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terça-feira, 20 de maio de 2025
FACES do CANGAÇO: Lampião e Maria Bonita no Sertão. Documentário completo.
TUDO ESTRANHO
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de maio de 2025
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3. 235
É natural que as pessoas tenham abandon
ado hábitos antigos e tenham se integrado aos tempos modernos, aqui no Sertão de Alagoas. Foram deixados de lado os remédios do mato, a procura de águas nas cacimbas de rios periódicos e a lavagem de roupas nos pilões de pedra. Motivos pela ordem: remédios de farmácia em abundância, água encanada do rio São Francisco e máquinas de lavar. Muitas outras coisas poderiam ser citadas, mas vamos parar por aqui com objetivo de falar sobre os pilões de pedras, um dos motivos do meu próximo livro sobre a zona rural. Pedra d’Água, Caldeirão, Caldeirão de pedra, são os nomes que se dão no Sertão às rochas, rochedos, lajes, lajeiros, lajedos, lajeado, que afloram e que adquirem, pela Natureza, várias formas que acumulam águas pluviais.
Aqui no Sertão alagoano, no município santanense, temos até um povoado de denominação, Pedra d’Água dos Alexandre. E é interessante porque pertence a dois municípios: um lado da rua é Poço das Trincheiras, o outro lado, Santana do Ipanema. É terra da cangaceira Maria do Cangaceiro Pancada. Maria de Pancada como ficou conhecida. Pois bem, O nome Pedra d’Água vem justamente de algumas rochas da região que acumulava água das chuvas em suas formas. Em Santana existem vários pilões de pedra. Somente na região de Camoxinga dos Teodósio existem mais de cinco, porém, hoje estão esquecidos por causa da existência de água encanada. Se você não alcançou, que pena! Era um encanto as lavadeiras de roupa nos caldeirões de pedra. Simplesmente romântico.
Tirando a faina charmosa das lavadeiras nas rochas, o local é atrativo para pássaros e outros animais selvagens, e mesmo lugar de emboscada para caçadores, hoje ilegais. Suas formas de retenção da água pluvial tem uma ótima variação: rachaduras, cavidades simples, panelas, caldeirões, torneados profundos ou não e panelas em forma de parafuso. Ali vêm beber, o sapo, a raposa, o furão, o lobo-guará, a cobra, o cassaco e todos os selvagens do perímetro, durante, principalmente o período de estiagem prolongada. Durante o tempo mais frio do inverno, urubus e teiús costumam usar esses e outros lajeados para obrigatórios banhos de sol, como os humanos. Por isso e por mais ainda, é tão importante um lajeiro tipo caldeirão na propriedade quanto uma lagoa, um riacho, uma várzea.
LAJEADO COM ÁGUA (foto: PULSAR).
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