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domingo, 29 de novembro de 2020

PADRE JOSÉ KEHRLE E OS CANGACEIROS

 Por Beto Rueda

Padre José Kehrle, homem admirável, culto, proveniente de família Judia, nasceu em 19 de maio de 1891, na cidade de Rheinstetten, Alemanha. Cursou medicina na Universidade de Munique tendo desistido da carreira no último ano de faculdade para ingressar no seminário e tornar-se sacerdote. Veio para o Brasil em 1909, optando pela vida religiosa e ordenou-se em 14 de março de 1914, no Mosteiro de São Bento, em Olinda-PE.

Transferiu-se no ano seguinte para Quixadá-CE., onde chegou a ter contato com o Pe. Cícero, em Juazeiro do Norte. Foi encarregado de assumir a secretaria do bispado de Floresta, onde ficou por quatro anos. Tornou-se o primeiro pároco de Rio Branco, atual Arcoverde.

Assumiu a paróquia de Nossa Senhora da Penha, em Vila Bela (atual Serra Talhada), ficando também responsável pela paróquia de São José do Belmonte.

Conheceu Virgolino Ferreira, o Lampião, ainda no começo de sua vida como cangaceiro, sendo inclusive seu conselheiro. Ainda em sua missão pelo Sertão pernambucano, o padre alemão passou pelas cidades de Venturosa, Afogados da Ingazeira, Brejo da Madre de Deus e Moxotó. Por fim, chegou em Buíque no ano de 1947.No ano de 1967, a pesquisadora e escritora Aglae Lima de Oliveira, foi a Buíque e coversou com ele: segundo Oliveira(1970, p.126)."Tive a satisfação de conhecê-lo pessoalmente. Pesquisador do banditismo, inteligente, forte sotaque germânico, estimadíssimo na cidade. Conta com 76 anos de idade. Possui vasto documentário sobre o cangaço. Conheceu de perto todos os problemas desse fenômeno. Recorda-se de Lampião como cangaceiro iniciante em Vila Bela.Perguntei:

- Padre, Lampião e os cabras confessavam-se com o senhor?

- Não.

Nunca se confessaram comigo, os outros padres, tenho certeza, não os receberam no confessionário.

- Fale padre, sobre a personalidade de Lampião, pois tão bem o conheceu.

- Eu fui vigário em Vila Bela, conheci Lampião quase menino. Ele me obedecia. Tomava-me a benção, desarreado e desarmado. Todos os cangaceiros assistiam a Santa Missa, com os chapéus na mão, respeitosos.

No momento que chegavam às capelas, as armas eram ensarilhadas, guardadas e trancadas na sacristia.

Os cabras não perdiam missa, principalmente se incursionassem nas fazendas e povoados pertencentes a paróquia onde eu era vigário. Eram fiéis as missas celebradas por mim. Prestavam atenção ao aviso das próximas, fitavam-me com respeito e absoluto silêncio.

- A polícia sabia que Lampião assistia a missa nas capelas da sua Paróquia?

- Sabia, e nunca foram procurá-los nas igrejas.

- Padre, fale sobre Sinhô Pereira.

- Conheci muito. Era de família nobre, neto do barão Andrelino Pereira do Pajeú. Teve suas razões para entrar no cangaço.

- Padre Kehrle, conheceu outros cangaceiros?

- Conheci todos em minha região, até 1940.

- O que achava da personalidade deles, da religião, costumes e da vida que levavam?

- Observava que o meio e as injustiças sociais foram responsáveis por todos os bandidos do Nordeste. Sobre a religião, eu ficava impressionado diante da fé e da confiança. Não desviavam a atenção das imagens e da minha pessoa. Ouviam o meu sermão cabisbaixos. Rezavam rosários e orações fortes.

- Padre Kehrle, fico impressionada com a personalidade complexa dessa gente. Eles não temiam a surpresa de as volantes cercarem as capelas?

- Não.

As volantes também me respeitavam e jamais escolheriam as igrejas para cercar bandos desarmados. A polícia também nunca castigou padres. Lembro-me de que, depois da missa, eu retirava do bolso da minha batina a chave da sacristia e Lampião distribuía as armas e os arreios.

Anotei os costumes e a vida que levavam e consegui encher uma mala cheia de documentários.

- Padre, o senhor aparenta gostar também do assunto?

- Imensamente.

Sou alemão de nascimento mas amo profundamente o Brasil. É a minha segunda pátria, vivo a muitos anos nos sertões.

- O que mais o impressionou em Lampião?

- Seus modos. Era calmo. Falava manso. Atendia aos meus pedidos.

- O senhor lhe solicitava que abandonasse o cangaço?

- Sim. Várias vezes.

Ele baixava a cabeça, segurava o fuzil e dizia:

- Padre José, não tem mais jeito."

José Kehrle faleceu em Buíque no dia 06 de agosto de 1978, aos 87 anos. Sua grandiosa contribuição é lembrada para a história do interior de Pernambuco.

REFERÊNCIAS:

OLIVEIRA. Aglae Lima de. Lampião, cangaço e Nordeste. 2.ed. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1970.

MELLO, Frederico Pernambucano de. Guerreiros do sol: violência e banditismo no Nordeste do Brasil. São Paulo: A Girafa, 2004

https://cariricangaco.blogspot.com/2020/11/padre-jose-kehrle-e-os-cangaceiros.html

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LOUSADA: VIDA DE ZÉ DO TELHADO RETRATADA EM MOSTRA DOCUMENTAL

 Por valsousa.tv - Vale do Sousa TV

https://www.youtube.com/watch?v=45MMDVqo1wU&ab_channel=valsousa.tv-ValedoSousaTV

José Teixeira da Silva mais conhecido como Zé do Telhado. Chefe de quadrilha e responsável por inúmeros assaltos pelo Norte de Portugal. Zé do Telhado roubava aos ricos para dar aos pobres. Luís Peixoto recuou mais de 100 anos na história e recriou a vida desta personagem histórica através da exposição “Zé do Telhado: presente, passado e futuro”.

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JOSÉ DO TELHADO - A LENDA BANDIDA DE PORTUGAL

 

https://www.youtube.com/watch?v=sAEaeCDyxK4&ab_channel=FernandaEsteves

Vídeo narrado sobre a história de José do Telhado, um bandido famoso do início do século dezenove em Portugal.

https://www.youtube.com/watch?v=sAEaeCDyxK4&ab_channel=FernandaEsteves

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O GRANDE COMBATE DA MARANDUBA

Por Paulo Dias Pereira
 

Apesar da inferioridade numérica, os bandoleiros contavam com um chefe experimentado nas guerrilhas das caatingas. Figura polêmica, tido por uns como um vingador, por outros como um verdadeiro monstro, Lampiao era reconhecido por todos, como um fantástico estrategista. conhecia como poucos o território sertanejo e sabia colocar os seus homens em locais adequados, o que os deixava praticamente ocultos e inacessíveis.

Além disso os cangaceiros supersticiosos e aguerridos, pareciam ser, no calor da batalha, combatentes mais ousados. combatiam soltando pilhérias, provocando incessantemente os seus rivais, desmoralizando-os.

Desafiavam a morte, e ao soltar berros e insultos, queriam semear o pavor entre os seus antagonistas, o que geralmente ocorria (a misteriosa vida de Lampião).

https://www.facebook.com/groups/179438349192720

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ANTIGO REDUTO DE MARCOLINO PEREIRA DINIZ E COITO DE LAMPIÃO.

Por Geraldo júnior

https://www.youtube.com/watch?v=YV_vUj5vK0k&feature=share&fbclid=IwAR3xNLy25ynuuzgQ3Vl7T_sRyNEWT0eZzU6_Oev7W2DEL-Hx3u2W2RPCUU0

SACO DOS CAÇULAS

Antigo reduto de Marcolino Pereira Diniz e coito seguro de Lampião.

Lembrando que nessas terras foi assassinado e enterrado o temível e destemido cangaceiro Meia-Noite I (Antônio Bagaço).

Cangaçologia

O Sítio Saco dos Caçulas que fica localizado no município paraibano de São José de Princesa, pertenceu no passado ao célebre Marcolino Pereira Diniz, sobrinho e cunhado do coronel Zé Pereira de Princesa (Paraíba). O Sítio Saco dos Caçulas engloba uma grande faixa de terras, onde muitas vezes Lampião e sua gente permaneceram acoitados sob a proteção de Marcolino Pereira Diniz, que por sua vez mantinha uma estreita relação de amizade com o afamado chefe cangaceiro. Outro cangaceiro famoso que utilizava a região como refúgio e esconderijo era o cangaceiro Meia-Noite I (Antônio Bagaço), tendo inclusive sido morto e enterrado nas terras do Sítio Saco dos Caçulas. Histórias que em breve contaremos aqui no canal... Cangaçologia. Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. INSCREVAM-SE no canal e ATIVEM O SINO para receber todas as nossas atualizações. 

Forte abraço... Cabroeira! 

Atenciosamente: GERALDO ANTÔNIO DE SOUZA JÚNIOR

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EM MÃOS O PUNHAL QUE PERTENCEU AO CANGACEIRO MEIA-NOITE I...

 Por Geraldo Júnior

... personagem da história cangaceira que estou há mais de dois meses no encalço.

Meia-Noite que foi morto e enterrado nas terras do Sítio Saco dos Caçulas no município de São José de Princesa na Paraíba.

Peça pertencente ao acervo do confrade Louro Teles. - (Calumbi - Pernambuco).

Geraldo Antônio De Souza Júnior

https://www.facebook.com/photo?fbid=1752918031538752&set=gm.3634645366592410

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PESQUEIRA: EX-POLICIAL MILITAR MAIS ANTIGO DE PERNAMBUCO É HOMENAGEADO PELA 8ª CIPM

 Por Carlos Britto

Foto/Divulgação

Uma solenidade na tarde da última sexta-feira (13) foi marcada por uma homenagem especial do 8ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) a Andrelino Pereira Filho. Aos 104 anos de vida, ele é o ex-PM mais antigo da corporação do Estado de Pernambuco.

Seu Andrelino nasceu em 18 de março de 1914, no município de Cabrobó (PE), Sertão do São Francisco. Em 1° de junho de 1936, ingressava nas fileiras da Polícia Militar.

Alçado ao estatus de sargento, trabalhou nas cidades de Gameleira do Moxotó, Águas Belas, Recife, Pesqueira, São José do Egito, Serra Talhada e Arcoverde, participando de muitas operações. Inclusive chegou a integrando as chamadas ‘Forças Volantes’, que combatiam o cangaço no Interior do Nordeste Brasileiro. Aposentou-se em 22 de junho de 1966, após cumprir 30 anos de serviços.

Na ocasião da homenagem, foi entregue pelo Major Lúcio Flávio, comandante  8° CIPM, uma placa alusiva à passagem de  seus 104 anos e agradecimento pelos 30 anos de serviço prestados  à corporação e a sociedade pernambucana, além do título de Cidadão Pesqueirense, reconhecido pela Câmara Municipal, e mais duas placas de homenagens dadas respectivamente pelos presidente da Associação dos Militares da Reserva Remunerada (AMERRPE); a outra, pelo chefe de Instrução do Tiro de Guerra de Pesqueira, o 1° Sargento Hamilton. Prestigiaram a homenagem o deputado estadual João Eudes, a prefeita Maria José, além de vereadores, secretários e familiares de Seu Andrelino.

https://www.carlosbritto.com/pesqueira-ex-policial-militar-mais-antigo-de-pernambuco-e-homenageado-pela-8a-cipm/?fbclid=IwAR1uH3OMoZ_4OVr87TZaZNtEwCdvXQ6_PIbVrusVc-9oJCNhhgq1o3mnvGU

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ANTONIO FRANCISCO

 Por Kydelmir Dantas

PRECONCEITO... Na visão do poeta ANTÔNIO FRANCISCO... Do livro VEREDAS DE SOMBRAS...


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