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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

LIVROS SOBRE CANGAÇO PEÇA AO PROFESSOR PEREIRA

Por José Mendes Pereira

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DISCORDO DE TESE (I)


Por Clerisvaldo B. Chagas, 25 de novembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.221


Discordo da tese de antigo escritor santanense, que falou em seu livro que “Lampião ajudou à cidade a crescer”. Dona de um território que originou depois de Lampião, oito municípios, a cidade de Santana do Ipanema era uma vila até 1921 quando nem havia ainda o Lampião. Já existia banda de música, escolas pequenas, cemitério, correios, cadeia, sobradões, inúmeras residências de luxo, calçamento, fabriquetas, artesãos e um comércio digno de respeito. Ao se transformar em cidade (1922), o ato político foi quem fez a cidade crescer. Mais repartições, mais justiça, mais comércio, duas bandas de música, colégio particular, teatro, cinema e vários sistemas de diversões folclóricas, impulsionaram a nova cidade. Mesmo assim, Santana ainda vivia nas amarras de terrenos particulares em torno que não deixavam a cidade se expandir.


A pujança tradicional e crescente do seu comércio e a nova condição de cidade atraiu muita gente dos oito futuros municípios e da zona rural. Foi criado naturalmente o Bairro Camoxinga onde pessoas de menor poder aquisitivo escolhiam para moradia. O território era descriminado pela falta de ponte entre ele e o centro, sempre interrompido na comunicação pela cheias violentas do riacho Camoxinga. Dois ciclos particulares importantes de expansão aconteceram, então, sendo o do Camoxinga o primeiro deles. Após o soerguimento da ponte de concreto veio a consolidação do grande bairro que deu origens a vários outros. Até aí, apenas algumas poucas famílias vieram morar em Santana por problema com Lampião. Não se conhece nenhum êxodo rural no antigo território santanense.

A família Amaral, segundo o conterrâneo Almir Rodrigues, veio de Inajá, Pernambuco, para Santana, por problemas com o bandido. E no município se conhece a história do Senhor Marinho Rodrigues (zona rural) assaltado pelo bando. Ambas as famílias tornaram-se comerciantes e muitos progrediram na cidade. O segundo ciclo particular de expansão, aconteceu nos anos 60, quando foi construída a ponte sobre o rio Ipanema que fez a cidade ocupar o outro lado, quase sem gente, do rio. O atual Bairro Floresta fez o mesmo papel que antes fizera o bairro Camoxinga. Esse foi quase todo ocupado por pessoas da zona rural.

O que Lampião fez crescer mesmo foi à barbárie, somente degolada em 1938. (continua , amanhã).

SENHOR MARINHEIRO DEFRONTE SUA LOJA "CASA IDEAL". (CRÉDITO: ALMIR RODRIIGUES).
OBS. O Senhor Marinheiro ( Manuel Rodrigues do Amaral) erá meu pai- Almir Rodrigues .
https://www.google.com/url…

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SE LAMPIÃO TIVESSE LUTADO APENAS CONTRA OS RICOS E PODEROSOS DE SUA ÉPOCA...


... seria hoje, sem dúvida alguma, o maior herói de nossa nação, mas a história é outra.

Um sujeito notável que infelizmente resolveu trilhar por caminhos tortuosos e por onde passou deixou um rastro de saques, mortes e destruições.

Suas histórias, ainda hoje, mexem com o imaginário popular e desperta nas pessoas um misto de repulsa e admiração.


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A BORBOLETA

*Rangel Alves da Costa

Borboletas, borboletas, borboletas. Suas presenças parecem tornar a vida mais alegre, mais ajardinada, mais primaveril. Mas suas presenças também inquietantes sinais, misteriosos, indagadores. Leves, belas, coloridas, mas também provocando muitas e múltiplas indagações. Estar na presença de uma borboleta não é apenas estar na presença de uma borboleta. Nunca.
Acordo e logo corro para abrir a janela. Sei que ela vem. E ela chega. Todos os dias faz assim, cumprindo um mesmo ritual de magia e de cor. Não sei o que pretende fazendo assim, pois no meu quarto não há nenhuma flor, nenhuma planta, nenhuma fonte de água, nenhuma compota de doces. Mas ela chega todas as manhãs, parecendo mesmo que dorme ao umbral da janela esperando somente que eu a abra.
Um mistério que me comove e encanta. Não há qualquer explicação para que uma borboleta, e sempre a mesma borboleta, entre pela janela do meu quarto ao alvorecer. Vem, pousa no umbral, em seguida levanta voo e começa a planar por cima da cama, pelas paredes, pelos cantos, por cima da escrivaninha. Já pensei em espantá-la, em colocar tela protetora na janela, mas depois fui aceitando alegremente aquela inesperada visita.
Levanto a mão, passe rente, mas sempre prefere um pouso ligeiro no meu ombro. Talvez não encontre no meu corpo nenhum perfume que lhe agrade. Nunca fica em mim mais que poucos segundos, pois sempre levanta voo em outras direções. Quanto mais a manhã é ensolarada mais ela parece mais bela e fascinante em seus tons amarelados, de um dourado parecendo pintado à mão.
O fato mais estranho, contudo, é que ela sempre prefere ficar em cima do meu livro de cabeceira: Cem Anos de Solidão. E ali como quisesse folhear o livro, entrar no livro, viver o livro. Certamente não sabe, contudo, que ali está Macondo e seu mundo mágico, fantástico, povoado dos Buendía, de espantos e estranhezas. Gerações e mais gerações de personagens que nos ensinam que o incompreendido é a realidade maior e mais convincente.


E um fato surpreendente depois revelado nas minhas indagações. Dentro daquelas páginas existem borboletas e mais borboletas, muitas borboletas, entrando no quarto de Meme, a Renata Remedios do livro, enquanto o cigano Maurício Babilonia está ao seu redor em amoroso cortejamento. Aliás, borboletas amarelas que sempre acompanham o rapaz e que parecem estar por todos os lugares de Macondo, pois ler o livro de Garcia Márquez é como ouvir o ruflar de asas de borboleta a todo instante.
 Cem Anos de Solidão é um mundo povoado de borboletas amarelas. Garcia Márquez colocou um jardim entre loucos, insanos e sonhadores, e ao invés de flores povoou de borboletas amarelas. Então, será que aquela borboleta não seria uma das tantas existentes em Macondo e querendo às páginas de Garcia Márquez retornar? Mas não a aprisionarei dentro daquelas páginas. Apenas deixo o livro aberto, esvoaçando ao vento, para que a borboleta voeje ao redor do seu mundo.
Em Cem Anos de Solidão, dezenas, centenas, milhares de borboletas amarelas, povoam o quarto de Renata Remedios quando Maurício Babilonia chega para visitá-la. As borboletas sempre acompanham Babilonia a cada passo que dá, sendo todas amarelas, leves, suaves, como surgidas de encantamento, ou mesmo como que afloradas das raízes ciganas do rapaz. Mas também borboletas que povoam os sonhos da bel Remedios e sobre o seu corpo em virgem flor passeiam apaixonadas.
"As borboletas amarelas invadiam a casa desde o entardecer. Todas as noites ao sair do banheiro, Meme encontrava Fernanda desesperada, matando borboletas com a bomba de inseticida. "Isto é uma desgraça", dizia. "Toda a vida me disseram que as borboletas noturnas chamam o azar." Certa noite quando Meme estava no banheiro, Fernando estrou no seu quarto por acaso e havia tantas borboletas que mal podia respirar. Apanhou um pano qualquer para espantá-las." Diz uma passagem do romance.
Eu não tenho nada a ver com Maurício Babilonia nem com Meme, com a bela Remedios ou qualquer dos Buendía, em quaisquer de suas gerações, mas uma coisa tenho certeza que me aproxima daquela história de solidão e borboletas: minha solidão de janela aberta e minha estranha visitante de todo dia. A borboleta povoando meus cem anos de solidão.

Escritor
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MAZÉ DE HÉLIO NOS DEIXOU, QUE TRISTE NOTÍCIA!


Por Rangel Alves da Costa

Chega-nos agora a notícia do repentino adeus de nossa amiga Maria José Silva Santos, a querida Mazé de Hélio. De raiz familiar de Curralinho, mas desde muito já residindo na cidade de Poço Redondo, sempre preservou consigo uma feição amiga, cativante e atenciosa sem igual. 

Uma doceira de mão cheia, uma devotada religiosa, uma amiga de todos, mas principalmente uma mãe e irmã de profundo afeto aos seus. 

Outro dia estive com ela e dela recebi uma antiga cristaleira como presente. Hoje mesmo eu iria convidá-la ao Memorial para uma fotografia ao lado de sua doação. Mas Deus a chamou antes disso, pois nesta manhã ela nos disse adeus. 

Abraço de carinho e conforto ao esposo Hélio, aos filhos, irmãos e amigos. Que Deus a receba no Reino Eterno, amiga Mazé!


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OS PRIMEIROS RASTILHO DE PÓLVORA EMBOSCADA.

Por Luiz Bento de Sousa

Virgulino, Antônio e Livino. 

Combinaram para viajar a pé e armados, passaram junto à propriedade de Zé Saturnino, sem intensão que andavam armados. Zé Saturnino, reuniu Zé Caboclo e mais cinco cabras e resolveu botar uma EMBOSCADA nos irmãos Ferreira. A ordem de fogo foi dada quando eles passavam mais diante por uma curva da estrada. 

Aproximadamente o tiroteio durou uns 15 a 20 minutos. Antônio Ferreira foi alvejado a altura dos rins, aumentando o desentendimento entre as famílias vizinhas Ferreira e Saturnino. O velho Zé Ferreira procurou as autoridades a fim de processar os responsáveis pelo atentado. Sem êxito. Anuncia sua mudança para o sítio Poço do Negro nas proximidades de Carqueja antiga Nazaré do Pico. Bafejado de favores políticos, em perseguição à família Ferreira. 

Zé Saturnino realiza várias diligências policiais à família Ferreira. Não suportando as perseguições do inimigo, resolve mudar novamente, desta vez para mais distante, para o vizinho Estado alagoano. Logo que Livino voltou da prisão a família Ferreira parte. Intala-se na fazenda olho Dágua em Água Branca a 46 km da cidade de Mata Grande Alagoas.

As mágoas, os sofrimentos dos Ferreira, estavam em carne viva nos sentimentos de cada um. As injustiças do mundo despertava neles a vingança. Vingança tem para o sertanejo a força de um dever. Quando o pai diz para o filho, você nunca apanhe, seu pai nunca apanhou. O sertanejo estabelece um código de honra o verbo perdoar não existe. Covarde é aquele que apanha e deixa ficar por isso mesmo.

Luis Bento de Sousa
Luis Carolino.


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LAMPIÃO NÃO ENTROU EM SANTANA (UM POUCO DA HISTÓRIA DE GATO BRAVO O CANGACEIRO DE SANTANA DO IPANEMA ALAGOAS)


Clerisvaldo B. Chagas, 22 de maio de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.674


Enfurecido feito demônio, o bandido Lampião desceu do Juazeiro do Norte enganado com a suposta patente de capitão. Uns tirinhos bestas aqui outros acolá, penetrou e deixou Pernambuco para se aventurar em Alagoas.

Até hoje as perguntas de curiosos ainda são as mesmas de 1926. Indagam pelo motivo de Lampião não ter entrado na cidade de Santana do Ipanema. Embora o marginal não tenha invadido à cidade, saiu fazendo arrastão pelo extenso município em sítios e fazendas até desaguar na vila de Olho d’Água das Flores pertencente a Santana na época.


Escritores presentes na cidade como Oscar Silva e Valdemar Cavalcanti registraram a agitação formada na urbe com a notícia de aproximação de Virgolino com mais de cem homens. Ambos são irônicos e fazem referências às promessas feitas por pessoas exóticas, possivelmente não sadias do juízo, Carneiro e Maria Cabeça Amarrada. Maria era uma beata que só vivia na igreja. Outros comentaram que a padroeira do município era uma santa e que Lampião prometera a ele mesmo não invadir lugares que tivesse santa como padroeira. Outra hipótese fala em negociação secreta do chefe do bando com algum mandachuva da política. Não deixando de aparecer opiniões, o próprio cangaceiro santanense Gato Bravo diria mais tarde em entrevista para jornal que Lampião não entrara em Santana, graças a ele, Gato Bravo.

A realidade é que depois de muita gente se esconder no mato e a saída de dois automóveis rumo a Palmeira dos Índios. Haveria resistência.

Santana procurou se defender de improviso movida pela resolução de civis. Foi apresentado 25 atiradores do Tiro de Guerra 33, unidade do exército que funcionava no chamado “sobrado do meio da rua”. Estes eram comandados pelo instrutor Brigada Antônio Ribeiro Cavalcante. Do quartel que funcionava na antiga Rua do Sebo, na Cadeia Velha, saíram 15 homens dispostos à luta. A resistência foi organizada pelo prefeito Benedito Melo, padre Bulhões e o juiz Manoel Xavier Accioly. Não foi registrado o número de civis, mas dizem que nunca tinha sido vistos tantos rifles pelas ruas de Santana. Com os quarenta militares e um bom grupo de homens resolutos, barricadas foram feitas em pontos estratégicos, mas o bando passou ao largo de Santana do Ipanema.

E de todas as hipóteses apresentadas, a mais lógica era o receio de Virgolino ser perseguido pelo exército após um possível ataque. Ele queria ver o cão, mas tinha um receio da peste da farda verdinha do Exército Brasileiro.

O certo mesmo é que a cidade de Santana do Ipanema ficou livre de um longo trauma naquele mês de junho de 1926.


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NOTA DE FALECIMENTO!


Por Relembrando Mossoró

É com pesar que o Relembrando Mossoró vem comunicar o falecimento do empresário José Moreira Braga, mais conhecido como "Braga da Loja DDD", o fato ocorreu ontem no Hospital Wilson Rosado, nesta cidade de Mossoró-RN. 

Seu velório está sendo no Centro de Velório da Sempre, ao lado do Tiro de Guerra e será sepultado no Cemitério Novo Tempo, às 16hs. Nossos sentimentos aos familiares e amigos.


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"CANGAÇO CAMPINA GRANDE 2019"



Palestrante: João de Sousa Lima
Assunto: As Mulheres no Cangaço
Mais uma produção Aderbal Nogueira Laser/vídeo


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LAMPIÃO


Eu ainda não tinha visto esta foto, mas sem sombra de dúvida é mesmo Virgolino Ferreira da Silva o capitão Lampião.


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