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sábado, 28 de dezembro de 2024

VÍDEOS

Acervo Helton Araújo

Vamos para o vídeo de número 3, do Cangaço Eterno Retrô. Onde falamos um pouco de Anésia Cauaçu e o bando dos Porcinos, primeiro bando onde atuou Lampião.
Para assistir basta clicar no link abaixo.
E lembre-se, trata-se de um vídeo antigo com mais de 4 anos, entendam que na época nossa dicção era fraca e viemos em evolução.
Imagem 1, ilustrativa. Arte de Itamar Nunes.

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PADRE ALENCAR PEIXOTO, SUA VIDA E O ENCONTRO COM LAMPIÃO.

Por Beto Rueda

A religiosidade e o banditismo no sertão nordestino sempre tiveram uma estreita relação. O sentimento religioso do sertanejo era especialmente voltado para a penitência e muitas vezes, ao fanatismo. A ligação entre padres e cangaceiros sempre foi muito forte, despertando em ambos respeito, admiração e ódio.


Joaquim de Alencar Peixoto nasceu na cidade do Crato, Ceará, em 26 de abril de 1871. Oriundo de tradicionais famílias do sertão cearense e pernambucano – Alencar e Peixoto. Seus pais foram Felismino de Alencar Peixoto e Hortulana de Alencar Peixoto. Seus avós paternos, Teodósio Marques de Abreu Peixoto (pernambucano) e Joaquina Xavier de Jesus (de Missão Velha, Ceará); os maternos foram Francisco Leão da França Alencar e Maria Leopoldina do Monte (de Exu, Pernambuco).



Iniciou os seus estudos primários com os professores Raymundo Duarte de Moura e Manoel da Penha de Carvalho Brito. No Colégio Venerável Ibiapina aprendeu português, francês, latim e grego com o padre Joaquim José Teles Marrocos.

Cursou os Seminários de São José do Crato a 17 de Março de 1891, Fortaleza, 1893, e no Estado da Paraíba em 1895. Ordenou-se padre em 1897.

Foi nomeado pároco das cidades de Saboeiros e Arneiroz, Ceará, em 1898. Exerceu importantes funções.

De volta a sua terra natal, fundou o "Ginásio Cratense", em 1903, e mais tarde o "Sul do Ceará".

Em 15 de agosto de 1907 mudou-se para Juazeiro, substituiu na capela de Nossa Senhora das Dores, o padre Agio Maia.

Em 1909 fundou o primeiro jornal juazeirense que tinha o título de “O Rebate”. As publicações davam-se aos domingos até o dia 03 de setembro de 1911, data de seu último exemplar.

Pelo forte e combativo envolvimento político não obteve permissão para confessar e foi suspenso de todas as ordens da igreja. A partir de então se inseriu na luta em prol da independência de Juazeiro e a criação do município, o que aconteceu em 22 de julho de 1911. Depois da vitória em Juazeiro, por divergências com o Dr. Floro Bartolomeu e o padre Cícero, deixou a cidade.


Foi pároco de Belmonte, Pernambuco, no período de 02 de janeiro de 1917 a 23 de novembro de 1919. Foi nomeado como Pároco Encomendado de Granito, Pernambuco, em 16 de dezembro de 1919.

Em setembro de 1926 Lampião entra em Granito acompanhado por mais de cem homens. A população em pânico procura a casa paroquial como refúgio. Padre Peixoto procura Lampião e chama o chefe dos cangaceiros para uma conversa. Depois do diálogo, os invasores vão embora da cidade em paz, inclusive pagando as contas das bodegas.


O comportamento crítico do padre Peixoto em relação às ações do padre Cícero e, distante das brigas enciumadas de intelectuais e do poder financeiro, fez com que ele se afastasse, como se fugindo de algo, morando pelo resto da vida em lugares diferentes; Sabe-se que esteve morando num lugar chamado Sena Madureira, no Acre, na Amazônia, em Mangas, Minas Gerais e em Rubiataba, Goiás.

Com o tempo adquiriu problemas renais dos quais se queixava muito. Em 1950 quando visitou Juazeiro do Norte era um homem pobre, velho e quase cego. Desiludido e por poucos reconhecido.

O padre Peixoto permaneceu lúcido até a madrugada de 24 de fevereiro de 1957 quando faleceu em Rubiataba, Goiás, aos 85 anos e dez meses. Atestada a causa mortis como “bronco pneumonia derivada de diversas causas”. Foi sepultado no Cemitério Público da mesma cidade.


Sacerdote, intelectual, político, grande orador, jornalista, poliglota, escritor de textos em prosa e poesia, escritor de livros dentre os quais: “Juazeiro do Cariri” e “À Margem de um Livro”. Destemido e polemista exaltado, fez história.

Mais uma figura importante que cruzou o caminho do Rei do Cangaço.

REFERÊNCIAS:

JUNIOR, José Peixoto. Padre Peixoto - intelectual, político, sacerdote. Brasília: Editora Ser, 2007.
CAVALCANTE, Francisco José Pereira. Padres do interior II - os padres da paróquia de nossa senhora do bom conselho de Granito. Petrolina: Diocese de Petrolina, 2010.
CRUZ, Maria do Rosário Lustosa da. Padre Joaquim de Alencar Peixoto: o baluarte da emancipação política de Juazeiro. Fortaleza: IMEPH, 2012.
BARRETO, Ângelo Osmiro. Misto de guerra e paz. Lampião Aceso, 02 nov. 2009. Disponível em:<http://lampiaoaceso.blogspot.com/…/padres-e-cangaceiros.htm…>. Acesso em: 25 mar.2020.
SEVERO, Manoel. Padre Cícero e Virgulino. Cariri Cangaço, dez.2015. Disponível em:<http://xn--cariricangao-udb.blogspot.com/…/padre-cicero-e-virgulin…

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O FUTURO DE EX-CANGACEIROS

Acervo do Guilherme Velame Wenzinger

“…E não apenas Vila Nova, lavrador correto; Dadá, grande mãe de família; Bananeira, funcionário municipal em Salvador; Volta Seca, empregado em Leopoldina; Deus-te-guie, benquisto professor de artesanatos de uma grande escola de menores abandonados; Saracura, excelente guarda de um notável instituto científico, na Bahia; Labareda, porteiro do conselho penitenciário e grande amigo dos presos em dificuldades, na Bahia; Balão, agricultor; Vinte e Cinco, amanuense do Tribunal Eleitoral, em Alagoas; Velocidade, Peitica, Zé Sereno, corretos trabalhadores agrícolas, em São Paulo; Criança, abastado fazendeiro no sul do país… fruem condigna existência.
Em contra-posição, fala-se que, recentemente, foi abatido, no Rio, outro Azulão, sem que obtivéssemos a certeza de que foi um ex-cangaceiro.
Desconhecemos, assim, qualquer transgressão de elementos dos antigos bandos, às boas normas, neste quarto do século.
Outros nomes poderiam ser ajuntados. E as notícias a respeito desses, igualmente boas. Devoção, Patativa, Candieiro, Laranjeira, Rio Branco, Boa Vista, Quixabeira, Quina-Quina, Pancada, Gorgulho, Pitombeira, Duca, Pedro Supriano e Santa Cruz. Até aquele impetuoso e altamente destemido - Moita Brava, algumas vezes falado neste livro.
Logo nos primeiros tempos que se seguiram à derrocada do cangaço, pelas armas de Bezerra, Ferreira e Aniceto, andou Beija-Flor em alvoroços de rebeldia, uns tiros em Sergipe, outros na Bahia. Antes de o ano de 39 findar-se, aquietou-se, mergulhando no mundão sertanejo, entregando-se ao comércio honesto, vivendo hoje tranquilo, folgado economicamente.”
O Mundo Estranho dos Cangaceiros - Estácio de Lima.
No registro, o ex-cangaceiro Ângelo Roque e o antigo coiteiro Antônio da Piçarra.

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PROFESSOR, ESCRITOR E PESQUISADOR DO CANGAÇO ANTÔNIO VILELA DE SOUZA...

 Por Antônio Vilela

Por onde anda o professor, escritor e pesquisador do cangaço, Antônio Vilela de Souza, que nunca mais nós o vimos nas pegadas de Lampião?

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NOTÍCIA EM TODO O BRASIL, TRISTE INFELIZMENTE.

 Por Aderbal Nogueira

Jovem é baleada com tiro de fuzil na cabeça pela PRF e está em estado gravíssimo no hospital.

Maria Bonita

Isso mostra que Maria em Angico pode sim, ter levado tiro de fuzil e ter sobrevivido antes da degola final.

Muitos pesquisadores acusavam Panta de mentiroso dizendo ser impossível alguém sobreviver a um tiro de fuzil.

Por isso é importante se pesquisar seriamente e não sair replicando o que outris dizem.

No caso atual esses policiais mostram que a falta de preparo pode causar tragédias terríveis na população inocente.

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