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sábado, 2 de novembro de 2019

LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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DOIS RIACHOS EM CENA

Clerisvaldo B. Chagas, 1de novembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.207
PEDRA DO PADRE CÍCERO. (FOTO: B. CHAGAS/ARQUIVO).

Sendo cidade pequena – pouco mais de 11.000 habitantes – Dois Riachos, no Sertão alagoano, luta com as armas que tem. Com a fama mundial da atleta, filha, possui bastante moral para exibir na faixa de entrada, em forma de arco: “Aqui é a terra da Marta”. Tem um pouco mais dependendo do que o amigo procura. Estamos respondendo ao advogado que nos indagou quais seriam as atrações do lugar. A família de Marta já passou a ser uma atração, tanto na presença quanto na ausência da jogadora. Mas o município oferta ao visitante, a maior romaria ao padre Cícero, de Alagoas; um dos maiores açudes do estado; a maior feira de gado do Nordeste e fama mundial de Marta. Além disso, tem vaquejada boa, festa de emancipação e dos dois padroeiros: Nossa Senhora da Saúde e São Sebastião.
Situada às margens da BR-316, a cidade é banhada pelo regato Dois Riachos – afluente do rio Ipanema – e de expressiva largura de calha. Suas cheias periódicas representam uma atração à parte, além do que já foi citado. As grandes romarias crescem a cada ano e se concentram na chamada Pedra do Padre Cícero, um pouco afastada da cidade e também à margem da BR-316. Rodando alguns quilômetros por estrada vicinal, chega-se ao Açude Pai Mané, no atual povoado do mesmo nome. Construído pelo governo federal na época de Getúlio Vargas, o citado açude foi um pedido de eminente fazendeiro local (Seu Zezinho), em carta endereçada ao próprio Getúlio. A estrada é de barro, tipo rodagem e atende bem aos usuários da região.
O município não possui histórias de cangaceiros, salvo passagem ligeira de Corisco por aquelas imediações e a naturalidade de um cangaceiro pouco conhecido denominado Tempestade. Com a BR-316 em ótimas condições, Dois Riachos a Santana é um pulo e estimula seu desenvolvimento de cidade satélite. Na época de estiagem, são vistas muitas carroças na BR puxadas por jumentos e burros transportando água em tonéis de plástico rígido de cor azul. Essa fase exige cuidado especial com quem trafega na região da Pedra do Padre Cícero.
Outras ótimas atividades, quem procurar encontra.
Ê sertão velho de guerra, compadre!
Estamos indo para lá.


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NO SERTÃO DE PERNAMBUCO

Rei do Cangaço 'Lampião' é condenado em júri épico 

Projeto transportou o público à década de 30, para presenciar como seria o julgamento de Lampião.

Por G1 Petrolina

Um dos personagens mais conhecidos e polêmicos do Nordeste foi Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. O rei do Cangaço nunca foi julgado por seus crimes, pois foi morto em [28] de julho de 1938, em uma emboscada policial, na grota do Angico, em Sergipe. Pensando nisso, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, um projeto acadêmico realizou nesta quinta-feira (31) o ‘Juri Épico de Lampião’. A encenação, que teve recursos de um julgamento real, declarou Lampião, culpado.

O júri contou com uma defesa feita por advogados e defensores públicos. A acusação foi realizada por promotores do Ministério Público. Os juízes foram Marcos Bacelar, da Vara da Infância e da Juventude em Petrolina, e Elane Brandão Ribeiro, da Vara do tribunal do Júri do Recife.

Júri Épico de Lampião em Petrolina no Sertão de Pernambuco. 
Foto: Reprodução/ TV Grande Rio

O júri começou, por volta das 9h, no Centro Cultural Dom Bosco, em Petrolina. O réu Virgulino Ferreira da Silva foi acusado de assassinatos, estupro, extorsão, roubo e sequestro, segundo o recorte histórico. Os jurados foram escolhidos por sorteio. Os primeiros a serem ouvidos foram as vítimas sobreviventes. Depois de ser citado, o réu teve direito a resposta. No fim da manhã, as testemunhas de defesa começaram a ser ouvidas. O primeiro, foi o padre Cícero Romão. Em seguida, foram ouvidos Volta Seca e Corisco, cangaceiros do bando de Lampião.

A denúncia foi de uma ação de Lampião e do bando dele, em [Dores], município de Sergipe, em 1930, e que resultou na morte de José Elpídio dos Santos. Destemido, Lampião não se mostrou intimidado pelos juízes e nem pela acusação. "Entrei para o cangaço por justiça e por destino, tudo começou por uma briga de terra e criação".

O réu negou ser o autor do assassinado, mas admitiu ser o mandante do crime. " Eu precisava dar o exemplo, não podia tolerar desrespeito a mim, não. Não gosto de derramamento de sangue, mas infelizmente nesse caso, foi necessário", disse Lampião.

Centro Cultural Dom Bosco em Petrolina ficou lotado durante todo o dia para assistir ao júri. 
Foto: Reprodução/ TV Grande Rio.

O período da tarde foi destinado para aos debates entre acusação e defesa. Foram duas horas e meia para as alegações de promotores do Ministério Público e outras duas horas e meia para advogados e defensores. Só depois disso, os jurados seguiram para a sala secreta. Até que à noite, a sentença foi lida pelos juízes, declarando Virgulino Ferreira da Silva, culpado.

O Júri Épico é um projeto acadêmico que pretende integrar a ciência jurídica a outras disciplinas, além de transportar o público à década de 30, para presenciar como seria o julgamento de Lampião. A realização é do Ministério público de Pernambuco, da Defensoria Pública do Estado, Ordem dos Advogados do Brasil, do Tribunal de Justiça de Pernambuco e de duas instituições de Ensino Superior.


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ANTONIO SILVINO E O PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS.

Por José Mendes Pereira
A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas em pé e atividades ao ar livre
Esta foto foi feita na década de 1930

O encontro do ex-cangaceiro Antonio Silvino com o presidente da República Brasileira foi quando ele foi solto e foi ao seu encontro para pedir um pedaço de terras para cultiva.

Ele nasceu Antônio Silvino ou Manoel Baptista de Morais (Afogados da Ingazeira, 2 de novembro de 1875 — Campina Grande, 30 de julho de 1944), foi um cangaceiro brasileiro.

Nascimento[editar | editar código-fonte]

Nasceu em 1875, filho de Pedro Baptista de Morais e Balbina Pereira de Morais.

Ingresso no cangaço[editar | editar código-fonte]

Apelidado de Batistinha ou Nezinho, inicia-se no cangaço em 1896, juntamente ao irmão Zeferino, após o assassinato do pai, fazendeiro "Batistão do Pajeú".

Adota o nome de guerra de Antônio Silvino, em homenagem ao tio, Silvino Aires Cavalcanti de Albuquerque, cangaceiro que acolheu o sobrinho após o assassinato do pai por brigas de terras. Por outros, é apelidado de "Rifle de Ouro".

Conforme a pesquisadora da Fundaj, Semira Adler Vainsencher, ele representou, um muito antes de Lampião, o mais famoso chefe de cangaço, substituindo cangaceiros célebres tais como Jesuíno Brilhante, Adolfo Meia-Noite, Preto, Moita Brava, o tio Silvino Aires.

Entre seus atos, arrancou trilhos, prendeu funcionários, e sequestrou engenheiros da Great Western, que implantava o sistema ferroviário na Paraíba e Pernambuco, e desapropriou parte das terras da sua família sem indenização.

Nesse estado, um dos seus maiores perseguidores, nos primeiros anos do Séc. XX, foi o alferes Joaquim Henriques de Araújo, que mais tarde viria a ser Comandante da Polícia Militar paraibana. Em Pernambuco, uma década depois, foi perseguido pelo alferes Teófanes Ferraz Torres, delegado do município de Taquaritinga, que finalmente o prendeu em 1914, no governo do general Dantas Barreto.


Tornando-se o prisioneiro número 1122, da cela 35, do Raio Leste da antiga Casa de Detenção do Recife, teve comportamento exemplar. Em 1937, é libertado através de um indulto do presidente Getúlio Vargas.


Faleceu em Campina Grande, em casa de uma prima, em 30 de julho de 1944.

Wikipédia

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NAQUELES TEMPOS, NAQUELA FESTA

*Rangel Alves da Costa
Rangel Alves da Costa

Hoje está muito diferente. Do que restou de outros tempos somente as missas, os ofícios religiosos e a procissão no dia 15, principal data e marco final das comemorações alusivas a Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município de Poço Redondo, no alto sertão sergipano do São Francisco.
Ainda alguns parques, alguns brinquedos para a criançada, algum evento diferente e animador para a população. Mas não mais do que isso. O velho foi dando lugar a um novo cada vez mais desalentador à cultura, à história e às tradições de um povo. Um novo que já chega descaracterizado e embaça de morte a identidade de um sertão inteiro.
Com efeito, a juventude de agora só pensa em música eletrônica, em paredões, em músicas que nada tem a ver com o sertão. Mesmo as ditas bandas de forró, nada de forró têm a sua música, pois apenas uma sofrência insuportável de se ouvir ou baladas de péssimos gostos, com letras vergonhosas e refrãos sempre repetidos sobre a cachaça, dor de cotovelo e cornice.
Ao invés de forró ou de grupos regionais, ao invés da música de raiz ou dos sons encantadores dos pífanos, essa juventude vai buscar satisfação no modismo musical estarrecedor. O problema é que a festa inteira é como que em atendimento a uma juventude descompromissada com sua autenticidade e suas raízes. Nem pensar em música que faça dançar agarradinho, em canções que tragam saudades ou em ritmos que vão além das modernas percussões eletrônicas.
Noutros tempos, já desde mais de semana que o forró comia no centro. Ali sim, era uma Festa de Agosto mesmo, amada e respeitada. Gente chegando no lombo do burro, em cima de jegue, por riba de cavalo alazão e até de pangaré. Pão de Açúcar, Serra Negra, Delmiro, Piranhas, Paulo Afonso, visitante de todo o sertão e mais distante.
Em toda casa havia uma ninhada de amigos, de visitantes, de gente chegada afoita por um bom arrasta-pé, um autêntico forró pé-de-serra, um chinelado de estremecer salão desde o amanhecer à madrugada seguinte. Zé Aleixo, Zé Goití, Dudu Ribeiro, Agenor da Barra, Raimundinho e até Durvalzinho.
No Salão da Prefeitura, no Bar de Delino, na Casa de Veinha, no Bar de Missião, por todo lugar. Não havia salão ou sala de reboco onde uma sanfona não gemesse e o povo acorresse festivo e animado. Era o fole gemendo e o povo suado sem parar de tanto dançar. Também os bailes no mercado, as orquestras e as bandas renomadas: Embalo D, R Som 7 e Dissonantes, quem não recorda?
E de repente vinha Heleno Silva de Monte Alegre, mais conhecido como Boca Rica, e hoje um famoso pastor, dando uma de cantor. E cantor de música internacional: "There was a place that I lived/ And a girl, so young and fair/ I have seen many things in my life/ Some of them I'll never forget... Oh my mistake...".
Mas que saudade agora, saudade grande do amigo Miltinho. Quanta falta faz este homem ao sertão forrozeiro. E quanto mais a festa se mostra como está mais a gente sente falta. Que saudade grande, que saudade de tudo. Hoje em plena festa e é como se nada mais existisse daqueles tempos de glória.
Não há mais forró. Não há mais zabumba, triângulo, pandeiro e sanfona. Não há mais a voz bonita do cantador. Apenas os paredões tanta nas ruas como nos palcos. Uma lástima. Mas é o que se tem antes que fique pior. E certamente ficará. A tendência de tudo é a completa perda de identidade e a descaracterização total. Até que o povo sequer se reconheça mais em si mesmo.
Eis as lições dos velhos tempos e dos tempos de agora.

Escritor
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COM OS AMIGOS FLÁVIO MOTTA, FRANCISCO LIMA E SALVIANO JÚNIOR VISITANDO O LOCAL DA MORTE DO PAI DE LAMPIÃO...

Por João de Sousa Lima

A imagem pode conter: 2 pessoas, incluindo João De Sousa Lima, pessoas em pé, grama, atividades ao ar livre e natureza

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ALCINO ALVES COSTA: O CAIPIRA POETA E CANGACEIRO DE POÇO REDONDO – SE ( 1940 – 2012)


Por João da Mata

Alcino Alves Costa – sobrinho do cangaceiro - poeta Manoel Marques da Sila o Zabelê-, nasceu em Poço Redondo – SE, e aí viveu intensamente como ativo protagonista e guardião de sua história contada numa dezena de livros. Filho de Ermerindo Alves da Costa e de Emeliana Marques da Costa, Alcino foi um político que amava sua terra e costumes. Foi prefeito por três vezes do município de Poço Redondo – SE, deixou a política para se dedicar ao estudo do cangaço e das ricas tradições culturais de sua terra natal amada.

Grande contador de causos, um caipira como gostava de ser chamado, é referência obrigatória em se tratando de cangaço. Mesmo sendo um profundo conhecedor da saga lampiônica, não tinha a presunção daqueles que se consideram dono da verdade. Gostava de dizer, essa é a minha versão. O seu primeiro sobre o cangaço, já em terceira edição, teve o prefácio da professora antropóloga Luitgarde Barros, que escreve: “este livro não é de ficção”, pelo contrário, o livro tem como objetivo a desmistificação de alguns detalhes envolvendo um dos fenômenos social mais estudado do Brasil, o cangaço. Alcino é um grande contador de estórias ou histórias. Seus livros são muito bem escritos e referenciados com outros escritores da mesma saga. Muitas vezes Alcino corrige informações contidas em outros livros referencia da saga do cangaço. É um escritor que escreve com paixão a dura realidade de um nordeste exsicado pelas longas secas onde sobrevivem as plantas cactáceas: xiquexique, macambira, quipá, mandacaru, cabeça – de – frade e facheiro. E por que não falar da arvores sagrada do sertão, o umbuzeiro. Arvore que mata a sede, serve de sombra e de refúgio para beatos e cangaceiros. A crueldade do bando de Lampião não é maior que a dos volantes. Muitas vezes existe uma migração de um lado para outro. Zé Rufino, por parte dos Volantes e, Lampião, por parte dos bandidos, foram os marechais do sertão e vinha do mesmo tronco familiar. Tanto volantes quanto os bandidos assustavam e espoliavam os homens que habitavam aquele estranho e perverso mundo.

Os nazarenos foram os grandes combatentes dos temidos cangaceiros. Mané Neto, o temido vesgo de Nazaré – PE, luta contra o bandido Sabonete.

“um bandido pula para a frente dos inimigos. Está enlouquecido Com um punhal na mão corre na direção de Mané Véio. Parece que quer sangrá-lo. O cangaceiro está tão próximo do nazareno que este não tem dificuldade nenhuma em d com um tiro certeiro na cabeça. O Assecla cai morto aos seus pés”.

Morto de sede o nazareno toma a água com sangue na cabaça do “cabra”. (Fogo de Maranduba. Lampião Além da Versão pp. 168). As Nas Batalhas de Maranduba e Serra Grande os cangaceiros desafiaram seus algozes.

Lampião só pode surgir num sertão esquecido pelo poder, numa terra desolada e esturricada por tenebrosas secas, onde reinava os grandes latifúndios governados por coronéis. Mesmo assim, Lampião teve desavença com poucos coronéis e a sua presença fez tremer o poder e riqueza dos senhores das terras que remonta às capitanias hereditárias. O flagelo da seca continua. O sertão é outro e os deserdados da seca recebem, hoje, uma bolsa- família.

As opçoes de vida eram poucas e entrar para o exercito ou cangaço eram faces da mesma moeda. O cangaço também era poder e muitos filhos de famílias entraram para esse mundo sem nenhuma motivação provocada por mortes ou vinganças. Muitas vezes as desavenças surgiam por uma intriga, fuxico ou delação (veja o terrível caso da morte de Zé Vaqueiro ). Cangaceiro detesta fuxico e covardia. Outras vezes as brigas aconteciam por vinganças entres famílias ou traição. “ O traidor sempre foi a figura mais odienta dentro do mundo caipira e do meio do cangaceiro. Para o delator não havia perdão” ( op. Cit. pp. 239).

Um homem simples apaixonado pela vida e pelas mulheres. A paixão pelo cangaço e Sergipe, só perdia para elas. Casou muitas vezes e deixou muitas viúvas. Além dos livros que conseguiu publicar, deixou outros inéditos. Alcino Alves Costa viveu toda a sua vida num dos principais cenários, palco da saga de Lampião. Ouvindo pessoas e pesquisando os lugares e refúgios onde foram travadas as batalhas ele pode reunir muitas histórias e versões contadas dos embates entre coroneis, volantes, coiteiros e beatos.

Pode não ser a versão verdadeira, mas é uma versão que precisa ser ouvida e lida. Seus livros ficam e são imprescindíveis para quem estuda o cangaço e os costumes e cultura dos nordestinos. “Lampião além da versão – mentiras e mistérios de Angico” (3ª edição 2011), “O Sertão de Lampião” ( 2ª edição 2008); e “Poço Redondo, a saga de um povo” ( 2009).

O autor ainda escreveu um livro que ele considerava o seu melhor trabalho. “Maria do Sertão”, seu primeiro romance ficional.

História e Lendas do Sertão, Sertão Viola e Amor, Preces ao Velho Chico entre outros livros escritos por Alcino Costa, enriquecem a etnografia nordestina e a cultura brasileira.


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SERGIPANIDADE: CONVERSA COM ALCINO ALVES COSTA


Alcino Alves Costa é personalidade memorável do município de Poço Redondo. Hoje é um escritor ativo, compositor, poeta e historiador. A Equipe do Sergipanidade bateu um papo com ele, e você confere agora!
Categoria

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MEMORIAL ALCINO ALVES COSTA | PROGRAMA CONEXÃO APERIPÊ - 02.08.2016 | TV APERIPÊ/TV BRASIL

Por Leonardo Tomaz

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AO MESTRE ALCINO, COM CARINHO

Vídeo do Aderbal Nogueira

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SETE ANOS SEM O CAIPIRA DE POÇO REDONDO

Foto do acervo do seu filho Rangel Alves da Costa

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DE 6 10 DE NOVEMBRO ACONTECE O MAIOR FESTIVAL DE XAXADO DO BRASIL.



Arrumando as malas para ir a Serra Talhada - Pernambuco. De 6 10 de novembro acontece o maior festival de Xaxado do Brasil. 

Desde já, sinta-se convidado! Eu não perco por nada!


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REI DO CANGAÇO 'LAMPIÃO' É CONDENADO EM JÚRI ÉPICO REALIZADO NO SERTÃO DE PERNAMBUCO

Por G1 Petrolina

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GECAPE- GRUPO DE ESTUDOS DO CANGAÇO DE PERNAMBUCO.



"Traçando metas e seguindo em frente, estudando, difundindo e preservando nossa História"!

COMUNICADO:

A Diretoria do GECAPE comunica que nossa próxima reunião será no sábado, 09 de novembro de 2019, às 08h:00, e de acordo com a pauta submetida à análise, e por conseguinte, aprovada na assembleia ordinária realizada no dia 19 de outubro de 2019, faremos a 1a. Visita Técnica do Grupo de Estudos do Cangaço de Pernambuco.

Visitaremos (03) três endereços históricos, quê são: 1.) o sobrado de quatro andares situado na famosa Rua da Imperatriz Tereza Cristina, e onde no 3o.piso nasceu em 1849, o maior abolicionista da História do Brasil: Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo. 2.)O exato local onde ocorreu o assassinato à bala do então Presidente do Estado da Paraíba, João Pessoa de Queiroz, em 26 de julho de 1930. À época do homicídio, funcionava no local do crime - o imponente e histórico prédio é situado entre as ruas da Palma, e Nova - a suntuosa e célebre Confeitaria Glória, e hoje, 89 anos depois, o que há é uma loja de confecções. Este fato foi o estopim que faltava para a eclosão quase três meses após, da Revolução de Três de Outubro de 1930, e que findaria por levar o gaúcho de São Borja, RS, Getúlio Dornelles Vargas, ao Poder.

3.) Finalmente, o GECAPE visitará a Casa da Cultura de Pernambuco, que durante o Ciclo do Cangaço funcionou a Casa de Detenção do Recife. Ali foi o cárcere de inúmeros coiteiros e cangaceiros, sendo que destes prisioneiros, o mais famoso foi Antônio Silvino, também cognominado de "O Rifle de Ouro" e ou "Governador do Sertão", permanecendo preso durante 23 anos, ou seja, de novembro de 1914 ao ano de 1937.

Durante as visitações teremos a assessoria técnica e histórica do amigo, confrade e artista plástico Manuel Dantas Suassuna.

Contamos com a presença de todos.
Wasterland Ferreira Leite.
Presidente do GECAPE - Grupo de Estudos do Cangaço de Pernambuco.


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VERDADES SURGIDAS APÒS A RETIRADA


*Rangel Alves da Costa

Mesmo que no avexado instante da retirada, Lampião tenha deixado cair, e por lá tivesse ficado, sua reza a Nossa Senhora escrita em papel e guardada como escudo de proteção, ainda assim sua fé e sua religiosidade logo se apegariam a outras sagradas forças. A contínua crença que vivia abençoado pelo padre Cícero do Juazeiro, mas principalmente pela presença de Nossa Senhora guiando seus passos e protegendo contra todo mal. Contudo, muito menos sagrada – e até profana - era sua outra crença: que possuía proteção de grande parte dos comandantes das forças volantes.

Em tal concepção, aquele feroz ataque no instante da retirada não havia sido planejado para dar fim ao Capitão e seus estados-maiores, mas tão somente para dar cumprimento, assim como uma obrigação onde não se deseja o resultado, a uma ordem escrita em cima e rasgada por baixo. Quer dizer, os ataques eram feitos, até com mortes e feridos, mas sem chegar ao rei cangaceiro. E a ordem para tal vinha do próprio comando das forças das caatingas. Segundo imaginava o próprio Lampião.

Jamais se saberá a verdade por trás dessa crença do rei cangaceiro. Fato, contudo, é que após o fogo cerrado na noite da retirada, o que se travou foi uma desavença danada entre o comandante da volante e seus comandados. E dizem que foi isso o ruidosamente ecoado:

“Todos você enlouqueceram, só pode ser. Atacar o bando é uma coisa, e atirar sem saber em quem vai acertar é outra coisa. Sorte de vocês que não aconteceu uma tragédia maior. Se há uma galinha que põe ovos de ouro, até que se pode perseguir a galinha, mas não quebrar os ovos, que são de ouro. O cangaço é a galinha dos ovos de ouro. O nome cangaço pode ser perseguido, encurralado, tocaiado, ferido, mas jamais os ovos de ouro, que são os próprios cangaceiros. Qual o interesse de quebrar os ovos de ouro? Digam: é preciso matar aquilo que sustenta vocês?”.

Eis, assim, um dos escudos imaginados pelo Capitão Virgulino: a forte proteção por todo lugar. Talvez até tivesse razão em pensar assim, vez que não foram poucas as vezes em que “seus poderosos inimigos” ou “seus cruéis perseguidores”, chegaram diante de si até querendo beijar seu anel. “Não precisa se ajoelhar comandante, não precisa. Levante e vamos tratar de assuntos mais importantes. Obrigado pelo perfume estrangeiro trazido pra Santinha, também por essa garrafa de bebida cara. Mas se dê o direito de tomar o primeiro gole...”. Assim juram que aconteceu com um “seu cruel perseguidor”.

Era realmente um labirinto de conchavos, de acertos escondidos, de trocas de favores e de ocultas proteções. Isso Lampião fazia abertamente com poderosos, coronéis e políticos. Por amizade, e sempre em troca de algum favor recebido, ou pela paga, a verdade é que o rei cangaceiro todo dia costurava sua rede de proteção ou ia desalinhavando a costura feita daqueles alçados à inimizade. Sua estratégia, para alguém de pouco estudo, era verdadeiramente assombrosa.

Às escondidas, até mesmo porque no jogo da guerra assim deveria ser, do mesmo modo acontecia com chefes de volante, de forças perseguidoras. Como asseverou um de seus mais fiéis coiteiros, “eu merma já fui entregar recado do Capitão a um comandante que eu nunquinha ia pensar que era tão seu amigo. Quano cheguei junto dele, a primeira coisa que feiz foi perguntar pelo seu cumpade. Quem era o cumpade? Ora, ora...”.

Ainda sem rumo certo depois do avexame da retirada, um dia, enquanto tomava fuga do sol debaixo de um umbuzeiro no meio do mato, o Capitão foi surpreendido com a chegada de um coiteiro, que rastejou até ali pela orientação recebida daquele outro coiteiro cuja casinha ficava nos arredores do coito daquele terrível fogo em noite de breu. Mesmo visivelmente cansado, aumentou o passo para fazer chegar às mãos do rei cangaceira uma curta missiva, escrita em letra miúda:

“Capitão, com as saudações desse comandante que é seu amigo e também seu comandado. Pelo mesmo portador dessa escrita, favor dizer onde a gente pode se encontrar para jogar um carteado. Tenho coisa boa, armamento novo e munição encaixotada. Enquanto a volante vai no seu encalço com arma velha e caindo aos pedaços, o que for do melhor vai pra suas mãos. Mande dizer que lá estarei. Do seu amigo de sempre, comandante...”.

Após escrever no outro lado do papel, no mesmo instante Lampião deu ordem de partida. “Agora vamos por ali”, anunciou. E a cangaceirama seguiu seus passos.

Escritor


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TRÊS CULTOS DA CULTURA E DA POESIA.

Da esquewrda para  direita. - José Di Rosa Maria, Antônio Francisco e Ismael.

Dois poetas e um ator.
Três seres humanos e três mundos
em um mesmo mundo.


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GUERRA DE PAU DE COLHER!


Por Marcos Damasceno, escritor

O documentário gravado por Wllyssys WolfgangGeisla Fernandes e equipe está em vias de finalização. Uma mistura de alegria e honra participar deste importante e providencial documentário para o registro e divulgação do arraial do Pau de Colher. 

Parabéns!  Marcos Damasceno, escritor.


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