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terça-feira, 19 de janeiro de 2021

LIVRO DE ESTUDO SOBRE O CANGAÇO

Exemplar do livro "Dos mitologemas na imortalidade do passado lampiônico..."

Edição 2017 sobre psicologia do cangaço em que a temática principal revela traços à luz da psicanálise de Virgulino Ferreira, o Lampião e Maria Bonita.

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Categoria: Livros e revistas
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CANGAÇO - Dulce, a última cangaçeira viva (TROCADA POR JÓIAS, ABUSADA E FORÇADA A ENTRAR NO CANGAÇO).

 Por Letícia Billiert

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CANGAÇO:A MORTE DE LÍDIA NO CANGAÇO,ASSASSINADA POR ZÉ BAIANO

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80 ANOS ANGICO

 Por Aderbal Nogueira

Vídeo documentário dos 80 anos da morte de Lampião - Combate de Angico

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LAMPIÃO E O CANGAÇO | NERDOLOGIA

 

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A ARTE DO COMÉRCIO

Por Geraldo Maia do Nascimento

O comércio é uma arte para a qual exige talento para o sucesso. Talento, muita dedicação e porque não dizer, um tanto de sorte. Temos, na história de Mossoró, exemplos de muitos comerciantes, grandes comerciantes, que venceram por estarem no lugar certo, na hora certa, e souberam aproveitar a oportunidade. Para ilustrar o que digo, vamos dar o exemplo de Miguel Faustino do Monte, proprietário das Casas M.F. do Monte & Cia. 

Nasceu numa quarta-feira, 11 de agosto de 1858, na cidade de Sobral/CE.  Veio para Mossoró por volta de 1884, quando contava vinte e seis anos de idade. O comércio lhe atraia e Mossoró era, naquela época, uma grande praça comercial. Conseguiu emprego de auxiliar de balcão na grande firma comercial de Alexandre de Souza Nogueira, que tinha uma casa exportadora de sal, com escritório em Recife. Miguel era criterioso nos seus afazeres, disposto para o trabalho e com grande tino comercial. Conseguiu, com isso, não só a confiança do dono da empresa, como também a mão de sua filha. E foi assim que em pouco tempo passou de simples caixeiro de balcão a genro do patrão. Tinha crescido o suficiente na empresa para acompanhar o sogro à capital pernambucana, quando teve a chance de conhecer Delmiro Gouveia, o grande homem da indústria e do comércio da região. Delmiro mantinha relações com Souza Nogueira. Mas ao conhecer Miguel Faustino, vislumbrou no mesmo as qualidades que necessitava para um novo aliado. E o convite veio de chofre: “- Menino, queres trabalhar para mim? Comprarás peles, couros, outros artigos, se preciso. Mas quem trabalha para mim, se honesto e ativo, acabará bem, ao contrário o diabo o levará”. Miguel estremeceu. Delmiro Gouveia era um homem muito poderoso. Dava medo tratar com ele. Mas aceitou o negócio e passou a trabalhar para Delmiro com inteligência, fé e retidão. Após algum tempo, foi ao Recife prestar conta a seu patrão. Nessa época, Delmiro Gouveia encontrava-se com um grande problema nas mãos: havia financiado uma sociedade salineira que estava à beira da falência. O inverno de 1894 havia levado todo lastro da produção de sal, não tendo, os proprietários, como pagar o empréstimo, de modo que a salina Jurema, juntamente com o rebocador, batelão e tudo o mais foi parar nas mãos do financiador. A solução encontrada por Delmiro foi confiar a Miguel Faustino o destino da salina. Voltando a Mossoró, Miguel Faustino foi verificar a salina e notou que com as chuvas, os montes de sal foram soterrados, mas não estavam perdidos. Mandou que retirassem a lama e debaixo dessa encontrou o sal que a enchente do rio não levara. Foi aí que se tornou salineiro. A parceria de Miguel Faustino com Delmiro Gouveia foi extremamente rendosa para ambas as partes. Quando Delmiro decidiu se afastar do comércio de couro e peles, Faustino se transformou em exportador, atuando praticamente sozinho, ao ponto de fazer uma legendária remessa para os Estados Unidos na 1ª Guerra Mundial. Com o crescimento dos seus negócios, decidiu criar uma firma com seu nome, passando a importar produtos e exportar sal, algodão, cera e peles, com escritório em Natal e Rio de Janeiro. O simples balconista cearense havia se transformado num dos capitães da indústria e do comércio de Mossoró. Até meado dos anos vinte era tamanha a pujança da firma Miguel Faustino do Monte & Cia., que os seus produtos eram conhecidos nacionalmente. Numa exposição havia no Rio de Janeiro, por ocasião das comemorações do Centenário da Independência, teve três dos seus produtos premiados: sal, algodão e cera de carnaúba. A partir desse evento, a empresa mossoroense passou a ser referência nesses produtos. Não havia empresário de maior fortuna e com correspondente brilho na vida social em Mossoró como Miguel Faustino do Monte, ao longo do tempo em que liderou o comércio da região. Influente politicamente e capaz de atos de grande generosidade, a começar pela sua participação no movimento abolicionista, também como coordenador da campanha para angariar fundos para a construção do Colégio Diocesano Santa Luzia, doando o seu próprio palacete para o Bispado, além de generosa quantia de 130 contos de réis ao patrimônio deste, construindo a Capela do Coração de Jesus em cumprimento de promessa, com convento em anexo, construindo a primeira barragem do Rio Mossoró, e muitos outros benefícios para a cidade que o acolheu. O rápido enriquecimento de Miguel Faustino na sua juventude e a sua generosidade para com a Igreja, já na velhice, fizeram surgir lendas urbanas onde se dizia que o mesmo havia enriquecido por ter feito um pacto com o diabo. E estava passando parte dos seus bens para a igreja como forma de redimir com Deus. Essa lenda ainda é contada pelas pessoas mais antigas. Já na velhice transferiu sua residência para o Rio de Janeiro, onde morreu em 10 de novembro de 1952, aos 94 anos de idade. Fez muito por Mossoró e por sua Diocese. Mossoró o homenageou emprestando o seu nome a uma praça no centro da cidade.

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MEMÓRIA DO CANGAÇO EM ADUSTINA, BA ZÉ PEQUENO CAÇADOR... COITEIRO DE CANGACEIROS

 Por Kiko Monteiro


Com mais uma preciosa informação colhida pelo amigo professor Salomão o Cariri Cangaço foi levemente esticado para mim e para o confrade Narciso Dias, presidente do Grupo Paraibano de estudos do Cangaço – (GPEC).

No último dia 2 de agosto rumamos novamente para Adustina, logo alí no sertão baiano fronteiriço com Sergipe para conhecer mais uma das testemunhas oculares da saga 'lampiônica' naquela área que era considerada na época um “corredor de cangaceiro”.

Em breve reunião com nosso anfitrião resolvemos de supetão esticar até o município vizinho de Coronel João Sá, pra visitar as cruzes dos cangaceiros Mariquinha, Sofrê e Pé-de-Peba, mas por conta da distância que restava e horário incompatível com compromissos dele concordamos em adiar para uma próxima “incursão”.

No caminho da volta paramos no terreiro do seu José Dantas de Oliveira, exímio atirador que ficou conhecido como “Zé Pequeno Caçador”. 

104 anos de idade, espanta tanto pela aparência quanto pelo ritmo e disposição, só se queixa de uma "dor nas juntas". Apesar do seu documento indicar Paripiranga ele afirma ter nascido no Arraial da Mãe D’Água de Cipó, (hoje Cipó), também no sertão Baiano. Mudou-se  para o Bonfim do Coité, atual Adustina, quando ficou órfão de pai e mãe ainda menino e foi morar com parentes no sítio Algodão que já tinha este mesmo nome desde a época do cangaço.


Seu Zé, de memória ainda acesa nos relatou que assim como Seu Atanásio ele também foi coiteiro ou faz-tudo dos cabras de Lampião naquelas bandas. 

Essa história ele mesmo conta.

“Conheci Corisco, Boa Vista, Balão, “Anjo” Roque, o Saracura que era daqui e sabendo que eu atirava bem o próprio Virgolino pelejou que eu entrasse no meio deles.
Eu disse – “não, capitão, no que eu puder servir eu sirvo, trago caça, peixe, aponto caminhos, mas virar cangaceiro, quero não”.
Também fui amigos dos ‘macacos’, arrumei muita caça para Odilon “Fulô”, comandante da volante que perseguia os cabras por aqui. Mas eles jamais souberam que eu era amigo dos cangaceiros, nem Lampião soube que eu me dava com os soldados.

"Deus o líve”, os soldados faziam muita malvadeza quando pegava um coiteiro que soubesse o rancho dos cabras e não entregasse pra eles.
Seu Zé ainda contou que chegou a ficar por quinze dias acoitado com os cangaceiros. Ele diz que não presenciou nenhum fogo, ou morte isolada. Mas viu os cangaceiros Mariquinha, Sofrê e Pé-de–Peba, mortos no Curral do Saco pela Volante de Odilon.

A cangaceira Doninha
Um dos fatos mais interessantes narrados por ele foi o de quando encontrou a cangaceira 'Doninha'*, companheira do cangaceiro Boa Vista, perdida na mata. Ele não lembrou se ela estava tentando fugir do coito como outras assim tentaram.

O certo é que seu Zé pequeno cuidou da moça durante três meses, até que um dia estava caçando, topou com os cabras e perguntou se Boa Vista ainda era vivo, com resposta positiva pediu para informar a ele o paradeiro da companheira e precavido rogou:

“Diga a Boa Vista que a muié dele ta lá em minha casa, mas que fique certo que o que eu devo a ela eu devo a minha mãe, apesar de ser jovem e solteiro".

Na linguagem sertaneja ele não se relacionou com a moça.

De acordo com a literatura, Doninha voltou para o convívio com Boa Vista e permaneceu com ele até o período das entregas.   

Professor Salomão, Kiko Monteiro e Narciso Dias.
Antes de nos despedirmos perguntei a seu Zé, o que foi confirmado pela sua esposa, que essa foi a primeira visita de pesquisadores do cangaço que ele recebeu durante todos estes anos. Tanto eu quanto Narciso não identificamos nenhuma afirmação que destoasse da historiografia fiel do cangaço naquela região. Até onde sua memória lhe permitiu não citou nome de nenhum cabra fora do território de atuação de seu subgrupo na época em questão, nem fantasiou combates ou eventos que não tenha presenciado.

A convivência de seu Zé Pequeno com os cangaceiros só foi citada em 1980 no livro ‘A Serra dos dois meninos’ de autoria de Aristides Fraga Lima (1923-1996) que narra em um dos capítulos quando ele ajudou a encontrar os garotos que se perderam nas famosas matas de Paripiranga.

*A Doninha em questão era a "cabrocha" alagoana Laura Alves que a primeira vista chegou a escolher como companheiro o cabra Moita Brava, que a recusou. Ela findou se juntando com o Boa Vista. Consulta: ARAÚJO, Antônio Amaury Corrêa de. Lampião: as Mulheres e o Cangaço, Editora Traço 2ª Edição, 2012. Pág. 279

https://lampiaoaceso.blogspot.com/2016/08/memoria-do-cangaco-em-adustina-ba.html?fbclid=IwAR06zg-EbNcb05XCqWLF0Ywbj8z9dF5JhaympCd4CbGAJonXyV0GXuZLMhE

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ENTREVISTA COM ANTÔNIO SILVINO E OUTROS CANGACEIROS

 https://www.youtube.com/watch?v=NLw0OA0VVaY&ab_channel=NASPEGADASDAHIST%C3%93RIA

NAS PEGADAS DA HISTÓRIA

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ENTREVISTA REAL COM ZÉ RUFINO | CNL | #376

 https://www.youtube.com/watch?v=TnGPtI38JiY&ab_channel=OCanga%C3%A7onaLiteratura

O Cangaço na Literatura

Memória do Cangaço - 1964 - 29' - PB - 35mm *este filme, junto com os curtas "Subterrânoes do futebol", "Nossa escola de samba" e "Viramundo" integra o longa-metragem "Brasil Verdade" 

- T E L E C I N E 

Tamanho original do arquivo : 10.71 GB Bit Rate: 52.38 Mbps imagem:Apple ProRes 422 HQ, 720 × 486, 23.976 fps, 50.08 Mbps som: 24-bit Integer stereo, 48 kHz, 2.30 Mbps.

- E Q U I P E 

Pesquisa, estrutura e direção: Paulo Gil Soares assistência de direção: Terezinha Muniz montagem: João Ramiro Melo sincronização: Affonso Beato, Paulo Gil Soares fotografia de cena: Dolly Pussi apresentação: Lygia Pape produtor executivo: Edgardo Pallero fotografia e câmera: Affonso Beato produção: Thomaz Farkas - Divisão Cultural do Itamaraty - Departamento de Cinema do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional música tocada e cantada pelos violeitos João Santana Sobrinho e José Canário; dobrado "Dois Irmãos" de Armindo de Oliveira, executado pela banda da Polícia Militar do Estado da Bahia.

- S I N O P S E 

Êste documentário mostra as origens do Cangaço, movimento armado de bandoleiros que infestavam o Nordeste entre 1935 e 1939. Entrevista alguns sobreviventes da luta, policiais e cangaceiros. Traz a palavra do Prof. Estácio de Lima - Catedrática de Medicina Legal da Universidade da Bahia e Diretor do Museu de Antropologia, onde se encontram as cabeças dos mais famosos cangaceiros. O professor apresenta depoimento em que afirma que os cangaceiros existiram devido a "uma predisposição criminal, distúrbios endócrinos e fatôres morfológicos" tipicamente caracterizados naqueles indivíduos. Partindo destas afirmações vemos uma entrevista com um vaqueiro, ficando claro que o sertanejo de hoje como já foram seus antepassados, é abandonado à própria sorte. Levado pela exploração, o seu caminho levava à rebeldia. É apresentado o Cel. José Rufino da Polícia Militar Baiana, responsável pela perseguição e morte de mais de 30 cangaceiros; à medida que ele narra sua história, são mostradas sequências autênticas de filmes realizados em 1936, por um mascate árabe que conseguiu se introduzir entre o famoso bando de "Lampião". Contando seus combates mais perigosos o Cel. Rufino apresenta também três cangaceiros que contam suas histórias e apresenta ainda três perseguidores, entre os quais Leonício Pereira que cortava as cabeças dos cangaceiros "para que fosses tiradas fotografias". Termina o documentário com o Cel. Rufino narrando suas memórias e confessando que finda a campanha êle pôde comprar "algumas fazendas para criação de gado". Paulo Gil Soares.

- I N F O 

Memória do cangaço começou, lembrava Paulo Gil Soares, num encontro informal com Thomaz Farkas em 1964 num bar de Copacabana "numa avenida Atlântica do Rio ainda sem as reformas que levaram o mar para longe e alargaram a calçada" e apertada pelo clima da ditadura. "Uma semana depois ele aprovava o roteiro do meu primeiro filme pessoal e que terminou iniciando minha vida de cineasta e de carioca, abriu para mim os caminhos das profissionalização e terminou ganhando a única Gaivota de Ouro do Festival Internacional do Filme 1965". Paulo Gil lembra ainda que em 1969 Farkas voltou a produzir documentários culturais "e lá fomos nós para o Nordeste realizar um ciclo fantástico de filmes que retratava a cultura da região". Daí saíram Frei Damião, Jaramataia, O homem de couro, Erva Bruxa, A mão do Homem, Vaquejada, "um esforço de produção que nunca mais se repetiu e acredito ser difícil voltar a acontecer". 

- F E S T I V A I S & P R Ê M I O S 

"Gaivota de Ouro" - Festival Internacional do Filme Rio de Janeiro 1965 * "Governador do Estado": Menção Honrosa São Paulo 1965 * "Dziga Vertov" União Mundial de Cinemateca Brasília 1965 * "Primeiro Prêmio"" Festival de Popoli VII Rassegna Internazionale Del Film Etnográfico e Sociológico Florença, Itália 7 a 13 de fevereiro de 1966 * "Prêmio da Crítica Internacional" XI Jornada Internacional do FIlme de Curta-Metragem Tours França 1966

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COMPARANDO

Clerisvaldo B. Chagas, 19 de janeiro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.454

Sempre lembrada pelos mais velhos e repetidas aos mais novos, a maior cheia do rio Ipanema ficou imortalizada em 1941. Como marco, as águas chegaram até os pés do prédio da Perfuratriz no final da Rua São Paulo. Esse prédio estava localizado onde é atualmente, mais ou menos a sede da Associação de Moradores da Rua da Praia, defronte a sua a igreja. O prédio da Perfuratriz, muito bonito, tinha forma de cubo, rodeado de janelas. Diante dele, um caminho ladeado de aveloz iniciava ali onde hoje é a Rua da Praia e seguia até o último beco da Rua São Pedro, atualmente extinto por moradores. Esse caminho de cerca de 400 metros, parecia um túnel, não deixava penetrar a luz do Sol por causo das cercas altas do aveloz.  Aponta-se como a segunda cheia do rio Ipanema, a de 1960. Essa nós presenciamos de perto.

De acordo com o cidadão de mais de 80 anos, Manoel Fontes, o senhor Pedro Agra, falava que 100 anos antes da cheia de 1941, isto é, em 1841, houve cheia semelhante.

Na cheia de 1941, não havia ponte nem no rio Ipanema, nem no riacho Camoxinga. Na cheia de 1960 não havia construções no leito do riacho e nem no lastro do rio Ipanema.

Na última cheia, a de 2020, pode até ter sido a maior, mas vamos levar em conta o seguinte, no rio Ipanema: havia uma pequena aglomeração de casas, logo após a barragem. Por trás da Rua Delmiro Gouveia, uma rua completa dentro do rio Ipanema, não no centro, mas dentro do rio.  Mais abaixo, uma oficina debaixo da ponte General Batista Tubino. Casas comerciais dentro do rio, trepadas por colunas. Rua da Praia construída no limiar do Panema. Por onde você acha que o rio iria passar?

No riacho Camoxinga, construções dentro do riacho a partir da Ponte do Colégio Estadual. Antes, casarios margeando o riacho com seus quintais. Garagem construída na foz do riacho Camoxinga. Além da sua cheia, o riacho represou com o rio Ipanema, por onde você acha que riacho iria passar?

Essas obstruções vêm sendo construídas desde os tempos da gestão de Genival Tenório. Um dos seus auxiliares na época, diante da minha crítica, chegou a me oferecer um lote no rio Ipanema, na Ponte do Padre. Agradeci e saí enojado. Daí para cá, ninguém mais segurou as construções absurdas nos leitos dos riachos Salgadinho, Camoxinga e rio Ipanema. Inclusive, o represamento do valente riacho Salgadinho também foi responsável pela inundação da parte baixa dos Bairros Domingos Acácio e Floresta.

Será que depois do susto todos voltaram para os mesmos lugares? O rio continua vivo.

CHEIA DO RIO IPANEMA, MARÇO 2020 (FOTO: ÂNGELO RODRIGUES/ACERVO B. CHAGAS).

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