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sábado, 27 de outubro de 2018

A CASA DE PEDRA E O TIRO NO PÉ...


Eram nove da manhã quando a Caravana Cariri Cangaço marcou encontro de fronte a Matriz de São José para o inicio do terceiro dia de Cariri Cangaço São José de Belmonte 2018. A programação reservava duas importantes agendas para o dia: Visita à Casa de Pedra; local onde se refugiou Virgulino Ferreira da Silva em 1924, logo após o tiroteio com a volante de Teophanes Torres; e a enigmática Pedra do Reino, imortalizada pelo romance de Ariano Suassuna. O Cariri Cangaço chegava em grande estilo à Serra do Catolé.

O trecho a ser percorrido até a Casa de Pedra foi feito à bordo de 4 veículos coletivos e mais alguns carros tracionados, no total mais de 200 pessoas participavam deste momento ímpar da programação do Cariri Cangaço São José de Belmonte 2018. O deslocamento entre 10 a 12 km de estrada de terra que nos levaria através de subidas ingrimes a uma das paisagens mais belas e impressionantes  de todo Pernambuco, com altitudes que chegam até os mil metros, ou seja a imponente Serra do Catolé desvendava um dos cenários mais emblemático dos episódios do "tiro no pé em 1924" e começava para todos os convidados a impor a sua beleza e grandeza; do alto se tem uma vista enebriante de vales distantes entre os estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba, dali vislumbra-se ao longe o par enigmático das "duas torres", logo logo estaríamos também chegando na Pedra do Reino. 

Caravana Cariri Cangaço em visita a Casa de Pedra
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Os veículos passando um a um por meio a vereda feita estrada para o acesso à "Casa de Pedra" permitia que todos desembarcassem à beira do caminho para tomar a trilha para o alto do platô... Seguindo a pé por entre a esplendorosa "floresta de Catolé" por cerca de 180 metros, chegaríamos ao cume de uma elevação e ao esperado platô. Ali se apresentou de forma magnânima o conjunto de cavernas que veio a se perpetuar como a "Casa de Pedra". Ali, Virgulino Lampião, rei dos cangaceiros, recorreu ao esconderijo natural por ocasião do balaço que levou ainda em 1924 em refrega com a volante de Teophanes Ferraz. Esse conjunto de monólitos se coloca próximo de outro monumento natural que teria seu nome também ligado a literatura cangaceira: A "Pedra de Dé Araujo". Todo esse conjunto de cavernas espetacularmente dispostas em forma de casas também receberam por diversas vezes as visitas de Sinhô Pereira e Luiz Padre.

Rúbia Lóssio, Quirino Silva e Manoel Severo
Edízio Carvalho, De Assis, Manoel Serafim, Louro Teles, Clênio Novaes, Manoel Severo, Divanildo, Nete e Veriano Dias
Higor Freire, De Assis, Comendador Mariano, Afrânio Oliveira, Manoel Severo, 
Mestre Regis e Célia Maria
Francimary Oliveira, Juliana Pereira, Getúlio Bezerra, Manoel Severo 
e Rangel Alves da Costa
Luiz Forró, Célia Maria e Quirino Silva
Quirino Silva e Dantas Suassuna

O Fogo de 24 e o Ferimento no Pé de Lampião pela Volante de Teófanes Ferraz...
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A partir de agora transcrevemos a apresentação do episódio protagonizada pelo pesquisador Clênio Novaes do alto do Platô da Casa de Pedra em plena Serra do Catolé aos participantes do Cariri Cangaço São José de Belmonte 2018...

 Clênio Novaes e o episódio do "Fogo no Pé e a Casa de Pedra"

"Estamos aqui para tentar responder a três questionamentos sobre o tiro que Lampião levou aqui nas imediações da Serra do Catolé, as questões básicas são: Onde, quando e quem? Vamos tentar responder.
A maior verdade que consegui identificar, até aqui, foi escrita por Frederico Bezerra Maciel em Lampião, Seu Tempo e Seu Reinado (pag. 148): “Deslumbrante e maravilhoso o panorama descortinado de lá de cima. De um lado, a serra da Pedra do Reino, com dois gigantescos monólitos no cimo, esguios e irmãos, coroados de malacacheta faiscante aos raios do sol. Envoltos, esses grandiosos blocos, nos mistérios da lenda sebastianista do desencanto, ao bárbaro custo de sangue e vidas, de um rei outrora desaparecido...
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Ou envolvidos das névoas que, descendo, se esgarçavam, se estendendo e se espalhando, pelas imensuráveis ondulações mansas dos vales e vargedos, até o desalcance da vista... Tudo agora verde com o inverno copioso, espelhando também em filetes de riachos e córgos e em conchas de lagoas, o prateado de suas águas abendiçoadas. O sertão virando mar...” Ao final de março de 1924, Lampião e seu bando desloca-se de Santa Maria (na ocasião distrito de Belmonte) as margens do Rio Pajeú, passando próximo ao Bom Nome, distrito de Belmonte, com destino a divisa com a Paraíba, mais precisamente a serra do Catolé passando próximo a Bernardo Vieira (distrito de Vila Bela). Da Serra do Catolé envia seu Irmão Levino para fazer compras na Paraíba. 
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Camilo Lemos, Nivaldo Pereira, Maria Oliveira e Ivanildo Silveira
Beto Sousa e Kévyla
Júnior Almeida
 Caravana Cariri Cangaço e a apresentação de Clênio Novaes
 
Aderbal Nogueira, Camilo Lemos e Louro Teles

E continua Clênio Novaes: "Daí Lampião desloca-se com Moitinha e Juriti em direção a Paraíba, passando junto a Lagoa Vieira, na divisa entre Pernambuco e Paraíba, para buscar alguns mantimentos que havia encomendado a um coiteiro, no retorno, por volta das 10:00 encontram-se com tropas de Teófanes Ferraz, descrição de apenas 4 soldados volantes (nesse momento não há feridos entre as forças). Nesta localidade, em 23 de março, trava-se intenso tiroteio onde Lampião é atingido no pé direito e sua montaria (um cavalo) cai sobre sua perna ferida. Moitinha segura forte tiroteio enquanto Juriti retira lampião debaixo da montaria. Fogem para localidade próxima, juntam-se a outros cangaceiros e montam emboscada para a força volante que reagrupa-se, com grande contingente, há ai forte tiroteio, com baixas em ambos os lados, mas nenhuma morte.

 Clênio Novaes
 
 Carlos Alberto, Manoel Severo, Fred Santos e Manoel Belarmino
Louro Teles e Ivanildo Silveira
Clênio Novaes e Kydelmir Dantas

23 de março de 1924...
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Primeiro Tiroteio, lugar lagoa Vieira, presentes Lampião, Moitinha e Juriti. Força volante apenas 4 soldados, que identificados nominalmente como sendo os baleados no conflito do Barro, não nos permite crer que foram eles mesmos.
Segundo Tiroteio, lugar denominado Barros. Boletim Geral nº 72, dia 25 de março de 1924 – serviço par 26 telegrama:"- Vila Bella, 24. – Comunico-vos hontem 10 horas logar lagoa Vieira deste município tive encontro bandido Lampião e seu grupo havendo forte tiroteio. Bandidos recuaram conduzindo feridos inclusive Lampião ficando morto cavalo este cavalgava aquella ocasião. Pela grande quantidade de sangue segui trilha grupo que internou-se caatingas até logar Barros onde fui atacado emboscada. Travando Novo Tiroteio tombaram gravemente feridos Aspeçada 3º Manoel Amaro de Souza com ferimento na região palpebral vasando o olho direito, soldados mesma unidade Manoel Gomes de Sá um ferimento entero (antero) inferior braço esquerdo e outro terço inferior coxa direita e João Demétrio Soares um ferimento região occiptal tudo produzido por projectil rifle.
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Sem dispor medicamento algum e recursos suficientes garantir feridos e prosseguir pista scelerados tive que tratar remoção daqueles nas costas próprios companheiros até logar Montevideu onde consegui arranjar conducções. Peço-vos autorização tratamento. Saudações Major Theophanes Ferraz Torres."

Ingrid Rebouças na "Casa de Pedra"; refúgio de Lampião

Wescley Rodrigues e a "Casa de Pedra"
Ivanildo Silveira
Wescley Rodrigues

Voltemos com a apresentação de Clênio Novaes: "Nesse intervalo são intimados a comparecer a serra do catolé os oficiais pernambucanos Ibrahim e Alencar. Certamente as forças paraibanas foram também convidadas. Boletim Geral n.º75, dia 28 de março – Serviço 29. Telegrama:- “Villa Bella, 27. – Feridos já experimentando algumas melhoras caso porem estado de saúde possa se complicar chamarei médico Floresta impossibilitado vir actualmente até aqui contrário evitarei despesa. Sciente conteúdo vosso telegrama hoje. Fiz seguirem 15 praças serviço emboscada zona preferida scelerados. Tranzito bandidos: Abóboras, Pereiras, Jardim Santa Rita, lagoa Vieira, Serra Catolé, Campo Alegre, Natureza, São Paulo, Serrotinho, Feijão e maior reducto Faz Cristovão fazenda Yoyo Maroto. Logo cheguem Tenentes Ibrahim e Alencar seguirei diligências distribuindo forças. Saudações Major Theóphanes Torres. Comandante volante.”
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Dantas Suassuna e Manoel Severo
 Pedro Lucas, Cecília, Manoel Severo, Arthur e Francine
Mabel Nogueira, Ana Gleide e Amélia Araujo
Rangel Alves da Costa e Milla Ferreira
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Tiroteio dia 2 de abril, mortos Lavadeira e no dia seguinte Cícero Costa
Boletim Geral nº 83, dia 7 de abril- Serviço para 08. Telegrama: Villa Bella, 6. – Communicuvos que as 17 horas e meia, do dia 2 Serra Barro centro caatingas encontrei rancho onde bandido Lampião estava tratando ferimento cercando numeroso grupo distante uma légua local tiroteio dia 23 de março. Depois cerrado tiroteio ficou gravemente ferido bandido Lavadeira que logo faleceu tendo grupo se evadido condusindo feridos. Impossibilitado prosseguir perseguição devido escuridão da noite ali acampei até manhã seguinte quando tomei pista de scelerados. 
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As 8 horas bandidos entrincheirados com meia légua distancia aquelle local surprhenderam força com forte descarga. Esta revestida coragem investiu contra famigerados ficando morto conhecido e temível scelerado Cícero Costa tendo grupo se esfacelado e facínoras tomado diferentes direções. Chove quotidianamente o que tem facilitado a fuga bandidos e dificultado ser descoberto destino de Lampião que não dá um passo sendo conduzido braços companheiros conforme confessou Lavadeira antes morrer e civil Manoel Cornélio encarregado compras medicamentos, viveres referido grupo. Officiaes revestidos melhor bôa vontade serviço. Espero descobrir novos refúgios feridos inclusive do chefe do grupo. Santa Rita. 5-4-924. Major Theophanes Torres.
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 Débora Cavalcantes
 Dr Anderson, Jorge Remígio, Aderbal Nogueira
 Aderbal Nogueira e Camilo Lemos
Wescley Rodrigues, Ranaise e Yasmin Almeida, Vanessa e Luciano Costa
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Antes do ataque ao esconderijo de Lampião as forças de Theóphanes, juntamente coma as forças Paraibanas, conseguem encontrar Casemiro de Tal, que com aperto algum, entrega que quem sabe onde Lampião encontra-se é Manoel Cornélio, este sim após adequado interrogatório, entregou até Jesus no jardim de Getsêmani. Toda a região estava tomada pelas volantes Pernambucanas e Paraibanas uma força capaz de oferecer combate ao grande grupo de cangaceiros que encontrava-se no coito, tratando e protegendo o seu chefe.
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Queremos salientar aqui, nenhuma menção feita às forças de Tenente Chico Oliveira e Sargento Quelé das forças Paraibanas que estavam presentes no combate do dia 2 e 3 de abril e que continuaram na região tentando encontrar Lampião. No dia 5 de abril o Tenente Higino regressa a Triunfo, estando até aí também presente no embate e nas buscas. (conforme telegrama) O cangaceiro Antônio Rosa é responsável por despistar a volante do local onde Lampião ficou escondido durante as buscas do dia 3 de abril. Grande contingente vasculha a região em busca dos feridos, inclusive Lampião, não obtém sucesso pelas escaramuças feitas pelos cangaceiros para despistar a força e poupar Lampião da morte certa.
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 Cecília e Manoel Severo
 Afrânio Gomes e Juliana Pereira
  
Quirino Silva e Célia Maria
Milla Ferreira e Noádia Costa
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Boletim Geral n.º 87, dia 11 de abril- Serviço para 12.

- Villa Bella, 10. Communico-vos que Soldado João Demétrio Soares completamente restabelecido. Aspeçada Manoel Amaro e Soldado Manoel Gomes muito melhorados ferimentos. Saudações. Major Theophanes Torres.

-Villa Bella, 10- Comunico-vos cheguei hoje cidade depois ter circulado emboscada logar Barro e percorrido repetidamente São Lourenço, Santa Rita, Desterro, Triangulo, Cachoeira, Sanguessuga, Três lagoas, Barriguda, Lagoa Vieira, Cacimba Nova, Campo Alegre, Montevideo, Poços Cajazeiras e Bulandeira. Em Santa Rita passou bandido Severino Ferreira com três companheiros direção Patos e Princesa. Depois passou no mesmo local o também famigerado Moitinha mesma direção igualmente acompanhado 3 seus comparsas e na sanguessuga passaram os celerados Antonio Rosa e Vicente Marina e dois outros desconhecidos para Pinhancó. Referidos bandidos todos pertencentes grupo Lampião e destroçados pelas nossas forças. Fiz investigação rigorosa sentido descobrir paradeiro até hoje completamente ignorado facínora Lampião e seu irmão Antônio Ferreira depois tiroteio de que vos dei sciencia.
Luiz Forró "de Natal"
Dantas Suassuna e caatinga da Serra do Catolé
Manoel Severo e Doutor Anderson
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Depois desse fogo, Lampião fica escondido no mato, em uma moita de folha de carne, por um tempo entre dois ou três dias, sendo encontrado por um menino de nome Antônio Terto, filho de Zeca Terto. Lampião é levado para lugar seguro. Chegaram ao local irmãos e cangaceiros de Lampião, este foi levado para iniciar os tratamentos, sendo o Sr. João Menezes, morador de localidade próxima, encarregado do tratamento, em local denominado hoje de casa de pedra de Lampião na encosta da Serra do Catolé, permanecendo ai por aproximadamente 40 dias.
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Após esse período o ferido é levado para a cidade de Princesa Izabel na Paraíba para a Propriedade Pau Ferro do Major Floro Diniz, Casado com Maria Dulce de Oliveira Barros, sob a proteção de Marçal, Marcolino Diniz e José Pereira. A fazenda Pau Ferro ficava entre a Fazenda Abóboras, em Vila Bela, Pernambuco esta era propriedade de Manoel Menino e a fazenda Patos do Irerê, esta, também de Major Floro. Lampião foi operado por Doutor Severino Diniz, o mesmo que o tratou do primeiro ferimento sofrido em tiroteio na fazenda Melancia na cidade de Manaíra (na época Princesa) quando este ainda era do grupo de Senhor Pereira. Lampião ficou aos cuidados do cangaceiro José Ducarmo, este posteriormente foi morto por Luiz do Triangulo. Posteriormente foram os doutores Mota e José Cordeiro de Lima que ficaram tratando o ferido." Clênio Novaes, Pesquisador, São José de Belmonte; Comissão Organizadora Local do Cariri Cangaço.
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 Edízio Carvalho, Dantas Suassuna, Geraldo e Rosane Ferraz
Edízio Carvalho, Geraldo e Rosane Ferraz e Manoel Serafim 
Socorro e Augusto Martins e Luiz Ruben Bonfim
Dantas Suassuna e Valdir Nogueira
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Com a palavra o Conselheiro Cariri Cangaço, pesquisador e escritor de Recife, Geraldo Ferraz:"Para mim, neto do Theophanes e seu biografo, a aula de campo promovida pelo primo Clênio Novaes, foi uma das mais proveitosas que já assisti. Observar todo o teatro de operações, que abrangeu: o local do ferimento de Lampião, no dia 23 de março de 1924, na Lagoa Vieira (setenta e dois quilômetros de Serra Talhada, outrora Vila Bela e cerca de 30 quilômetros de Belmonte), nas proximidades da Pedra do Reino, por tiro, dizem, desferido pelo próprio Theophanes; seguindo para o lugar Barros, onde os cangaceiros emboscaram a força, que era composta por vinte e cinco policiais e onde ficaram ferindo três soldados, que foram transferidos nos ombros dos companheiros até o lugar Montivideu; passando pelas ordens do Theophanes, que mandou arrochar o cerco nas Aboboras, Pereiras, Jardim Santa Rita, Lagoa Vieira, Serra Catolé, Campo Alegre, Natureza, São Paulo, Serrotinho, Feijão e maior reduto Cristóvão, fazenda de Ioiô Maroto; visualizando o local onde a tropa pernoitou, nas proximidades da Serra da Panela; até o ataque final na referida Serra, no dia 02 de abril de 1924, onde morreram Cícero Costa e Lavadeira. A vida de Lampião esteve, realmente, por um fio!" Conclui Ferraz.
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Camilo Lemos:"Todos os Caminhos levam ao Cariri Cangaço"

Cariri Cangaço São José de Belmonte
Casa de Pedra, Serra do Catolé
13 de Outubro de 2018

Ingrid Rebouças e a Serra do Catolé
Manoel Severo e Edizio Carvalho
Manoel Severo, Cícero e Ana Pereira
Luciano Costa e Vanessa
Dantas Suassuna 

Afrânio Oliveira, Manoel Severo e Mestre Régis
Dantas Suassuna, Francine Maria e Manoel Severo
Serafim, Louro Teles, Clênio Novaes e Manoel Severo
Manoel Severo e Rangel A Costa
Ana Gleide
Juliana Pereira, Getúlio Bezerra e Manoel Severo
Rúbia Lóssio e Arthurzinho
Ingrid Rebouças e Ana Gleide
Arthur Holanda
Aline Melo
Maria Oliveira e Aderbal Nogueira
Kevyla e Beto Sousa
Carlos Alberto, Célia Maria e Aline Melo
Célia Maria, Wescley Rodrigues e Quirino Silva
Comendador Mariano
Abreu Mendes
Ingrid , Afranio Gomes e Juliana Pereira

Jorge Remígio, Aderbal e Divanildo

Célia Maria e Aline Melo
Celia, Arthur Holanda e Quirino
Célia, Francimary Oliveira e Quirino
Nerizangela, Kydelmir Dantas e Manoel Severo
Dantas Suassuna, Ingrid e Quirino
Rossi Magne, Nerizangela e Kydelmir Dantas

Comendador Mariano, Dra Amelia e Manoel Severo
Manoel Severo e Dr Anderson