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segunda-feira, 13 de abril de 2020

FACA JARDINEIRA DE PAULO PEREIRA

Como eram feitas as facas do Cangaço

Matéria feita pelo quadro "Me leva Brasil" do Programa Fantástico, por volta do ano 2000, com um dos últimos ferreiros de facas nordestinas: Paulo Pereira, filho do célebre cuteleiro José Pereira, da cidade de Crato, CE.


Créditos para Dênis Artur Carvalho

LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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POETA CÍCERO AGUIAR FERREIRA-CLUBE DA POESIA NORDESTINA! I CONCURSO LITERÁRIO HOMENAGEM À MULHER!


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O ESTRANHO CASO DO PADRE LONGINO - 03 DE FEVEREIRO DE 2013

Por Geraldo Maia do Nascimento

O Padre Longino foi o primeiro sacerdote mossoroense a celebrar missa na então Capela de Santa Luzia de Mossoró. Mas não foi esse fato que o tornou famoso na região, fazendo com que sua história fosse contada por gerações seguidas. Foi sua bravura, sua maneira diferente de ser. 
               
Francisco Longino Guilherme de Melo nasceu na Fazenda Cumurupim, no Arraial de Santa Luzia do Mossoró, sendo filho de um rico fazendeiro da Ribeira, o capitão Simão Balbino Guilherme de Melo.
               
No dia 2 de fevereiro de 1827 chega o mesmo a Mossoró, vindo de Olinda, onde se ordenara. Toda a população da Ribeira estava presente para assistir a primeira missa cantada pelo novo sacerdote, primeiro mossoroense a se ordenar. Os habitantes da Ribeira viam no novo sacerdote uma nova era de luz e prosperidade para Mossoró. Não sabiam eles como estavam longe da verdade.
               
Padre Longino mostrou bem cedo que não havia nascido para vestir batina e sim uma farda militar. Por causa de desentendimentos, passa a ter vários inimigos, principalmente João Ferreira Butrago, homem de má índole e assassino. Para se vingar do padre, forma um bando de marginais. O Padre Longino, por sua vez, mandou vir capangas do sertão, os quais reunidos a alguns de seus parentes, formaram também um outro grupo armado, pronto para enfrentar os inimigos. E Mossoró passa a assistir uma série de batalhas, uma verdadeira guerra entre os dois grupos. Diz a tradição que dentre os muitos encontros armados entre os dois grupos, salientaram-se dois que são considerados como os mais sangrentos, nos quais o grupo do padre tomara a defensiva, repelindo os Butragos com perdas de algumas vidas.
               
Várias emboscadas foram armadas para o padre pelos Butragos, sendo que o mesmo sempre conseguia escapar, graças a sua astúcia.
               
O comportamento guerreiro do padre fez com que a população o desprezasse e jamais assistisse um ato religioso celebrado por ele.
               
Em 1842 foi criada a Freguesia de Santa Luzia; em 1844 foi nomeado Vigário Colado desta Freguesia o Padre Antônio Joaquim Rodrigues.
               
Em 1845 o Padre Francisco Longino retira-se de Mossoró, indo morar por algum tempo pelo interior da Província do Ceará, internando-se mais tarde pelas Províncias do Piauí e Maranhão.
               
Com a saída do Padre Longino, os Butragos, que já não moravam mais no povoado, acalmaram-se também e a paz volta a reinar em Mossoró. E por muito tempo não se ouviu falar do padre bandoleiro. Até que em 1872, depois de vinte e sete anos de ausência, volta a Mossoró o Padre Longino, velho, cansado e quase cego. E pra sua surpresa, encontra uma grande quantidade de cavaleiros, que tomando conhecimento de sua vinda, vão esperá-lo na entrada da cidade, curiosos para conhecer o Padre Longino, personagem viva de tantas histórias de bravura. A curiosidade ambiente era tão grande que uma multidão se acotovelava para vê-lo. O Padre Antônio Joaquim o acolheu fraternalmente, com a piedade unânime da população. Embora muito mudado pelo tempo, o gênio era o mesmo. Quando lhe perguntaram: - Então o senhor cegou?... Longino respondeu, feroz: - É verdade. Ceguei. Ceguei de ver gente ruim...
               
Desde que deixara Mossoró, o Padre Longino tornara-se vigário de várias freguesias do Piauí, indo algumas vezes à cidade de São Luís do Maranhão, onde encontra-se com o Bispo da Diocese. E foi num desses lugares, no centro do Piauí, que travou conhecimento com uma tribo de índios e dedicou-se a catequiza-los. Conseguiu batizar toda a tribo, educando-os no trabalho agrícola.
               
Chegando em Mossoró, Padre Longino ainda encontra alguns dos seus inimigos vivos, entre os quais João Ferreira Butrago, que já contava com mais de noventa anos. Este, em conversa com o Padre Antônio Joaquim, teria dito que não procuraria ofender ao Padre Longino, porém, se tivesse oportunidade de o encontrar, levando uma arma de fogo, daria um tiro no mesmo. Quanto ao Padre Longino, morou por algum tempo em Mossoró, residindo na Rua da Palha, onde serviu como capelão e mais tarde, em Areia Branca. Adoecendo, volta a Mossoró em 1876, morrendo nesse mesmo ano já em idade muito avançada. Foi sepultado na capela do cemitério público.
           
\"Aos trinta de março de mil oitocentos e setenta e seis, sepultou-se na Capela do Cemitério de São Sebastião, filial a esta Matriz de Mossoró, o Reverendo Francisco Longino Guilherme de Melo, idade setenta e quatro anos, envolto em hábito preto e pelo Reverendo João Urbano de Oliveira encomendado. Do que mandei fazer este assento a assino. (a) Vigário Antônio Joaquim Rodrigues.
           
Publicado no jornal \"O Mossoroense\" de 03/02/2013

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fontes:
http://www.blogdogemaia.com/#

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MORAES MOREIRA MORRE AOS 72 ANOS, NO RIO DE JANEIRO


Por Danutta Rodrigues, Gabriel Gonçalves e Phael Fernandes, G1 BA

Conforme assessoria do artista ele morreu nesta segunda-feira (13), por volta das 6h, após sofrer um infarto agudo do miocárdio. Informações sobre velório não serão divulgadas.


O cantor e compositor Moraes Moreira morreu na madrugada desta segunda-feira (13) aos 72 anos, em casa, no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro. Conforme a assessoria do artista, ele morreu por volta das 6h depois de sofrer um infarto agudo do miocárdio.
Segundo Eduardo Moraes, irmão do cantor, o corpo de Moraes Moreira foi encontrado após a chegada da empregada doméstica no apartamento em que ele morava. O artista vivia sozinho, segundo o irmão.
Ainda de acordo com a assessoria, as informações sobre o enterro não serão divulgadas para evitar aglomerações, recomendação de vários órgãos de saúde como prevenção à Covid-19.
Antonio Carlos Moreira Pires nasceu em Ituaçu, no interior da Bahia, em 8 de julho de 1947. Moraes Moreira começou tocando sanfona de doze baixos em festas de São João e outros eventos na cidade. Na adolescência aprendeu a tocar violão, enquanto fazia curso de ciências em Caculé, na região sudoeste da Bahia, em 1967.
Aos 19, ele foi para Salvador, onde começou a estudar no Seminário de Música da Universidade Federal da Bahia. Lá, ele conheceu seus futuros companheiros dos Novos Baianos, Luiz Galvão e Paulinho Boca de Cantor, além de Tom Zé.
Em 1968, eles criaram o espetáculo que deu origem aos Novos Baianos, Desembarque dos Bichos depois do Dilúvio Universal.
O grupo já tinha também a participação de Baby do Brasil (Baby Consuelo, na época) na voz e o guitarrista Pepeu Gomes quando foi participar do popular Festival da Música Popular Brasileira na TV em 1969, com a música “De Vera”, de Moreira e Galvão.
No ano seguinte, o grupo lançou seu disco de estreia, “Ferro na boneca”. Mas a grande obra deles viria após uma visita de João Gilberto à casa em que eles moravam juntos, já no Rio de Janeiro. Em 1972, eles lançaram o álbum “Acabou chorare”, que consagrou os Novos Baianos. O trabalho juntava samba, rock, bossa nova, frevo, choro e baião.
Com a regravação de “Brasil pandeiro”, de Assis Valente, além de “Preta pretinha”, “Mistério do planeta”, “A menina dança”, “Besta é tu” e a faixa título, todas de coautoria de Moraes Moreira, o álbum de 1972 é reconhecido como um dos melhores - senão o melhor - trabalho do pop brasileiro.
Foi um passo adiante do tropicalismo de Caetano, Gil e Tom Zé - no abraço ao rock e à psicodelia hippie, na fusão de ritmos brasileiros, na recusa a seguir padrões no período mais duro da ditadura militar.
O grupo foi morar em um sítio em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, onde seguiam a cultura hippie dos EUA e da Europa em plena ditadura militar brasileira. Lançaram ainda três discos, cujo sucesso não tão grande começou a gerar desentendimentos. Ele ficou no grupo de 1969 até 1975, quando saiu em carreira solo.

Carreira Solo

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Homenagem: Moreira morre aos 72 anos, no Rio de Janeiro
Em 1976, já em carreira solo, ele se tornou o primeiro cantor de trio elétrico, ao subir no trio de Dodô e Osmar, e cantou a música “Pombo correio”, sucesso na época.
Já em 1997, ele reuniu o grupo Novos Baianos para lançar o disco ao vivo Infinito Circular, com canções dos discos anteriores e algumas inéditas. Em 2007, Moraes Moreira publicou o livro A História dos Novos Baianos e Outros Versos, escrito em linguagem de cordel, que conta a história dos Novos Baianos.
Em 2017, ele lançou outro livro, o "Poeta Não Tem Idade", com cerca de 60 textos sobre homenagens a Luiz Gonzaga, Machado de Assis, Gilberto Gil e muitos outros.
Nos últimos anos, Moraes Moreira se envolveu em shows de reunião dos Novos Baianos e também de trabalhos solo. O artista também se dedicou a trabalhos com o filho. No total, ele lançou mais de 60 discos entre a carreira solo, Novos Baianos, Trio Elétrico Dodô e Osmar, além da parceria com o guitarrista Pepeu Gomes.
Em março deste ano ele fez a última postagem no Instagram falando sobre a quarentena que o mundo vive por causa da Covid-19.
Última postagem de Moraes Moreira no instagram.  — Foto: Reprodução / Redes Sociais Última postagem de Moraes Moreira no instagram.  — Foto: Reprodução / Redes Sociais
Última postagem de Moraes Moreira no instagram. — Foto: Reprodução / Redes Sociais

Fotos da carreira

Capada divulgação do livro "Poeta Não Tem Idade", — Foto: DivulgaçãoCapada divulgação do livro "Poeta Não Tem Idade", — Foto: Divulgação
Capada divulgação do livro "Poeta Não Tem Idade", — Foto: Divulgação
Moraes Moreira foi homenageado no programa Som Brasil em 2009 — Foto: TV Globo / Zé Paulo CardealMoraes Moreira foi homenageado no programa Som Brasil em 2009 — Foto: TV Globo / Zé Paulo Cardeal
Moraes Moreira foi homenageado no programa Som Brasil em 2009 — Foto: TV Globo / Zé Paulo Cardeal
Moraes Moreira interpreta o Visconde de Sabugosa no especial 'Pirlimpimpim', exibido originalmente pela Globo em 1982 — Foto: Acervo TV GloboMoraes Moreira interpreta o Visconde de Sabugosa no especial 'Pirlimpimpim', exibido originalmente pela Globo em 1982 — Foto: Acervo TV Globo
Moraes Moreira interpreta o Visconde de Sabugosa no especial 'Pirlimpimpim', exibido originalmente pela Globo em 1982 — Foto: Acervo TV Globo
Moraes Moreira em apresentação no bairro do  Rio Vermelho — Foto: Camile Barreto/SalturMoraes Moreira em apresentação no bairro do  Rio Vermelho — Foto: Camile Barreto/Saltur
Moraes Moreira em apresentação no bairro do Rio Vermelho — Foto: Camile Barreto/Saltur
Pepeu Gomes e Moraes Moreira nas gravações da novela 'Tieta' (1989), da TV Globo — Foto: Acervo TV GloboPepeu Gomes e Moraes Moreira nas gravações da novela 'Tieta' (1989), da TV Globo — Foto: Acervo TV Globo
Pepeu Gomes e Moraes Moreira nas gravações da novela 'Tieta' (1989), da TV Globo — Foto: Acervo TV Globo
Davi Moraes e Moraes Moreira tocam durante programa Som Brasil em 2009 — Foto: TV Globo / Zé Paulo CardealDavi Moraes e Moraes Moreira tocam durante programa Som Brasil em 2009 — Foto: TV Globo / Zé Paulo Cardeal
Davi Moraes e Moraes Moreira tocam durante programa Som Brasil em 2009 — Foto: TV Globo / Zé Paulo Cardeal
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