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sábado, 18 de outubro de 2025

ELEGANTE, BONITA, BEM PRODUZIDA, PASTA EM UMA DAS MÃOS, MAS TÃO DESVALORIZADA!

  Por José Mendes Pereira

Do alto de um sótão observei o seu jeito que vinha caminhando pela rua despreocupada, de salto alto, sempre procurando um jeito para colocá-lo sobre as pedras, talvez, temendo ficar agarrado entre uma pedra paralelepípedo e outra. Elegante, bonita, bem produzida, pasta em uma das mãos, morena, os seus cabelos longos e lisos voavam através do vento que nascia no Norte e se dirigia para o Sul. Uma elegância perfeita, lustrosa, bem produzida, sem defeito.


Não deu para ver a cor dos seus olhos se eram pretos, castanhos, verdes ou azuis, e não senti o cheiro do seu perfume, devido à distância, mas sei que com aquela elegância toda, ela estava muito bem perfumada, muito cheirosa, e só podia ser uma secretária executiva de uma autoridade qualquer, quem sabe, de um prefeito municipal, de um esculápio que não era empregado do "SUS", de um advogado de fama, de um delegado, de um promotor de justiça ou de um juiz que bate o martelo na mesa e sentencia um réu qualquer para pagar por detrás das grades o seu erro. Toda sua sabedoria estava enfiada em uma bolsa luxuosa, segurada por uma das suas belas mãos. Que pena que é tão desvalorizada!

 

Mesmo um pouco distante do sótão imaginei que o seu olhar era brilhante, cheio de esperança, agradecendo o que fez ontem com perfeição, no hoje que começa, e no amanhã que há de vir. Com certeza, sorriso nos lábios diante de todo o seu rosto. A alma fazia crer, que aquele dia, seria mais um belo espetáculo que iria apresentar para os seus assistentes apreciarem e julgarem o seu trabalho. 


https://br.pinterest.com/josianecarrico/trap%C3%A9zio-fixo/

Não é em um trapézio que ela apresenta e prende a atenção de quem assiste o seu trabalho, porque ela não é trapezista, nem tão pouco bailarina ou moça de circo, aquela que faz os espectadores admirarem o seu vai e vem nos instrumentos de circos; nem pensar em ser uma assistente de autoridade qualquer, mas ela instrui, informa e forma a todos aqueles que sentados a esperá-la entre quatro paredes.

 

Aos poucos ela foi sumindo, sumindo e não a vi mais. Nem de perto e nem de longe. Ela caminhou para ocupar o seu ofício em qualquer lugar.


Fiquei pensando um bom tempo sobre aquela moça que elegantemente passeava entre as ruas do meu bairro. Desci do sótão e perguntei a uma senhora que varria a sua calçada, se a conhecia. E sem demora, a resposta chegou:

 

- Eu a conheço muito! Ela é minha prima.

 

- Ela trabalha aqui por perto?


https://pt.pikbest.com/photo/female-woman-teacher-in-classroom-with-a-blank-board-background-image_10524450.html

- Ela é professora de uma escola que funciona do outro lado deste quarteirão...

 

- Sabe me informar quanto ela ganha?

 

- Um pouco mais de 1 salário mínimo.

 

Não suportei. A minha mente desmoronou os meus neurônios como se o meu célebre tivesse sido banhado por uma porção de sangue vencido.

 

Tão elegante, tão bonita, bem produzida, pasta em uma das mãos, e dentro da pasta carregava o seu material de trabalho, mas tão desvalorizada!

 

O que faz o Congresso Nacional que deixa um professor ganhar um pouco mais de...?


O que estas pessoas fazem no Congresso Nacional? Chegam, colocam os seus paletós sobre o encosto da cadeira, e se mandam pela cidade resolvendo problemas pessoais. 

Link da imagem:

 https://www.cartacapital.com.br/carta-explica/entenda-como-funciona-o-congresso-nacional/ 

 

Tanta elegância, tanto carinho pela educação, tanto esforço, tanto amor pelos seus discípulos, tanta esperança que um dia isso poderá mudar..., entra ano e sai ano, e a educação continua de mal a pior, triste, doente, na UTI da irresponsabilidade de um congresso que só pensam em si. Um país tão rico e tão lindo...

 

Somente os professores continuam sonhando todos os dias que Deus dá, e insistem dizendo que vale a pena sonhar, mesmo sendo desvalorizados. A esperança na verdade é a última que morre, e não adianta abandoná-la.

 

Sou professor aposentado e vejo que todos aqueles que continuam no ofício, sonham que um dia virá o melhor, mas é muito impossível que isto venha acontecer.

 

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LAMPIÃO FOI MAL INFORMADO QUE DARIA CERTO UM ASSALTO EM MOSSORÓ-RN.

 Por José Mendes Pereira

Diz o jornalista Alexandre Gurgel que o verdadeiro nome do cangaceiro Massilon era Benevides Leite que havia nascido e deixado suas raízes sólidas no chão sertanejo da aba da Serra de Luís Gomes, no Sítio Japão aqui no Estado do Rio Grande do Norte.

Adquiriu um pseudônimo para si, “Massilon”.  Apesar de ter se tornado cangaceiro, mas antes era um jovem que gostava de preservar as suas amizades com os que lhe rodeavam, pois ainda não havia exposto as suas maldades contra ninguém. Os seus bons divertimentos eram: frequentar diariamente casas onde eram colocadas cartas de baralhos sobre a mesa; e gostava muito de estar presente a bares para ingerir bebidas alcoólicas, principalmente uma boa cachaça.

Cangaceiros que tentaram invadir Mossoró

Massilon Leite era obcecado pela almocrevaria, trazendo algodão para Mossoró, e com os bons lucros que lhe rendeu durante as suas viagens como comboieiro, transportando algodão sobre o  lombo de animais, posteriormente conseguiu ser proprietário de um caminhão, e, a partir daí, começou a transportar o produto no seu automóvel.  Mas infelizmente ele foi obrigado a deixar a vida de caminhoneiro, devido as estradas não ofereciam boas condições para rodar. 

Certa vez, lá em Belém do Brejo do Cruz, no Estado da Paraíba, em confronto com a polícia Massilon assassinou um soldado, e temendo ser justiçado conseguiu fugir em direção às caatingas, e lá se incorporou ao bando de Lampião. O tempo foi se passando e aos poucos ele foi se tornando um homem paparicado pelo capitão. 

Mais ou menos no mês de abril ou possivelmente no princípio do mês de maio de 1927, Massilon já se sentindo um homem de confiança de Lampião, e confiante de alguns acordos feito com Décio Holanda e o coronel Isaías Arruda, ambos cearenses, fez-lhe a proposta ao rei para juntos fazerem uma invasão à Mossoró no Estado do Rio Grande do Norte, afirmando o cangaceiro que era a maior cidade potiguar, sendo bem estruturada, com um comércio que rendia muito, e além do mais, tinha bancos com bons movimentos, e com certeza, assaltando-a, sairiam daqui com os bolsos e bornais abarrotados de dinheiro.

Mas diz ainda Alexandre Gurgel que Massilon era apaixonado por uma das filhas do prefeito Rodolfo Fernandes, e sendo astucioso, sabendo que se os seus compassas aceitassem invadir Mossoró, ataque que ele tinha plena certeza que daria certo, seria uma boa oportunidade levá-la consigo para as caatingas do nordeste. 

Mas Lampião não sabia que o maior interesse de Massilon pelo ataque à Mossoró era a paixão irresistível que ele tinha pela filha do prefeito. É claro que se ele antes tivesse tomado conhecimento desse desejo incontrolado do assecla, pela moça, com certeza, não teria dado a mínima atenção às suas palavras, e nem tão pouco vindo à Mossoró.

E para que o plano de atacar a cidade potiguar desse certo Lampião confiava em alguns bandidos que conheciam bem a região, os quais eram: 

1 - Um senhor de nome Cecílio Batista, mais conhecido por Trovão, que em anos remotos, havia morado na cidade de Assu, e já era dono de um currículo de maldades arquivado na delegacia de polícia, sendo por desordens. 

2 - José Cesário que vulgarmente era chamado “Coqueiro”, que antes ganhava o seu ordenado mensal prestando serviços em Mossoró. 

3 - Júlio Porto, um dos antigos motoristas da firma algodoeira “Alfredo Fernandes”, com a alcunha de Zé Pretinho. 

4 - E um dos idealizadores do ataque à Mossoró, o próprio Massilon que não poderia estar de fora, e tinha conhecimento de todas as estradas que faziam chegar à cidade mossoroense. Mas entre outros delinquente.

O mais interessante que eu me pus a pensar, é que Lampião tão estrategista que era, caiu na conversa de Massilon, que era um aspirante cangaceiro, que não conhecia tão bem o que era ser cangaceiro como os outros, isto é, da velha guarda do capitão.

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CEMITÉRIO DE DUARTINA, CONTANDO HISTÓRIAS E MOSTRANDO FOTOS ANTIGAS ( REGIÃO DE BAURU).

 

Por Perdidos Achados
https://www.youtube.com/watch?v=RSpIjIC0P28

Cemitério da cidade de Duartina, região de Bauru. Visite nosso canal! Temos muitos outros cemitérios. Fotografia Post Mortem: Fotografia Post Mortem ou Pós-Morte é a arte de fotografar os mortos, fato que acontecia na Era Vitoriana especificamente no final do século XIX, A fotografia Pós-Morte era uma maneira barata para as pessoas que não tinham muitas condições financeiras pudessem imortalizar seus entes queridos mortos, principalmente as crianças. Doe valores ao canal! Chave Pix: canalperdidosachados@gmail.com INSCREVA-SE! ‪@perdidosachados‬

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UTENSÍLIOS DOS CANGACEIROS E A DESINFORMAÇÃO DA IMPRENSA POR ANTÔNIO AMAURY.

Por Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=C2nJqL-wZ40

Prof. Amaury fala sobre os utensílios utilizados pelos cangaceiros no dia-a-dia. Fala também da desinformação da imprensa. Para participar da Expedição Rota do Cangaço entre em contato pelo e-mail: narotadocangaco@gmail.com Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / @cangacoaderbalnogueira   Parcerias: narotadocangaco@gmail.com

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