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sábado, 11 de abril de 2020

ELANE MARQUES - ENTREVISTADA


 Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Elane Lima Marques nasceu em Aracaju em 17 de março de 1959. Na graduação, é formada em Pedagogia pela Faculdade Pio X, com especialização em Administração Escolar. Na pós-graduação cursou Psicopedagogia Institucional e Clínica. Na área de voluntariedade notabiliza-se no Lions Club International, tendo ocupado a Presidência do Lions Clube Atalaia, assim como os cargos de Coordenadora do Gabinete de Integração, Assessora da Mulher e da Família, Assessora Distrital das Crianças, Assessora Distrital de Eventos, Presidente da Divisão D, e atualmente exerce o cargo de Presidente da Região D do Distrito LA3 que abrange Pernambuco, Alagoas e Sergipe. É sócia também do Woman’s Club International of Sergipe onde ocupa o cargo de 2ª Vice-Presidente.

“Satisfação pessoal em ver o meu trabalho sendo divulgado, propalado, lido, por vezes elogiado pelo público; enfim, deixando como parâmetro para pesquisas de futuras gerações.”

Boa leitura!

Escritora Elane Lima Marques, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a motivou a ter gosto por temáticas voltadas para o cangaço?

Elane Marques - Sendo Conselheira do Movimento Cariri Cangaço e acompanhando o meu companheiro, escritor Archimedes Marques, também me apaixonei por esse tema culminando em escrever o livro “Sila, do Cangaço ao Estrelato”, uma obra que minucia a história de vida dessa cangaceira, companheira de Zé Sereno, uma mulher que sobreviveu ao cangaço e também venceu na grande metrópole São Paulo.

Em que momento pensou em escrever “Sila, do Cangaço ao Estrelato”?
Elane Marques - Na qualidade de autêntica representante da mulher, conforme sempre procurei ser em todas as áreas de minha atuação, quando me inteirei mais profundamente do tema cangaço, procurei dentre as cangaceiras aquela que melhor fizesse parte do meu perfil, pois pretendia escrever algo a seu respeito. Assim, em uma dessas pesquisas de campo alguns anos atrás, próximo a Curituba, município de Canindé do São Francisco, em Sergipe, conhecemos uma pessoa encantadora, humilde, um homem simples e castigado pelo tempo: José de Souza Lins Ventura, mais conhecido por Zé Leobino, vaqueiro aposentado, nascido na fazenda Cuiabá, em 3 de fevereiro de 1924. Zé Leobino, nos seus doze anos de idade, conheceu Lampião, Maria Bonita e diversos outros cangaceiros, dentre os quais Sila, que sempre se acoitavam naquela propriedade pertencente à portentosa família Brito que dominava o baixo São Francisco. Após sermos apresentados, depois de uma curta conversa, ele foi logo dizendo que eu era bonita e bem feita igual a Sila, com uma “anca” bem torneada, também uma mulher determinada, decidida e acima de tudo, uma mulher que demonstrava saber o que queria, enfim, o retrato em pessoa de Sila. Oportunamente fizemos outra visita ao simpático Zé Leobino, e novamente esse “galanteador” asseverou estar olhando para Sila, para ele a mais bela das cangaceiras. Desse modo, vaidosa como sempre fui, me despertou a ideia fixa de melhor pesquisar essa mulher, uma brava cangaceira do passado e uma grande mulher no período pós-cangaço. Aquele cansado homem me fez ver o que estava “escrito nas estrelas”, ou seja, que eu deveria escrever sobre Sila, e assim foi feito.

Apresente-nos a obra.

Elane Marques - O envolvimento de Sila com o cangaço se deu na segunda metade de 1936, quando passou a conviver maritalmente com o então cangaceiro Zé Sereno (José Ribeiro Filho) que pertencia ao bando de Lampião. Esse acontecimento mudou para sempre a vida dessa jovem sertaneja, natural de Poço Redondo, Sergipe, menina nos seus 13 anos de idade que, juntamente com sua família, se tornou a partir de então alvo das perseguições das Forças Policiais Volantes que atuavam no combate ao banditismo pelos sertões.

Sila e seu companheiro estiveram presentes em alguns combates e sobreviveram à emboscada realizada pela Força Policial Volante de Alagoas, comandada pelo então Tenente João Bezerra, que vitimou Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros, além de um soldado da Força Policial, fato ocorrido em 28 de julho de 1938 na grota do Angico, em Sergipe.

Após a morte de Lampião, o casal se entregou às autoridades em troca da anistia prometida pelo governo Vargas, e pouco tempo depois de serem liberados pela Justiça, seguiram perambulando a pé pelas estradas vivendo grandes aventuras, com destino ao sul da Bahia, indo posteriormente para Minas Gerais e por fim para a grande São Paulo, onde se estabeleceram definitivamente.

De que forma Sila se destacou após o cangaço?

Elane Marques - Assim que chegou a São Paulo, nasceu o quarto filho com vida do casal; entretanto, somente três estavam em sua companhia, pois o primeiro, nascido na época de cangaço, fora entregue a terceiros para uma melhor criação. A exemplo das outras paragens, sem dinheiro algum, comeram o “pão que o diabo amassou” entre os paulistanos da periferia, não somente por terem um passado de sangue, mas principalmente por serem sertanejos nordestinos, pior ainda, por terem sido cangaceiros. Mas os dois foram à luta: Zé Sereno fazia “biscate” aqui e acolá até que conseguiu um emprego fixo como vigilante e faxineiro em uma escola municipal. Sila, por sua vez, mostrava seus dotes na costura. Costurava em casas diversas ganhando diárias ou por encomenda. Costurava na sua residência as roupas dos clientes da redondeza.

Devido ao seu excelente desempenho, montou um atelier de costura nos Jardins, em São Paulo e fez bicos de vendedora e enfermeira, virando-se como podia. Durante alguns anos, trabalhou como costureira na TV Bandeirantes, costurou roupas para as dançarinas do Chacrinha, foi camareira das atrizes Regina Duarte e Fernanda Montenegro. Também fez figuração nas novelas “Sapos e Beijos” e “Os Imigrantes”. Auxiliandonas filmagens da minissérie “Lampião”, da Globo, nos anos 80, regressou ao palco de sua tragédia. Sila começou a viajar, dar palestras e resgatar a epopeia do cangaço, que viveu na carne.

Mas Sila era “ranhenta”, sempre queria mais. Quando descansava, estava lendo ou escrevendo algo, aprimorando a língua portuguesa, daí virou escritora, autora de três livros: (SOUZA, Ilda Ribeiro de. “Sila Uma Cangaceira de Lampião”. São Paulo: Traço Editora e Distribuidora Ltda, 1984. / SOUZA, Ilda Ribeiro de. “Sila, Memórias de Guerra e Paz”. Recife: Imprensa Universitária, 1995. / SOUZA, Ilda Ribeiro de. “Angicos Eu Sobrevivi”. Oficina Cultural Mônica Buonfiglio, 1997).Pelo fato de ser conferencista em vários eventos, congressos e afins, Nordeste afora, Sertão adentro e noutros tantos lugares do Brasil, passou a ser mais conhecida ainda, dando entrevistas para muitas revistas, rádios, televisões, jornais... Sila agora já era uma celebridade, uma estrela...

Quais os principais desafios para a escrita do enredo que compõe o livro?

Elane Marques - Os desafios e dificuldades vieram e se foram à medida que a “colcha de retalhos” ia sendo remendada com a ajuda do meu companheiro, do amigo escritor Paulo Gastão, do cineasta Aderbal Nogueira, do pesquisador Geraldo Junior e dos remanescentes familiares de Sila, dentre tantos outros pesquisadores que contribuíram para a grandeza da obra.

O que mais a marcou enquanto escrevia o enredo que compõe “Sila, do Cangaço ao Estrelato”?

Elane Marques - Sem sombra de dúvida, o que mais me marcou foi o falecimento de Gilaene de Souza Rodrigues, a Gila, filha de Sila, pessoa que acolheu na totalidade os meus propósitos, que me forneceu importantes informações, fotografias inéditas; enfim, uma santa alma que se colocou à minha inteira disposição e que ficou radiante com minha ideia de escrever sobre sua mãe. Uma pessoa extraordinária que também deixou marcadas as suas considerações no meu livro em texto simples, mas direto sobre seus pais. Uma pessoa que também viria pessoalmente para o lançamento do meu livro, mas que infelizmente faltando apenas alguns dias para o evento partiu para o outro mundo, quem sabe a se reencontrar com Sila e Zé Sereno.

O que mais a encanta na trama?

Elane Marques - A lição de vida que nos traza grande Sila, provando que quando há perseverança se pode mudar da água para o vinho.

Onde podemos comprar seu livro?

Elane Marques - Nas livrarias: Leitura, no Shopping Boa Vista, em Salvador; e Escariz, no Shopping Jardins, em Aracaju. Também por correspondência fazendo o pedido pelo meu e-mail: marqueselane2@bol.com.br

Quais os seus principais objetivos como escritora?

Elane Marques - Satisfação pessoal em ver o meu trabalho sendo divulgado, propalado, lido, por vezes elogiado pelo público; enfim, deixando como parâmetro para pesquisas de futuras gerações.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Elane Lima Marques. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Elane Marques - Desejo que as pessoas não deixem os livros impressos morrerem. Adquiram, leiam, continuem colecionando e engordando suas bibliotecas. Usem  seus computadores e celulares para outros fins, esquecendo um pouco dessa história de livro virtual.

Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da Literatura
Contato: divulga@divulgaescritor.com



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A VINGANÇA DE ANTÔNIO MATHILDES E A MORTE DE ZÉ FERREIRA


Acervo do José João Souza
Virgolino aos 20 anos

Em novembro de 1919, Antônio Mathildes foi vítima de uma denúncia, a qual atribuiu ao major João Nogueira e ao seu genro, José Saturnino. Mathildes foi preso e espancado pelo cabo da Força Pública de Pernambuco Antônio Marques da Silva, conhecido por Antônio Maquinista, pela acusação de proteger os cangaceiros do bando de Sinhô Pereira. Foi aprisionado. Não havendo provas foi solto no dia seguinte por ordem de Agnelo Alves de Barros - Tio de José Saturnino. Depois que foi libertado foi pousar nas terras alagoanas, onde formou um grupo de cangaceiros. Na chefia desse bando provocou muitas desordens nas terras dos marechais. Passado um ano de sua prisão em Vila Bela, retornou Antônio Mathildes à ribeira do Pajeú, dessa vez com o objetivo exclusivo de vingar-se de José Saturnino e dos Nogueiras, pelo simple fato de julgar que a sua prisão fora por culpa dos mesmos.

Em 14 de setembro de 1920, Antônio Mathildes, na chefia de um bando composto por José Dedé, vulgo Baliza, Antônio Victorino, vulgo Gato, Raymundo Maximiano Moraes, José Pretinho, Luiz Mariano, vulgo Luiz Pão, Antônio Ferreira, *Virgolino Lopes, Levino Ferreira, Manoel Benedito, José Benedito, Olímpio Benedito, Ferraz de Vitória e um tal de Laranjeira, atacou a fazenda Maniçoba, de José Saturnino, causando grande tiroteio. Queimaram as cercas da fazenda, deixando exposta uma grande lavoura de algodão e legumes. Mataram ainda dez criações de cabras, várias reses e queimaram umas quinhentas cargas de milho pertecentes a José Ssturnino. Embora com número insuficiente de homens para uma luta renhida com os cabras de Antônio Mathildes, José Saturnino conseguiu afastá-los de sua propriedade, evitando maiores prejuízos.

No mesmo dia os denunciados seguiram para Serra Vermelha e, sempre fazendo grandes tiroteio, incendiaram os cercados das fazendas do major João Nogueira e de José Nogueira, ficando prejudicadas por esse meio uma grande plantação de legumes ali existente. Abateram cabras e bois pertencentes aos Nogueira. Depois saquearam a casa da viúva Lúcia Urbano, pertencente a mesma fazenda, roubaram tudo quanto foi objeto de valor.

Prosseguindo na jornada dirigiram-se para fazeda Mutuca, exigindo do senhor Venâncio Barbosa Nogueira, por meio de um recado de Antônio Mathildes, a entrega de um rifle ou a importância de cem mil réis, sob ameaça de incendiar o cercado da fazenda, caso o seu pedido não fosse atendido.

No dia seguinte, segiuram para fazenda Lemos, onde queimaram a casa pertecente a José Nogueirs, na qual residia José Guedes dos Santos e servia também de depósito de mantimentos. Estava cheia de cereais, milho e feijão. Sacrificaram bovinos e cabras e ainda incediaram um cercado pertecente ao mesmo José Nogueira, no qual havia plantações de milho, feijão e outros legumes. Antes de incediarem a casa de José Guedes, mandaram que o mesmo se retirasse dela. Ao sair de sua casa os bandidos desfecharam-lhe diversos tiros, dos quais se livrou milagrosamente. Depois atearam fogo em sua moradia, da qual somente restaram as paredes. Não obstante a superioridade do grupo de cangaceiros, os proprietários dessas fazendas reagiram à bala em defesa de seus patrimônios, fazendo com que os bandidos se dispersassem na caatinga.

Antônio Mathildes tomou o rumo das alagoas, não tornando mais a pertubar os Nogueiras e muito menos Zé Saturnino. Uma batalha com muitos prejuízos materiais, porém sem perdas de vidas humanas, para ambas as partes. Depois desse episódio não mais foram roubados bodes ou bois de Zé Saturnino ou dos Nogueira. Ficou então esclarecodo que o chefe dos ladrões era mesmo Antônio Mathildes.

De volta ao estado de Alagoas, Antônio Mathildes formou um novo grupo de cangaceiros, tendo em companhia Virgolino Ferreira e seus irmãos. Em 09 de maio de 1921, com 7 bandoleiros, saqueou o povoado de Piraconhas, próximo à cidade de Água Btanca, simplesmente para vingar-se do delegado e do chefe de polícia da comarca, Amarildo Batista, responsável pela prisão de João Ferreira, que, juntamente com o delegado de Piraconhas, havia revistado a casa de Antônio Mathildes e dos Ferreiras. Nove dias depois, José Ferreira, pai de Lampião, foi assasdinado pela polícia alagoana, sob o comando do sargento José Lucena. Então, ficou claro que o saque cometido em Piraconhas por Antônio Mathildes e Virgolino foi uma represália da polícia daquele estado, que resultou na morte de José Ferreira.

Pelo que se sabe, Mathildes, após esse ataque à povoação de Piraconhas, dera nova direção para sua vida, não se sabendo mais notícias do dito-cujo. Afastou-se de vez da vida de cangaceiro.

* Virgolino Lopes - Conforme consta no processo judicial, arquivado no Memorial da Justiça de Pernambuco: pasta: Vila Bela, 1920, denúncia - CR (Cangaceiros). Contra: Antônio Mathildes e outros. CX, 1016.

Fonte: PEGADAS de um SERTANEJO
De: Antônio Neto e José Alves Sobrinho


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HÁ 75 ANOS, O BRASIL ASSISTIA AO FIM DO CANGAÇO - JORNAL FUTURA - CANAL FUTURA


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NENÉM DO OURO


Por Ademar Bezerra


[10/4 17:47] Ademar Bezerra: OLÁ PESSOAL: COMO HAVIA PROMETIDO AQUI ESTA A PRIMEIRA PARTE DA HISTORIA DA CANGACEIRA NENÉM DO OURO, OUE ELEONOR . DO LIVRO PAULO AFONSO HISTÓRIAS E ROTEIRO DO CANGAÇO POR SANDRO LEE

[10/4 17:48] Ademar Bezerra: ---POUCO SE SABE SOBRE A BIOGRAFIA DA CANGACEIRA NENÊM, SÓ APENAS CONJECTURAS FORMAM UMA PEQUENA LINHA QUE NÃO CHEGA NEM A SER UMA BIOGRAFIA. POR SE TRATAR DE UM LUGAR TÃO PRÓXIMO A MINHA LINHA DE PESQUISAS, E VER QUE POUCOS SE INTERESSARAM TAMBEM EM BUSCAR HISTÓRIAS SOBRE ESSA MULHER, EU RESOLVI MUDAR UM POUCO ISSO. ESTAVA SEM UM PONTO CERTO, UM COMEÇO CENTRADO E OBJETIVO PARA ENCONTRAR ALGUNS FAMILIARES DE NENÊM. ESSA MULHER QUE TEVE UMA GRANDE IMPORTANCIA TAMBÉM NO CANGAÇO. ENTÃO COMECEI A VASCULHAR EM ENTREVISTA COM O AMIGO, JOÃO DE SOUSA LIMA, QUE DURANTE O ANO DE 2001, ESTAVA EM PESQUISAS NO POVOADO SALGADINHO. E FOI MUITO AMIGO DE UM DOS COITEIROS DE LAMPIÃO NA REGIÃO DA BAHIA, O JOÃO JOSÉ DE LIMA, VULGO GARRAFINHA, QUE OUTRORA FORA CASADO COM UMA DAS IRMÃS DA NENÊM. E LEVEI VÁRIOS ANOS GARIMPANDO E TENTANDO ACHAR VESTÍIGIOS DELA. AS MINHAS PESQUISAS FICARAM PARADAS POR SEIS ANOS. MAS AGORA ESTOU RETORNANDO DO LUGAR DE ONDE PAREI PARA DAR CONTINUIDADE A SAGA DESSA SENHORA, QUE POR MOTIVOS ALHEIOS A NOSSA IMAGINAÇÃO ENVEREDOU NO MUNDO DO CRIME . FOI POR AMOR, FOI POR LIBERDADE, , NÃO NOS CABE JULGAR , SÓ ELA , SOMENTE ELA , SABE OS VERDADEIROS MOTIVOS QUE LEVARAM-NA A ESCOLHER ESSE TIPO DE VIDA . INFELISMENTE ESSE SEGREDO ELA LEVOU COM ELA PARA ALÉM TÚMULO. SÓ NOS RESTA LER A HISTORIA , E NÃO NOS PRECIPITARMOS EM FAZERMOS PRÉ JULGAMENTO.. ESTA É A PRIMEIRA PARTE DA BREVE HISTORIA DE ELEONOR. OU COMO QUEIRA NENÊM DO OURO . AGUARDE A SEGUNDA PARTE, OU SE NÃO AGUENTAR DE ANCIEDADE , ENTRE EM CONTATO COM O PROPRIO ESCRITOR. SANDRO LEE E RECEBA DEU LIVRO AUTOGRAFADO . ATÉ A PRÓXIMA.


ACERVO DO JOSE IRARI



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CERVO DO JOEL REIS



Em 10 de março de 1934, em terras sergipanas, o grupo de Zé Baiano assassinou o fazendeiro Martinho de Souza Freire, o vaqueiro Joãozinho de Vítor e o pai deste. Por essa razão, Antônio Conrado, sobrinho do Velho Martinho, comunicou o crime ao Interventor Federal, Eronides Ferreira de Carvalho. Logo, pediu-lhe para incluir os filhos do finado no combate ao Cangaço. Com o pedido aceito, criaram uma Força Volante, composta de 10 homens, sendo 5 deles filhos do Velho Martinho: Felinto, José, Filomeno, Pedro e Alcino, e mais 05 parentes.

Essa volante deu vários combates com os cangaceiros e, em um deles, auxiliando a volante do Tenente Zé Rufino, mataram o cangaceiro Zepelin.

Local: SE
Data: 1935 (provavelmente)
Foto: Autor Desconhecido
Fonte Imagem do livro: SOUZA, Antônio Conrado de. Momentos da minha vida. [S.l.: s.n], [19--].
Referências:
ALMEIDA, João Hélio de. Carira [S.l.: s.n], 24 out. 2014. Disponível em: <http://meucarira.blogspot.com>. Acesso em: 25 out. 2018.
RABELO, Olímpio. Retalhos de História. [S.l.: s.n], [19--]
RABELO, Olímpio. Memórias. [S.l.: s.n], [19--]


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OS IRMÃOS REPENTISTAS: DIMAS BATISTA E LOURIVAL BATISTA (Ambos em memória)



“Eu, com Dimas meu irmão
Não tinha nada em comum
Dimas parecia um sábio
Dentro de Cafarnaum
Falava três idiomas
Eu, a metade de um”


Lourival Batista

Fotografada por JORGE REMÍGIO, de um quadro na casa de ÉSIO RAFAEL.


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"A FANTÁSTICA HISTÓRIA DOS ÍNDIOS TABAJARAS!"


Por Laura Macedo

Para quem não conhece a fantástica história dos Índios Tabajaras ela poderá, à primeira vista, parecer inverídica. Principalmente considerando-se de onde vieram -, são índios brasileiros autênticos, da raça tupi-tabajara, nascidos na remota e agreste serra de Ibiapaba, dentro do então isolado município cearense de Tianguá, na divisa com o Piauí -, e tendo alcançando, no chamado mundo civilizado, o que alcançaram.

Na língua tupi, receberam os nomes de Muçaperê e Erundi, que significam O Terceiro e O Quarto, pois estavam nessa ordem de nascimento dos filhos do cacique Ubajara, ou Senhor das Águas, ao todo trinta e quatro irmãos.

Em 1933, a família migrou a pé rumo ao Rio de Janeiro. A caminhada durou cerca de três anos nos quais a dupla entrou em contato com cantadores e violeiros das regiões pelas quais passaram.

Chegando ao Rio de Janeiro, por interferência do tenente Hildebrando Moreira Lima, registram-se com novos nomes, Antenor e Natalício. Em torno de 1945, fizeram uma primeira apresentação na Rádio Cruzeiro do Sul do Rio de Janeiro utilizando o nome de Índios Tabajaras.

Em 1953, gravaram pela Continental um disco com o baião "Tambor índio" e o galope "Acara Cary", ambas de Muçaperê. Em 1954, gravaram, também pela Continental, a polca "Pássaro Campana", motivo popular com arranjo de Muçaperê e a toada chilena "Fiesta Linda", de Luiz Bahamondes. Gravaram ainda no mesmo ano, os boleros "Maran Criun" e "Nueva Ilusion" ambos de Muçaperê. Por essa época, excursionaram pela Argentina, Venezuela e México, realizando estudos de música. Em seguida rumaram para os Estados Unidos onde ficaram se apresentando durante três anos.

Em suas apresentações varia o repertório do clássico ao popular. Para o clássico, apresentavam-se de smoking e interpretavam músicas eruditas, principalmente de Villa-Lobos, Tchaikovsky, Sibelius, Tárrega, Chopin ou então de Natalício, que compusera uma série para violão. Para o repertório popular apresentavam sambas e motivos folclóricos.

Em 1960, retornaram ao Brasil e suspenderam as atividades artísticas por três anos. Após esse tempo retornaram para os Estados Unidos. Em seguida, apresentaram-se no Japão, Europa, China e outros países asiáticos. Em 1968, retornaram ao Brasil e gravaram um disco cantando músicas havaianas.

Instalaram-se então nos Estados Unidos. No início dos anos 1970, gravaram um LP com músicas japonesas com destaque para "Sakura-Sakura". O maior sucesso da dupla foi "Maria Helena", fox que vendeu mais de 1 milhão de cópias.

(Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, na internet).
Transcrição Sálvio Siqueira
Fonte/foto blogln.ning.com


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