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domingo, 17 de julho de 2016

MEMÓRIA DO CANGAÇO, filme completo

https://www.youtube.com/watch?v=dVb50n7UkNI

Publicado em 27 de mar de 2014

Mostra as origens do cangaço, movimento armado de bandoleiros no Nordeste entre 1935 e 1939, com entrevistas de alguns sobreviventes da luta, policiais e cangaceiros. Entremeadas com os depoimentos, sequências autênticas de filmes realizados em 1936 por Benjamin Abrahão, um mascate árabe que conseguiu filmar o famoso bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.

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DESCRIÇÃO BUCÓLICA DE UMA VIAGEM A TIBAU - 17 DE JULHO DE 2016

Por Geraldo Maia do Nascimento

Viajar para Tibau hoje, pela RN-013, leva apenas 32 minutos de carro, se houver pouco trânsito. Como dizemos por aqui, “é um pulo”. Mas antes era diferente. Em 1920, por exemplo, para se fazer essa mesma viagem, levava-se o dia todo viajando em carro-de-boi, percorrendo as oito léguas que separavam Mossoró daquela comunidade. E precisava de um planejamento bem maior. E como acontecia: 

               
Nas férias escolares, algumas famílias se preparavam para passar meses na praia de Tibau. Dias antes, começavam as arrumações. Em sacos e trouxas eram guardados objetos caseiros, redes, roupas, lençóis e alimentos.
               
No dia marcado, a família se levantava cedo. Às seis horas, o carro-de-boi estava pronto. A capota de esteira feita com palha de carnaúba, protegia os viajantes contra o sol e a chuva. Puxado por três a quatro juntas de boi, sendo a primeira ao pé do carro, a mais forte. Ligadas por um cambão - trave que passava por cima dos pescoços, formando a parelha. Esse cambão também era chamado de “canga dos bois”. Dois paus de madeira forte enfiados no cambão, ficavam de cada lado do pescoço da rês, dificultando os movimentos da cabeça. Na longa viga, saída do centro do carro, o timão, atrelavam a parelha e, no cabeçalho, prendiam a canga.
               
O carreiro portava relho e vara com ferrão para tanger os animais. Em geral, viajava sentado numa das quinas, à frente da carroceria, com as pernas para fora. Levava um jovem companheiro, montado num burro, que cavalgava à frente ou atrás da viatura. Atendia a mandados e tratava das rezes.
               
Embaixo do estrado, eram pendurados dois grandes chifres – um com sebo e outro com carvão vegetal pulverizado. A mistura dessas substâncias era colocada nos eixos das rodas. Quando em movimento, produzia grande rugido e evitava incêndio.
               
Preso ao veículo, haviam dois sacos de couro curtidos, com gargalos e tampas, cheios de água. Serviam aos passageiros e aos animais. No estrado além dos pneus dos lados, fixavam um banco à frente e dois atrás, sendo um de cada lado.
               
Após o café da manhã, cada pessoa, carregando sua bagagem, tomava o transporte. Pouco depois das seis horas , partia-se, ante os gritos aboiantes do carreiro: Ei, boi! Repetia esse grito a todo instante. O soar do eixo, rodando, era ouvido ao longe. Assim a comitiva deixava a cidade, numa viagem que duraria o dia todo. Às 10 horas e meia, davam uma paradinha para o almoço, normalmente num sítio, no lugar Grossos. Os bois eram desencangados, levados a beber água, pastar e descansar.
               
Às duas e trinta da tarde, atrelavam outros bois e partiam. Às cinco horas já se avistava Tibau, mas era preciso outra meia hora para se chegar ao destino.
               
As casas em sua maioria eram de taipa, alpendradas, cobertas de palha de carnaúba, e rebocadas de barro amarelo. Da cacimba rasa no quintal, fluía água claríssima. Os recém-chegados tratavam de armar as redes e procurar acomodações.
               
A praia de Tibau era rica em peixes e camarões, apanhados em tresmalhos. Pescadores trabalhavam apenas duas vezes por semana. O resto da semana passavam tomando cachaça.
               
Terminada as férias, a família regressava da mesma maneira. As areias das dunas, de tonalidades diversas, ofereciam paisagem sui generis ao visitante.
               
Era assim que se viajava a Tibau nos anos vinte, numa descrição bucólica. 

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento
Fontes:
http://www.blogdogemaia.com

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GENTE DAS RUAS DE POMBAL: DÉCADA DE 1970 NEGRO ADÍLSTON: UMA LENDA NO NOSSO IMAGINÁRIO

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

Na história futebolista de Pombal Negro Adélson é uma lenda, principalmente para a nossa geração. Eu particularmente só sei de Negro Adélson por “ouvi falar”, já que não o alcancei auge da sua juventude. Ainda cheguei a assistir uns poucos jogos ali no “Estadio Municipal Vicente de Paula Leite'” o Avelozsão, mas ele já estava no fim de carreira.


Negro Adélson era borracheiro e também viciado em Cachaça. “Bêbado” era seu estado natural.

Os dirigentes do São Cristóvão de Pombal, o time mais amado e que ainda hoje povoa o imaginário dos filhos da terrinha da bela época, já chegaram a mandar o Delegado de Pombal prender Negro Adélson na sexta feria, para que ele pudesse chegar ao domingo sóbrio.

E quando sóbrio ele era um monstro no gol. Era também muito divertido vê-lo jogando já que não só defendia chutes difíceis, como ainda ia até o adversário para passar a mão na cabeça do jogar e resmungar nos seus ouvidos coisas tipo “só tem essa bufa de velha?” “da próxima vez chute de mais certo que a bola chega!!”, etc…


De certa feita o atacante se aproximou para chutar na cara do gol, de repente Negro Adélson deu um salto-mortal na frete do adversário. Este ficou desnorteado, e não entendendo aquela presepada, simplesmente parou e deixou a bola seguir até as mãos do goleiro para delírio dos torcedores que o amavam como a um ídolo.

Na deca de 1970 Negro Adelson deixou Pombal e foi morar em Campina Grande. A última notícia que tive dele era que estava muito doente, acometido de diabetes, e isso já faz um bom tempo.

(Legenda da Foto: Em pé: Carrinho de Doutor Lourival, Bebé, Nego Adelson, Nenzinho, Werneck e Bosco Alencar; Agachados: Geraldo Gergelim, Tuzin de Jubinha, Cleber de Bandeira, Meu César e Amauri).

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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JOVINA VITORINO DE LIMA


Dona JOVINA VITORINO DE LIMA conhecida como “Dona Nega” filha do antigo cangaceiro ZABELÊ I (Izaias Vieira da Silva). Serra Talhada/PE
Fotografia gentilmente enviada por Luiz Carlos Araújo Alves (Bisneto de Zabelê I)

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo o Cangaço)

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ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ

Vídeo Ataque de Lampião à Mossoró

Publicado em 6 de set de 2011
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CHEGOU !!! MEU 16º LIVRO: LAMPEÃO ANTES DE SER CAPITÃO.


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BOM DIA, NAÇÃO CANGACEIRA!

Por Geraldo Júnior

Vou começar esse domingo trazendo um pouco da biografia de um dos cangaceiros mais afamados, temidos e sanguinários de todos os tempos.

Para quem ainda não o conhece... apresento-lhes...

SANTÍLIO BARROS O VULGO “GATO II”

Descendente da Tribo Pankararés que habita o Raso da Catarina. É apontado como um dos cangaceiros mais perversos e sanguinários de todo o ciclo do cangaço. Sua violência chegava ao extremo e ao ponto de eliminar membros de sua própria família.

Gato II foi durante determinado período o homem responsável pela execução dos serviços “pesados” à mando de Lampião.

Teve duas companheiras no cangaço, Antônia e Inacinha. Gato foi baleado na espinha dorsal no dia 29 de setembro de 1936 durante a tentativa de invasão à cidade de Piranhas/AL para resgatar Inacinha sua companheira que havia sido presa pela Volante do Tenente João Bezerra, vindo a falecer poucos dias depois em decorrência do ferimento.

No percurso até Piranhas, Gato assassinou quatorze pessoas inocentes. Importante lembrar que Inacinha não se encontrava na cidade de Piranhas/AL no momento do ataque cangaceiro.

A resistência da cidade formada por moradores locais pusera fim na vida de um dos Cabras mais ferozes do bando de Lampião e de toda a história do cangaço.

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo O Cangaço)

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70 ANOS DA “GEOGRAFIA DA FOME”

por José Gonçalves do Nascimento
 

O drama da fome está presente em obras importantes da literatura brasileira, em especial aquela produzida por intelectuais nordestinos. Em algumas obras, o tema chegou a inspirar cenas que, por sua força e dramaticidade, tornar-se-iam verdadeiramente antológicas:


Em “O quinze”, de Raquel de Queiroz, o personagem Chico Bento, após esfolar uma cabra que encontra pelo caminho, e estando cego de fome, leva à boca os dedos sujos de sangue, comprazendo-se no “gosto amargo da vida”. No romance “Vidas secas”, de Graciliano Ramos, a cachorra Baleia, há dias esfomeada, sonha com um mundo povoado por muitos e gordos preás. Em “A bagaceira”, de José Américo de Almeida, João Troculho, em diálogo com Lúcio, revela seu maior desejo: “comer até matar a vontade”.

Muito antes, Rodolfo Teófilo, ilustre humanista nascido na Bahia, mas radicado no Ceará, já havia tratado da temática, produzindo obras que se tornariam importantes peças de denúncia contra o terrível flagelo, caso do romance “A fome”, publicado em 1890.

Todavia, foi com Josué de Castro que a fome adquiriu estatuto científico, político e moral, não sendo encarada apenas como consequência de fatores climáticos e naturais, mas também, e sobretudo, como algo “provocado pelo homem contra outros homens”, a partir de ações políticas sistematicamente deliberadas.

Médico, geógrafo, cientista social, escritor, Josué de Castro é umas das figuras mais proeminentes do pensamento brasileiro. Pernambucano, nascido em 1908, dedicou a vida inteira ao estudo da fome e da nutrição, escrevendo sobre o tema obras de elevadíssimo valor científico e literário. Uma delas é “Geografia da fome”, publicada em 1946, ao fim da segunda guerra mundial, e tida por Alceu Amoroso Lima como “livro-chave da realidade brasileira”, comparável apenas ao “Os sertões”, de Euclides da Cunha.

O livro foi pioneiro no sentido de trazer à baile a problemática da fome e suas implicações políticas e sociais no momento em que o tema era considerado um tabu. O próprio autor classificará o assunto como algo “perigoso e delicado”, afirmando haver “uma verdadeira conspiração do silêncio em torno da fome”. “Será por simples obra do acaso – indagará ele – que o tema não tem atraído devidamente o interesse de espíritos especulativos e criadores do nosso tempo? Não cremos. Trata-se – continua – de um silêncio premeditado pela própria alma da cultura: foram os interesses e os preconceitos de ordem moral e de ordem política e econômica de nossa chamada civilização ocidental que tornaram a fome um tema proibido, ou pelo menos pouco aconselhável de ser abordado publicamente.”

Ao lado disso, há que se acentuar também a existência de certo sentimento de grandeza e ufanismo que fez com que a elite política e intelectual do Brasil ignorasse por tanto tempo o problema da fome, optando por destacar apenas elementos que pudessem enaltecer o nome do país, ainda que de forma maquiada. “A ‘Geografia da fome’ – assevera Barbosa Lima Sobrinho – veio desmistificar a ideia de que não havia fome no Brasil.”

Fatores de ordem política, econômica, social e cultural, como a concentração da terra e da renda, o abandono do campo, a urbanização desenfreada, a centralização do poder, a chamada “política de fachada” – sem esquecer, obviamente, a indiferença com que o fato sempre foi tratado – são aqui apontados como as principais causas do problema da fome ou da deficiência alimentar.

O livro divide o território brasileiro em cinco diferentes áreas alimentares, possuindo cada uma delas características específicas e níveis diversos de nutrição e subnutrição, tudo isso condicionado por particularidades históricas, geográficas, econômicas, sociais e culturais. São elas: 1) Área Amazônica; 2) Nordeste Açucareiro ou Zona da Mata Nordestina; 3) Sertão Nordestino: 4) Centro Oeste e 5) Extremo Sul.

Das cinco regiões que formam o mapa alimentar brasileiro, três são consideradas “áreas de fome”: a Amazônica, a da Zona da Mata e a do Sertão Nordestino. Segundo o estudo, estas são áreas onde pelo menos metade da população apresenta “nítidas manifestações de carência nutricional”. É onde, segundo o autor, revela-se a "chamada fome oculta, na qual, pela falta permanente de determinados elementos nutritivos, em seus regimes habituais, grupos inteiros de populações se deixam morrer lentamente de fome, apesar de comerem todos os dias”. Conforme vem definido, fome oculta é aquela caracterizada pela deficiência de ferro, cálcio, sódio e de vitaminas do complexo B, dentre outros. É a fome tipicamente de “fabricação humana”, nas palavras do próprio autor.

Josué de Castro morreu nos anos setenta em Paris, onde se encontrava exilado por força da ditadura militar, instalada em abril de 64. Morreu de infarto após tentar sem sucesso voltar ao Brasil e retomar a luta contra o terrível flagelo, que mais e mais se acentuava. Mas sua obra, em especial “Geografia da fome”, ainda haveria de render muitos e bons frutos, inspirando ações de solidariedade, assim como políticas de governo. Alguns exemplos:

Nos anos oitenta, o então arcebispo de Olinda e Recife, Dom Hélder Câmara deflagra amplo movimento de combate à fome, objetivando erradicar o problema até o ano 2000. No início dos anos noventa, o sociólogo Herbert de Souza cria o movimento da “Ação da Cidadania”, que mobilizou parte expressiva da população e tirou da fome extrema muitos milhões de brasileiros. O movimento acabou sendo assumido pela agenda oficial, tornando-se política pública. Anos depois, seria implantado o programa federal “Fome zero” que deu origem ao atual “Bolsa família”, o qual tem enormemente contribuído para a melhoria da qualidade de vida de parcelas consideráveis do povo brasileiro, concorrendo assim para a redução da miséria que ainda assola nosso país.

Não obstante os avanços até aqui obtidos, as mazelas apontadas há setenta anos ainda não foram superadas. O problema do latifúndio e da concentração de renda, apontado como principal responsável pela fome, continua a persistir e de modo cada vez mais acentuado. De modo que o livro “Geografia da fome” chega aos nossos dias mais atual do que nunca.


Enviado pelo professor, escritor pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

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MUSEU DO SERTÃO DE MOSSORÓ


MUSEU DO SERTÃO- Fazenda Rancho Verde- Estrada da Alagoinha- Mossoró-RN.   -  Site:  www.museudosertao.com.br

Museu do Sertão de Mossoró conta a história do nordeste com mais de 1.500 peças no acervo

Publicado em 29 de abr de 2014
Jornal TCM dia 28/04/2014
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CANGACEIROS


O Registro Iconográfico do Cangaço.

Parte do bando de Lampeão, filmados em 1936 por Benjamim Abraão Botto. Em plena caatinga e de encontro com o capitão, o fotógrafo consegue a façanha de filmar e registrar o cotidiano dos cangaceiros, fato este, que nos proporcionou um brilhante acervo sobre o Rei do Cangaço.



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Pedro Ralph Silva Melo (Administrador)

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