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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

LIVROS DO ESCRITOR GILMAR TEIXEIRA


Dia 27 de julho de 2015, na cidade de Piranhas, no Estado de Alagoas, no "CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2015", aconteceu o lançamento do mais novo livro do escritor e pesquisador do cangaço Gilmar Teixeira, com o título: "PIRANHAS NO TEMPO DO CANGAÇO". 

Para adquiri-lo entre em contato com o autor através deste e-mail: 
gilmar.ts@hotmail.com


SERVIÇO – Livro: Quem Matou Delmiro Gouveia?
Autor: Gilmar Teixeira
Edição do autor
152 págs.
Contato para aquisição

gilmar.ts@hotmail.com
Valor: R$ 30,00 + R$ 5,00 (Frete simples)
Total R$ 35,00

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“O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO” O que disseram os JORNAIS SERGIPANOS

Autor Antonio Corrêa Sobrinho

O livro “O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO” O que disseram os JORNAIS SERGIPANOS custa:
30,00 reais, com frete incluso.
Como adquiri-lo:
Antonio Corrêa Sobrinho
Agência: 4775-9
Conta corrente do Banco do Brasil:
N°. 13.780-4

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NOVO LIVRO NA PRAÇA "O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 
Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: franpelima@bol.com.br 
fplima1956@gmail.com

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2016/08/novo-livro-na-praca_31.html

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JUNIOR ALMEIDA: A VOLTA DO REI DO CANGAÇO NO FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS


Eu fui presenteado com esta obra pelo autor Júnior Almeida, e já iniciei a leitura. Nela, são revelados fatos que aconteceram no "Instituto Nina Rodrigues", e que são fatos gravíssimos. 

Não deixe de adquiri-la, para você saber o que aconteceu com o material genético dos cangaceiros mortos na madrugada de 28 de julho de 1938, lá na Grota de Angico, no Estado de Sergipe, e mais outros assuntos do seu interesse. 

Não deixe para depois, vez que livros escritos sobre "Cangaço" são arrebatados por leitores, escritores e pesquisadores, principalmente pelos colecionadores, e você poderá ficar sem ele.

O livro custa 45,00 Reais, e basta clicar no link abaixo e pedir o seu.

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-638907377-a-volta-do-rei-do-cangaco-_JM
MAIS PONTOS DE VENDA EM CAPOEIRAS

Amigos, nosso trabalho, A VOLTA DO REI DO CANGAÇO, além vendido direto por mim, no MERCADO ALMEIDA JUNIOR E também pode ser encontrado na PAPELARIA AQUARELA, ao lado do Correio, também na PANIFICADORA MODELO, com Ariselmo e Alessilda e no MERCADO POPULAR, de Daniel Claudino Daniel Claudino e Gicele Santos.


Também pode ser encontrado com o Francisco Pereira Lima, especialista em livros sobre cangaço.


franpelima@bol.com.br


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O LIVRO DE TUDO

*Rangel Alves da Costa

Não sou muito de abrir a porta de casa e sair caminhando por aí. Sou muito recluso e afastado de correrias. Até mesmo os compromissos de rua são cumpridos com brevidade e dentro de limites. Mas não saio de uma esquina a outra sem tirar algum proveito da caminhada, eis que presto atenção a cada detalhe de todo o avistado pelos arredores. Apenas avisto e mentalmente desnudo toda a realidade.

A verdade é que meus olhos caminham mais que meus passos e encontram situações sempre interessantes, muitas vezes fatos ou paisagens que a outros olhares não possuem qualquer significado. Creio que a captação do real está no poder de percepção e não na simples presença. Tudo como um registro que vai sendo anotado pelo olhar para depois se transformar em relato e moldura de um tempo. Sim, moldura de um tempo que passa igual a trem e vai perguntando por dentro se ainda será possível reencontrar o avistado.

É a crônica do simples e do comum, daquilo que a muitos jamais teve qualquer significação, mas que a outros possui o dom de afetar profundamente. É como passar diante uma casa de porta e janela fechadas e não imaginar além de uma casa com janelas e portas fechadas. Muito diferente daquele que igualmente vê a casa nesta feição, porém começa a se perguntar o porquê de ela estar assim de porta e janela fechadas, desde quanto tempo está assim, além de envolver considerações sobre partidas, abandonos, tristezas. 

Há, em certos olhares, um poder que transcende aos avistados. Nunca se contenta em apenas passar e enxergar, mas sempre em levar consigo todo um baú de coisas simples e significativas. Vai carregando os avistados como fotografias que contarão ao futuro ou somente à mente as existências passadas ou os cotidianos vivenciados. É a crônica da visão, do interesse pelo simples, pelo casual. O despertar ante a flor que embeleza o jardim, perante o solitário banco de praça, diante da velha senhora sentada na sua cadeira de balanço. Tudo se torna muito importante.

É, pois, a crônica da caminhada descompromissada ao encontro dos inusitados, do proseado ao pé do balcão ao chegar à padaria para comprar leite e pão, do olhar rondando a praça enquanto o corpo está assentado no velho banco. Que crônica mais bela é aquela dizendo das mãos envelhecidas que ao entardecer joga milho aos pombos, que lentamente esfarela o pão para lançar aos passarinhos. Uma crônica de olhar comovido ante as folhas das amendoeiras que caem aos pés envelhecidos dos passos.


No significado das pequenas coisas é que reside a grandeza da crônica da vida. Nenhum fato grandioso, pomposo, solenemente formal, contém maior significação que aquele colhido no vai e vem do dia a dia, na caminhada e no seu passo. Belo reencontrar o velho amigo e com ele dividir cafezinho adoçado com recordações e relembranças. Encantador ainda se avistar as roupas de braços abertos nos varais dos arredores, as velhas senhoras alentadas ante almofadas de renda de bilros, os velhos senhores dialogando todo o conhecimento de mundo.

Noutro dia, num passo sem pressa, num dia de domingo de ruas vazias, de repente me vi imaginando como seria aquele lugar há cem ou mais anos. E não somente isso, pois me vi pensando nas pessoas com suas roupas e costumes diferentes, suas faces espelhando o momento, tudo tão normal para o momento. E o mais instigante: que nenhuma daquelas pessoas poderia ser encontrada, pois todas já falecidas. 

No mesmo instante fui surpreendido pela própria mente ao imaginar que aquele instante vivenciado, aquele exato momento, já não seria mais o mesmo após o minuto seguinte, dali a uma semana, um ano, e assim por diante. Tudo se transformando até que mais tarde, quando outras pessoas já estiverem no lugar dos de agora, também talvez imaginarem como teria sido o passado. Assim, no futuro, apenas a memória do vivenciado naquele momento, tudo acontecendo da mesma forma como eu estava imaginando o passado. E nisto uma certeza: o novo de ontem tão velho agora, o novo de agora tão velho amanhã, e mais adiante tudo envelhecido demais.

Por que as coisas acontecem assim, em percursos e distâncias, em esquecimentos e relembranças, importante se torna que a pessoa que vivencia seu presente também se interesse pelo seu passado. Quando o provérbio diz da importância de se conhecer a si mesmo, afirmando está que tal conhecimento deve ser também sobre o mundo que envolve a pessoa. Daí que o conhecer a si mesmo envolve conhecer de onde veio, através de quem, o que possibilitou ser o que é para, enfim, refletir-se em si mesmo e reconhecer-se como ser humano. 

Assim, conhecer a si mesmo implica em se situar no passado e presente, até se lançando como se no futuro estivesse. Pois tudo o que foi, o que é e o que será, pode ser avistado num só homem perante o seu tempo.

Escritor
Membro da Academia de Letras de Aracaju
blograngel-sertao.blogspot.com

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O MERGULHO DA MARINHA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 9 de dezembro de 2016 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.603

Abrindo alas para anotações sobre a Marinha Brasileira aos que gostam do assunto:

A década de 90 marcou uma realização nacional: a construção e incorporação do primeiro submarino totalmente construído no Brasil, pelo AMRJ, o submarino “TAMOIO” (S31). O submarino Tamoio, tendo como primeiro Comandante o Capitão-de-Fragata Flávio de Morais Leme, foi incorporado em 12 de dezembro de 1994.

Foto: (naval,com,br).

Foi nessa década que se consolidou a capacitação brasileira na construção de submarinos. 

Seguindo-se ao Tamoio, em 16 de dezembro de 1996, o segundo submarino construído no País, o “TIMBIRA” (S32), foi incorporado sob o comando do capitão-de-Fragata José Carlos Juaçaba Teixeira. 

O terceiro submarino brasileiro da mesma classe, o “TAPAJÓ” (S33), também totalmente construído pelo AMRJ, foi entregue à Esquadra brasileira em 21 de dezembro de 1999, tendo como primeiro Comandante o Capitão-de-Fragata Júlio César da Costa Fonseca.

O futuro e a Realização de um Sonho – o Século XXI

Consolidados os conhecimentos e a capacidade para a construção de submarinos, a Marinha decidiu incrementar o seu Programa de Reaparelhamento com a construção de um quinto submarino. A Força de Submarinos, neste início do século XXI, viu nascer o Submarino “TIKUNA” (S34).

O “TIKUNA” não é um submarino da classe “TUPI”. Apesar da grande semelhança na aparência externa, são consideráveis as diferenças entre eles, constituindo uma nova classe. Incorporando novidades tecnológicas em diversos sistemas, notadamente na geração de energia, no sistema de direção de tiro e nos sensores, o “TIKUNA” sela a independência da nossa tecnologia na área de projeto e de construção de submarinos.

Saltos mais altos estão planejados para este século XXI. A continuação da construção de submarinos convencionais no Brasil e a construção de um submarino de propulsão nuclear, cujas barreiras tecnológicas estão sendo vencidas, restando vencer as orçamentárias.

Fonte: (naval.com.br). Adaptado.



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JOÃO DE SOUSA LIMA PARTICIPA DA FEIRA LITERÁRIA DA ESCOLA DE REFERÊNCIA EM ENSINO MÉDIO DE ITAPARICA-PE.


A convite da diretora Regina Celi participei ontem, dia 08 de dezembro de 2016, da Feira Literária, realizada pela Escola de referência em Ensino Médio de Itaparica.

O evento literário contou ainda com a presença de Nilton Negrito (do site SE LIGA NA MÚSICA), do escritor Gecildo Queiroz,  e dos poetas Tony Lima e Climério Lima.

Os alunos da escola tiveram grande participação recitando poesias e participando de um show musical com música de ótima qualidade.












João de Sousa Lima é escritor, pesquisador, autor de 09 livros. Membro da Academia de Letras de Paulo Afonso e da SBEC- Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço. Telefones para contato: 75-8807-4138 9101-2501 email: joaoarquivo44@bol.com.br joao.sousalima@bol.com.br

http://joaodesousalima.blogspot.com.br/2016/12/joao-de-sousa-lima-participa-da-feira.html

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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima através deste e-mail: frnpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados estão sendo coordenados por Manoela e Janaína pelo e-mail: 

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira 
(61) 98212-9563 - leidisilveira@gmail.com.

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LIVRO SOBRE CANGAÇO


O professor Marcos Edilson é pauloafonsino, filho de pioneiros da cidade, Sr. Inácio e D. Lourdes. O pai, muito conhecido como Inácio Catingueira, sempre foi um ativo participante sindicalista local. Marcos Edilson durante muitos anos atuou como professor da Universidade Federal de Tocantins, em Palmas e lançou em Paulo Afonso, em 2010 ou 2011, durante a realização do Seminário do Centenário de Maria Bonita, na UNEB, o seu primeiro livro sobre o tema cangaço, chamado LAMPIÕES ACESOS - o cangaço na memória coletiva, publicado pela Universidade Federal de Sergipe, resultado de sua dissertação de mestrado. O

 livro custa R$ 55,00 com frete incluso e para adquirir basta acessar este e-mail: franpelima@bol.com.br.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1136141209835309&set=p.1136141209835309&type=3&theater

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MAIS UM LIVRO DE CANGAÇO ACABA DE SAIR DO FORNO...


O CANGAÇO: Poder, e cultura política no tempo de LAMPIÃO do escritor, doutor, Marcos Edilson, com 352 pgs.
O livro já está à venda com o professor Francisco Pereira Lima e custa R$ 55,00, com frete incluso. Para adquiri-lo entre em contato através deste e-mail: franpelima@bol.com.br

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LAMPIÃO PROVOCA MEDO ATÉ DEPOIS DE MORTO

Por Glauco Araújo Do G1, em Paulo Afonso (BA)

Mas historiador e parentes afirmam que Lampião não era vilão. Sobrinho de Maria Bonita diz que Lampião também fazia coisas boas.

Um historiador e um primo da cangaceira Maria Bonita visitaram o povoado de Malhada da Caiçara, que fica a cerca de 38 quilômetros de Paulo Afonso (BA). No local ainda é possível encontrar parentes da mulher de Virgolino. O endereço virou ponto turístico em 2006 após a restauração da casa onde Maria Bonita viveu a adolescência.

Casa de Maria Bonita em Malhada da Caiçara, em Paulo Afonso (BA). Foto: Glauco Araújo/G1 - Acompanhe o blog G1 no Cangaço 

Segundo Renato Oliveira Mendonça 45, sobrinho da Rainha do Cangaço, há muita mitificação da figura de Lampião, principalmente quando se fala das mortes ocorridas durante o movimento do cangaço. 

“Lampião era uma pessoa boa também. Ele fazia o bem para muita gente. Ele foi transformado em um homem violento e agressivo por conta das histórias contadas apenas pela volante [polícia da época], mas isso não era a pura verdade.” 

Renato Mendonça encontra com primos na casa onde viveu Maria Bonita. Foto: Glauco Araújo/G1

Mendonça lembrou ainda que até mesmo as volantes que perseguiam Lampião e seu bando cometiam crimes e depois colocavam a culpa no Rei do Cangaço. 

“Ele tinha mais fama do que currículo de bandido. Os policiais roubavam, estupravam e matavam. Depois era só espalhar pela cidade que tinha sido Lampião”, disse ele.

Medo após a morte

Para João de Souza, 43 anos, o medo instalado na mente das pessoas que viveram aquela época fez com que Lampião fosse temido mesmo após sua morte. Alguns cangaceiros, perto de completarem o centenário de vida, ainda seguem em silêncio.

“Muita gente deixou de falar e ainda não fala o que sabe sobre o cangaço porque ainda tem receio dos cangaceiros. Muitos me pedem para parar de ‘desenterrar’ Lampião”, disse o historiador, que lançou na semana passada o livro “Moreno e Durvinha - Sangue, amor e fuga no Cangaço”.

João de Souza é historiador e participou do projeto de restauro da casa da Rainha do Cangaço. Foto: Glauco Araújo/G1 

O fato, segundo o historiador, não é querer desenterrar Lampião pura e simplesmente, mas resgatar a memória de um movimento considerado como um dos maiores símbolos da cultura nordestina. 

“Trabalhar com pesquisa sobre o cangaço é quase uma atividade heroica, pois muita gente ainda treme quando houve falar o nome de Lampião, principalmente os que conviveram com ele e tem histórias para contar”.

20 anos depois

O primo de Maria Bonita disse que as pessoas precisam saber de suas origens e contar as histórias que sabem ou que viveram com Lampião e o cangaço. “Eu, por exemplo, só fiquei sabendo de meu parentesco com Maria Bonita quando tinha 20 anos. Só fui conhecer meus primos e tios, todos da família de Maria Bonita, aos 40 anos.”

Mendonça conta que sua avó morreu e levou para o túmulo o que sabia sobre Lampião. 

“Ela mesma nunca me contou nada sobre Maria Bonita e Lampião. Quando eu tocava no assunto, ela bufava e mudava o rumo da conversa”.


http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL702242-5598,00-LAMPIAO+PROVOCA+MEDO+ATE+DEPOIS+DE+MORTO.html

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PRIMOS NA SENDA DA VINGANÇA


Torna-se necessário, para aqueles que querem estudar o Fenômeno Social Cangaço, sair da história do seu último grande chefe cangaceiro, e ‘nadar nas águas' daqueles que o antecederam.

Há uma ruma de chefes cangaceiros anteriores a Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, desde os idos de 1756, mais ou menos, até 1920, mais ou menos, quando dar-se início a sua saga, quando o Cabeleira, citado como sendo o primeiro cangaceiro que surgiu, deixava a zona da mata e a área metropolitana do Recife, Capital de Pernambuco, aterrorizada. Só tendo fim quando ele, seu pai e mais alguns cabras são presos e condenados à morte, por enforcamento, no Forte São Tiago das Cinco Pontas, naquela metrópole.

Forte de São Tiago das Cinco Pontas

Diferente do que muitos pensam, o Fenômeno Social, Cangaço, migra do litoral para o interior do Estado, devido à colonização, até certo ponto forçada pelos grandes produtores de cana-de-açúcar, para criação de animais, principalmente bovinos. Esse Fenômeno, que nasce pela consequência de outro, o “coronelismo”, não fora gerado, criado, nascido na caatinga sertaneja.

As glebas, faixas territoriais ou faixas, pedaços de terra, são demarcadas pela autoridade religiosa e, a partir daí, tem-se início ao povoamento, se assim podemos dizer, do sertão. 

São doadas aos Patriarcas das famílias ligadas a coroa. Mesmo entre elas, coisa que também migra da Europa para a América do Sul, são as rixas e intrigadas lá afloradas e, por aqui, continuadas.

Barão do Pajeú Andrelino Pereira da Silva

A colonização do sertão nordestino é penoso, lento e regado a lágrimas e sangue daqueles que se aventuraram a fazê-la. A maior parte dessas intrigas é entre duas, ou mais, famílias. Onde os clãs, por algum motivo, deixam surgir à causa, a circunstância, o motivo para acontecerem. Sem procurarem a razão, propriamente dita, deixam-se levar pela emoção, honra e vaidade gerada pela ganância ao poder latifundiário, político e econômico, ao enriquecimento a qualquer custo. Ao longo do tempo, as coisas não mudaram naquelas quebradas da região semiárida sertaneja.
Em determinada data, dois clãs se digladiam com sucessivas mortes de ambos os lados. As famílias Carvalho e Pereira, frutos que a história relata como ‘cepa’ da mesma rama, entram em uma feroz e longa guerra particular, deixando o Pajeú das Flores sem o perfumes das rosas. Chegando a tingirem as águas temporárias do famoso rio Pajeú de vermelho.

Manuel Pereira da Silva Jacobina e sua esposa dona Francisca Pereira da Silva. "Padre Pereira' e 'Chiquinha Pereira' respectivamente.

Mais ou menos em 1907, componentes da família Carvalho, assassinam um da família Pereira, Manuel Pereira da Silva Jacobina, conhecido por ‘Padre Pereira’, esposo de dona Francisca Pereira da Silva. Algum tempo depois, um dos Pereira, Manuel Pereira da Silva, conhecido como Né Dadú, parte para ‘lavar’ a honra com sangue e mata dois da família Carvalho, Joaquim Nogueira e Eustáquio Carvalho.

Os Carvalho, dando sequência a já antiga intriga, em 1916, matam Né Dadú. Um irmão dele, Sebastião Pereira da Silva, apronta-se para entrar na senda da guerra, com o intuito de vingar a morte do irmão. Nisso, a viúva, dona Chiquinha Pereira, Francisca Pereira da Silva, manda seu filho, Luiz Pereira da Silva Jacobina, conhecido pela alcunha de Luiz Padre, acompanhar o primo na vereda sangrenta.

Em pé, Luiz Pereira da Silva Jacobina o cangaceiro Luiz Padre. Sentado, Sebastião Pereira da Silva, o chefe cangaceiro Sinhô Pereira.

Sebastião Pereira da Silva sabedor do potencial armado e político dos Carvalho, resolve então fazer diferente. Segue em direção ao poente, vai ao Estado vizinho do Ceará e forma um pequeno grupo de cabras dispostos e profissionais no manejo da espingarda. Após escolher os ‘cabras’ a dedo, juntamente com seu primo, Luiz Padre, Sebastião Pereira da Silva, conhecido por Sinhô Pereira, retorna as terras do Vale do Pajeú, sedento de sangue, e agora como chefe de um bando de cangaceiros.

Em sua trilha, disposta do cariri cearense em direção ao Pajeú pernambucano, o jovem chefe queria varrer da face da terra todo e qualquer Carvalho. Não só as pessoas penariam, mas seu patrimônio seria devastado para pagarem o sangue que tinham derramado de seus familiares. Fazendas são queimadas, assim como suas casas e/ou cercados, depois de terem seus animais mortos a tiros. Seu primeiro grande desafeto foi no monte de casebres chamado São Francisco, que na época podia-se comparar a um Povoado. Sua meta, nessa localidade seria o comerciante Antônio da Umburana. Não estando no momento do embate Antônio da Umburana, o bando saqueia seu comércio. Mas, dias depois, em outra povoação, Sinhô Pereira o mata em um duelo.

Sebastião Pereira da Silva, nas Minas Gerais na década de 1970 do século XX.

A razão, muitas vezes foge da mente do homem, quando esse se vê cego pela vingança. E isso é o que estava ocorrendo com a mente do jovem chefe cangaceiro, Sinhô Pereira. Ele, com sua turba, por onde passavam, deixavam danos de todas as formas imagináveis. Parecia um rolo compressor.

Diante desses acontecimentos, muitos da família adversária, deixaram suas moradias em busca de refúgio. Então, é solicitado a Força Pública do Estado pernambucano seus serviços contra aquele bando de proscritos. Porém, Sinhô Pereira previra essa represália das autoridades. E aí, começa uma caçada constante de um lado... Do outro, uma fuga permanente, sem direito a descanso.

A família adversária, os Carvalho, não deu moleza ao bando de cangaceiros não. Além de empunhar armas e combate-los, na época, mandava politicamente em todo aquele vale, mais precisamente nos municípios de Belmonte e Vila Bela. Tinha como aliado o Estado, a Força Pública. Enquanto que seus rivais só contavam com a coragem, a destreza e a força de Sinhô Pereira...

Após deixar o cangaço e viver sua vida em terras goianas e depois nas das Minas Gerais, o ex chefe cangaceiro declara, quando de seu retorno a terra natal, quando inquirido se ele fora o mais valente dentre os do seu clã, respondeu “Bastião”:

“- Havia homens valentes até quase a loucura, entretanto, brigavam para matar. Na hora de morrer até fugiam do campo de luta, naquelas circunstâncias matar ou morrer para mim seria a mesma coisa. Daí a diferença.” (“O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo “Ioiô Maroto””- NEVES, Vinício Feitosa. Cajazeiras, PB. 2016)

As façanhas desse jovem chefe cangaceiro, contava com mais ou menos vinte anos de idade, quando da sua entrada para o cangaço, contaremos em outras matérias daqui... Das terras do Pajeú das Flores.

Fonte Ob. Ct.
Foto www.google.com.br
cangaceiroscariri.com
Antônio Amaury

Fonte: Facebook
Página: Sálvio Siqueira

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O MERCADO DO DERBY...

Coronel Delmiro Gouveia

Em 1897, Delmiro Gouveia projetou a construção de um mercado público em Recife com características inovadoras, manifestamente inspirado no centro comercial da Exposição Universal de Chicago (1893), que visitara na sua segunda viagem aos EUA. 

O empreendimento começou a ganhar forma em março de 1897, quando Delmiro adquiriu os terrenos da extinta Sociedade Hípica Derby Club, numa área abandonada fora do centro da cidade. Em fevereiro de 1898, o empresário firmou acordo com o prefeito Coelho Cintra, assegurando para si o direito de construir e explorar o mercado com isenção de impostos municipais por 25 anos. Em seguida, firmou parceria com Napoleão Duarte para levar adiante o empreendimento, constituindo a empresa Gouveia & Cia. Além do mercado, Delmiro também decidiu empregar seus capitais no negócio do açúcar, adquirindo os bens e instalações da refinaria e destilaria Beltrão, em sociedade com José Maria Carneiro da Cunha. 

Mercado do Derby com os seus 129 metros de comprimento - Fonte da imagem: http://blogs.diariodepernambuco.com.br/esportes/2014/01/21/antes-do-futebol-o-mercado-do-derby/ 

O mercado do Derby, também conhecido como mercado Coelho Cintra, foi inaugurado parcialmente em maio de 1899 e de forma definitiva em setembro do mesmo ano. Foi um dos primeiros estabelecimentos da cidade a dispor de iluminação elétrica, marcando época, apesar de sua breve existência. Instalado num prédio com 18 portões, o mercado contava com 264 boxes para venda de gêneros alimentícios, tecidos, calçados, louças e até mesmo artigos de luxo. Perto do prédio principal, Delmiro construiu um hotel, um cassino, um velódromo e um parque de diversões. O empreendimento logo foi aclamado como símbolo do progresso e modernização de Recife, despertando a admiração até mesmo de observadores estrangeiros. 

O êxito do Derby não impediu a formação de uma tempestade nas relações de Delmiro com as autoridades municipais e estaduais. Os desentendimentos começaram antes da inauguração do mercado, quando o novo prefeito da capital, Esmeraldino Torres Bandeira (empossado em dezembro de 1898), exigiu a drenagem dos terrenos fronteiros ao estabelecimento para evitar alagamentos. Delmiro demorou a cumprir a exigência, argumentando que a responsabilidade da obra era da prefeitura, e chegou a impedir pessoalmente, de revólver em punho, a abertura de um canal na rua principal de acesso ao Derby. 

Meses depois, o prefeito proibiu a venda de carne no Derby e determinou a apreensão de um carregamento de farinha, alegando que deveriam ser vendidos no mercado São José, de propriedade municipal. Em junho de 1899, Delmiro viajou ao Rio de Janeiro para entender-se pessoalmente com Rosa e Silva. Após um primeiro encontro com o senador, teria tomado conhecimento de um plano para assassiná-lo. Resolveu interpelar Rosa e Silva, agredindo-o a bengaladas em plena rua do Ouvidor. O episódio intensificou a troca de acusações, pela imprensa, entre Delmiro e seus adversários. Acusado de enriquecimento ilícito e de praticar violências contra concorrentes, o empresário contra-atacou, contestando abertamente o o poder de Rosa e Silva em entrevistas e artigos de jornal. 

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Na madrugada de 2 de janeiro de 1900, o mercado do Derby sofreu um incêndio criminoso, provavelmente provocado pelos adversários de Delmiro. No mesmo dia, o empresário e seu sócio Napoleão Duarte foram presos no Recife para averiguações, por ordem do governador Segismundo Antônio Gonçalves. Jornais situacionistas, notadamente o Jornal do Recife, de propriedade de Segismundo Gonçalves, afirmaram que Delmiro estava à beira da falência e que ele próprio teria ordenado o incêndio para receber um valioso seguro. Advogados e amigos do empresário logo conseguiram sua soltura. Em 5 de janeiro, em carta publicada no jornal A Província, Delmiro responsabilizou o governador Segismundo Gonçalves pelo incêndio do Derby, denunciando-o como “político falido de senso moral e de escrúpulo”.

http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/GOUVEIA,%20Delmiro.pdf

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