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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

BRINCANDO DE AMAR

*Rangel Alves da Costa

Não há nada melhor que amar. O amor romântico, entre dois, é algo verdadeiramente insuperável. O amor é tudo, como acertadamente disse o poeta.
Mas brincar de amar também não é ruim assim. Ora, muita gente brinca. Muito mais do que imagina nossa vão filosofia amorosa. Agora mesmo alguém este brincando de amar.
Agora mesmo alguém está fazendo do outro um brinquedinho, jogando daqui pra lá, fazendo de conta que ama. E o pior é que muita gente se deixa ser jogada de lá pra cá, se deixa usar como peteca ou bola de assopro.
Agora mesmo alguém está achincalhando do outro que diz tanto amar. Jura amor, até se ajoelha se for necessário, mas outra coisa não faz senão zombar, usar, chacotear, torna o outro num objeto de diversão perante todos.
Isso mesmo, pois aquele que é usado e abusado, servindo sempre como brinquedo amoroso, acaba divertindo também toda a comunidade. Muitas vezes, até uma cidade inteira passa a se divertir com o brinquedo amoroso com que um trata o outro.
Neste jogo, aquele que brinca vai fazendo do outro um lúdico cuja serventia outra não é senão o desrespeito, a traição, a falta de honradez e pudor. Aquele que joga, apenas joga, faz do outro verdadeiro brinquedo. Aquele que é jogado e que verdadeiramente ama, acaba sendo zombado sem merecer.
Muito acontece assim. É um jogo de tanto faz para quem faz do outro brinquedo. Diz amar e faz do amor sua diversão. E se diverte traindo o amor confiado. Graceja pelo que faz e o outro que ama nem sempre sabe que está sendo usado, jogado, humilhado.


Mas o que seria, realmente, brincar de amar? Sua compreensão está no próprio contexto do que seja brincadeira. Sua definição partirá deste contexto.
Segundo os dicionários, brincadeira é o ato de brincar. Brincadeira é jogo, é diversão, é passatempo, é recreação. Brincadeira é agir ludicamente, a partir de situações que causem prazer pelo divertimento.
Brincar, pois, é divertir, é entreter, é distrair. Significa ainda dizer que não há seriedade na brincadeira, pois é a diversão que move sua prática. E com relação ao amor, como seria então?
Com relação ao amor, a brincadeira assume a mesma feição conceitual. Considerando que o amor depende da relação entre dois, então um destes toma a iniciativa de, unilateralmente, tornar o outro num meio de divertimento.
Assim, brincar de amar é tornar o amor uma mera diversão, um entretenimento, uma distração. Brincar de amar é fingir que ama e tornar tal fingimento em traição, em troca amorosa, em safadeza.
Brincar de amar é não levar a sério o que a um tem tanto importância, mas que ao outro não vale absolutamente nada. Quem brinca de amar sempre desdenha do outro, tem com este como insignificante e como um objeto qualquer de pouca utilidade às suas verdadeiras pretensões.
Quem brinca de amar e torna o outro em vil brinquedo, sempre chama para si o prazer da desonra, de ter seu nome falado e enlameado, mas ainda assim o faz pelo simples prazer da traição ou da sem-vergonhice.
Fazer o que, então? A verdade é que quem ama nunca descobre facilmente que está sendo usado, zombado, chacoteado. Todo mundo sabe, mas a pessoa não. Mas ao descobrir, então caberá tomar a decisão se deseja continuar sendo jogado ou se não permite para si tamanha vergonha.
Por fim, quem joga ou brinca de amor e até faz disso uma arte da sem-vergonhice, não permanecerá eternamente com o prazer de enganar. Um dia sairá perdedor ou perdedora do jogo e saberá o quanto é doloroso e humilhante servir de brinquedo.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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ENTREVISTA COM A ESCRITORA ANDRÉA BRANDÃO


ANDRÉA BRANDÃO APRESENTA O SEU DESEJO DE PROMOVER MUDANÇAS DE HÁBITOS POR MEIO DA LEITURA

Andréa Brandão tem 46 anos, é contadora de formação e escritora de coração; é casada,mãe e ama o que faz.Andréa é grata por tudo que conquistou até hoje. Escreve com e por amor e não tem grandes ambições como escritora.

É sincera e sonhadora, e acredita na magia e na força das palavras; toda grande obra começou por uma ideia que foi para o papel e transformou em algo valoroso para alguém em algum lugar.

“Despertar reflexões, e quem dera promover mudanças de hábitos, desapegos e pregar o amor, mesmo em momentos de adversidades.”
Boa leitura!

Escritora Andréa Brandão, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a inspirou a escrever “Flavilu e aventura acorda, Mundo”?

Andréa Brandão - Meus dois filhos, motivando a criação do nome de nossa personagem principal, Flávia e Lucas... Flavilu, aliada a uma necessidade de fazer algo diferente que talvez possa fazer a diferença; acredito que valores e princípios devem fazer parte da formação. Como ser humano, me sinto parte desse contexto, na escrita encontrei uma forma de partilhar essas crenças que julgo importantes. Nosso personagem gigante mundo é de fato o nosso mundo de hoje, creio que as pessoas precisam reagir aos acontecimentos ao redor e fazerem algo para mudar.

Quais temas estão sendo abordados por meio do enredo que compõe esta obra literária?

Andréa Brandão - Sustentabilidade, poluição, desperdício, despertando para sentimentos nobres como cooperação, resiliência, valores familiares, tolerância às diferenças, respeito, amor e fé.

Qual a mensagem que você deseja transmitir ao leitor por meio da trama?

Andréa Brandão - Despertar reflexões, e quem dera promover mudanças de hábitos, desapegos e pregar o amor, mesmo em momentos de adversidades.

O que mais a encanta nesta obra literária?

Andréa Brandão - O enredo, os personagens que interagem de forma colaborativa e conseguem reverter o cenário caótico instalado; de fato acredito nessa verdade: cada um fazendo sua parte, o mundo pode mudar.

A quem você indica leitura de “Flavilu e aventura acorda, Mundo”?
Andréa Brandão - Aos pais, crianças, professores, jovens...Enfim,a pessoas de qualquer idade.O apelo vai para todas as pessoas que apreciam a leitura e acreditam na magia das palavras e no poder das transformações que começam dentro de nós.

Além de seu livro, voltado para o público infanto-juvenil, você tem um romance baseado em fatos reais “Retalhos de uma vida”. Apresente-nos esta obra.

Andréa Brandão - Este livro foi uma coletânea de fatos vivenciados por mim e minha família.De alguma forma marcou minha vida, foi uma homenagem primeiramente para minha mãe, Zaira, uma guerreira vencedora que criou cinco filhos, com pouco estudo.Mas dotada de sabedoria tamanha, imprimiu em nossa educação valores como honestidade, humildade, fé, senso de justiça e outros que com exemplo educou. No livro registro um legado de gerações que com o passar do tempo acaba ficando somente nas memórias, se perdendo.Assim encontrei uma forma de eternizar esses momentos nesta obra. Em sua 2ª edição,em 2017,adicionei mais alguns capítulos de bônus, atualizando alguns fatos marcantes de minha vida mais recentes.

Leia entrevista completa clicando no link abaixo:

Enviado pelo professor, escritor pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso

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CANGACEIROS CAPTURADOS

Diversos cangaceiros, supostamente do bando de Lampião, capturados pela polícia de Pernambuco e presos no Recife. Dois chamam à atenção, Mourão e Serra Uman, pois podem ser os mesmos que aparecem na clássica foto do bando de Lampião em Limoeiro do Norte/CE, em 16 de junho de 1927, após o malogrado ataque à Mossoró.

Revista O Malho,29 de dezembro de 1928.




https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/?multi_permalinks=1880234605622375&notif_id=1516026149386288&notif_t=feedback_reaction_generic

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CANGACEIRO ZÉ BAIANO


Zé Baiano (? — 7 de junho de 1936) foi um cangaceiro que integrou o bando de Lampião. Conhecido por sua crueldade, tinha o costume de marcar com um ferro em brasa as iniciais "JB" no rosto ou no púbis de mulheres de cabelo curto ou por estarem usando vestidos cujo comprimento ele considerava inconveniente, passando a ser conhecido por isso como o "ferrador de gente". Devido à cor de sua pele, foi apelidado também de "pantera negra dos sertões".[1] Liderou seu próprio bando, em companhia do qual foi morto em 1936 após uma emboscada em Alagadiço, povoado do município de Frei Paulo.[2]


Lampião e seu bando invadiram Alagadiço pela primeira vez em 1930, arrombando casas e roubando pertences dos moradores. Pelo povoado estar em uma posição estrategicamente privilegiada, e por não contar com destacamento reforçado de polícia, os cangaceiros transitavam livremente pela região. Lampião voltou mais três vezes a Alagadiço; na segunda ocasião, procurou o coiteiro Antônio de Chiquinho, querendo informações sobre um destacamento policial que perseguia seu bando.[3]

A última visita de Lampião ao povoado foi em 1934, quando deixou Zé Baiano no comando da região. Acompanhado de seus comparsas Demudado, Chico Peste e Acelino, ele aterrorizou a localidade, cometendo atrocidades, saqueando e impondo sua própria lei em Frei Paulo e vizinhanças. O bando costumava esconder-se da polícia nas casas de fazendeiros, ou então na mata, mas foi o coiteiro Antônio de Chiquinho que acabou pondo um fim ao reinado de criminalidade de Zé Baiano.[3]

Cansado de ser perseguido pelos policiais devido ao envolvimento com o cangaço, o comerciante armou uma emboscada aos criminosos. Durante uma entrega de alimentos em 7 de julho de 1936, acompanhado dos conterrâneos Pedro Sebastião de Oliveira (Pedro Guedes), Pedro Francisco (Pedro de Nica), Antônio de Souza Passos (Toinho), José Francisco Pereira (Dedé) e José Francisco de Souza (Biridin), Antônio deu fim a Zé Baiano e seu bando. Manteve segredo do fato durante quinze dias, temendo represálias de Lampião. O cangaceiro, contudo, decidiu não se vingar após ser convencido por Maria Bonita que o empreendimento poderia ser perigoso, pois o povoado contava com a presença de um canhão.[3]

Referências

Ir para cima↑ Lampião, senhor do sertão: vidas e mortes de um cangaceiro. Elise Grunspan-Jasmin. EdUSP. ISBN 9788531409134 (2001)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_Baiano

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O CANGACEIRO CORISCO


Cristino Gomes da Silva Cleto, mais conhecido como Corisco (Água Branca10 de agostode 1907 - Barra do Mendes25 de maio de 1940) foi um cangaceiro do bando de Virgulino Ferreira da Silva, apelidado Lampião. Também era conhecido como Diabo Louro.


Aos 17 anos, em uma briga de rua Corisco matou um homem que era protegido do coronel da cidade de Água Branca, e temendo ser punido e sem ter para onde ir tomou a decisão de aliar-se ao bando do cangaceiro Lampião.[1] Corisco era conhecido por sua beleza, seu porte físico atlético e cabelos longos deixavam-no com uma aparência agradável, além da força física muito grande, por estes motivos foi apelidado de Diabo Louro quando entrou no bando de Lampião.

Corisco sequestrou Sérgia Ribeiro da Silva, a Dadá, quando ela tinha apenas treze anos e mais tarde o ódio passou a ser um grande afeto. Corisco ensinou Dadá a ler, escrever e usar armas. Corisco permaneceu com ela até no dia de sua morte. Os dois tiveram sete filhos, mas apenas três deles sobreviveram.[2]

Com a divisão do grupo de Lampião (uma das estratégias para fugir da perseguição policial), Corisco tornou-se líder de um dos grupos, formando seu próprio grupo de cangaceiros.[1]

Em meados do ano de 1938 a polícia alagoana matou e degolou onze cangaceiros que se encontravam acampados na fazenda Angico, no estado de Sergipe; entre eles encontravam-se Lampião e Maria Bonita. Corisco, ao receber essa notícia, vingou-se furiosamente, degolando a família do fazendeiro acusado de delatar o bando à polícia, porém assassinou as pessoas erradas.[1]


Em 1940 o governo Vargas promulgou uma lei concedendo anistia aos cangaceiros que se rendessem. Corisco e sua mulher Dadá já haviam decidido deixar o cangaço desde 1939, quando no ano seguinte estavam no estado da Bahia, na cidade de Barra do Mendes, em um povoado denominado Fazenda Pacheco. O casal repousava em uma casa de farinha após almoçarem, e estavam supostamente desarmados. O ataque foi comandado pela volante do Zé Rufino, juntamente com o Ten. José Otávio de Sena. Corisco foi surpreendido, mas não se entregou, dizendo a Rufino que não era homem de se entregar. Foi metralhado na barriga, deixando seu intestino fora do abdômen, ainda vivendo por 10 horas depois da rajada de tiros.[3] Dadá precisou amputar a perna direita. Com as mortes de Lampião e Corisco, o cangaço nordestino enfraqueceu-se e acabou se extinguindo.

Corisco foi enterrado no cemitério da Consolação em Miguel Calmon, na Bahia. Depois de alguns dias sua sepultura foi violada, e seu corpo exumado. Seus restos mortais ficaram expostos durante 30 anos no Museu Nina Rodrigues ao lado das cabeças de Lampião e Maria Bonita.
Representações na cultura[editar | editar código-fonte]

A vitalidade, energia e violência de Corisco fascinou Glauber Rocha e inspirou o seu filme Deus e o Diabo na Terra do Sol. Corisco foi interpretado por Othon Bastos.

Em 1969, foi lançado o filme Corisco, O Diabo Loiro de Carlos Coimbra, Corisco foi interpretado por Maurício do Valle, o mesmo que interpretou Antônio das Mortes, assassino de Corisco em Deus e o Diabo na Terra do Sol.[4]

Em 1982, foi exibida a minissérie Lampião e Maria Bonita, na Rede Globo. Corisco foi interpretado por Sílvio Correia Lima e Dadá por Lu Mendonça.

Em 1996 foi lançado o filme Corisco & Dadá, que conta a história do casal. O filme foi protagonizado por Chico Diaz e Dira Paes.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Gente de Lampião: Dadá e Corisco - Autor: Araújo, Antônio Amaury Corrêa de

1924 - Convocação de Corisco para cumprir o serviço militar (fls. 22;23 do livro: Gente de Lampião: Dadá e Corisco).

https://pt.wikipedia.org/wiki/Corisco

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SEU JOÃO CAPOEIRA, ZÉ DE JULIÃO E AS IRMÃS ENEDINA E ESTELA (OS ENTRELAÇAMENTOS DA HISTÓRIA)

Por Rangel Alves da Costa

Nas fotografias acima, onde se avista João Saturnino dos Santos, o Seu João Capoeira (acima), a ex-cangaceira Enedina (primeira foto abaixo) e o também ex-cangaceiro e político José Francisco do Nascimento, mais conhecido como Zé de Julião (Cajazeira no bando de Lampião), há um entrelaçamento pouco conhecido para os de Poço Redondo de hoje e até para pesquisadores e escritores. Fato é que Seu João Capoeira é o único irmão ainda vivo de Enedina, esposa de Zé de Julião. E deste Seu João Capoeira foi cunhado por duas vezes, pois após a morte de Enedina na Chacina de Angico de 38, Zé de Julião passou a conviver com Estela, irmã dos dois. Assim, Enedina e Estela eram irmãs de Seu João Capoeira e este cunhado de Zé de Julião por duas vezes. Uma página da história ainda viva e ainda recordando como era Zé de Julião: um homem bom, honesto, lutador. Não apenas um cunhado valorizando aquele de tanta importância em seu seio familiar, mas um reconhecimento do real valor deste grande e tão injustiçado sertanejo. Os olhos de Seu João Capoeira chegam a brilhar com maior vivacidade ao falar sobre seu amigo e parente. Quem terá um retrato de Estela?

Rangel Alves da Costa

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O PREFEITO QUE ENFRENTOU LAMPIÃO PARTE IV

Por Ana Paula Cardoso

RODORPHO FERNANDES COMO PREFEITO

O historiador Geraldo Maia, na coluna que mantém no jornal O Mossoroense, destacou que Rodolpho Fernandes iniciou o calçamento de algumas ruas de Mossoró e da Praça 6 de Janeiro durante o seu mandato. 

Geraldo Maia ressalta que, inicialmente, o projeto do calçamento enfrentou críticas e a insatisfação de muitos habitantes temerosos de que, com as ruas cobertas por pedras, a ensolarada Mossoró fosse ficar mais quente. Passado o alvoroço e o temor de se aumentar o calor, hoje a antiga praça, localizada no centro da cidade, leva o nome de Rodolpho Fernandes. 

A trajetória do prefeito da resistência, porém, teve curta duração. No dia 16 de setembro de 1927, apenas três meses depois de Mossoró expulsar os cangaceiros, Rodolpho Fernandes tira licença da prefeitura para tratamento médico no Rio de Janeiro, onde faleceu menos de um mês depois, no dia 11 de outubro do mesmo ano. À época, Mossoró chorou a morte do prefeito herói, estampando homenagem nas capas dos jornais existentes na cidade então e transformando-o em um verdadeiro mártir da resistência.

Todos os anos, a atuação de Rodolpho Fernandes para montar o esquema de defesa de Mossoró ao ataque do vando de Lampião é relembrado no espetáculo "Chuva de Bala no País de Mossoró", encenado em frente à igreja São Vicente, que serviu de trincheira contra os cangaceiros.

CONTINUA...

Fonte:
Revista: BZZZ
Ano: 4
Nº: 51
Páginas: ... 27.
Mês: Setembro de 2017.
Digitado por José Mendes Pereira

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