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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

"FOI UM TEMPO ... QUE O TEMPO NÃO ESQUECE..."


Por Rubens Antonio 

Evocando 1936... Lino José de Souza, o Pancada, com 24 anos de idade, e Maria Adelaide de Jesus, a Maria Jovina, aos 14 anos de idade.

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SENSACIONAL REGISTRO DOS "RASTREADORES DA HISTÓRIA", PESQUISADORES, REMANESCENTES DA MESMA, EX CANGACEIROS ARISTEIA E MORENO, E O FILHO DO CASAL CANGACEIRO 'CORISCO E DADÁ', SÍLVIO BULHÕES.



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DOCUMENTÁRIO "O ÚLTIMO DIA DE LAMPIÃO"


https://www.youtube.com/watch?v=L-nuE4UgJOQ&feature=youtu.be&fbclid=IwAR0C9TxhBpktQAabIk3F50vyx4aasemj_7oUCN-pD5ejme9irD5WRmQhHB4

ESSE VÍDEO DEVE SER ARQUIVADO PELOS ESTUDANTES DESSA HISTÓRIA DEVIDO EXISTIR GRANDE ACERVO HISTÓRICO DAS PERSONAGENS QUE VIVERAM A ÉPOCA.
BONS ESTUDOS!

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EM BUSCA DA VERDADE, SEMPRE. PESQUISADOR TEM SEU ACERVO LESADO


Por Sálvio Siqueira

O pesquisador João De Sousa Lima, de São José do Egito, PE, residente na cidade baiana de Paulo Afonso, a qual adotou no coração, é um dos pesquisadores sérios dentre outros que existem no complexo estudo do tema referente ao Fenômeno Social Cangaço.

João, quando ainda criança, vai morar na cidade baiana e logo cedo descobre uma vontade incontrolável de saber e contar a historia das pessoas que fizeram parte do cangaço. Teve sorte por ter ido para o reduto onde em todas as partes a história passou e deixou suas marcas. Marcas que o “rastejador egipciense” não perdeu os sinais.

Começa então a colher informações dali, depois outras daqui e por aí começou a adentrar num mundo cruel, sangrento, cheio de lágrimas, dor, vingança e mortes, no entanto cativa-nos e nos deixa apaixonados por ele. Por ter sido um dos pioneiros a ‘caçar’ resquícios históricos, possui uma coleção de objetos que foram usados por aqueles que fizeram parte da historiografia, alguns dos próprios, outros dos familiares que os tinham e muitos o doaram para seu acervo particular.
Trata-se de armas, perfume, joias e outros mais. Dentre eles existem aqueles que nos parecem os mais importantes para a história, as fotografias. Essas tem o poder de parar o tempo e trazê-lo para o futuro. Portanto, a nosso ver, são relíquias que merecem respeito e cuidados.


Como em todo lugar, canto, situação sobre temática existem os fraudadores, aproveitadores e mentirosos, nos estudos, pesquisas e literaturas sobre a historiografia do cangaço também apareceram. Desde os primeiros livros, cordéis e cantadores de feiras-livre têm pessoas que aumentam, improvisam e criam suas ‘estórias’. Não procuram contar os fatos ocorridos, mas, contarem aquilo que queriam que ocorresse. No meio destes sempre apareceram os aproveitadores e oportunistas para darem um golpe na história e naqueles que a tratam com respeito.

Nos últimos tempos, devido à nova geração de pesquisadores, escritores e autores e a maneira de se fazer pesquisas, tem-se combatido, na medida do possível, esse tipo de criminosos. Crime sim, pois estão distorcendo fatos ocorridos em gerações de uma população sofrida, sujeita e que sempre ficou sem a assistência social devida pelas autoridades competentes.

Ainda aparecem aqueles que querem aparecer mais do que os outros. Pois bem, segundo o historiador João de Sousa Lima o cidadão Robério Santos, para ganhar uma oportunidade de se aproximar do pesquisador Frederico Pernambucano de Melo, não vemos outra razão, pega uma fotografia do acervo do pesquisador João de Sousa Lima e a “dou-a”, como sendo dele.

O sociólogo/pesquisador Pernambucano de Melo edita o livro e no livro a fotografia. Faz referência sobre a foto pertencer, ou ter sido uma gentileza do Robério Santos, não podia ser diferente já que o sergipano usando de má fé, disse pertencer a ele. O dono do registro histórico, João de Sousa Lima, falo dono por ter sido dado a ele pelos senhores Toinho de Juvininho( grafia do livro) e Marcus Vinícius, só veio descobrir a manobra quando a viu no livro. Imediatamente entra em contato com o autor do livro, Frederico Pernambucano de Mello, e conta que aquela fotografia faz parte do seu acervo particular. Segundo o próprio João, Pernambucano compromete-se a fazer a devida correção, citando a quem de direito o registro histórico pertence, numa futura edição.



Trata-se de um registro histórico muito importante por o mesmo referir sobre a época das entregas. Nela estão as personagens religiosas: Frei Francesco da Urbania, Frei Agostinho e o Monsenhor Magalhães; o cangaceiro Balão e mais uma outra pessoa não identificada no livro “Lampião – O cangaceiro – Sua ligação com os Coronéis Baianos, Raso da Catarina e outras história” , 1ª edição. Editora Fonte Viva, pg 172, 2015. Isso ocorre, a fase das 'entregas', após a morte do cangaceiro mor, Lampião, pois o restante fica feito baratas tontas sem saberem o que fazer: não sabem aonde buscar munição, armas, alimento ou vestimenta para seus 'cabras'. Não tendo outra saída, e a vida de cada um estando em jogo, começam a se entregar as autoridades de Alagoas e Bahia. 

O registro torna-se marcante por trazer religiosos que serviram de intermediários entre os bandoleiros e a Força Pública, os quais confirmam, apalavram a garantia da vida de cada um.

Fora essa coisa ridícula, Robério tem a mania de criar personagens e lugares em registros fotográficos. A última foi ele dizer que uma foto tinha sido tirada na sua cidade, em ocasião da visita de uma ex cangaceira, Sila, quando na verdade ela foi um registro na cidade de Lagarto, SE... é de lascar uma coisa dessas.

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"A ILUSÃO DO CANGAÇO"


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A VIDA DE UMA MOÇA, MENINA AS VEZES, FILHA DE AGRICULTOR NOS CARRASCAIS DO SERTÃO NORDESTINO ERA DURA. PRIVACIDADES NÃO FALTAVAM PARA AQUELAS QUE NAQUELE TEMPO VIVERAM. ACHANDO QUE SERIA UMA 'VIA DE ESCAPE', VÁRIAS DELAS PROCURARAM ENTRAR NO CANGAÇO. ENTÃO NOTARAM QUE A VIDA NO CANGAÇO ERA MUITO PIOR.

TRABALHO DE PESQUISA, EDIÇÃO E COLETÂNEA REALIZADO PELO PESQUISADOR CEARENSE ADERBAL Aderbal Nogueira

"Coletânea (fragmentos) de depoimentos de ex-cangaceiros(as) colhidos dos seguintes documentários: A mulher no cangaço, A musa do cangaço, O último dia de Lampião, Fatos, Candeeiro-Manuel Dantas Loiola, e Sila - Ilda Ribeiro de Sousa."

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EM CAJAZEIRAS, PB LAMPIÃO ASSUSTOU CRISTIANO CARTAXO

Por: Francisco Frassales Cartaxo
 
Cristiano Cartaxo

Cresci ouvindo meu pai narrar, vez por outra, o susto que passou ao ver-se frente a frente com Lampião. Cristiano Cartaxo (foto) contava sempre a mesma versão, quase com as mesmas palavras a indicar a veracidade do episódio por ele vivido. Certa ocasião, noite alta, ele se dirigiu à Farmácia Central, fundada pelo seu pai, o major Higino Rolim, para aviar uma receita, a pedido de pessoa amiga. 

Nessa época, década de 20 do século passado, a farmácia ficava na Rua Sete de Setembro, hoje Avenida Presidente João Pessoa. Cristiano entrou na botica, deixando a porta entreaberta, e foi preparar o remédio. Com pouco tempo, apareceu um desconhecido em trajes estranhos, arma de fogo e punhal. Meu pai apressou-se em procurar atendê-lo àquela hora da noite:

- O senhor deseja alguma coisa? Precisa de algum remédio?
 
Sabino Gomes em
Foto de Francisco Ribeiro
 
Disse mas não obteve resposta. O estranho esboçou apenas um leve sorriso, deu alguns passos, lentamente, parou para espiar melhor as pra- teleiras, voltou a caminhar pelo pequeno corredor até os fundos da loja, sem uma palavra, por mais que meu pai insistisse em oferecer-lhe seus serviços profissionais de farmacêutico. O visitante saiu pela porta, não sem antes fazer breve reverência de cabeça. Meu pai, sem pestanejar fechou a porta com ferrolho e voltou à sua tarefa. Claro que teve medo, sobretudo, porque isso se deu após o ataque do cangaceiro Sabino Gomes (foto) que, segundo meu pai, tinha como um dos seus objetivos ao invadir Cajazeiras “agarrar o enxu do major Higino”, numa referência ao cofre da farmácia do meu avô.

Sabino Gomes conhecia bem Cajazeiras. Fora guarda-costas de Marcolino Diniz, um cidadão que residiu em Cajazeiras, pouco depois de assassinar o bacharel Ulisses Wanderley, juiz de direito da cidade de Triunfo (PE), em 30 de dezembro de 1923. Preso em flagrante, foi solto pelos cabras de Sabino, a mando de Lampião, que era amigo e protegido do coronel Marçal Florentino Diniz, pai de Marcolino. Em Cajazeiras, Marcolino fundou e manteve, junto com o advogado Praxedes Pitanga, o jornal O Rebate, que circulou entre 1925 e 1928. Marcolino era irmão unilateral de Sabino Gomes, pois este nascera de relação sexual do coronel Marçal com sua cozinheira, em Abóboras, município de Serra Talhada (PE), perto de Princesa Isabel, terra do famoso coronel José Pereira, aliás, sogro de Marcolino Diniz. 

Sabino chegou a trabalhar nas obras de construção do açude de Boqueirão e desfilava armado pelas ruas de Cajazeiras, na qualidade de capanga de Marcolino Diniz.
 

Como o poeta Cristiano soube que o cangaceiro misterioso era Lampião? Meu pai o identificou numa foto que correu mundo, batida pelo fotógrafo profissional, Francisco Ribeiro, em Limoeiro do Norte, quando o bando ali estacionou, ao regressar da frustrada invasão a Mossoró. Em Limoeiro, os cangaceiros foram recebidos sem hostilidade. Ao contrário, tiveram direito a banquete, fizeram compras no comércio e até rezaram na igreja em companhia do padre.

Revejo, agora, a foto histórica, inserida no livro de Frederico Pernambucano de Mello: Guerreiros do sol - Violência e banditismo no Nordeste do Brasil -, talvez o melhor estudo acerca do fenômeno social do cangaço nordestino. Revejo com saudade do meu pai que, em 2013, completa 100 anos de formado na antiga Faculdade de Medicina e Farmácia do Rio de Janeiro.

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2014/07/em-cajazeiras-pb.html

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