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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

JOÃO DE SOUSA LIMA LANÇA MAIS UM LIVRO SOBRE O CANGAÇO


Amanhã, dia 16 de outubro, sexta-feira, às 19 horas, o escritor João de Sousa Lima estará lançando em Paulo Afonso o seu mais novo livro chamado "Lampião, O Cangaceiro", que traz histórias da ligação do rei do cangaço com os coronéis baianos e com o Raso da Catarina.

Participe do lançamento do livro do escritor João de Sousa Lima

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ABSOLVIÇÃO DO CANGAÇO

Por Rangel Alves da Costa*

Consta dos autos da História que Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, em companhia de um bando de cangaceiros, praticaram os crimes incursos no códice criminal sertanejo: homicídios tentados e consumados, estupros, infanticídios, ameaças, roubos, extorsões, perturbação à paz pública, violação da propriedade alheia e formação de quadrilha, dentre outros tipos penais. Ofertada denúncia, a acusação conclamou pela condenação. Em alegações finais, a defesa pugnou pela absolvição ante a realidade fática, enquanto o órgão acusador reiterou pela condenação ante a induvidosa materialidade dos crimes praticados pelo bando comandado pelo também conhecido como Capitão Lampião. Passo a decidir.

Segundo os termos da acusação, Virgulino Ferreira da Silva, durante cerca de vinte anos, sempre acompanhado de um bando descontínuo de cangaceiros, assolou todo o sertão nordestino com a prática das mais insidiosas e perversas ações. Cita o estado de terror perpetrado nas localidades por onde passava, matando e violando inocentes, extorquindo oprimidos e poderosos, roubando e incendiando propriedades, sendo algoz de sangue de qualquer um que pela frente encontrasse. Por sua vez, a defesa não somente se contrapôs às acusações como justificou as ações de Lampião e seu bando às luzes das excludentes de criminalidade, apontando a legítima defesa e o estado de necessidade.


Nesta seara, afirma a defesa que Lampião e seu bando, ao invés de serem apontados como agentes do crime, teriam que ser vistos como pessoas que viviam continuamente sendo perseguidos pela polícia volante, não lhes restando alternativa senão atacar, como meio defensivo, para sobreviver. Acentua que motivados por uma causa justa, pois numa luta iniciada pela inação do próprio Estado na defesa das classes mais empobrecidas e pela sua inércia ante as injustiças praticadas pelos poderosos, o que alguns sertanejos fizeram foi reunir interesses de oprimidos para confrontar os opressores, até mesmo o Estado enquanto polícia. 

Acentua ainda a defesa que não se pode ter como prática deliberadamente criminosa uma atitude meramente defensiva, legitimando a reação contra os constantes e contínuos ataques das volantes. Ou a reação se dava na medida do ataque ou todo o bando seria exterminado no primeiro confronto. E por que a polícia tanto perseguia Lampião e seu bando, indaga a defesa. E responde: Por que o Estado não via Lampião como criminoso comum, mas como aquele que podia arregimentar forças poderosas ao seu objetivo de luta, como coronéis, políticos, autoridades e latifundiários, e assim confrontar as próprias forças estatais. E o Estado não queria correr o risco de ter um Nordeste com força independente.

Após demorada apreciação dos autos, resta salientar, de antemão, a prejudicialidade no julgamento de tal processo sem que se traga aos autos os demais partícipes nos crimes descritos na fase inquisitorial e que, após instrução com nítido prejuízo para a defesa, chegou-me conclusos para julgamento. Há de se indagar se somente Lampião e seu bando deveriam sentar no banco dos réus quando é do conhecimento de todos que outras pessoas, espalhadas nos diversos grupos conhecidos como volantes, e agindo em nome do Estado, praticaram os mesmos crimes, senão com maior perversidade no modus operandi.

Por mais que se considerem os elementos de prova trazidos aos autos pela acusação, seria julgar com imparcialidade apenas parte de um grupo maior que atuou durante anos por todo o sertão. Ademais, com maior requinte nas ações e brutalidade nos atos cometidos, tem-se conhecimento que a denominada volante não só espalhou o terror pela terra sertaneja como fez do já desvalido sertanejo o mais humilhado dos homens. Basta uma rápida conversação com o homem das terras matutas para saber quem ele acusa como verdadeiro malfeitor, violento e sanguinário. Quem sofreu na pele as agruras de haver caído nas ensandecidas mãos da volante, certamente que não dirá que fora Lampião e seu bando aqueles que fizeram abordagens e trataram o homem com desmedida fúria.

Urge considerar acerca das práticas criminosas imputadas a Virgulino Ferreira da Silva e seus comandados. Aquele certamente era um mundo de guerra, de violência, de perseguições e combates. E não há guerra sem violência, até mesmo contra pessoas que apenas habitavam pelos caminhos e proximidades dos homens das caatingas, bem como cidades e povoações. Há de observar-se que o bando de cangaceiros não chegava àquelas localidades fartos de comida e bebida, limpos e contentes, descansados e desapressados. Chegavam geralmente com feras em fuga. E o que faz uma fera ante a negativa de sua pretensão? Logicamente que ataca, agride, provoca situações angustiantes. Porém há de se considerar o contexto da ação e não apenas a violência como ato premeditado.

Não se lança, aqui, conclusões pessoais do julgador, ainda que este se baseie no livre convencimento pelo bojo das provas trazidas aos autos, mas violência premeditada era aquela praticada pelo Estado, através de sua polícia. Contudo, o que se está julgando é o denominado cangaço, tendo como réus Lampião e seu bando, e não a volante que fazia parte da outra face de uma mesma moeda. E não se pode julgar com imparcialidade quando algozes de maior monta sequer são trazidos à condição de réus.

Ademais, seriam muitas atenuantes em favor de Virgulino Ferreira e seu bando, principalmente porque os aludidos crimes praticados pelos cangaceiros se revestem de motivações sociais e até morais, bem como por injustas agressões do Estado-vítima. Neste aspecto, não se pode duvidar acerca das opressões, das perseguições, das imposições desmedidas e das violências praticadas pelo Estado e seus protegidos. O cangaço não foi fruto nem do desejo de Lampião nem qualquer outro chefe de bando, mas do próprio poder que fez transformar em fera aquele tido como verme e que achava manter sob sua sola.

Sem maiores delongas, mesmo considerando a prejudicialidade no julgamento, principalmente pela ausência do Estado-polícia no banco dos réus, absolvo o cangaço das acusações que lhes são imputadas, pelos seus próprios fundamentos.


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A MORTE DE ILDEFONSO FLOR


Lampião tinha a astúcia de dar voltas em torno das localidades. Ziguezagueava de rotas para rotas misturando seus rastros. Com isso confundia muito os "rastejadores", peça principal na caça aos bandoleiros.

Essa tática usada pelo rei dos cangaceiros foi primordial para sua sobrevivência... não foi por acaso que durou quase duas décadas infernizando as quebradas do sertão nordestino.

Em termos de táticas de guerra de movimentos, Lampião serve de exemplo para muitos generais.

No ocaso da segunda metade do ano de 1925, o "rei vesgo", rasga as entranhas da caatinga em busca de um local para descansar. Vindo das bandas do Estado cearense, passa muito perto da cidade de Vila Bela, segue rumo ao Cipó, vai até próximo a Betânia e volta por outro caminho para junto de Vila Bela, fazendo parada nas terras da fazenda Abóboras.

Há pouco mais de uma légua de Vila Bela, num 'pedaço' da Serra do Saco, mais precisamente conhecido como Serra do Xiquexique, ele e sua 'cabroeira' estavam pegando a 'boia' escondidos dentro do curral do gado. A comida tinha sido preparada e servida pelo coiteiro Isaías Viera, que depois vem a torna-se o cangaceiro "Zabelê", igual alcunha de outro que fora preso no embate do Serrote Preto. Antes de findarem de comer, escutam a voz do coiteiro e demais familiares, responderem com uma negativa.

A volante dos bravos "nazerenos", incansáveis perseguidores do rei, composta, na ocasião, por 21 guerreiros adolescentes de Nazaré. Tendo como comandante o aspençada João Gomes de Sá Ferraz. Faziam parte da coluna os jovens Euclides Flor, Manoel Flor e Idelfonso Flor, que eram irmãos, Davi Gomes Jurubeba, João Jurubeba, Hercílio Nogueira e Lero de Chico dentre outros. E, em sua vanguarda, contava com os serviços do esperto e bravo rastejador Antônio Joaquim dos Santos, conhecido pela alcunha de 'Batoque'.

E é justamente o rastejador que estranha o tom alto das respostas dos moradores da casa, quando perguntado se tinham visto algum cangaceiro por aquelas bandas. Seu sexto sentido investigador o leva a começar a examinar em volta, no oitão da casa e dentro do curral.

Notando naquele momento a fuga desesperada dos cabras de Lampião adentrando na mata. Dá o alarma imediatamente e a pipoqueira começa. Tiro, tiro e mais tiros são trocados em poucos minutos. Devido a munição ser carregada com pólvora preta, a fumaceira toma conta do mundo.

Mesmo tendo notado o aviso dos coiteiros, e caindo, as pressas na lasca das brenhas, a formação natural de uma das laterais do curral, os impede de uma fuga rápida. O grupo de bandoleiros teve várias baixas. A cabroeira, nessa ocasião era composta por 15 cangaceiros mais o chefe. O cangaceiro "Juriti", tomba morto dentro do curral, outros baleados estão, mas, a luta pela vida os faz manter o fogo e a fuga. O cangaceiro "Jurema" morre logo em seguida e, dois ou três dias depois do combate, é encontrado o corpo do cangaceiro "Morcego".

A volante, dos valentes de Nazaré, também teve baixa. O jovem Ildefonso Flor, Ildefonso de Sousa Ferraz, com uma bravura descomunal, mas, com expressa inexperiência, parte para cima do inimigo acostumado as trocas de tiros. Tentando de todo jeito dar cabo da horda, entra no curral atirando feito louco. É atingido por um projétil bem no meio da testa. Contava na ocasião com apenas "16 anos de idade".

Fonte: "Memórias de um Soldado de Volante", Lira, João Gomes.
"Lampião - a Raposa das Caatingas", irmão, José B. Lima.

Foto: "roçado" do amigo kiko monteiro - lampiaoaceso.blogspot.com
Ildefonso de Sousa Ferraz - Ildefonso Flor

Fonte: facebook

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“O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO” O que disseram os JORNAIS SERGIPANOS


O livro “O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO” O que disseram os JORNAIS SERGIPANOS custa:
30,00 reais, com frete incluso.

Como adquiri-lo:
Antonio Corrêa Sobrinho
Agência: 4775-9
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FIM DO CANGAÇO: AS ENTREGAS

 Autor Luiz Ruben F. de A. Bonfim

Não deixe de adquirir esta obra. Confira abaixo como adquiri-la. 

Lembre-se que se você demorar solicitá-la, poderá ficar sem ela em sua estante. Livros que falam sobre "Cangaço" a demanda é grande, e principalmente, os colecionadores que compram até de dezenas ou mais para suas estantes. 

Valor: R$ 40,00 Reais 
E-mail para contato:
 
luiz.ruben54@gmail.com
graf.tech@yahoo.com.br

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ZÉ SERENO - DEPOIMENTOS E RELATOS DE UM EX CANGACEIRO DO BANDO DE LAMPIÃO (PARTE II)

https://www.youtube.com/watch?v=sxa-Lpbc08s

CONFORME PROMETIDO!

A SEGUNDA PARTE DO DOCUMENTÁRIO "ZÉ SERENO - MEMÓRIAS DE UM EX CANGACEIRO".

Um fantástico relato exclusivo e em primeira-mão que vocês terão o privilégio de "ouvir".

Mais um grande material histórico que foi recuperado, graças a colaboração dos familiares do casal de ex cangaceiros Sila e Zé Sereno, e em especial a Gila Sousa Rodrigues filha do casal, que nos cedeu gentilmente todo o material que fora deixado por seus pais, o qual faremos o possível para manter preservado para o conhecimento desta e das gerações vindoura.

ASSISTAM...

Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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CAPTURADOS AMÉRICO CIRILO, MANOEL CAETANO E LUIZ FERRAZ


Cruz marcando o local onde foram capturados Américo Cirilo, Manoel Caetano e Luiz Ferraz pelo grupo de Moreno em 23 de abril de 1938, na Fazenda Morro Preto, em Varjota, Floresta. Alguns escritores registram como sendo essa propriedade, o local das mortes, tendo sido na verdade na Fazenda Pai Mané. 

Todos os detalhes no nosso livro (Eu e Cristiano Ferraz) que será lançado no Cariri Cangaço em Floresta em maio de 2016.

Fonte: facebook

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DULCE MENEZES


Foto inédita da última ex-cangaceira viva do bando de Lampião, Dulce de Menezes, quando tinha aproximadamente 30 anos de idade! 
Obs.: Foto gentilmente cedida por um de seus filhos.

Fonte: facebook

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FOTO HISTÓRICA DO BANDO DE LAMPIÃO


FOTO HISTÓRICA DO BANDO DE LAMPIÃO
Confira quem é quem!

1 - Ezequiel (ponto fino)
2 - Lampião 
3 - Calais
4 - Fortaleza 
5 - Zé baiano
6 - Mariano
7 - Arvoredo
8 - Mourão 
9 - Volta Seca

Fonte: facebook
Página: Pedro R. Melo

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DIA DO PROFESSOR! - ESTE BLOG HOMENAGEIA O MESTRE.


proferildo.wordpress.com

AO MESTRE COM CARINHO
Autora: Eliana

Quero aprender
sua lição
que faz tão bem
pra mim,

Agradecer
de coração
por você ser assim

Legal ter você aqui,
um amigo
em que eu posso acreditar
queria tanto te abraçar

Pra alcançar as estrelas,
não vai ser fácil, mas se eu te pedir,
você me ensina como descobrir
qual é o melhor caminho.

Foi com você
que eu aprendi
a repartir tesouros

Foi com você
que eu aprendi
a respeitar os outros

legal ter você aqui
um amigo em que eu posso acreditar
queria tanto te abraçar

Pra mostrar pra você
que eu não esqueço mais essa lição
amigo, eu ofereço essa canção
ao mestre com carinho.

Clique no vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=wPt-veocWj4

Parabéns, professores!!!

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DAVID JURUBEBA DEU ENTREVISTA AO REPÓRTER DIÁRIO


O velho nazareno David Jurubeba quando estava com 99 anos, deu um depoimento ao Repórter Diário. Confira acima.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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