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segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

A HISTÓRIA DE LAMPIÃO E MARIA BONITA

 

https://www.youtube.com/watch?v=qao83hL49Yk


Publicado em 17 de abr de 2014
Pequeno documentário sobre o Cangaço, com ênfase no romance entre Lampião e Maria Bonita. Feito pelos alunos do 3º ano A do Centro Educacional Conrado Menezes da Silva - Milagres (BA).
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"Mulher Nova, Bonita e Carinhosa Faz o Homem Gemer Sem Sentir Dor" por Amelinha ( • )

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FLORO NOVAIS HEROI OU BANDIDO?

Mais um livro na praça: FLORO NOVAIS: Herói ou Bandido? De Clerisvaldo B. Chagas & França Filho. Este livro estará disponível a partir de amanhã no Cariri Cangaço São José do Belmonte e segunda feira dia 15/10 Para todo Brasil. 

Preço R$ 40,00 com frete incluso. 124 páginas. Franpelima@bol.com.br e fplima1956@gmail.com e Whatsapp 83 9 9911 8286.

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O MAIS NOVO LIVRO SOBRE O CANGACEIRO JARARACA

 

Adquira logo este através deste e-mail:
limafalcao34@gmail.com
Valor: R$ 35,00 (incluso a postagem)
Banco do Brasil
Agência: 3966-7
CC – 5929-3

Marcílio Lima Falcão é professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), mestre em História Social pela
Universidade Federal do Ceará (UFC) e atualmente faz doutorado em História Social na Universidade de São Paulo (USP).

Suas principais áreas de pesquisa são a História Social da Memória, Religiosidade e Movimentos Sociais no Brasil Republicano.

Cela onde ficou Jararaca em Mossoró, até ser levado fora de horas ao cemitério para ser executado - Francisca Alencar
Voltaseca Volta - Beleza de foto Francisca Alencar! O túmulo de Jararaca em dia de finados é mais visitado do que o de Rodolfo Fernandes. Como explicar isso? Crendices, devoção, ou outro fenômeno?

Nota: As duas fotos acima só para efeito de ilustrações. Não fazem parte do livro Jararaca.


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LIVRO CORISCO A SOMBRA DE LAMPIÃO

 Por Francisco Pereira Lima


A recomendação bibliográfica de hoje: 
CORISCO: A Sombra de Lampião, de Sérgio Augusto S. Dantas. 
Um excelente livro sobre essa figura emblemática do Cangaço. 
CORISCO. Livro Novo. Preço 50,00 Com frete incluso. Pedidos: 

franpelima@bol.com.br e whatsapp 83 9 9911 8286.

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EZEQUIEL FERREIRA

 


https://www.facebook.com/photo?fbid=721114928800050&set=gm.1127157907755384

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KITS CONTENDO OS DOIS VOLUMES DE "CANGAÇO NA BAHIA" PRONTOS PARA A PARTIDA, HOJE... AOS POUCOS, TODOS TERÃO.

 Por Rubens Antonio

https://www.facebook.com/rubensantoniodasilvafilho/posts/5223157427724509?comment_id=5224168340956751&reply_comment_id=5224527714254147&notif_id=1611586497858961&notif_t=mentions_comment&ref=notif

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A VACA DA REMETEDEIRA

Clerisvaldo B. Chagas, 25 de janeiro de 2021.

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.457

Ao olhar os montes que circundam Santana do Ipanema, chegam até nós a impressão de que foram formados de uma vez só há milhões de anos. Vista do serrote Pelado (Alto da Fé), a cidade parece construída dentro de um vulcão extinto, pelo menos é o que deixa transparecer o círculo de elevações em torno da urbe, mesmo com vários intervalos entre elas. Nesse contexto aparece a serra da Remetedeira, cujo nome estranho sempre intrigou a vontade da pesquisa. Para quem conhece a região fica mais fácil entender. Podemos falar que a serra da Remetedeira tem início na parte baixa do Bairro Floresta, exatamente à margem direita do rio Ipanema, no poço do Juá, com a barreira onde se inicia a subida para o Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo.

A serra tem início na barreira do Juá e vai subindo, passa pelo hospital, forma um platô nas imediações e continua ganhando altura quando começa a circundar. Alguns quilômetros à frente, atinge o seu pico no meio do círculo, visto da região Oeste da cidade. Dali continua o seu círculo até que vai amainando a altitude até chegar perto da BR-316, além do Bairro Barragem. É um percurso que ainda sonhamos percorrê-lo totalmente e conhecer de perto o seu pico. Visto de longe através de aparelhos, o cume da serra da Remetedeira é rochoso e imensamente quebradiço pela constante exposição às intempéries.

Quanto a denominação, contam os antigos que ali em um sítio vivia uma vaca que procurava proteger a sua cria dando carreira em gente. Os habitantes do lugar chamavam a rês de “vaca remexedeira”.  Um padre chegado à região, sabendo sobre a vaca remexedeira e o motivo, corrigiu o português matuto do lugar dizendo que o correto seria “vaca remetedeira”, o animal que arremete, que ataca com fúria. E assim, não somente a vaca, mas a serra também passou a ser chamada: serra da Remetedeira, isto é, (serra da vaca que arremete). Isso deve ter acontecido entre os Séculos XIX e XX.

Examine a foto e confira a narrativa.

Vamos juntos conhecê-la?

(FOTO: CRÉDITO B. CHAGAS/LIVRO 230)


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AMADAS E AMANTES DO CANGAÇO - QUEM FICAVA QUEM?

Por João de Souza Costa

As relações entre homens e mulheres em tempos de guerra, fome e injustiças só podem ser compreendidas depois dos fatos acorridos e passando ao largo de conceitos morais ou religiosos.

Foram tantas as mulheres que permaneceram ao lado de seus maridos, noivos e namorados em Canudos; centenas foram as Vivandeiras de Quartel, que seguiam seus amados na Coluna Prestes e 36 o número delas no cangaço.

Para os admiradores da saga do cangaço, vai aqui uma abordagem copidescada a partir de alguns livros (abaixo nos créditos) e narrada na forma interpretativa livre, partindo da noção de pertencimento, que é a maneira de amar mais comum em nossa sociedade, ainda patriarcal.

Foram tantas e tão poucas, mas não tardias em seu tempo; a começar por Maria de Déa, que seduziu Virgulino Ferreira, que deixou para trás um casamento sem amor para abraçar uma paixão que poderia ter sido efêmera, mas que durou o tempo suficiente de uma tragédia shakespereana – única na história brasileira.

Sérgia Ribeiro, a Dadá, foi raptada e mantida em “cativeiro” ainda menina por Corisco; com ele viveu o “amor possível”, combateu ao seu lado e o substituiu em comando; assistiu a sua morte e viveu o suficiente para reconstruir a vida e dar ao próprio Corisco um enterro digno muitos anos depois – ela mesma lavou os ossos de Corisco antes de sepulta-los.

Após citar as duas primeiras-damas, vamos as demais senhoras da Corte do cangaço e seus cônjuges.

Lídia, segundo relatos a mais bonita de todas e que foi companheira de Zé Baiano citado como o mais cruel, e que a matou a pauladas em função de adultério. Lídia “foi pro mato” com Bem-Te-Vi, um cangaceiro que conhecera na adolescência. Flagrada e chantageada por outro cangaceiro, teve um final terrível.

Florência de tal foi casada com Rio Branco – o casal que acompanhava Corisco e Dadá no momento em que Zé Rufino deu cabo de Corisco, e que desapareceu nas caatingas: para sempre!

Otília, que foi a primeira companheira de Mariano; Bidia, que seguia Volta-Seca; Maria Jovina, que viveu com Pancada; Gertrudes que seguia Beija-Flor.

Lembrar de Durvalina do amor eterno a Virgínio; a mesma que depois ficou com Moreno até o fim da vida, Leónida, chamada Lió, que ninguém sabe com quem convivia; Moça, que amava e seguia Cirilo de Ingrácia.

E a irrequieta Lili, que gostava de Lavandeira e o seguiu até a morte do cangaceiro para depois escolher Moita Brava como marido e que terminou sendo morta por infidelidade.

Quitéria que era a amante de Pedra Roxa; teve uma Lica, que seguia Passarinho e também Sabina, que viveu ao lado de Mourão; não esquecer de Mariquinha, a mulher de Labareda.

Destacando Neném, de Luiz Pedro; Antônia Maria, casada com Balisa e Inacinha, a amada de Gato – o cangaceiro índio.

Eufrásia conhecida como Florzinha, aquela que foi amante de muitos cangaceiros e que terminou ao lado de Saracura, e tinha também uma tal de Maria Isidoro, cangaceira cheia de mistérios que se dizia da Bahia e ninguém sabe com quem namorou ou viveu.

Não esquecer de Dulce, casada com Criança; e sua irmã Rosinha que acompanhava Mariano.

E a cangaceira que virou estrela e romancista, Ilda Ribeiro de Souza – Sila, que sobreviveu ao tiroteio em Angico e ficou famosa ao lado de Zé Sereno. Sila escreveu livros, foi consultora da TV Tupi e tornou-se celebridade com entrevistas até no Programa do Jô Soares.

E uma Adelaide que viveu um romance fugaz com Criança; Adília que seguia Canário, Enedina que acompanhou o marido quando este ingressou no cangaço

Maria Fernanda (es) namorou e viveu com Juriti. Eram primos, sobreviveram ao massacre de Angico. Antes de se entregar em busca de anistia, Juriti deixou Maria Fernanda na casa dos pais, sob a alegação de que quando a “conhecera biblicamente” a moça não era amais virgem.

Juriti se rendeu, delatou os companheiros ainda em fuga, foi queimado vivo pelo sargento Deluz e Maria Fernanda casou e foi feliz com próspero comerciante de Sergipe.

Na esquecer de Áurea que amava Mané Moreno, o cangaceiro que veio da Bahia.

Lembrar de Laura, apelidada de Doninha e que era casada com Boa Vista; ainda Cristina, de Português e a nova cangaceira Sebastiana que ficou com Moita Brava após a morte de Lili.

Tais mulheres jamais pisaram em terras e coitos da Paraíba, Ceará ou Rio Grande do Norte. A maioria era sergipana e outra leva de baianas. Elas já chegaram no cangaço banhadas pelas águas do Rio São Francisco, para depois serem banhadas de renda e adornadas com joias.

Não há relatos de solteiras no cangaço e as relações eram monogâmicas. Pelo código de conduta do cangaço, as mulheres que ficassem viúvas não podiam permanecer no bando nessa condição nem sair. E quem tentou voltar pra casa dos pais foi morta.

A solução era encontrar um novo companheiro. A maternidade era de risco e seguida de apartação de suas crias. Elas deram um toque de civilização às hordas de celerados, escreveram com sangue, dor e amor suas histórias.

Elas não eram “mulheres de Atenas” que esperavam no terreiro de casa pelos seus amados; estavam lá com eles nas razias e vinditas, sem tempo para lamentar da sorte ou azar, mas que viveram uma aventura digna de heroínas em um tempo governado por homens maus, que se tornavam bons em suas presenças.

João Costa. Acesse: @joaosousacosta pelo Instagram

Foto1. Maria Fernanda(es) ao lado de Juruti(C). Foto 2. Joana Gomes e Inacinha. Foto 3. Nenê, Maria Jovina e Durvinha.

Fonte “Amantes e Guerreiras”, de Geraldo Maia do Nascimento

“Os Últimos Dias de Lampião e Maria Bonita”, de Victoria Shorr; tradução de Marisa Motta

“Maria Bonita” – Entre o Punhal e o Afeto”, de Nadja Claudino

Imagens: Benjamim Abraão.

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CHICO CHICOTE E LAMPIÃO.

 Por Luís Bento

Por sua vez, a Escritora Aglaê Lima de Oliveira, autora do livro " Lampião, Cangaço e Nordeste " ( Empresa Gráfica " O Cruzeiro", S.A., Rio, 1970), ao responder uma das perguntas do programa J. Silvestre ( SHOW SEM LIMITE ), na TV Tupi, incluiu Chico Chicote entre os inúmeros costeiros do " Rei do Cangaço ".

A propósito dessas afirmações inverídicas, torna-se necessária desde já, a narração do que ocorreu entre Chico Chicote e Lampião, sem jamais haver contato pessoal de ambos.

Quando transitava pela Serra do Araripe, ou lá permanecia por algum tempo, Lampião, para alimentar seu bando, matava reses do Cel. Pedro Martins de Oliveira Rocha. Proprietário da fazenda Cacimbas no município de Brejo Santo.

No entanto, em carta dirigida ao dito fazendeiro, Virgulino afirmou que o autor de tais depredações era Chico Chicote.

A partir daí, o boato alastrou-se no município e nas imediações, e, como não podia deixar de acontecer, provocou forte indignação ao caluniado.

De resto, o caso foi comunicado pessoalmente a Chico Chicote por Pedro Martins, para o que o convidará a ir a Cacimbas acompanhando do seu irmão Manoel Inácio de Lucena.

Pouco depois, no intuito de evitar luta entre Lampião e Chico Chicote, Antônio Aristide Xavier, genro de Pedro Martins, conseguiu levar Lampião à fazenda Crioulo no (município de Jardim) e convidou Chico para ir até lá, tentando, desse modo, fazer a paz entre ambos.

Lá chegando, e cientificado de tal intenção, Chico Chicote repeliu o intento, não entrando, se quer na casa do fazendeiro, em cujo interior já se achava o famoso bandoleiro. Além disso, em voz alta - como sempre costumava falar - fez severas críticas à conduta de Lampião, acrescentando que continuaria a te-lo como inimigo.

Sem nenhuma dúvida, a recusa de seu Chico à sugestão de Antônio Xavier deixou Virgulino bastante preocupado, naturalmente pelo fato de não ter um só inimigo no Ceará, onde contava com seus mais prestigiosos costeiros e onde se mantinha absolutamente inofensivo. Daí por que, decorridos alguns dias, Chico Chicote recebeu um convite do Coronel Antônio Joaquim de Santana para comparecer à sua casa, no sítio Serra do Mato.

Ao ser recebido pelo mandão do município de Missão Velha " Seu" Chico perguntou-lhe para que fora chamado. Em resposta, disse-lhe o Coronel que o convidará a pedido do Cabra Sabino que desejava conhece-lo pessoalmente.

Como é sabido, esse bandoleiro ( Sabino Barbosa de Melo, mais conhecido por Sabino das Abóboras) era lugar- tenente de Lampião. E estar evidente que ele apenas servira de intermediário para a conciliação alvejada pelo " Rei do Cangaço ".

Seu Chico, porém, além de recusar-se à apresentação, não esperou nem pelo cafe-gordo que o Coronel mandará preparar, voltando incontinente para Guaribas.

Fonte. " Separata da Revista Itaytera ".

Escritor Otacílio Anselmo e Silva.

Jati 24/01/2021/

LUÍS BENTO.

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A EXTINÇÃO DO VULCÃO.

 Por João Filho de Paula Pessoa

Lampião era extremamente prevenido e desconfiado quanto à traições, agia implacavelmente contra delatores, covardes e traidores, combateu este mal durante toda sua vida, mantendo-se vivo por muitos anos, sem, contudo ter sucumbiu em virtude de uma traição. Durante seu reinado, sofreu atentados, emboscadas, ataques, traições e delações, superando à todas estas situações com perspicácia, estratégia e valentia. Certa vez teve em seu bando um cabra desconfiado, que tinha a alcunha de Vulcão, de jeito esquisito, reservado, que não se entrosava, de pouca fala e muita observação, comportamento este que aguçou o sexto sentido de Lampião, que passou a desconfiar dele, como um possível olheiro, informante e infiltrado. Num certo dia de Janeiro de 1938, num coito, Lampião chamou Luiz Pedro e partilhou sua desconfiança para que ele ficasse de olho no Vulcão. Ao sair da conversa, Luiz Pedro procurou Vulcão para observa-lo, mas já não o encontrou mais, sintomaticamente ele deserdou do bando e fugiu de forma sorrateiramente, como se tivesse percebido ou até ouvido a conversa. Luiz Pedro, agora extremante intrigado, comunicou a Lampião da fuga do suspeito, recebendo a ordem de formar uma equipe e partir em sua caça. O Grupo saiu no rastro do fugitivo para sua captura, verificando sinais de sua passagem e inquirindo as pessoas que encontravam no caminho, até que algum tempo depois e de muito andarem, o encontram na beira do Rio São Francisco aguardando uma canoa para a travessia e o prenderam, o amarraram e partiram de volta ao coito puxando-o à cavalo, no percurso o prisioneiro caiu, mas sem nenhuma dó, o grupo seguiu o arrastando pelos matos e veredas, enquanto ele se despedaçava a cada trecho. Quando já era quase noite, o grupo parou numa casa onde estava havendo um festejo e resolvem passar a noite lá e amarram o prisioneiro a uma árvore, coberto de cortes, arranhões, feridas e banhado de sangue, enquanto o grupo bebia e se divertia, vez por outra um ia até ele verifica-lo e desferir mais algum golpe de tortura por toda aquela agonizante noite. Pela manhã o arrastaram novamente, ainda vivo, e até a presença do Capitão no coito, que ao vê-lo ordenou que o matassem, momento em que fizeram o cavalo disparar em continuidade ao arrastamento do suspeito moribundo, que apesar de depauperado ainda respirava. Apesar de todo o martírio o Vulcão somente se extinguiu de vez mediante um tiro de misericórdia ao final de tudo. João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 21/01/2021.

Assista o filme deste Conto - https://youtu.be/BpEpCgQR5UE

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