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quarta-feira, 14 de outubro de 2020

ADERBAL NOGUEIRA AGRADECE A QUASE 60 MIL PESSOAS INSCRITAS NO SEU CANAL YOUTUBE.

 Por Aderbal Nogueira

Quero agradecer às quase 60 mil pessoas que hoje são inscritas no meu canal no YouTube. Um canal que começou sem nenhuma pretensão e continua com o único intuito de divulgar nossa história e as belezas do nosso nordeste e de nosso Brasil. 

Para mim 60 mil pessoas é como se fosse 1 milhão, que eu jamais imaginei que pudessem ter interesse em minhas postagens. Obrigado a todos vocês que me acompanham, divulgam, comentam e compartilham meus vídeos.

https://www.facebook.com/aderbal.nogueira

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CHAPÉU DE COURO

 Por José Mendes Pereira

Quando a gente ver um chapéu de couro vem logo em nossa mente a figura do famoso cangaceiro Lampião, e muito embora não foi ele quem inventou o chapéu de couro, mas é famoso por ser uma peça que caracterizava o próprio capitão Lampião, o verdadeiro homem das caatingas do nordeste brasileiro

Dizem que alguns deles foram modelados com exclusividades e especialmente elaborados por um parente próximo de Maria Bonita. Não sei se há procedência. Mas mesmo assim, que haja ou não procedência eram usados por ele como forma de provar sua coragem nos azedumes do sertão. 

https://br.pinterest.com/danilocardel/vaqueiros-do-sert%C3%A3o-profundo/

Mas mesmo o capitão Lampião tendo sido exterminado do solo sertanejo na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, em Porto da Folha, atualmente Poço Redondo, no Estado de Sergipe, o chapéu de couro ainda faz muito sucesso nas cabeças dos vaqueiros e fazendeiros. 

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CONCEIÇÃO E IBIARA

 


O professor Francisco Pereira Lima, historiador e pesquisador resgata obra inédita de grande importância deixada pelo padre Manuel octaviana de Moura Lima.

A importante obra possui notas e apanhados históricos da cidade de Conceição e Ibiara com riqueza de detalhes de dados históricos, geográficos e genealógicos referente as cidades de Conceição e Ibiara.
O livro contém 56 páginas!

O valor de custo do livro é R§---------- reais.

Os interessados podem entrar em contato com:


* Celso Miguel: em Bonito de Santa Fé-Pb cel. tim: 999789258
* Francisco Pereira Lima em Cajazeiras é só procurar Fátima Cruz no abrigo de idosos Luca Zorn, em frete ao Bolsa família. 

E-mail: 
franpelima@bol.com.br cel. tim: 9 9911 8286

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A MORTE DE ANTÔNIO FERREIRA CHEGA AO CARIRI CANGAÇO FLORESTA

 Por João de Sousa Lima

João de Sousa Lima comanda a Caravana Cariri Cangaço no Poço do Ferro

Dia 19 de abril de 2015, saí de Paulo Afonso na companhia dos amigos Josué Santana e Leide Soares, para nos encontrarmos com o casal de amigos Marcos de Carmelita e a professora Silvana, residentes na cidade de Floresta, Pernambuco, onde iriamos realizar uma visita técnica para registrar mais um dos pontos históricos que farão parte dos roteiros apresentados durante o evento Cariri Cangaço, encabeçado por seu curador, Manoel Severo. A pesquisa de campo teve como objetivo o mapeamento geográfico e histórico de um dos mais importantes fatos que marcam as histórias do cangaço na região pernambucana.

Um dos pontos mais visitados por Lampião e seus cangaceiros foi a fazenda Poço do Ferro, de propriedade do coronel Ângelo da Gia. A fazenda, na época do cangaço, pertencia a cidade de Floresta e hoje pertence a Ibimirim. A fazenda não teria tanta importância para os pesquisadores do cangaço se lá tivesse sido apenas mais um dos inúmeros coitos dos cangaceiros. Nessa fazenda o Rei do Cangaço perdeu seu irmão Antônio Ferreira. Dirigimo-nos para Poço do Ferro, sendo guiado por Marcos de Carmelita, porém sem conhecermos ninguém da localidade, assim como parentes que ainda residem por lá.
Quando avistamos a pequena placa com o nome da fazenda, paramos em uma cancela, abrimos e seguimos a estreita estrada. Mais a frente encontramos um casebre onde reside o senhor João David da Silva, sua esposa Maria das Graças e os filhos Joaquim e Graziela. O João David nos recepcionou, serviu água e nos levou ao lugar onde foi enterrado o Antônio Ferreira.

 
Uma pequena formação de pedras e uma cruz marca o local da sepultura.
 Marcos de Carmelita, João de Sousa Lima e Josué sendo recebidos pelos descendentes de Angelo da Gia

Fizemos algumas fotos e fomos até a casa grande da fazenda, onde estavam  neta, bisnetos e trinetos de Ângelo Gomes de Lima, o Ângelo da Gia. Na casa grande fomos recebidos por Washington Gomes de Lima, bisneto do coronel. Um fato interessante é que disseram que não seriamos bem recebidos pela família e confesso que de todos esses anos de pesquisas e entrevistas, nunca tive uma receptividade tão calorosa como a que recebemos da família.

Travamos um diálogo em uma festiva roda de conversas, tendo por depoentes a neta do coronel e matriarca da família, a senhora Eunice Gomes  Lima e suas filhas Ruth Gomes Lima Laranjeira e Maria do Socorro Gomes Lima Cordeiro e ainda, do trineto João Vítor Gomes Lima. As histórias foram muitas mais sempre voltávamos ao episódio principal: a morte de Antônio Ferreira e a perseguição sofrida pela família e imposta pelas volantes policiais.

 Ângelo da Gia e a Caravana Cariri Cangaço na casa grande da fazenda...

Uma das informações importantes nos forneceu Washington que contou que dois dias depois da morte de Antônio, uma volante chegou na fazenda Poço do ferro, descobriu o túmulo do cangaceiro morto, desenterrou-o e cortou a cabeça e colocou em uma estaca da porteira do curral do casarão do coronel. Quando a polícia saiu o coronel mandou enterrar a cabeça no antigo cemitério da família. Antônio Ferreira tem, portanto dois túmulos, sendo um para o corpo e outro pra cabeça.

Virgulino e Antônio Ferrreira

Em janeiro de 1927, Antônio Ferreira, Jurema e mais alguns cangaceiros estavam jogando baralho na fazenda Poço do Ferro, enquanto Luiz Pedro descansava em uma rede. Antonio pediu pra ficar um pouco na rede pois Luiz já fazia tempo que estava deitado. Quando Luiz Pedro tentou levantar da rede apoiando a coronha do mosquetão no chão, apoiou com força e na batida a arma disparou atingindo mortalmente Antônio. Lampião estava na Serra Negra e quando foi avisado correu pra saber da verdadeira história. O próprio coronel Ângelo da Gia contou que a morte havia sido de “SUCESSO” (termo que servia para designar  um acidente). O cangaceiro Jararaca queria matar Luiz Pedro e os outros que estavam no lugar, Lampião não aceitou e por isso discutiram e Jararaca deixou a companhia de Lampião e seguiu outro rumo.


 Locais onde foi morto Antônio Ferreira e porteira onde sua cabeça foi exposta...
    
Fala-se que foi ai o juramento que Luiz Pedro fez dizendo que seguiria Lampião até sua morte. Se verdade ou não a promessa, eles morreram juntos na fria manhã do dia 28 de julho de 1938. Na fazenda Poço do Ferro ainda restam as velhas pedras escuras que circundam covas das pessoas de várias gerações da família e duas dessa simbolizam a passagem do cangaço em suas terras.

No final da conversa nos convidaram para um farto almoço regado a galinha cabidela, bode assado, arroz e feijão de corda. Porém o que mais me marcou nessa visita foram os sorrisos dos membros da família, que mesmo tendo sofrido os abusos e as injustiças de uma época tão marcada pela violência, não perderam suas essências de sertanejos valorosos e, sabem como poucos, receber calorosamente, aos que buscam os filetes de suas memórias históricas... Dona Eunice, Washington, Ruth, Maria Socorro e João Vítor, Deus proteja sempre vocês.

João de Sousa Lima, Historiador e escritor
Membro da ALPA- Academia de Letras de Paulo Afonso
Membro da SBEC- Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço
Conselheiro Cariri Cangaço

http://cariricangaco.blogspot.com/2015/04/a-morte-de-antonio-ferreira-chega-ao.html

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DORIAN JORGE FREIRE

Por Dorian Jorge Freire  Filho

Hoje meu pai completaria 87 anos, baita saudade!

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DISSE GERALDO MAIA JORNALISTA: 

HOJE NA HISTÓRIA DORIAN JORGE FREIRE

Em 14 de outubro de 1933 nascia, na casa 175 da Praça da Redenção, em Mossoró, Dorian Jorge Freire, filho do jornalista Jorge Freire de Andrade e da professora Maria Dolores Couto Freire de Andrade. Neto paterno do jornalista João Freire e dona Olympia Caminha Freire de Andrade. Materno, de João Capistrano de Couto e dona Irinéia dos Reis Couto. 

Advogado pela Universidade de São Paulo, Diretor dos jornais “Brasil, Urgente” (SP) e “O Mossoroense”. Diretor do Instituto de Letras e Artes da Universidade de Mossoró e professor Universitário. Morreu em Mossoró no dia 24 de agosto de 2005, aos 71 anos, de falência múltipla dos órgãos.


Estátua do jornalista Dorian Jorge Freire


LAMPIÃO DOCUMENTÁRIO

 Por Ranulfo Prata

Se você está procurando este livro entre em contato com o professor Pereira lá da cidade de Cajazeiras que ele tem. O seu endereço é:

franpelima@bol.com

Pense num trabalho excelente, amigo leitor!

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VISITEI A IGREJINHA DAS TOCAIAS

 Clerisvaldo B. Chagas, 13 de outubro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.399


No pátio de entrada, uma árvore seca cheia de fitas nas suas galhadas representa grande número de promessas pagas ao Senhor Manoel da Paciência, nome trazido do oriente e que representa Nosso Senhor Jesus Cristo. Capelinha simples por fora e por dentro com umas quatro bancadas para sentar e ajoelhar. Alguns santos posicionados no altar único e singelo e uma força invisível destruidora de males dos devotos necessitados. Quem conhece o lugar, lembra as festas animadas que aconteciam na primeira gestão do saudoso prefeito Paulo Ferreira. Mas agora, tão solitária e enigmática, a capelinha parece sentir falta da movimentação humana em busca de graças e bênçãos.


         O verdume da Reserva defronte parece esperança de dias melhores para aquele templo de beira de estrada. Sua história foi resgatada por nós e entregue nas escolas da cidade, para a presente e futuras gerações. Graças aos seu abnegados zeladores ou administradores, a ermida continua de pé, testemunha e parte da história santanense. Estar sempre a precisar de um conserto, de uma porta novo, de uma pintura, e uma modificação qualquer no prédio ou nos arredores. Nesses tempos de pandemia, nem podemos trocar palavras presenciais com seus colaboradores diretos, mas temos ideias para passarmos que visam melhorar os aspectos externos sem mexer na singeleza apreciada pelo seu padroeiro.


Após quase sete meses confinado, saímos de casa, finalmente, para uma visita dominical à Igrejinha das Tocaias, vizinha à Reserva Tocaia. Após o final da Rua Joel Marques, no Bairro Floresta entramos à esquerda de uma bifurcação com estradas de terra. Quase 1 km de piso ruim e desprezado, cujo final é o riacho João Gomes. A temperatura estava altíssima e só havia verde e água na bela Reserva, o restante, seco com ares desértico. Ali, entre a fazenda Coqueiros e a Reserva, encontramos a igrejinha delimitada à margem da estrada, com arame farpado, cancela e cerca de pedras, tudo dentro de uma tarefa de terras; Material de construção na frente para reparar os três patamares da calçada e trabalho interrompido pelas últimas chuvas e a pandemia que se alastrou pelo mundo.

De volta entregamos a chave à zeladora, senhora Maria José Lírio e agradecemos a felicidade representante daquele domingo.

IGREJINHA DAS TOCAIAS (FOTOS: B. CHAGAS, INTERIOR, ÂNGELO RODRIGUES (EXTERIOR).  



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VIRGULINO CARTOGRAFADO, DE GUERHANSBERGER TAYLLOW

 Por Iuri Sousa


Existem diferentes concepções de História, dentre às quais muito me agrada a ideia de História como "a arte de inventar o passado", reflexão desenvolvida por Durval Muniz. Essa concepção nos distancia do ideal positivista, da construção de uma narrativa histórica objetiva, que reconstitua o passado tal como ele foi. Ao historiador, cabe a construção de uma narrativa; de um enredo erigido sob o diálogo de suas fontes documentais, com as mais variadas bases teóricas, como descreveu Durval: Nós, historiadores, podemos fazer disso a delimitação de nosso espaço, tomarmos a História como uma proto-arte próxima da Ciência e da Filosofia, podendo manter, com estas áreas do conhecimento, diálogo permanente, enfatizando, conforme as problemáticas e temáticas a serem estudadas em cada momento, um destes seus aspectos. 

Quanto a esta construção "artística", em diálogo principalmente com a Geografia e em certa medida com a Filosofia Foucaultiana e Deleuziana, Virgulino Cartografado se apresenta como um livro instigante, por sua beleza e por sua assertividade científica; com tal assertividade científica não quero me referir ao alcance de um conhecimento concluído e objetivo, e sim ao fato de que o aporte teórico da pesquisa, parece ter sido feito especialmente para embasar esta construção. 


Virgulino Cartografado, certamente causará um desafio aos seus leitores, considerando principalmente, aqueles que já possuem uma iniciação nos estudos do cangaço, ao acolher a recomendação que faz Durval Muniz logo no prefácio, a de que abandonemos nossa zona de conforto e nos disponhamos a colocar nossos pensamentos em movimento, principalmente nós, que estamos acostumados com toda a literatura referente ao cangaço(e possuímos certo apego a ela), em sua busca por construção de identidades, sejam elas de heróis ou de bandidos(dicotomia identitária que inclusive permeia livros como "A derradeira gesta", livro de cunho acadêmico e "O canto do acauã", livro de cunho memorialista), com sua vontade de verdade, buscando a perfeita reconstituição do passado, a tão famosa "verdade dos fatos ou verdade histórica"; sem falar em nosso apego a certos autores como Frederico Pernambucano e Gustavo Barroso; nos deparamos ao longo de boa parte do texto com críticas frontais às ideias esboçadas nos livros destes escritores, especialmente à ideia de isolamento, o que certamente causa um desconforto inicial nos leitores(grupo este, em que me incluo). 

A obra é também permeada por um espírito desconstrucionista, com ressonâncias de "A invenção do Nordeste e outras artes", que é uma ideia que não me agrada tanto(deixo claro que compreendo as intenções da tese do professor Durval, tendo em vista que nossa cultura em si e simultaneamente as representações que são construídas a seu respeito, sobretudo por e para aqueles que estão fora dos limites geográficos e ideológicos de nossa região, possui vários problemas, tais como a ideia de que vivemos em uma eterna seca e o da virilidade/masculinidade, que como percebemos na história do cangaço, causou destruição de vidas e de famílias, tendo como exemplo bem próximo, a da família de nosso protagonista. No entanto, acredito que esta identidade cultural, que não deve ser é claro, uma imposição ontológica, e desde que não corrobore com a violência e a vitimização, seja importante), o que tem influência direta na linguagem usada nas críticas, que não são agressivas, mas que em dados momentos soam pejorativas. Todavia, abro um parêntesis para ressaltar que o autor é um experiente estudante do tema, e em termos de publicação, este não se trata de seu primeiro trabalho, tendo estabelecido contato com uma grande bibliografia a seu respeito, conhecendo bem os problemas destes escritos; conhecendo sua qualidade ou falta de qualidade; tendo adquirido por este percurso, autoridade para nos oferecer seu julgamento, refletido na linguagem usada em suas considerações.

Guerhansberg Tayllow e Narciso Dias em dia de Cariri Cangaço

Quanto aos pontos específicos desenvolvidos por Guerhansberger, em parceria com o pensamento de Deleuze e Guatarri, destaco a ideia de máquina de guerra nômade, que parece ter sido feita especialmente para o bando de Lampião. Uma máquina que funciona paralelamente à máquina estatal e à margem de seu controle. Aos estudantes do tema, não raro se faz o questionamento maniqueísta: Lampião era herói ou bandido? Por conta do presente livro, em uma próxima oportunidade em que for questionado nestes termos, terei a resposta "na ponta da língua": Lampião era um guerrilheiro, porém, sem uma ideologia política; portanto, as suas "conquistas" serviam unicamente para alimentar a sua existência e a dos componentes de seu bando, se configurando em uma ação egoísta. A abordagem das táticas de guerra de Lampião, também é algo que chama atenção, tratando sobre sua ação "conservadora" e não, covarde, ao fugir de determinados combates; o seu uso do substrato material espacial; o fato de o bandoleiro não possuir um território sedentário para defender; entre outras considerações sobre sua guerrilha. 

Salta aos olhos também, neste estudo, a capacidade política(e micropolítica) de Lampião, que em termos de articulação e construção de alianças, pouco se diferencia de nossos políticos atuais(os do passado também), em suas incontáveis e sujas conexões em rede, se diferenciando apenas em um ponto, que seria no fato de que o Capitão não tinha nenhuma obrigação com a sociedade que o rodeava, uma vez que era um fora da lei, o que não acontece com nossos parlamentares, que sim, possuem tais obrigações, e por esse motivo, vez ou outra aparecem com mínimas benfeitorias. 

Uma vez mais, reitero a beleza teórica que migra pro estético, na obra ora resenhada. Todo o aporte teórico parece ter sido feito especialmente para a construção desta dissertação, tal é a precisão das urdiduras feitas em seu interior. Me recordo de Ariano Suassuna, que ao prefaciar o livro "Estrelas de Couro - a estética do cangaço" de Frederico Pernambucano, diz que fora da literatura, se pudesse ter escolhido uma obra para ter escrito, esta obra seria Estrelas de Couro, que cá entre nós, assim como outros escritos de Frederico, possui uma acentuada beleza literária. Parafraseando-o, eu digo que se pudesse escolher uma obra para ter escrito dentre tantas que li e conheço, esta seria "Virgulino Cartografado"(é claro, estou muito longe de ser um Ariano, mas vale a ideia que esta declaração encerra). 

Yuri Oliveira Sousa - Caxias - MA 
Acadêmico de Pedagogia

http://cariricangaco.blogspot.com/2020/03/virgulino-cartografado-de.html

Dê um pulinho até Cajazeiras e faça seu pedido com o professor Pereira.

Acesse: 

franpelima@bol.com.br

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LIVROS DO ESCRITOR GILMAR TEIXEIRA

 


Depois de lançar o livro que foi sucesso, o "QUEM MATOU DELMIRO GOUVEIA", agora o escritor Gilmar Teixeira trás para nós outra obra que já está sendo bem procurada pelo leitor, escritores, pesquisadores e colecionadores do cangaço com o título: "PIRANHAS NO TEMPO DO CANGAÇO". 


Para adquirir estas 2 excelentes obras basta entrar em contato com o escritor Gilmar Teixeira através deste e-mail:

gilmar.ts@hotmail.com

Adquira logo o seu antes que os escritores, pesquisadores e colecionadores os arrebatem!

Se você não conseguir contato com o autor dê um pulinho até Cajazeiras através do e-mail abaixo, e fale com o professor Pereira.

franpelima@bol.com.br 

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CAMINHOS DO PAJEÚ

 


O livro "Caminhos do Pajeú" é de autoria do escritor Luiz Cristovão dos Santos uma bela obra prefaciada pelo escritor de nome e renome José Lins do Rego. 

Escritor José Lins do Rego

Eu já o li e é um excelente trabalho, presente que recebi do professor Pereira lá da cidade de Cajazeiras, no Estado da Paraíba. 

Adquira-o o quanto antes através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

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O REMORSO DE LAMPIÃO.

Por João Filho de Paula Pessoa 

Contaram os moradores de Calumbi/Pe, que por volta de 1927 Lampião chegou à cidade num Domingo de feira, surpreendeu os moradores e foi acertar as contas com um desafeto seu que morava na cidade, Sr. Laurindo Cipriano, que ao saber da presença de Lampião, não teve tempo de fugir, pois os cangaceiros já estavam próximo à sua casa. Sr Laurindo estava em companhia de seu filho de seis anos e só teve tempo de fechar a porta da casa e se armar. O Bando se posicionou em frente à sua casa e ordenou que Sr. Laurindo saísse, momento em que este gritou que não se entregava a bandido e o bando abriu fogo contra sua casa. Sr. Laurindo armado apenas com um rifle, enquanto que os cangaceiros eram muitos e tinham forte armamento, não se rendeu e lutou bravamente. Após alguns instantes de tiroteio e percebendo que os tiros da casa cessaram, os cangaceiros arrobaram a porta e invadiram a casa, ao entrar se depararam com Sr. Laurindo ajoelhado e morto, ainda com o dedo no gatilho e seu filho de seis anos chorando e atingido na perna. Lampião ao ver a cena, silenciou, o bando também silenciou, Lampião enxugou os olhos e disse, “este homem não era para ter morrido, um sertanejo desse tinha que viver para tirar raça”. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 15/01/2020.

Obs: Nossos Contos também são contados em vídeos no YouTube - Canal Contos do Cangaço. https://www.youtube.com/channel/UCAAecwG7geznsIWODlDJBrA

https://www.facebook.com/groups/508711929732768

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LAMPIÃO E A TAL FIGURA DE ROBIN HOOD

Fernanda Cecília

Muita gente desconhence que o bando de Virgolino Ferreira Vulgo: "Lampião". Também tinha seus atos de bondades, em meio às crueldades praticadas. A partir de 27 o bando de Lampião se tornou frequente em disponibilizar saques em meio a comunidade mais pobre, como as cidades de Apodi e Gavião em maio de 1927, a qual de acordo com alguns livros, foi as primeiras cidades que o bando começou com essa atividade. Mas de acordo outros, Lampião já tinha essas atitudes desse o assalto a baronesa de Água branca no ano de 22.

Lampião também se mostrava respeitador com famílias e pessoas de bem, tanto que já foi elogiado muitas vezes por isso. Aqui se verá um depoimento a partir de um desses episódios, de acordo com o Dr. Jomario Lopes que recebeu esse depoimento da Dona Lourdes Menezes, prima de Arthur Hortêncio Netto, narrou o acontecido na noite de 12 para 13 de junho, véspera da entrada de Lampião em Mossoró:

"Arthur Hortêncio era afamado mágico por seus números de levitação, com apresentações em inúmeras cidades do Nordeste.

Ele encontrava a caminho de Mossoró para mais uma apresentação, acompanhado de sua esposa, quando a noite caiu, obrigando a pedir hospedagem numa fazenda. Como de costume, o proprietário atendeu ao pedido.

Já recolhidos, ouviram o tropel de numeroso grupo de cavaleiros. Era Lampião que chegava! Não houve resistência, e o chefe dos cangaceiros ordenou ao fazendeiro que todos os que estivessem na casa se apresentassem perante ele. O mágico ficou

temeroso pela sua esposa, jovem e bonita, e pediu licença para falar com o "Rei do Cangaço". O rapaz apresentou-se e contou o que fazia na vida, com a esposa a seu lado. Ela tremia, e o cangaceiro perguntou-lhe o motivo.

- Porque ela está com medo dos cangaceiros.

Lampião acalmou-a:

- Não tenha medo, senhora. Não tenha medo.

O mágico, então, pediu o seguinte favor:

- Capitão. Eu peço, ao senhor, garantias para mim e minha esposa.

- Tem toda a garantia. Nada vai acontecer com você nem com sua esposa. Só não pode sair. E só pode sair depois de uma hora que nos deixar a fazenda.

Arthur Hortêncio mostrou-lhe os cartazes de propaganda e álbum com imagens de suas mágicas. Fez algumas demonstrações ao chefe, que achou muita graça e riu bastante"

O mágico comentou com sua prima categoricamente: Lampião foi um cavalheiro com minha esposa e comigo também. Até despediu-se quando saiu com seus companheiros, tomando a direção de Mossoró.

LAMPIÃO O HERÓI DOS VERTIDOS

No caminho de Mossoró, os cangaceiros chegaram a um local chamando Passagem Oiticica, a apenas uma légua de Mossoró, onde havia poucas residencias. Em uma das casas, um cangaceiro queria dinheiro, e ameaçava destruir um vestido de noivado da noiva, que era uma das filhas do dono da casa, se alguém não desse o que o cangaceiro queria. Lampião entrou na casa, a moça viu e apelou para os sentimentos do cangaceiro, a qual atendeu ordenando:

- Parem com isso! Não rasguem o vertido da noiva!.

O cangaceiro, assim o fez, deixando o vestido em paz.

LAMPIÃO O HOMEM DE PALAVRA E O JUSTICEIRO

Na serra do Araripe, O coronel Dudé, ficou muito preocupado pela presença de Lampião a qual pediu garantias de que não haveria nenhuma alteração por ali, com o que Lampião concordou.

Apesar de Lampião haver empenhado sua palavra de que não haveria nenhum incidente, e dos cuidados tomados para que nada acontecesse, houve um imprevisto. Um dos membros do grupo de Lampião, chamado Ignácio Loyola de Medeiros, mais conhecido como Jurema, disse uns gracejos bem pesados a duas senhoras casadas, que foram logo queixa-se ao coronel.

Este chamou Lampião e contou o havia ocorrido, Lampião após saber, chamou alguns cangaceiros e mandou castigar Jurema porque quebrou a sua palavra e ordem. Jurema foi barbaramente espancado e até abandonado pelos companheiros que o deixaram na cidade "Jardim" a qual acabou morrendo pelos ferimentos sofridos.

Cícero Rodrigues de Carvalho tinha o hábito de viajar com seu pai para a feira de Flores, em Pernambuco. Numa dessas viagens, chegando à fazenda Melancia, do Viúvo José Calú, foram detidos pelos cangaceiros e levados para o curral, a qual já encontrava muitas pessoas. O motivo da visita de Lampião era apenas dar uma lição em Zé Calú, a qual foi acusado de manter relações sexuais com suas próprias filhas, essas acusações partiram do fazendeiro José Josino, coiteiro de Lampião. Lampião mandou suspender Zé Calú pelos testículos, a qual foi amarrados com uma tira de couro suspensa nos esteios de telhado e puxado pelos cangaceiros. Zé Calú desmaiou logo no início do castigo, mas acabou escapando e terminou morrendo no caminho para Juazeiro.

A PUNIÇÃO DO CANGACEIRO SABIÁ

Lampião chegou casando na casa de Aristéia e Quinca. O casal separou um bode para ser servido ao amigo. Lampião mandou dois cangaceiros matar o bode, enquanto os outros tomavam conhaque Macieira. O bode foi sagrado por Sabiá com um longo punhal, a qual puxou-o e o levou sujo de sangue na boca bebendo o sangue do animal a qual estava todo coberto. Lampião achando aquele ato um afronta, enfurecido, empurrou Sabiá e o xingou, falando que ele tivesse respeito com os donos da casa. Logo no dia seguinte, o mesmo, embriagado chegou até estuprar uma menina de quatorze anos.

Lampião sabendo da atitude do cangaceiro, partiu como uma fera a qual Sabiá falou o seguinte comentário:

" Êita, capitão, eu vou morrer!" Lampião respondeu:

"Vai, Cabra safado! Que é pra aprender a não mexer com as famia de bem"

Lampião puxou seu fuzil e excultou dois tiros na cabeça do cangaceiro.

Lampião podia ser um homem justo, de palavra, quando queria e quando achava motivos para isso. Tinha seu próprio código de conduta, e era muitas vezes levado pelo sentimentalismo de momento, levando até cometer atos injustos contra pessoas que não tinha nada a ver com sua luta. Uma dessas pessoas foi o senhor Vicente Lira, que foi vítima de um Lampião que estava sob muita pressão, por causa dos más sensações de invadir uma cidade, a qual nunca chegou realmente colocar os pés. Sua história é a seguinte:

"Em Boa Esperança, o Sr. Vicente Lira foi aprisionado por Lampião, a qual foi exibido pelo vilarejo, fazendo-o caminhar á frente do seu cavalo.

Num dado momento o cavalo pisou no calcanhar de Vicente, fazendo desequilibrar. Na ânsia de evitar o tombo, agarrou às rédeas do cavalo, a qual assustou o animal e quase derrubando Lampião, a qual sem pestanejar sacou seu punhal e cravou nas costas dele, apensar desse episódio Vicente Lira não tinha ferimentos graves, fazendo assim sobreviver para contar a sua história, Lampião até o seguiu mas logo deixou para lá.

Lampião quando não estava sob esses sentimentos, era alguém calmo, educado e respeitador, até com aquelas "inusitadas pessoas" fazendo assim ações que ninguém esperaria, como por exemplo no combate da Serra Grande. A qual seus homens passaram dos limites nos insultos baixos colocando esposa e mãe dos oficiais no meio, deixando a ponto de Lampião ficar irritado e chamar a atenção dos seus homens, falando a seguinte frase:

" - Ô cambada, vocês não podem ofender sem colocar a mãe e a mulher no meio?"

Também vale mencionar, que antes do início da batalha, Lampião garantiu que o refém chamando Pedro Mineiro, ficasse sob guarda de alguns cangaceiros, atrás das pedras para evitar que ele não fosse ferido. Pedro sabia tocar violão, e como tinha um instrumento desses no coito, aproveitou para executar algumas canções que agradaram muito Lampião, conquistando assim a simpatia dele. Ao término, dos tiroteios, Pedro Mineiro recebeu uma soma em dinheiro do próprio Rei do cangaço, além de uma escolta para que nada acontecesse ao homem, se caso a volante de Pernambuco o encontrasse.

Outro caso a respeito dessas "inusitadas pessoas" seria a do soldado de Aracaju, Gilberto, a qual foi parado por Lampião após sair do trem em Capela:

- Você é macaco da Bahia? Lampião perguntou.

- Não, sou de Aracaju _ respondeu o soldado.

- Se você fosse baiano eu o sangrava agora mesmo

_ falou Lampião.

Em seguida, Lampião tirou a arma do soldado, examinou e deu sua opinião:

- Brigando com isto, regula com cacete. É mais velho que a Lua, Vá.

O soldado, que depressa, virou-se para ir embora, mas ainda foi orientado por Lampião.

- Só não vai por aí porque pode encontrar um dos meus meninos, e que vão fazer alguma brincadeira de mal gosto. "

Lampião até mandou um de seus homens mais confiáveis que acompanhasse o soldado até o quartel da cidade preservando de encontros desagraveis.

Aqui, nesse episódio em cima narrado, podemos observar, que apensar de Lampião manter um ódio por soldados e oficiais do governo a qual culpava pelas injustiças que sua família passou. Ele garantiu a proteção do soldado.

Enterrar gente, era uma prática bastante difícil para os cangaceiros, quando seus camaradas morria longe de coitos, os corpos era deixados ali mesmo por conta das perseguições. Mas quando morria perto de coitos as coisas era bastante diferente. Isso até que não foi diferente com as volantes. Muitos não devem saber, mas de fato, os cangaceiros mandava seus coiteiros enterrarem seus inimigos. " Coisa bastante diferente em comparação em muitos casos das forças volantes, a qual temos o grande exemplo em Angico. Que somente mandaram moradores enterrar sob muita ameaças, os corpos depois de vários dias em céu aberto que não tinha quase nada, e só enterraram por conta do cheiro que era insuportável."

O caso mais conhecido a respeito dos enterros de soldados era dos homens comandados pelo sargento José Joaquim de Miranda conhecido como o "Bigode de Ouro" foram mais ou menos 20 corpos a serem enterrados, incluindo o próprio tenente. O coiteiro Antônio Xavier foi o responsável de enterrar os corpos dos soldados a mando de Lampião. Já era perto da noite, então Antônio resolveu enterrar de manhã, mas não deixou os corpos em céu aberto, pois não iria permitir que passassem a noite em meio ao relento da zona rural, que começou a colocar os corpos dentro de casa.

No dia 25 de novembro de 1929, o bando de Lampião adentrou na cidade de Nossa Senhora das Dores com nove homens, causando supresa, admiração e medo entre os cidadãos. Lampião foi a delegacia para garantir que vieste em paz e que não havia motivos para preocupação. O delegado e o intendente ( cargo equivalente a prefeito de hoje) foram incumbidos pelos cangaceiros de fazerem uma coleta pela cidade. Os cangaceiros andando pela cidade, percebeu que Nossa Senhora das Dores era uma cidade cheia de moças bonitas, a qual consideraram em fazer um baile. Mas isso não foi realizado porque o escrivão local, de sobrenome Corrêa, procurou Lampião e pediu-lhe:

"- Capitão Lampião, sou pai de cinco moças, e não gostaria que elas dançassem com seus homens."

E logo Lampião, em respeito a sua palavra de que via em paz e ao pai das cinco moças foi até seus homens e deu a ordem:

- "Aqui, hoje, não se dança." A qual foi seguida muito bem.

Lampião passeou pela cidade as vezes sozinho, e entrou em esbelecimentos comerciais, comendo, bebendo. Garantiu até que todas as contas dos seus homens e pessoas coriosas que estava ali só para ver o tão conhecido Rei do cangaço de perto, fossem pagas.

Lampião fez a mesma coisa em Capela, prometendo entrar em paz sem nem um problema causar, mas aqui ocorreu um caso interesse que deveria ser narrado. Em um bar, Lampião bebendo uma cerveja, ia ouvindo alguns dos presentes indicarem casas de viúvas e de pessoas de grandes posses como alvos convenientes para assaltar. Lampião foi só ouvido e finalmente colocou um basta na história:

- "Não vim aqui prá saquear ou roubar. Estou sendo bem tratado e não vou fazer nada de mal."

Nesses fatos narrados, podemos observar as qualidades do rei do cangaço que tinha, a qual muitos chegaram até negar ou até descohencerem.

Fontes:

Lampião Herói ou Bandido? (Antônio Amaury Corréa de Araújo e Carlos Elydio Corréa de Araújo)

A marcha de Lampião - Assalto a Mossoró ( Raul Fernandes)

Lampião Serrote Preto e Seus Sequazes ( Rodrigues de Carvalho)

Lampião em Paulo Afonso ( João de Sousa Lima)

De Virgolino A Lampião ( Antônio Amaury e Vera Ferreira

Apagando o Lampião ( Frederico Pernambucano de Mello)

Lampião seu Tempo e seu Reinado ( Frederico Bezerra Marciel)

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