Acervo do Guilherme Velame Wenzinger
“…E não apenas Vila Nova, lavrador correto; Dadá, grande mãe de família; Bananeira, funcionário municipal em Salvador; Volta Seca, empregado em Leopoldina; Deus-te-guie, benquisto professor de artesanatos de uma grande escola de menores abandonados; Saracura, excelente guarda de um notável instituto científico, na Bahia; Labareda, porteiro do conselho penitenciário e grande amigo dos presos em dificuldades, na Bahia; Balão, agricultor; Vinte e Cinco, amanuense do Tribunal Eleitoral, em Alagoas; Velocidade, Peitica, Zé Sereno, corretos trabalhadores agrícolas, em São Paulo; Criança, abastado fazendeiro no sul do país… fruem condigna existência.
Em contra-posição, fala-se que, recentemente, foi abatido, no Rio, outro Azulão, sem que obtivéssemos a certeza de que foi um ex-cangaceiro.
Desconhecemos, assim, qualquer transgressão de elementos dos antigos bandos, às boas normas, neste quarto do século.
Outros nomes poderiam ser ajuntados. E as notícias a respeito desses, igualmente boas. Devoção, Patativa, Candieiro, Laranjeira, Rio Branco, Boa Vista, Quixabeira, Quina-Quina, Pancada, Gorgulho, Pitombeira, Duca, Pedro Supriano e Santa Cruz. Até aquele impetuoso e altamente destemido - Moita Brava, algumas vezes falado neste livro.
Logo nos primeiros tempos que se seguiram à derrocada do cangaço, pelas armas de Bezerra, Ferreira e Aniceto, andou Beija-Flor em alvoroços de rebeldia, uns tiros em Sergipe, outros na Bahia. Antes de o ano de 39 findar-se, aquietou-se, mergulhando no mundão sertanejo, entregando-se ao comércio honesto, vivendo hoje tranquilo, folgado economicamente.”
O Mundo Estranho dos Cangaceiros - Estácio de Lima.
No registro, o ex-cangaceiro Ângelo Roque e o antigo coiteiro Antônio da Piçarra.
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