joaquim, uma vez que, segundo a tradição, foi construída pelo Capitão-do-mato José Joaquim por volta do meado do século 19, ou pelos escravos que provavelmente formaram um quilombo nesta nossa serra, nas proximidades do Povoado Bela Vista, Município de Serrinha-Bahia.

Meu caro Professor Romero: Tive a oportunidade de ler por inteiro o RAPOSA DAS CAATINGAS e, na realidade é o que você afirma - um livro de uma abordagem profunda e muito bem escrito. Tenho lido bons livros sobre o tema cangaço, contudo, devido os ONZE ANOS que o autor passou numa incessante pesquisa de campo e bibliográfica, chegando a um conteúdo de 736 páginas duplas, foi o trabalho que mais tem contribuído para um estudo que venho realizando. O BEZERRA LIMA está de parabéns.

Exatamente meu caro Escritor Bezerra Lima, estive lendo o texto do Professor Romero e, como sempre, o que ele escreve nunca me surpreende, pois, suas matérias são sempre importantes. Desde que tive a honra de conhecer os blogs do amigo Mendes de Mossoró, venho acompanhando os excelentes escritos do Professor José Romero.

Na realidade meu caro mestre, depois de trabalhar mais de QUARENTA anos no órgão público, com certeza já deu sua contribuição. O "cangaço" lhe espera de braços abertos para novos grandes trabalhos.

Fonte: http://cariricangaco.blogspot.com
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MORRE AZULÃO E ACOITADORES DE LAMPIÃO SÃO PRESOS!


Dizem que os cabras de Lampião não morriam, se encantavam e renasciam... Lampião a medida que os cabras valentes iam morrendo ele ia colocando os seus nomes nos parceiros e assim ia confundindo e atemorizando à todos... Umburana de Cheiro.




Fonte: facebook
Grupo: O Cangaço
Link: https://www.facebook.com/groups/ocangaco/?fref=ts

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