Por Nas Pegadas da História
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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
O DEPOIMENTO DO CANGACEIRO RELÂMPAGO II #CANGAÇO
OS CANGACEIROS JOSÉ GOMES E LUCAS DA FEIRA.
Por Helton Araújo
Iniciamos hoje
o Cangaço Eterno Retrô, onde todos os dias relembraremos os vídeos do canal,
vindo dos mais antigos aos atuais. Começamos com o PRIMEIRO vídeo do canal,
onde falamos da série "OS PRECURSORES DO CANGAÇO".
Conheça mais
sobre José Gomes, vulgo Cabeleira e Lucas Evangelista, vulgo Lucas da Feira.
Esses para alguns pesquisadores foram cangaceiros (hoje eu não os acho).
Peço que tenham paciência, pois esse vídeo tem mais de 4 anos e minha dicção era péssima, eu nunca tinha narrado nada na vida, era o início de um sonho que deu certo.
Deixe sua
opinião no espaço destinado para comentários sobre o vídeo. Tenham um excelente
dia e feliz Natal a todos.
Att: Helton
Araújo
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O CANGACEIRO QUE CHEGOU NO DIA DE NATAL
Por Beto Rueda
José Alves
Matos nasceu no dia 08 de março de 1917 na fazenda Alagoinha, município de
Patrocínio do Coité, hoje Paripiranga, Bahia.
Cresceu em uma
zona pobre influenciada pelo cangaço, de uma família numerosa contando oito
irmãos, seis irmãs e mais cinco homens e três mulheres de um casamento
posterior de seu pai. Teve vários primos e sobrinhos no cangaço, tais como:
Santa Cruz, Chumbinho II, Zepelin, Ventania, Pavão e Azulão III, entre outros.
Pela constante
perseguição das volantes, entrou para o bando de Corisco aos 16 anos de idade,
em 25 de dezembro de 1933, dia de Natal. Recebeu pela data, a alcunha de
"Vinte e Cinco".
Com o passar
do tempo, por desavenças com Dadá companheira do chefe, saiu e passou a
acompanhar os grupos de Mariano e depois de Luiz Pedro e Lampião.
Após quatro
anos e sete meses de batalhas nos sertões nordestinos, no dia 28 de julho de
1938, coito de Angico, local da morte de Lampião, Maria Bonita e mais nove
cangaceiros, escapou da tragédia por sorte do destino: fora buscar munições e
mantimentos longe do local de combate.
Depois da
morte do Rei do Cangaço, Vinte e Cinco se manteve escondido até se entregar às
autoridades com o grupo do cangaceiro Pancada, no dia 15 de outubro de 1938, no
município de Porto da folha, hoje Poço Redondo, Sergipe. No dia 17 do mesmo mês
foram escoltados a Piranhas, Alagoas. Mais tarde encaminhados a Santana do
Ipanema e Maceió.
Vinte e Cinco
se negou a colaborar no período da perseguição aos companheiros do tempo do
cangaço que não tinham se entregado. Ficou preso por quatro anos em Maceió.
Estudou dentro da cadeia, onde tinha certos privilégios. No dia 10 de fevereiro
de 1943, recebeu o alvará de soltura. Por indicação de um amigo, conseguiu
entrar no Estado como guarda civil. Mais a frente prestou concurso para o
Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, foi aprovado e reconstruiu a sua vida
até se aposentar.
Extrovertido,
concedeu várias entrevistas contando pormenores da vida na caatinga,
contribuindo para o enriquecimento da historiografia do cangaço.
Foi o último
cangaceiro vivo do bando de Lampião antes de Dulce, companheira do cangaceiro
Criança, que se foi no ano de 2022.
O servidor
público morreu na manhã de domingo, aos 97 anos, no dia 15 de junho de 2014, na
sua residência em Maceió, vítima de insuficiência respiratória. Deixou esposa
Mariza da Silva Matos com quem foi casado por mais de 50 anos, sete filhos e 16
netos.
REFERÊNCIAS:
BONFIM, Luiz
Ruben F. de A. Fim do cangaço: as entregas. Paulo Afonso: Graftech, 2015.
OLIVEIRA,
Bismarck Martins de. Cangaceiros de A a Z. 2.ed. João Pessoa. Mídia Gráfica e
Editora, 2020.
LIMA, João de
Sousa. Adeus a "Vinte e Cinco". <https://lampiaoaceso.blogspot.com/search?q=vinte+e+cinco>
Acesso em 18 dez. 2019.
IMAGEM 1: www.lampiaoaceso.blogspot.com
https://www.facebook.com/groups/179438349192720/?multi_permalinks=2141616932974842%2C2139063303230205%2C2137751360028066¬if_id=1734644853945763¬if_t=group_highlights&ref=notif
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