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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

LAMPIÃO E OUTRAS HISTÓRIAS - O OVO QUE NÃO FOI O DE COLOMBO

Por Doizinho Quental


Logo no inicio de sua vida de cangaceiro, Lampião viu-se obrigado a recolher fundos para as despesas do bando, principalmente para se armar contra as insistentes volantes.

Foi aí que encontrou mais um inimigo, dentre muitos que tinha. O seu nome era Pacífico Lopes. Tratava-se de um fazendeiro rico, mas miserável. "Diziam que ele era avarento a um ponto tal, que refletia as moedas no espelho para ver duplicado o seu capital".

Todos, por medo ou por experiência, cooperavam com Lampião, todavia o tal Pacífico, além de não ajudar o bando, o denunciava à polícia e muitas vezes ainda enviava os seus cabras na perseguição do famoso cangaceiro.

Um dia Pacífico Lopes recebeu, na sua fazenda Umburanas, próximo de Custódia (PE), um bilhete de Lampião, dizendo que se preparasse para pagar por suas denúncias. Ao receber este bilhete, não teve mais sossego. Não dormia direito. Assombrado, passou uns dias em Custódia com a família. Todavia, como não poderia viver sem a sua fazenda, voltou.

Alguém o aconselhou a solicitar ajuda do Padre Cícero do Juazeiro. Viajou junto com uns romeiros e lá tratou com o padre sobre o acontecido. Padre Cícero aconselhou Pacífico a rapidamente mudar-se para Custódia, todo tempo em que aparecesse algum sinal estranho na fazenda.

Certa vez uma galinha, na fazenda Umburanas, pôs um ovo e de uma forma estranha estava bem nítido nele um "L" maiúsculo. Foi um assombro. Juntou toda família e foi morar em Custódia novamente. O tempo passou e ele tornou a voltar para a fazenda, dizendo para si mesmo que aquilo era besteira.

Coincidência ou não, às sete horas da manhã do dia 26 de janeiro de 1921, Lampião apareceu com todo o seu bando e cumpriu o prometido: matou Pacífico Lopes e o esquartejou, deixando o corpo pendurado no alpendre da casa.



Site: www.kantabrasil.com.br/Lampiao.../Lampião%20e%20outras%20Históri...‎



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Colorindo para tentar melhor apreender

Por: Rubens Antonio

A busca de referências que conduzam a uma melhor percepção do fenômeno do Cangaço deve ser permanente.

Um dos mecanismos que podem ser utilizados é o da "colorização" de imagens. Escapa-se, assim, ao "efeito preto e branco", que se conjuga ao "efeito amarelamento" que inundam as fotos relacionadas ao Cangaço, furtando-lhe muito do impacto.

Estas são experiências levadas adiante por mim, no sentido de resgatar algo do Real.

Corisco - As fotos coloridas pertencem ao acervo do pesquisador Rubens Antonio

Cristino Gomes da Silva Cleto era seu nome verdadeiro. Nascido no dia 10 de agosto de 1907, em Matinha de Água Branca, no  Estado de Alagoas. Era filho do sofrido casal Manoel Anacleto e Firmina Maria (segundo comprovação no atestado de óbito do acervo Ivanildo Alves da Silveira). 

No ano de 1924,  foi convocado pelo Exército Brasileiro para cumprir o serviço militar, mas talvez não satisfeito com as exigências das forças armadas, desistiu   em seguida.

Estes são os cangaceiros: Zabelê, Maria Dórea, Azulão e Canjica, mortos no embate da Lagoa do Lino.

Um dos combates memoráveis do cangaço é o da Lagoa do Lino. Nele, um subgrupo do bando de Lampião, composto por 4 cangaceiros e 3 cangaceiras liderados por Azulão, que assolara as regiões de Mairi, Várzea do Poço, Miguel Calmon, Várzea da Roça, Serrolândia e Jacobina, entre setembro e outubro de 1934, foi duramente atingido por uma volante.

Como consequência, quatro cangaceiros sucumbiram... Azulão, Zabelê, Canjica e Maria Dórea. Mortos e decapitados, tiveram suas cabeças conduzidas a Salvador. Sua foto mais conhecida é apresentada acima.

http://cangaconabahia.blogspot.com.br/2011/08/lagoa-do-lino.html

 Jararaca aprisionado e ferido em Mossoró

Hoje a cova do cangaceiro Jararaca é a mais visitada no cemitério de Mossoró, inúmeras velas são acessas em sufrágio de sua alma, promessas são pagas a beira do túmulo do cangaceiro, o fim trágico de Jararaca transformou um cruel cangaceiro, pelo menos na memória popular na incrível história do “cangaceiro que virou santo”. (Ângelo Osmiro). 

http://jonatasarquivos.blogspot.com.br/2011/07/cangaceiro-jararaca.html

Cabeças expostas de Maria Bonita e Lampeão.

Na madrugada de 28 de Julho de 1938, na Grota de Angico, no Estado de Sergipe, o bando de cangaceiros de Lampião foi surpreendido com o ataque feito pelas volantes policiais, e os cangaceiros não tiveram chance de se defenderem, e lá, ficaram 11 facínoras mortos e um policial. 

O ataque feito pelas volantes  não respeitou nem o rei e nem a rainha do cangaço, Lampião e Maria Bonita. 

Dos facínoras que lá estavam 23 conseguiram furar o cerco, mas alguns deles saíram feridos. (José Mendes Pereira).   

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Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio 
http://cangaconabahia.blogspot.com.br