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quarta-feira, 1 de maio de 2019

MÃE E FILHO SEPARADOS DURANTE SESSENTA E CINCO ANOS.

Foram longos sessenta e cinco anos até Inácio Carvalho Oliveira o "Inacinho" reencontrar seus pais, Moreno e Durvinha, que no passado fizeram parte do grupo cangaceiro de Virgolino Ferreira da Silva o "Lampião".

Inacinho nasceu no dia 02 de janeiro de 1938, período em que seus pais ainda estavam atuando no cangaço. Devido a vida de fugas e sofrimentos que levavam em meio à caatinga, Moreno e Durvinha resolveram entregá-lo para adoção, escolhendo para essa missão o Padre Frederico Araújo da cidade pernambucana de Tacaratu. A partir de então Inacinho ficou sob a tutela do Padre Frederico e após a morte deste, passou a ser cuidado por um grupo de senhoras que auxiliavam o padre nas tarefas da Igreja.

No dia 02 de fevereiro de 1940, Moreno e Durvinha resolveram abandonar o cangaço e rumaram em direção à região sudeste do país, onde por fim escolheram o estado de Minas Gerais para fixar residência. Moreno e Durvinha constituíram família e permaneceram no anonimato, mantendo suas vidas passadas escondidas de todos, inclusive dos filhos nascidos no estado de Minas Gerais.

No ano de 2005 uma das filhas do casal descobriu o segredo e a existência do irmão que foi deixado para trás por seus pais, antes de abandonarem o cangaço.

Demorou pouco tempo para que Inacinho fosse localizado e o encontro entre pais e filho fosse realizado. Inacinho conhece seus três irmãos e duas irmãs, todos nascidos em Minas Gerais e a família pode enfim ser reunida novamente, após longos sessenta e cinco anos.

Na fotografia: Inácio Carvalho Oliveira "Inacinho" e sua mãe Durvalina Gomes de Sá "Durvinha" (In memorian).

Geraldo Antônio De Souza Júnior


ACREDITA-SE QUE ESSE NÚMERO DE VÍTIMAS... DOBRE.

Antônio Ignácio da Silva o “Moreno II” ou “Morenagem", antigo integrante do bando de Lampião. Durante certo período, segundo o pesquisador e escritor Frederico Pernambucano de Melo, foi um dos homens responsáveis pelos serviços “pesados” à mando do chefe.

Foi um cangaceiro de extrema valentia e violência que conseguiu atravessar toda a fase que permaneceu no cangaço sem ser apreendido pelas autoridades e sem levar um único tiro.

Faleceu no dia 06 de setembro de 2010 aos 100 anos de idade, na cidade de Belo Horizonte em Minas Gerais, onde residia juntamente com seus familiares.

Geraldo Antônio de Souza Júnior



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CABEÇA DO CANGACEIRO “ASSUCAR” MORTO PELA VOLANTE DO TENENTE SANTINHO.

Morto pela Volante comandada pelo Tenente Santinho (Ladislau Reis) na Fazenda Burdão, nas proximidades de Jeremoabo, Bahia, no ano de 1932.

Foto/Imagem: Jornal A TARDE (Salvador/BA)

Geraldo Antônio De Souza Júnior


LIVRO: LAMPIÃO EM 1927 - A MARCHA DOS BANDIDOS. ACABOU E EXPECTATIVA.

CHEGOU O MAIS NOVO LIVRO: 


LAMPIÃO EM 1927 - A MARCHA DOS BANDIDOS.

Nesses últimos dezoito anos venho exaustivamente pesquisando o combate ao banditismo, particularmente o cangaço do mais destacado bandido das caatingas, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.

Dediquei-me a pesquisar principalmente a divulgação na imprensa pelos jornais de todo país e outros documentos da época, seja nos boletins militar, relatórios, revistas, enfim tudo que era divulgado ao tempo dos acontecimentos. A exemplo do Jornal do Recife, A Noite, Jornal Pequeno, A Província, O Jornal, Jornal do Brasil, A Gazeta, Gazeta de Notícias, dentre outros.

Embora a imprensa não fizesse investigação local, não deixava de receber e publicar telegramas e cartas enviadas por vítimas e autoridades locais informando os desmandos dos cangaceiros nas suas localidades e descrevendo os fatos ocorridos.

Esse trabalho tem sido apresentado em livros, até agora numa sequencia fora da cronologia dos acontecimentos, mostrando períodos distintos da atuação de Lampião e seu bando.

No livro Lampião e os Governadores, lançado em 2005, apresento a transcrição de documentos oficiais: relatórios, mensagens, falas e exposições, para mostrar como os estados tratavam a luta contra o banditismo, também abrange a década de 20, alcançando já a atuação de Lampião.

No livro Lampião Conquista a Bahia, lançado em 2011, apresento o período da entrada do rei do cangaço nas terras de Castro Alves, em 21 de agosto de 1928 até final de 1929.

O livro Lampeão Antes de ser Capitão, lançado em 2016 aborda o período do início de suas atividades como cangaceiro, de 1920 até fevereiro de 1926.

Logo após, no mesmo ano de 2016, lancei o livro Lampião em 1926, que apresenta a atuação de seu bando até final de dezembro daquele ano.

Já o período que apresento neste livro, Lampião em 1927 – A Marcha dos Bandidos, tem início em janeiro de 1927 e vai até setembro de 1928, aqui mostrado mês a mês, quando Lampião e mais cinco cabras atravessam o Rio São Francisco na altura da cidade baiana de Rodelas, portanto, um mês após sua entrada na Bahia.

Coloco numa cronologia mês a mês dos anos de 1927 e 1928.

Apresento uma iconografia com objetivo de colocar os personagens citados no seu tempo e espaço.

Assim, nesse livro, concluo a década de 20 sobre a epopeia que foi o cangaço, mostrando mais uma vez que Lampião era sempre manchete com o acompanhamento de suas façanhas quase que semanalmente, em alguns períodos diariamente, nos principais jornais do Brasil, sempre grafando a palavra Lampião com “e”. Como curiosidade para o leitor, essa década de 20 resulta em mais de 1800 páginas com textos e fotos sobre o assunto, distribuídos nos 5 livros acima já citados.

Mostro no presente livro a divulgação de alguns jornais, pois outros repetiam as matérias, cartas e telegramas publicados nos jornais da capital do país, o Rio de Janeiro, alertando o leitor que a iconografia tem como objetivo colocar os personagens citados no seu tempo e espaço.

O que mais chama a atenção deste pesquisador é o número de cangaceiros que a imprensa publica no ano de 1928 em suas páginas. Varia de forma a confundir seus leitores, pois alguns jornais informavam a quantidade que variava de seis (6), até trinta e seis (36), afirmando alguns periódicos que Lampião chegou a contar até com cento e setenta (170) cabras.

O leitor vai encontrar várias análises sobre o fenômeno cangaço nesse trabalho. Posso aqui destacar o texto de Anísio Galvão, nessa época deputado estadual por Pernambuco; do ilustre baiano Otávio Mangabeira; artigos assinado por Assis Chateaubriand e Rodrigues de Carvalho, entre outros.

Mostro a posição do governo Artur Bernardes com as alianças feitas com os governadores e os coronéis da política nordestina para combater a Coluna Prestes e a participação do padre Cícero na convocação de Lampião para integrar o Batalhão Patriótico do Juazeiro, como também artigos sobre o padre Cícero Romão Batista, entre outros, são aqui transcritos.

Jornais do Ceará cobrem as fugas de Lampião nesse território e a briga interna dos oficiais cearenses que lutavam contra os cangaceiros, para justificar o fato de não haverem prendido Lampião.

Apresento o sensacional interrogatório que a justiça do Crato fez com o cangaceiro preso, Mormaço, publicado nos principais órgãos da imprensa cearense e pernambucana. Mormaço delata seus companheiros e faz revelações contra as autoridades constituídas que os combatiam.

A grande importância dada pela imprensa à tentativa de invasão a cidade de Mossoró no Rio Grande do Norte em meados de junho de 1927, coloca Lampião no centro das manchetes na ampla cobertura jornalística. Nesse momento seu grupo era constituído por 53 cabras, a imprensa ampliou em várias vezes o número de cangaceiros envolvidos no acontecimento.

No percurso que os cangaceiros fizeram do sul do Ceará até a cidade de Mossoró os jornais do estado divulgavam com o atraso normal dos fatos que aconteciam nas correrias dos bandos entre uma localidade e a próxima que seria atacada pelo bando de Lampião em maio, junho e julho de 1927. Essas notícias eram depois divulgadas em outros órgãos da imprensa nordestina.

A imprensa informa o fracasso das polícias coligadas do Ceará, Paraíba e Pernambuco para prender os chefes de grupo: Lampião, Jararaca e Massilon na tentativa de extorquir a cidade potiguar de Mossoró.

O ataque de Lampião à cidade de Mossoró, a repercussão é tanta que a imprensa, mais uma vez, procura o antecessor do Rei do Cangaço, preso na Casa de Detenção do Recife, o não menos famoso Antônio Silvino, o Rifle de Ouro, no seu décimo terceiro ano de cumprimento de pena para uma exclusiva entrevista.

A imprensa pernambucana continuava com o assunto “Lampião” sempre em pauta, de forma constante, quase como uma cobrança do leitor e publica dessa vez a entrada de Lampião na Bahia, com apenas um dia de diferença, após o Rei do Cangaço atravessar o Rio São Francisco, em 21 de agosto de 1928 seguido de apenas cinco cangaceiros.

A quantidade reduzida de cangaceiros sob sua chefia, não fez diminuir o interesse da população e a importância da cobertura dada pela imprensa.

Paulo Afonso e Recife, novembro de 2018.

Boa leitura.

Luiz Ruben F. de A. Bonfim
- Economista e Turismólogo
- Pesquisador de Cangaço e Ferrovia
- Conselheiro do Cariri Cangaço - Membro da ALPA
- Academia de Letras de Paulo Afonso.

Criador e criatura. 


Capa e contracapa do livro.
https://cangacologia.blogspot.com/2019/05/livro-lampiao-em-1927-marcha-dos.html?spref=fb&fbclid=IwAR3E4-Up1vZaqzIgWXdauB-wUWvZ2tycM58kWkGFEzmZ1gd_vHTfWGIBzmU

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SEGUE IMAGENS DOS LIVROS QUE AINDA TENHO, DESTA VEZ O PREÇO É 30 REAIS COM FRETE GRÁTIS, PERGUNTE DISPONIBILIDADE, POIS ALGUNS JÁ FORAM VENDIDOS.

Por Geziel Moura


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ENTREVISTA DO CANGACEIRO “COBRA VERDE”

Entrou no cangaço para ganhar uns “cobres", e, na madrugada do tiroteio emangico, foi buscar o leite....!

Fonte: A Noite ( edição ..14/11/ 1938 ) Transcrição de Ivanildo Silveira

Cobra Verde tem apenas 21 anos de idade , segundo nos declarou. Há dois anos e 10 meses que é cangaceiro. Natural de Piranhas-AL, fazia parte do grupo de ‘Moreno’. O primeiro combate que teve foi no povoado Navio, com a força do sargento ‘Negrinho’.

Perguntamos a ele por que abandonou a vida pacata da cidade para viver como bicho na caatinga, ao que ele respondeu, em sua própria linguagem : “ 
"Eu era operário da Fábrica da Pedra [Delmiro Gouveia, AL] e ganhava de dez a quatorze mil réis por semana . Era um aperreio para mim, rapaz novo e que queria viver limpo como os outros . Era muito injustiçado na vida. Por isso resolvi ser bandido para ver se arranja uns cobres. Achei boa a vida. Cheguei a possuir dois contos de réis, fora o 'ouro'".
Conta que nunca maltratou alguém, e que vivia no cangaço só para arranjar “ uns cobres “. Disse que fez diversos saques, alguns com Luiz Pedro. No último apresentou aos bandidos, apenas nove contos de réis, escondendo o resto. O chefe era muito bom , mas era muito sabido. 

Declarou-nos, ainda, que esteve no Combate de Angico (quando morreu Lampião ). Não dentro do cerco, mas fora porque fora buscar leite muito cedo para a tropa, a mandado do Capitão. Quando foi chegando no coito viu a bagaceira (tiroteio ) de longe, saiu correndo para a Fazenda Cuiabá onde encontrou Balão e outros que, igualmente, haviam fugido do tiroteio. 

O Grupo – continua  - era composto de 42 homens e 7 mulheres. Com a morte de Lampião esfacelou-se o cangaceirismo no nordeste , porque era o “ chefe”  que fornecia e dava ordens a todos os grupos de cangaceiros. 

O desejo de Cobra Verde é trabalhar honestamente. Não quer voltar para o sertão.

OBS: Foto de Cobra Verde (autor desconhecido) por ocasião das entregas dos cangaceiros à polícia. Ano: 1938 no Quartel da polícia em Santana do Ipanema-AL.


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UM ALMOÇO À LUZ DO DIA!

Por José Di Rosa Maria

Hoje tive a honra de almoçar na casa do nosso grande poeta Antônio Francisco... Eu e minha esposa ao lado de dona Nira e do mestre.


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UFA! ESPAÇO CÔNEGO BULHÕES (I)

Clerisvaldo B. Chagas, 30 de abril de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.101 

Não compareci a inauguração do Espaço Multe Eventos Cônego Bulhões, em Santana do Ipanema. Entretanto, fui olhar de perto para contar de certo no domingo passado. Pena a hora inconveniente para fotos, mas, para bem informar fiz o que pude. Fiquei de fato de boca aberta com a grandeza da obra que esperou mais de uma década pela realização. O amplo terreno no centro da cidade fazia parte das terras adjacentes à casa do Cônego José Bulhões e a ele pertencia. Faz parte da foz do riacho Camoxinga que corta essa área e deságua no rio Ipanema. Todo o terreno, alto e arenoso, é fruto de represamento das águas do Camoxinga pelo rio Ipanema (tese nossa). Abandonado há muito, era lixo e capoeira dos quintais de parte do comércio e do casario que o imprensava.



A área construída tem espaço central que cabe milhares de pessoas. O lado mais alto dispõe de arquibancada, bancos e passarelas. O lado de baixo chega perto do riacho Camoxinga. 

O acesso é fácil com três entradas e saídas em torno, que ainda são de terra. Focando apenas a parte construída, a transformação da paisagem foi uma realização incrível. Além de transformar o abandono em lugar belo e decente, resolve-se a antiga questão de espaço para eventos quando a prefeitura interditava trechos de avenidas centrais causando transtorno à população. Taí uma obra que pode orgulhar o santanense. Entretanto, nota-se de primeira a falta de espaço verde que a própria obra reclama e chama para si. Tenho impressão que isso será feito na fase seguinte onde mais de quinhentas árvores podem ser plantadas ao longo do riacho e no entorno do espaço já garantido.
Faltou também o asfalto e que agora cabe ditar regra para que o casario que invadiu o espaço antes da construção, não venha a se transformar num labirinto. Esperamos que o espaço em público construído, não se transforme em novo loteamento para comércio. Caso haja relaxamento tudo ali se transformará em camelódromo. O prefeito Isnaldo Bulhões pode muito se orgulhar do espaço construído, Cônego Bulhões.
Amanhã falaremos da Ponte do Urubu, isto é, do arrojado plano para quem quiser continuar os benefícios que faltam por ali, a coroação do que já foi feito. (FOTOS: B. CHAGAS).


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INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA.

Por Francisco Pereira Lima

Entre centenas de bons livros, hoje exponho estes, depois vem mais. A bibliografia Nordestina, especialmente do Cangaço é vastíssima. 

Quem Desejar adquirir estes e outros 550 

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BETH CARVALHO, A MADRINHA DO SAMBA, MORRE NO RIO AOS 72 ANOS


Por G1 Rio

Artista estava internada desde 8 de janeiro; causa foi infecção generalizada, diz empresário. Com mais de 50 anos de carreira, ela foi um dos maiores nomes da história do gênero.

A cantora e compositora Beth Carvalho, conhecida como a Madrinha do Samba e um dos maiores nomes da história do gênero, morreu no Rio, nesta terça-feira (30), aos 72 anos. Ela estava internada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, Zona Sul da cidade, desde o início de 2019. A causa da morte foi infecção generalizada, informou o hospital, em comunicado.



Em nota, o empresário da artista, Afonso Carvalho, disse que ela morreu às 17h33 desta terça "cercada de amor por seus familiares e amigos". O velório está marcado para começar às 10h desta quarta-feira (dia 1º), no salão nobre do Botafogo, time para o qual Beth torcia. Às 16h, o cortejo, com carro do Corpo de Bombeiros, deve partir para o Crematório do Caju.

Com mais de 50 anos de carreira, dezenas de discos gravados e sucessos como "Andança" e "Coisinha do pai", Beth Carvalho era considerada madrinha de artistas como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Jorge Aragão – daí o apelido.

Chico Buarque, Beth Carvalho e Caetano Veloso — Foto: Acervo TV Globo

Já fazia bastante tempo que a cantora tinha um problema de coluna. Em 2009, chegou a cancelar sua apresentação no show de réveillon, na Praia de Copacabana, por causa de fortes dores. Em 2012, submeteu-se a uma cirurgia na coluna.

No ano seguinte, foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos do Tatuapé, no carnaval de São Paulo, mas não participou do desfile por motivos de saúde. Lu Carvalho, sobrinha de Beth, foi quem representou a artista na ocasião.

Show histórico.

Em 2018, com a mobilidade cada vez mais reduzida pelos efeitos do problema na coluna, Beth fez um show histórico. Ao lado do grupo fundo de Quintal, mostrou sua força ao cantar deitada seus sucessos no show Beth Carvalho encontra Fundo de Quintal – 40 anos de pé no chão.

Ao longo de sua internação no início de 2019, Beth teve de reduzir a quantidade de visitas. A informação foi compartilhada por sua filha, Luana, após um vídeo mostrar a cantora debilitada cantando deitada na cama do hospital.

Elizabeth Santos Leal de Carvalho nasceu no Rio, em 5 de maio de 1946. O site oficial da artista informa que o contato com a música foi incentivado pela família, ainda na infância.

Aos 8 anos, surgiu o gosto pela dança – na mesma época, ganhou dos avós o primeiro violão. Após a prisão do pai no início da ditadura, em 1964, Beth passou a dar aulas de música.

No ano seguinte, gravou o seu primeiro compacto simples, com a música “Por quem morreu de amor”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Seu grande sucesso, “Andança”, é o título de seu primeiro LP, lançado em 1969.

Beth participou de quase todos os festivais de música da época. Em 1968, conquistou a terceira posição no Festival Internacional da Canção (FIC), justamente com "Andança".

A partir de 1973, passou a lançar um disco por ano e emplacou vários sucessos como “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai”, “Firme e Forte” e “Vou Festejar”.

Também gravou composições de Cartola, como “As rosas não falam”, e “Folhas Secas”, de Nelson Cavaquinho.

'Coisinha do pai' tocada em Marte

A cantora era apaixonada pela Mangueira, sua escola de samba do coração, e pelo bloco Cacique de Ramos, onde conheceu muitos de seus apadrinhados.

"Beth é inquieta. Não espera que as coisas lhe cheguem, vai mesmo buscar. Pagodeira, ela conhece a fertilidade dos compositores do povo e, mais do que isso, conhece os lugares onde estão, onde vivem, onde cantam, como cantam e como tocam", descreve a biografia em seu site oficial.

Em 1979, Beth se casou com o jogador de futebol Edson de Souza Barbosa e, dois anos depois, deu à luz sua única filha, Luana Carvalho.

A cantora já fez inúmeras apresentações em cidades ao redor do mundo, subiu ao palco do Carnegie Hall, em Nova York, e até teve sua música representada no espaço sideral. Em 1997, “Coisinha do pai” foi programada pela engenheira brasileira da Nasa, Jacqueline Lyra, para “despertar” um robô em Marte.

Em junho de 2002, recebeu das mãos de Dona Zica, viúva de Cartola, o Troféu Eletrobrás de Música Popular Brasileira, no Teatro Rival do Rio de Janeiro. Seu 26º disco, “Pagode de mesa 2” (2000), concorreu ao Grammy Latino na categoria melhor disco de samba.

Em 2004, ela gravou seu primeiro DVD, “Beth Carvalho, a Madrinha do Samba”, que lhe rendeu um DVD de Platina. O CD, que teve lançamento simultâneo ao DVD, recebeu Disco de Ouro e foi também indicado ao Grammy Latino de 2005, na categoria “Melhor Álbum de Samba”.

Beth Carvalho foi homenageada na edição 2009 do Grammy Latino, em Las Vegas. Na ocasião, a cantora foi a primeira sambista a receber um dos reconhecimentos mais importantes da cerimônia, o prêmio Lifetime Achievement Awards.

Clique no link abaixo para ver todas as fotos:


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