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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

MAIS ASFALTO EM SANTANA

Clerisvaldo B. Chagas, 8 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.959

       Desde o primeiro anúncio que Santana do Ipanema ganharia 20 km de asfalto urbano que o tempo pareceu infinitamente esticado para a população. Entretanto, agora os meios de comunicação publicam o início das obras a partir dos Bairros Domingos Acácio/Floresta em direção ao Hospital da Cajarana onde também se encontra o Campus da UFAL. 20 km de asfalto equivalem, aproximadamente, ao trajeto Santana – Olho d’Água das Flores. Levando-se em consideração o tamanho das ruas, inúmeras serão beneficiadas, mas essas que terão esse benefício ainda não tiveram seus nomes divulgados. Mesmo assim isso não é nenhum problema, pois o importante é que os trabalhos sejam realizados.

Foto Jean Souza

A Prefeitura Municipal mais o Governo do Estado marcam assim um tento merecido e, para nós, independente de política. Não podíamos, como cidade polo, sair eternamente perdendo para inúmeras cidades menores que vem dando banho de piche, melhorando e ornando seus núcleos. É com muito gosto que o visitante passeia por uma cidade limpa, bem asfaltada, sinalizada e bela. Vivemos em tempos de evolução rápida e não podemos ficar dormindo sobre os louros da história. E se hoje somos a Arapiraca do Sertão, precisamos muito mais estrutura para novos e constantes empreendimentos; viadutos e viadutos, longos e pequenos, pontes sobre o Ipanema, novas avenidas, becos e ruas onde a engenharia possa mostrar um novo perfil futurista e seguro.
Asfalto não é mais privilégio para ninguém, mas sim necessidade fremente do ruge-ruge automobilístico do século XXI. Além do conforto para máquinas e condutores, triplicam os valores de imóveis de negócios e residenciais por onde se mudam paisagens. Não falaremos aqui de outras coisas relativas para não estragar a merecida euforia tanto das autoridades quanto das pessoas das ruas que receberão as ações do governo. Mas nesse primeiro momento, o gestor merece sim, receber os parabéns, sem política e sem puxa-saquismo, assim como da crítica quando necessária. Será que depois as comparações serão melhores em relação à cidade A ou B?
Equilíbrio é a senha, gente!

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2018/08/mais-asfalto-em-santana.html

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QUEM FOI MONSENHOR BERENGUER? FOI UM PADRE QUE ENGANOU LAMPIÃO?

Por José Gonçalves. Com Edição do Lampião Aceso 

Este é o lendário Monsenhor Berenguer, que por quatro décadas foi pároco de Monte Santo, BA. Segundo a historiografia local, dentre as suas inúmeras façanhas está aquela de ter 'enganado Lampião'.

"O sacerdote, que se encontrou com Lampião no Cumbe [Euclides da Cunha], teve de contar com a ajuda de colegas para escapar da morte.

O sacerdote teria topado com o rei do cangaço nas proximidades do povoado Algodões [distrito do município de Quijingue] quando Lampião, acompanhado por oito cabras, pediu que o padre lhe cedesse um automóvel Ford de sua propriedade para transportar o bando até a vizinha cidade de Tucano. Porém o astuto Berenguer, simulou um problema mecânico no carro.

Os cangaceiros acabaram passando para um caminhão de propriedade do também padre José Eutímio.

Dias depois, Lampião ficou sabendo que o padre Berenguer estava se gabando de tê-lo ludibriado.

Sem perda de tempo, fez chegar ao sacerdote a seguinte ameaça: "padre Berenguer, no dia em que a gente se encontrar, vou ensinar o senhor a enganar Lampião".

Graças à intervenção do também religioso Zacarias Matogrosso, que confirmou o tal defeito, o sacerdote escapou da vingança terrível do líder cangaceiro".

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/08/quem-foi-monsenhor-berenguer.html

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PRIMO E CABRA DE 'SINHÔ' ASCENDÊNCIA DO CANGACEIRO CAJUEIRO

Por Valdir José Nogueira
http://cariricangaco.blogspot.com/2018/03/por-terras-do-bandarra-profeta-do.html

Residente nas cercanias da Serra do Reino em Belmonte, o célebre cangaceiro “Cajueiro” tinha como nome de batismo José Pereira Terto, sendo filho de Manoel Terto Alves Brasil e de Antônia Pereira da Silva (Totonha). Amplamente conhecido no mundo do cangaço, Cajueiro foi o homem da mais elevada confiança de seus primos Sinhô Pereira e Luiz Padre.


José Pereira Terto, cangaceiro Cajueiro 

Conta-se que em princípios do século XX, Cajueiro havia levado uma sova de um soldado por nome Cipriano de Souza, porém, ao chegar em casa, sua mãe dona Totonha Pereira não o abençoou.


Dias depois, Cajueiro resolveu assassinar o seu agressor e ao retornar para casa, foi abençoado por sua genitora. Depois deste fato, o mesmo resolveu ingressar no cangaço ao lado dos primos Sinhô Pereira e Luiz Padre.

Sinhô Pereira e Luiz Padre

Em 1919 foi para o Planalto Central com Luiz Padre. Retornando ao Pajeú no ano de 1922, Cajueiro foi de fundamental importância no estratagema de Sinhô Pereira, Luiz Padre e Ioiô Maroto que culminou no ataque a Belmonte no dia 20 de outubro de 1922, onde foi assassinado o coronel Luiz Gonzaga Gomes Ferraz, próspero comerciante daquela cidade sertaneja.

Cajueiro deixou seu nome marcado na história como um dos homens mais experientes do cangaço, muito valente e moralista.

Ascendentes de Cajueiro:

Lado materno:


Mãe; Antônia Pereira da Silva (Totonha, falecida em 06/05/1946 aos 80 anos de idade), filha do primeiro casamento de Dona Dé (Maria José Pereira da Silva) com o major Joaquim Pereira da Silva Tintão (este filho do Comandante Superior Manoel Pereira da Silva). Dona Dé era filha de Josefa Pereira da Silva (Dona Zefinha do Serrote) e de Joaquim Nunes da Silva. Portanto, Cajueiro era bisneto de Dona Zefinha do Serrote (Josefa Pereira da Silva) e também bisneto do Comandante Superior Manoel Pereira da Silva. O Barão do Pajeú era tio avô de Cajueiro.

Lado paterno:

Pai; Manoel Terto Alves Brasil, filho de José Alves dos Santos e de Carolina Jocelina (ou Marcionila) da Silva, esta filha do Padre Francisco Barbosa Nogueira e de Quitéria Pereira da Cunha da fazenda Cipó em Serra Talhada. Portanto Cajueiro era bisneto do Padre Francisco Barbosa Nogueira (este neto de Manoel Lopes Diniz fundador da fazenda Panela D’Água em Floresta).

Em virtude de umas querelas familiares onde residia, na fazenda Cipó em Serra Talhada, o casal José Alves dos Santos (Cazuza Cego) e Carolina Marcionila da Silva (filha do Padre Francisco Barbosa Nogueira e de Quitéria Pereira da Cunha), comprou em 1881, na Freguesia de Belmonte, uma propriedade na fazenda Campo Alegre, cercanias da Serra do Reino (cuja vendedora foi dona Jacinta Pereira de Souza), onde passou a residir. Este casal deixou nove filhos dentre os quais o Sr. Manoel Terto Alves Brasil que casou com Antônia Pereira da Silva (Totonha, filha do major Joaquim Pereira da Silva Tintão e Maria José Pereira da Silva, Dona Dé), pais de Cajueiro: José Pereira Terto.

Valdir José Nogueira,pesquisador e escritor
Pres. da Comissão Local do Cariri Cangaço
São José de Belmonte, Pernambuco

NOTA DO PESQUISADOR SOUSA NETO: 

Em 1923 ao chegar em Minas Gerais, Cajueiro ou Joaquim Araújo da Silva, nome adotado naquelas paragens torna-se amigo pessoal do Cel. Farnesi Dias Maciel, irmão do Presidente Olegário Maciel. Foi da guarda pessoal do Governador Olegário onde na revolução de 1930 deu total proteção a esse que junto aos primos JOSÉ ARAÚJO e FRANCISCO ARAÚJO, formaram um pelotão para guardar o Palácio do governador que esteve sob iminente ataque das forças getulistas.

Para ilustrar mais um pouco a bela matéria do nosso valoroso amigo Valdir José Nogueira, vejam abaixo a certidão de óbito do célebre Cajueiro. Atente para o detalhe: ele faleceu exatamente três meses e nove dias após Sinhô Pereira.


No Livro do cartório ambos os óbitos estão na mesma página. Outro detalhe, nasceram no mesmo ano 1896.

Abraço a todos! Depois contarei o resto.

Pesquei no Sítio do coroné Severo

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/08/primo-e-cabra-de-sinho.html

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EM FORTALEZA, CE ESTORIL RECEBE EXPOSIÇÃO QUE LEMBRA OS 80 ANOS DA MORTE DE LAMPIÃO


A Prefeitura de Fortaleza, por meio das Secretarias Municipais do Turismo (Setfor) e da Cultura (Secultfor), em parceria com o Sesc apresentam a exposição No Rastro do Cangaço no Estoril. Do artista cearense Vlamir de Sousa, a mostra de arte lembra os 80 anos da morte do lampião, Virgulino Ferreira da Silva.

A exposição conta com mais de 20 obras que retratam a vida dos cangaceiros em pinturas a óleo, desenhos e aquarelas. A exposição conta com mais de 20 obras que retratam a vida dos cangaceiros em pinturas a óleo, desenhos e aquarelas.

Com caráter regional a exposição, que faz parte da série “Visões do Cangaço”, conta com mais de 20 obras que retratam a vida dos cangaceiros em pinturas a óleo, desenhos e aquarelas. A mostra ficará exposta até o dia 14 de setembro.

Homenageando Lampião, os trabalhos de Vlamir de Sousa abordam o dia a dia do grupo que marcou a cultura popular nordestina e retratam uma imagem diferente de Virgulino em suas obras, deixando de lado a violência e focando no ponto de vista da vivência do grupo.

Vlamir trabalha a mais de 20 anos em temas voltados para o cangaço. Com mais de 100 trabalhos, o pintor aborda diversas técnicas, trazendo consigo uma densa carga de conhecimento histórico e artístico.

Lampião ficou conhecido por ter atuado no nordeste brasileiro e por sua integração como o melhor líder cangaceiro da história, intitulado como o Rei do Cangaço.

Serviço

Exposição No Rastro do Cangaço

Local: Galeria Mário Baratta – Estoril (Rua dos Tabajaras, 397 – Praia de Iracema, Fortaleza)
Visitação: segunda a sexta-feira, 8h às 17h, sábado 9h às 15h
Acesso gratuito

Pesquei no Sebo Vermelho

E eu pesquei no blog: 

https://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/08/em-fortaleza-ce.html do pesquisador do cangaço Kiko Monteiro.

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ASCRIM/PRESIDENCIA – ATUALIZAÇÃO DE DADOS PESSOAIS E IDENTIDADE INTELECTUAL DA ASCRIM-OF. Nº 039/2018.

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ASCRIM/PRESIDENCIA – ATUALIZAÇÃO DE DADOS PESSOAIS E IDENTIDADE INTELECTUAL DA ASCRIM-OF. Nº 039/2018.

MOSSORÓ-RN, 08 de AGOSTO de 2018.

RECEBES ESTE EXPEDIENTE PORQUE A ASCRIM O(A)VALORIZA E RESPEITA, PELO ALTO NÍVEL DE QUEM TEM O PRESTÍGIO DE SER ASSIM CONSIDERADO(A).’ 

      SOLICITAMOS AOS ACADÊMICOS DA ASCRIM E POTENCIAIS CANDIDATOS A ACADÊMICOS DA ASCRIM E PESSOAS INTERESSADAS EM RECEBER NOSSOS COMUNICADOS SOBRE ATIVIDADES CULTURAIS, AUALIZAREM SEUS DADOS PESSOAIS, CONFORME CADASTRO EXISTENTE NESTA ASCRIM EM SEUS NOMES.

        NA OPORTUNIDADE, COMUNICAMOS QUE ESTAREMOS ENTREGANDO ESTE MÊS, SEM CUSTOS, AS IDENTIDADES INTELECTUAIS DA ASCRIM AOS QUE ESTIVEREM QUITES COM A TESOURARIA E A DIRETORIA EXECUTIVA DE RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS DA ASCRIM.

         PEDIMOS, ESPECIALMENTE QUE NOS ENVIEM FOTO 3 X 4 ATUAL, NO FORMATO CONVENCIONAL.
  
SAUDAÇÕES ASCRIMIANAS,

FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO
-PRESIDENTE DA ASCRIM-

P.S.: 1. CONSIDERANDO A ESSÊNCIA DA HUMANIDADE INTELECTUAL, INSERIDA NESSE CONTEXTO E NA REPRESENTATIVIDADE DE TODOS SEGMENTOS SOCIAIS ABAIXO RELACIONADOS, ENCAMINHA-SE ESTA CÓPIA ORIGINAL, EM CARÁTER PESSOAL DIRETO AOS  INSIGNES DIGNITÁRIOS:
  
EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES, DIRIGENTES E AUTORIDADES DE ENTIDADES GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, MAÇONICAS E MILITARES.
REVERENDÍSSIMO(A)S PRESIDENTES, DIRIGENTES E AUTORIDADES DE ENTIDADES RELIGIOSAS.
MAGNÍFICOS REITORES E AUTORIDADES DE UNIVERSIDADES.
EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES DE ENTIDADES E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS.
EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES DE ENTIDADES CULTURAIS E INSTITUIÇÕES CONGENERES.
ILUSTRÍSSIMO(A)S DIRIGENTES DE INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS, EDUCACIONAIS E DE CIDADANIA.
ILUSTRÍSSIMO(A)S JORNALISTAS E COMUNICADORES.
DIGNOS ACADÊMICO(A)S DA ASCRIM.
POTENCIAIS CANDIDATO(A)S A ACADÊMICO(A)S DA ASCRIM

Enviado por asescritm@hotmail.com

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CANGAÇO ÂNGELO ROQUE – A REGENERAÇÃO DE UM CANGACEIRO

Por Rostand Medeiros
Manchete da reportagem da década de 1950, sobre a regeneração de Ângelo Roque
Manchete da reportagem da década de 1950, sobre a regeneração de Ângelo Roque
Autor – Rostand Medeiros
No Brasil a palavra “regeneração”, definitivamente é algo que o nosso povo não sabe trabalhar muito bem em suas mentes e seus corações, quando aplicada aqueles que erraram junto a sociedade, contra os que praticaram crimes diversos, contra os que sofreram as duras penas da lei e estiveram um período em alguma unidade prisional.
Dificilmente vemos o antigo presidiário como alguém que se regenerou. Olhamos para ele mais com medo do que com esperança de que ali está uma pessoa recuperada. Isso não é difícil diante verdadeiras masmorras medievais que existem nos nossos presídios.
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Por isso é que na história carcerária brasileira chama tanto atenção o fato dos homens que foram cangaceiros, pelo menos os que se entregaram e passaram um tempo presos, terem tido um índice de reincidência criminal baixíssimo.
Na verdade digo “terem tido um índice de reincidência criminal baixíssimo”, pois ouvi isso de outros pesquisadores do tema cangaço. Mas confesso que nunca li e não tenho dados que comprovem especificamente quantos antigos cangaceiros padeceram na prisão e quantos voltaram ao crime após a liberdade.
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Entretanto é vasto, inclusive amplamente divulgado na imprensa brasileira das décadas de 1950 e 1960, que vários homens que andaram nas caatingas debaixo do peso do chapéu de couro e do “pau de fogo”, ao deixarem a prisão se tornaram os ditos “cidadãos de bem”, totalmente regenerados. Muitos se tornaram pacatos funcionários públicos, pequenos comerciantes, caixeiros viajantes e outros exerceram simples e honestas atividades. Um dos casos mais emblemáticos na minha opinião é a recuperação do chefe cangaceiro Ângelo Roque.
Vida Bandida
Em uma entrevista a um periódico carioca, repleta de fotografias, temos a história de Ângelo Roque da Costa, o conhecido cangaceiro Anjo Roque, o conhecido Labareda. Teria nascido em 1910, no lugar Jatobá, depois pertencente ao município pernambucano de Tacaratu (e por isso conhecido como Jatobá de Tacaratu), era filho de família humilde, mas respeitada em seu lugar.
Lampião, o primeiro a esquerda, e seus cangaceiros
Lampião, o primeiro a esquerda, e seus cangaceiros
Na reportagem afirmou que entrou na vida do cangaço após matar um soldado de polícia que desvirginou a sua irmã de 14 anos de idade. Roque contou que o conquistador se chamava Horácio Cavalcanti, que havia casado quatro vezes e quatro vezes abandonou as esposas. Consta que sua família buscou a justiça de sua região, mas um juiz e outras autoridades pouco deram importância ao sentimento de raiva de seus familiares.
Logo houve um encontro dos dois homens em um trem, a faca vibrou e ambos ficaram feridos. Mas logo o jovem Roque, então com 16 ou 17 anos, matou o soldado com um tiro de rifle e caiu “em desgraça” perante a justiça.
Para sobreviver em uma situação como esta, naquele sertão atrasado, só entrando para o cangaço. Foi em uma propriedade denominada Jurema que Roque entrou no bando de Lampião, que lhe deu apoio e ambos se tornaram grandes amigos.
Um Cangaceiro
Na reportagem Ângelo Roque detalhou que esperou 13 dias por Lampião na propriedade Jurema. Logo Roque ficou alcunhado no bando como Labareda. Comentou que Lampião sempre foi um homem de pouca conversa, mas era extremamente hábil na luta das caatingas. Labareda informou que passou dois anos andando junto a Lampião no seu bando, onde teve um grande aprendizado na arte da guerrilha nordestina. Devido a sua capacidade de comando e de combate, logo Labareda passou a comandar um subgrupo de cangaceiros.
No seu processo de regeneração, o antigo cangaceiro aprendeu a ler e escrever
No seu processo de regeneração, o antigo cangaceiro aprendeu a ler e escrever
Para Roque era normal Lampião ter cerca de 60 homens em seu bando. Já o famigerado cangaceiro Corisco andava com um grupo que tinha em torno de 20 a 25 combatentes e Labareda seguia com uma média de 15 cangaceiros. Nesta vida Ângelo Roque da Costa permaneceu 16 anos em luta, onde afirmou a reportagem ter combatido “200 vezes contra a polícia”.
Lembrou aos repórteres que seu primeiro combate, sem especificar datas, foi em Sergipe, onde cerca de 40 cangaceiros brigaram diretamente com vários policiais, sem perdas para os “cabras” de Lampião, mas com a morte de vários homens da lei.
Ângelo durante a entrevista
Ângelo durante a entrevista
Para o cangaceiro Labareda os dias de cangaço eram “Dias miseráveis!”, onde os cangaceiros tinham um ódio extremo aos policiais e, assim que tinham alguma oportunidade, não perdiam a oportunidade de desfechar terríveis ações violentas contra os membros da “Força”.
Em seus relatos Labareda afirmou categoricamente que era “Um bandido”, que aquela vida lhe trazia muitas amarguras. Tanto que para conceder a entrevista ele perguntou primeiramente ao Professor Estácio de Lima se aquela exposição na imprensa seria positivo para ele. O Professor Estácio concordou.
Ângelo Roque e o Professor Estácio de Lima
Ângelo Roque e o Professor Estácio de Lima
Na época da entrevista Ângelo Roque era um pacato funcionário do Concelho Penitenciário da Bahia, morando em Salvador, onde trabalhava como auxiliar de confiança do Professor Estácio.
Na Prisão
Após a morte de Lampião em 28 de julho de 1938, o cangaceiro Labareda andou ainda quase dois anos pelas caatingas de armas na mão, tendo se entregado as autoridades no início de abril de 1940, em Paripiranga, Bahia. Logo ele e mais outros companheiros foram recambiados para Salvador.
Fim de Lampião e seu bando
Fim de Lampião e seu bando
Na capital baiana, nos primeiros contatos com a imprensa na Secretaria de Segurança, os cangaceiros já se encontravam de cabelos cortados e usando paletó e gravata, mas Labareda fazia questão de ser tratado pela patente de “capitão”. Na ocasião houve um encontro muito animado com o cangaceiro Juriti, que já se encontrava detido. Comentaram que do terraço da repartição chamou atenção dos agora ex-cangaceiros a chegada ao porto de Salvador do paquete “L’Argentine”.
Saracura, companheiro de cangaço e de prisão de Ângelo Roque
Saracura, companheiro de cangaço e de prisão de Ângelo Roque
Após a sua entrega justiça, Ângelo Roque da Costa foi julgado e condenado a 95 anos de prisão, depois reduzidas a 30 anos e comutadas a apenas 10 anos de cárcere. Mesmo com condenações tão elevadas no início do seu período de detenção, ele manteve a calma e se tornou um prisioneiro de comportamento exemplar.
O antigo cangaceiro Labareda entre as cabeças de Corisco e Lampião
O antigo cangaceiro Labareda entre as cabeças de Corisco e Lampião
Primeiramente foi enviado para o “Campo Experimental de Ondina”, em Salvador, onde passou a cumprir seu tempo de prisão junto com os companheiros de luta.
Lembrou que na época do início do cumprimento de sua pena, lhe chamou atenção o interesse e a curiosidade provocada em várias pessoas pelos ex-cangaceiros. Recordou que em uma ocasião receberam a visita de Renato Monteiro, documentarista da “Tupy Films”, que realizou um pequeno filme (provavelmente pago pelo Governo Federal), mostrando a regeneração dos anteriormente temidos “Guerreiros das Caatingas”. Foram realizadas filmagens daqueles homens em uma lavoura, tendo sido capturado as imagens do antigo Labareda, de Saracura, Juriti, Jitirana, Velocidade e cinco outros ex-cangaceiros.
Inclusive pelo bom trabalho realizado nesta lavoura, em 1944, durante o período da Segunda Guerra Mundial, ele e outros 20 condenados pela justiça receberam um prêmio da LBA-Legião Brasileira de Assistência. Este programa era denominado “Hortas para a vitória!” e havia sido implantado para incrementar e ampliar o que hoje denominamos de agricultura familiar, tudo em prol do esforço de guerra brasileiro.
Ângelo Roque e a cabeça de Lampião
Ângelo Roque e a cabeça de Lampião
Como comentei anteriormente, não sei estatisticamente quantos dos cangaceiros que se entregaram as autoridades reincidiram no crime. Mas não deixa de chamar atenção pelas fotos aqui publicadas, como as autoridades faziam questão de propagar a regeneração dos antigos cangaceiros a imprensa brasileira.
Não sei se é utopia da minha parte, sei que os tempos e os problemas são outros, mas bom seria se alguém da área de direito penal, ou de alguma área relativa aos estudos penitenciários, se dispusesse a pesquisar mais a fundo estes casos específicos dos ex-cangaceiros.
Talvez o resultado de um trabalho assim, poderia trazer lições do passado que possam ajudar os “homens das leis” dos nossos conturbados e violentos dias, a terem uma nova abordagem para a recuperação dos nossos apenados.
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ASCRIM/PRESIDENCIA – CONFIRMAÇÃO E RETRANSMISSÃO AO CONVITE DE LANÇAMENTO DO LIVRO “FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE PÚBLICA” -OF. Nº 038/2018.

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MOSSORÓ-RN, 08 de AGOSTO de 2018.

 O(A)VALORIZA E RESPEITA, PELO ALTO NÍVEL DE QUEM TEM O PRESTÍGIO DE SER ASSIM CONSIDERADO(A).’ 

      ENCAMINHAMOS PARA O DR. CANINDÉ MAIA, AS CONFIRMAÇÕES DE PRESENÇA, PARA O EVENTO EPIGRAFADO, QUE NOS FORAM ENVIADAS PELOS ACADÊMICOS E POTENCIAIS CANDIDATOS ACADÊMICOS DA ASCRIM E INTERESSADOS, 
   O REFERIDO EVENTO ACONTECERÁ NO PRÓXIMO DIA 09.08.2018(QUINTA-FEIRA), ÀS 19H00MIN, NO AUDITÓRIO DA OAB, LOCALIZADO NA RUA DUODÉCIMO ROSADO, 1125, NOVA BETANIA, 17, CENTRO, NESTA URBE.

      CONCLAMANDO AOS ACADÊMICOS E POTENCIAIS CANDIDATOS A ACADÊMICOS DA ASCRIM, COMPARECEREM AO EVENTO SUPRAMENCIONADO, COMUNICO, DEVEM CUMPRIR O RIGOR OBRIGATÓRIO ESTATUTÁRIO DE USO DO UNIFORME OFICIAL CONSOANTE NORMA ESTATUTÁRIA, ATRIBUTO SIGNATÁRIO DO DECORO INTELECTUAL E ORGULHO DA MORAL QUE ASSIM OS IDENTIFICA, ENTRE OS PARES, EM ATIVIDADES CULTURAIS DESSA GRANDEZA.
SAUDAÇÕES ASCRIMIANAS,

FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO
-PRESIDENTE DA ASCRIM-

P.S.: 1. CONSIDERANDO A ESSÊNCIA DA HUMANIDADE INTELECTUAL, INSERIDA NESSE CONTEXTO E NA REPRESENTATIVIDADE DE TODOS SEGMENTOS SOCIAIS ABAIXO RELACIONADOS, ENCAMINHA-SE ESTA CÓPIA ORIGINAL, EM CARÁTER PESSOAL DIRETO AOS  INSIGNES DIGNITÁRIOS:
  
EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES, DIRIGENTES E AUTORIDADES DE ENTIDADES GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, MAÇONICAS E MILITARES.
REVERENDÍSSIMO(A)S PRESIDENTES, DIRIGENTES E AUTORIDADES DE ENTIDADES RELIGIOSAS.
MAGNÍFICOS REITORES E AUTORIDADES DE UNIVERSIDADES.
EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES DE ENTIDADES E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS.
EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES DE ENTIDADES CULTURAIS E INSTITUIÇÕES CONGENERES.
ILUSTRÍSSIMO(A)S DIRIGENTES DE INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS, EDUCACIONAIS E DE CIDADANIA.
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