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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

MILIONÁRIO E JOSÉ RICO, ÚLTIMO SHOW DA DUPLA EM INDAIATUBA/SP

https://www.youtube.com/watch?v=sF4g4jAh-8Q

Publicado em 10 de set de 2017
Este show foi gravado em 2009 no salão da Wiber em Indaiatuba. Você que esteve lá, confira, quem sabe sua imagem não esteja gravada pra sempre nessa apresentação histórica.
Categoria
Música neste vídeo
Música
Artista
Milionário & José Rico
Álbum
Milionário & José Rico, Vol. 29
Licenciada por
ONErpm (em nome de MD MUSIC); UBEM, Peermusic, ASCAP e 5 associações de direitos musicais.

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SERÁ DIA 22

Clerisvaldo B. Chagas, 16 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.965

HELENA, PONTO DE ENCONTRO DO DIA 22 (Foto: livro 230, de B. Chagas).
Agendamos para o dia 22 próximo, o nosso encontro para avaliação do livro “O Boi, a bota e a batina; história completa de Santana do Ipanema”, que foi escrito até 2006. Como escrever documentários da cidade, nunca foi compreendido pelas sucessivas autoridades, a urbe vai ficando sem a sua história real enquanto gasta-se o que não tem com um cantorzinho saído do buraco da onça, somente para fazer zoada na praça. O maior documentário jamais produzido no interior do estado não baterá mais à porta dos donos do poder que têm obrigação de publicar documentos úteis à população e existe verbas aos montes para isso. Sem questionar, estaremos na Escola Estadual Profa. Helena Braga das Chagas, apresentando em vídeo o nosso trabalho dia 22 próximo (quarta-feira) as l9 horas e 30 minutos.
A Escola Helena Braga enviou convites para esse encontro, às escolas, sem exceção, para que seus mestres possam apreciar, questionar e sugerir como publicá-lo. Não somente os professores de Geografia e História estão convidados, mas qualquer pessoa de Santana do Ipanema que esteja interessada em sua história. Após a apresentação e conclusões, será mostrado o “Projeto Resgate do Campo” que terá início no próximo mês de setembro e já possui a parte de gabinete bem adiantada. O nosso projeto é aberto e todos os cidadãos e cidadãs podem se engajar. Como? Indo ao encontro do dia 22 para se inteirar de tudo. Confirme sua presença com o professor Marcello Fausto, coordenador da Escola Helena.
Agradecemos o apoio do diretor e professor Ivanildo Ramalho que deseja uma escola modelo para o Helena e confia que o nosso trabalho no campo seja de qualidade e digna de primeiro mundo. Assim também esperamos o apoio desde o gari ao empresariado santanense e das demais unidades de ensino, Imprensa, pesquisadores e cidadãos comuns. Todos estão convidados para a noite do dia 22 (quarta-feira) às l9 horas e 30 minutos.
“A união faz a força”.
                                                                                                                                     

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O PREÇO DA VELHA POLÍTICA

*Rangel Alves da Costa

Candidatos que se apresentam como renovação ou mesmo aqueles de mais tempo na estrada, insistem em buscar eleitores a partir das lições do mesmo livro de antigamente. No discurso o novo, no verbo a renovação do pensamento, mas na prática a mesmice já carcomida. Parecem nunca aprender que os novos tempos, ao menos em parte, acabaram transformando a submissão eleitoral em livre escolha.
Tais políticos surgidos como esperanças boas, como possuidores de uma nova feição de fazer política, ao não desentranharem-se dos ranços coronelistas, clientelistas e de apadrinhamento, certamente que estarão incorrendo em armadilhas difíceis de serem desfeitas. O velho modo de fazer política, privilegiando o dono do curral, até possuiu muita valia noutros tempos, mas não na realidade presente.
Quais seriam, então, os erros do passado que gora, até mesmo de forma não plenamente desejada, estão sendo utilizados como meios de atração de votos? Inicialmente, dois principais deslizes podem ser apontados: menosprezo ao eleitor em si mesmo e demasiada valorização da falsa ou inexistente liderança.
Por que assim acontece? Ora, atualmente a grande maioria dos eleitores já não vota por encomenda, não reza no terço de nenhum mandachuva nem aceita que sua escolha seja feita pelos outros. O eleitor de agora é dono do seu próprio nariz e principalmente do seu voto. E tais aspectos não são devidamente observados pelos candidatos.
Na outra ponta, tem-se que na realidade atual não há mais aquele líder que agregue eleitores como antigamente. Hoje em dia é impossível que alguém se diga dono de tantos votos e faça negócio com o candidato de porteira fechada. Daí que será gravíssimo erro do candidato imaginar que negociando com o fazendeiro de votos estará comprando o rebanho inteiro.
Noutros idos eleitorais, nos tempos dos currais e dos chamados rebanhos votantes, aí sim, aí era de plena valia o acerto entre o pleiteante e o velho político interiorano, dono de mil votos e de mil cabeças de gado. Tudo num só curral. Acaso ele disse que as urnas teriam os mil votos, não haveria que duvidar. Muito já se vendeu porteira fechada. Do curral já saía o deputado pronto para tomar posse.


Mesmo que não houvesse mil eleitores no feudo eleitoral do coronel, do senhor dono do mundo ou do latifundiário, ainda assim tal quantidade ou mais de votos surgiria na contagem. Havia sempre o milagre da multiplicação na urna cega e surda, os mesmos sintomas sentidos por mesários, presidentes de mesa e até da justiça eleitoral. Esta, enquanto perseguia um grupo, deslavadamente fechava os olhos para as fraudes e ilicitudes de outros.
Já houve situação em que o número de votos para o escolhido do coronel foi bem maior que o número da população inteira do município. E tudo ficou na normalidade, com reconhecida validade do pleito. Dizem que depois uma carrada inteira de gado foi transportada para as terras do velho magistrado. Coisas que dizem, não sei. Mas também não duvido.
Não duvido por que em muitos municípios interioranos de antigamente, toda a justiça eleitoral da região estava sob mando e ordem do poder coronelista. Bastava que a governança estadual passasse um bilhete e tudo já estaria encurralado também. No conluio entre o coronelismo e o poder governamental de então, infeliz daquele magistrado que quisesse se arvorar de fazer justiça. A lei era a do senhor, a justiça era a convivente.
Em tempos tais, se o coronel dono do voto e do mundo dissesse que tantos ou quantos votos sairiam do seu feudo, então era dito e certo. Mas esse tempo acabou. As últimas grandes lideranças regionais foram minguando à medida que alguns destemidos ousaram enfrentar os mandonismos e abrir de vez as porteiras. Certamente que ainda existem eleitores cativos, mas estes por laços de amizade ou de favores impagáveis de outra forma, mas não pela simples submissão ao mando.
Contudo, o que se tem hoje em dia é a falsa liderança posando de grande líder e detentor de verdadeiro curral eleitoral. Não tem nem os votos de todos da família, mas ainda assim se diz um assombro eleitoral, com votos suficientes para fazer pender a balança. E assim age na perspectiva de ser acreditado e daí em diante começar a fazer negociata com os votos que não possui. Exemplo disso é ex-candidato a vereador ou mesmo vereador de mandato, garantindo possuir mais que o triplo dos votos obtidos no último pleito. Muitas vezes, conta com dez votos e diz que tem quinhentos. E o candidato de agora acredita.
Não só acredita como se esquece de procurar o próprio povo, o eleitor, e vai bater à porta da falsa liderança. Ao bater à porta, é recebido numa mesada, começa a ouvir mentiras, e acredita. Então surgem os acertos, as quantias, os valores. E para o povo, para aquele que realmente vota, o esquecimento, o nada. Depois que não é eleito pode reclamar de quem? Ou vai buscar no votante o voto ou nada será conseguido. Depois que a falsa liderança embolsar o dinheiro, adeus.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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VÍDEO..

Por Junior Almeida

CERIMÔNIA EM HOMENAGEM AO VOLANTE CAPITÃO JOSÉ CAETANO, DA POLÍCIA DE PE, QUE NOS IDOS DO Séc. XX, DEU DEZENAS DE COMBATES COM OS GRUPOS CANGACEIROS, INICIALMENTE DE ANTÔNIO SILVINO, DEPOIS SINHÔ PEREIRA E FINALMENTE, LAMPIÃO...Nesses combates, chegou a sangrar 11 cangaceiros. Seu túmulo estava esquecido e, abandonado na cidade de Angelim-PE, sendo totalmente recuperado...Confira..!

Pesquisa: Escritor Junior Almeida
Colaboração: Polícia Militar de Pernambuco (Ten. Coronel Paulo César, chefe do 9º Batalhão de Garanhuns e Prefeito da cidade de Angelim.
APOIO TÉCNICO: Cariri cangaço (Dr. Manoel Severo Barbosa).

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=896732413869037%2C896730000535945&notif_id=1534448813722490&notif_t=group_activity

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O CASAMENTO DE DOCA


Brincos e colar de ouro, para Isabel – Presentes de Lampião

O DIA EM QUE LAMPIÃO REENCONTROU UM AMIGO DE INFÂNCIA

Entre as terras desses guardiões, no povoado de São José, a 6km de Alagoa Nova, (Manaira, PB) morava Doca.

Manoel Bezerra de Macena, mais conhecido como Doca, era pai de Quitéria, de China e de Zé de Doca. Casou-se com a manairense Isabel Ferreira da Luz, conhecida por Isabel de Doca e que era tia de Didi Pereira da Silva. Todos esses nomes são de pessoas bem conhecidas dos manairenses. Ambos são descendentes dos primeiros fundadores da Fazenda São José. Ele, descendente de José Bezerra Leite, ela de Ignácio ou de Félix Ferreira da Luz.

Na juventude, Doca teria estudado algumas aulas junto com Virgulino Ferreira, construindo certa amizade, mantendo-a mesmo depois que este enveredou pelas trilhas do cangaço.

Nos anos 20, junto com Marcolino Diniz, comunicaram um local, julgado seguro, que permitiu a Lampião apoiar-se por algumas ocasiões nas imediações do Pau Ferrado.

Doca teve um desentendimento com o chefe do povoado onde residia e isso passou a trazer-lhe certos desconfortos. Quando resolveu casar-se com a manairense Isabel Ferreira da Luz, queria que a celebração ocorresse no São José, onde morava. O chefe da localidade mandou um recado a Doca informando que não permitiria que houvesse festa no casamento.

Motivo: Seria muita gente e ia fazer muito barulho. Naquela época, casamento tinha que ter o baile, mas ninguém podia ir contra uma ordem de um mandatário local.

Lampião soube dessa notícia e mandou um recado para Doca:

“Amigo, pode contratá o sanfoneiro e organizá o baile que ninguém vai atrapaiá.”

No dia 23 de novembro de 1923, depois do casamento, chegou uma tropa armada. Vieram “passar a guarda” no casamento (garantir a tranquilidade).

“Lampião apitou num apito e mandou chamar Pai”. Pai foi e Lampião disse “pode botá o baile que eu quero vê quem num qué escutá”.

A festa aconteceu, o sanfoneiro tocou e nada interrompeu a alegria. Atrás da casa, sob as árvores, ficaram os cabras, aos quais foi servido um farto jantar. Há quem diga que eram 17, outros afirmam que eram 40 cangaceiros. Doca chamou Lampião para jantar dentro da casa e, ali pela madrugada, o convidado disse: “A festa tá boa, Doca, mas eu vou embora.”

Presentes de Lampião

Lampião levou como presente de casamento, para Doca, uma garrafa de fino vinho, envasado em uma garrafa de cristal decorado (foto abaixo).

Para Isabel, levou uma “vorta (colar) de muito bom tamanho, de ouro e mais um par de brincos.

Quitéria conta que, muitos anos depois, Isabel trocou por um cavalo, somente os brincos.

“Mas o cavalo morreu. O cavalo era de Feliciano, mas Feliciano morreu. Ele deu os brinco a Maria de Zé Grande, mas Maria de Zé Grande Morreu. Depois eu não sei mais não, acho que ninguém teve sorte com eles (os brincos)”.

Não somente na época do casamento, mas em outros momentos de lazer, na sala da casa de Doca tinha uma mesa onde Lampião fazia suas refeições e se distraía, jogando cartas de baralho. A mesa tinha uma grande gaveta, com fundo falso.

“Na revorta de 30, pai amarrou dois fuzi debaixo da gaveta (no compartimento do fundo falso). Os sordado vieram, quebraram tudo, inxero a casa de buraco de tiro, mas quando a guerra acabou nós chegô do Brejo (Triunfo) e nós chegô e tava lá os dois rife, a Puliça num achô.”

Uma bandeja em grosso alumínio era o prato utilizado pelo cangaceiro para sua alimentação. A casa ainda mantém-se de pé e é cuidada pela filha mais velha do casal que nos reconta essas histórias .

(Narrações de Quitéria de Doca)

Pescado em Manaíra.net

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CAPITÃO LUIZ MARIANO DA CRUZ MEMÓRIA DE UM HERÓI

Por Valdir José Nogueira*
Há homens predestinados a deixar para a história, um legado de coragem, de sacrifício, de amor e vocação à causa pública, aliado à determinação de seus ideais, com uma fé inabalável em Deus. O Legendário belmontense Capitão Luiz Mariano da Cruz encontrou nas décadas de 20 e 30 do século passado, um cenário desolador em decorrência do banditismo, que culminou com o aumento desordenado da criminalidade na região sertaneja. Intensificava-se naquela época o ciclo do cangaço, tempo difícil e inseguro para muita gente. Os cangaceiros aterrorizavam as cidades, realizando roubos, extorquindo dinheiro da população, sequestrando figuras importantes, além de saquear fazendas.

Esses grupos eram integrados, na maioria das vezes, por jagunços, capangas e empregados de latifundiários (detentores de grandes propriedades rurais). Esse movimento está diretamente relacionado à disputa da terra, coronelismo, vingança, brigas de famílias etc.

São José do Belmonte, hoje a próspera cidade do sertão central de Pernambuco, sendo uma região de fronteira, despontava como um verdadeiro arraial nas hostes do cangaço, por aqui Lampião, o rei do cangaço, deixou também seu rastro de sangue, morte e destruição, quando junto a um numeroso grupo de cangaceiros no dia 20 de outubro de 1922, invadiu a cidade para eliminar o próspero comerciante Luiz Gonzaga Gomes Ferraz. Durante o ataque, os cangaceiros também sofreram a heroica resistência do destacamento de polícia local sob o comando do bravo sargento Sinhozinho Alencar (José Alencar de Carvalho Pires) que contou naquela difícil situação apenas com oito praças. E dentre esses soldados lutou bravamente o jovem Luiz Mariano da Cruz, na ocasião com 22 dois anos de idade.

Pertencente a uma das tradicionais famílias belmontenses, o capitão Luiz Mariano da Cruz nasceu na fazenda Cacimba Nova no dia 08 de dezembro de 1899, filho do Sr. Manoel Mariano de Menezes e de dona Maria Francisca de Jesus. Luiz Mariano, durante sua vida se destacou como um aguerrido policial na perseguição a Lampião e seu bando.

Inicialmente, perseguiu-o no seu torrão natal, após, junto com o nazareno e lendário Tenente Manoel Neto, se embrenhou nas caatingas baianas e Raso da Catarina, onde teve dezenas de combates, tendo saído ferido em alguns, inclusive, tendo que se submeter a tratamento na cidade de Salvador, em face da periculosidade dos ferimentos sofridos. Na sua história militar, Luiz Mariano também foi delegado de polícia da cidade de Itabuna na Bahia e em Petrolina, Pernambuco.
 Cafinfin, Luiz Mariano e Manoel Neto

O bravo e afamado soldado Luiz Mariano, já capitão reformado, volveu os seus olhos inteligentes para a produção nativa do catolé, existente abundantemente na lendária Serra do Catolé, localizada nos limites do município de São José do Belmonte, sua terra natal, com o Estado da Paraíba. Luiz Mariano comprava toda a produção de catolé aos moradores da região, e comercializava com a empresa Alimonda Irmãos S.A. na cidade do Recife (PE). Esta empresa, fundada no ano de 1930, dedicou suas primeiras três décadas, à produção de sabão. O catolé de São José do Belmonte era destinado para esse fim, diante da visão empreendedora do Capitão Luiz Mariano. O pó da palha do catolé era também comercializado com empresários da cidade de Salvador (BA), e destinava-se ao fabrico de vinis, na época os famosos “discos de 78 rotações”.

Quis o destino, que no dia 21 de maio de 1943, numa das suas costumeiras viagens de negócios, transportando uma grande carga de catolés de São José do Belmonte para o Recife, o caminhão tombou em Ipanema, município de Pesqueira (PE), causando a morte aos 42 anos de idade do bravo e inesquecível capitão Luiz Mariano da Cruz.
 Sepultamento de Luiz Mariano

O mesmo foi casado em 1918 na cidade de Custódia – PE com Maria Bezerra (Liquinha). Desse casamento houve um filho o coronel José Mariano Bezerra (Zequinha), nascido no dia 14 de janeiro de 1928. Este senhor foi casado com Zuleima Ferraz Bezerra filha do coronel José Alencar de Carvalho Pires (Sinhozinho Alencar) e de Albertina Ferraz Alencar.
Porém, foi durante o combate contra o banditismo que o nome do Capitão Luiz Mariano ficou gravado na história. Durante esse período de terror, o capitão Luiz arregaçou as mangas, apurou crimes, prendeu bandidos, capturou bandos de cangaceiros e ladrões de cavalos, sem dispor à época, de armas, viaturas e helicópteros, enfrentando dificuldades de toda ordem. Dispunha na verdade, de seu velho “38” e de uma reduzida, mas eficiente equipe de policiais de sua irrestrita confiança.

Mais das vezes sua viatura era o lombo de um bom cavalo, para as estradas batidas de poeiras e veredas do sertão. Foi um policial astuto e muito valente. Enfrentou todas as adversidades da natureza, como o surto de infestação de várias doenças tropicais, como as terríveis febres, sobrevivendo heroicamente. Foi um trabalhador incansável, um líder nato, um policial polivalente.

A cidade de São José do Belmonte no passado denominou uma de suas ruas com o nome deste grande vulto de sua história. Todavia hoje a maioria dos seus habitantes desconhece a trajetória deste bravo belmontense, policial de brio, homem honrado e probo, símbolo da concretização de um ideal, que certamente servirá de luz, como um farol, a guiar as futuras gerações de oficiais e praças da bicentenária e histórica Corporação que é a Polícia Militar de Pernambuco.

*Pesquisador e escritor

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/08/capitao-luiz-mariano-da-cruz.html

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DELMIRO GOUVEIA - O TREM DA HISTÓRIA

https://www.youtube.com/watch?v=1Mn9L91zYu0
A história do maior empreendedor do Nordeste do Brasil
Categoria
Música neste vídeo
Música
Artista
Jacob Do Bandolim
Álbum
Original Classic Recordings Vol. II
Licenciada por
Koch Entertainment, SME (em nome de Acoustic Disc); ASCAP, UBEM, Peermusic e 1 associações de direitos musicais

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CORONEL DELMIRO GOUVEIA

https://www.youtube.com/watch?v=OTxFUsJs3lY
Publicado em 29 de jan de 2014

CENAS FEITAS EM PÉ DE SERRA POR EMBRAFILMES E SARUÊ FILMES
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LAMPIÃO, O LEGENDÁRIO “REI DO CANGAÇO”



Ele entrou na História como bandido cruel, para uns, e um produto das injustiças sociais.

O temido cangaceiro Lampião teve seu momento de glória em Juazeiro do Norte, Ceará, no ano de 1926. Ele foi festejado, tirou fotos, deu entrevistas e autógrafos, e havia um bom motivo para isso. Quem até então era pintado pelos jornais de todo o País como um monstro, um bandoleiro perverso que aterrorizava os sertões, tornara-se do dia para a noite um precioso aliado do governo federal.

O fato é que a 1ª Divisão Revolucionária — depois chamada de Coluna Prestes —, que percorria o Brasil tentando levantar o povo contra o presidente Artur Bernardes, chegara ao Nordeste. E Lampião fora convocado para combatê-la por ninguém menos que o padre Cícero Romão Batista, pelo qual, como bom sertanejo, tinha muito respeito e devoção.


Na verdade, quem intermediara o negócio com o governo federal, por muitos contos de réis, fora o deputado Floro Bartolomeu, o chefe político local. Dele, Lampião recebeu fardas, armamento e a patente de capitão. E, aconselhado pelo Padim Ciço, prometeu largar o cangaço ao fim daquela empreitada.

Mas não chegou a enfrentar a Coluna. Quando votou a Pernambuco, foi atacado pela polícia e retomou a vida bandida até seu trágico final, doze anos depois…

SEM ESCOLHA

Virgulino Ferreira da Silva nasceu em 1897, em Vila Bela, atual Serra Talhada, no sertão pernambucano. E sua saga principiou, como outros tantos dramas sertanejos, com uma mera disputa entre vizinhos.

Em 1916, o fazendeiro José Saturnino acusou os jovens irmãos Antônio, Levino e Virgulino Ferreira de roubo de cabras. Se ele tinha razão, não se sabe; mas sabe-se que, tentando evitar um conflito maior, o pai dos três, José Ferreira, um pequeno criador de gado calmo e pacífico, vendeu o que tinha e mudou-se para o povoado de Nazaré do Pico, no município de Floresta.

Saturnino, porém, quebrou o acordo de não ir até Nazaré, sendo lá recebido à bala por Virgulino. E a guerra começou, com ataques de parte a parte, até José Ferreira ser morto pelo tenente José Lucena, aliado de Saturnino, em 1920. Aí, os rapazes entraram de vez no cangaço, no bando de Sinhô Pereira.

Cangaceiros havia no Nordeste desde o século XVIII, quando surgiu a lendária figura do Cabeleira, enforcado em 1776. O século XIX foi marcado por Jesuíno Brilhante, e no século XX surgiu Antônio Silvino, morto em 1914. Mas esse fenômeno social ganhou uma grande projeção no Brasil através da imprensa, com Lampião, dos anos 20 aos 40.

O cangaço tinha “pai” e “mãe”. O pai era o “coronelismo” vigente desde sempre no interior do país, onde os grandes proprietários agiam como senhores feudais, sem nenhum respeito à lei, mantendo cada qual sua milícia de jagunços e em luta uns com os outros por mais terras e poder. E a mãe era a secular cultura sertaneja da violência, na qual a “honra” era o maior de todos os valores e matava-se por qualquer pequena desavença.

Os irmãos Ferreira, vivendo naquele mundo, não tiveram muita escolha.

VIDA BANDIDA

Com Sinhô, Virgulino ganhou seu nome de guerra por ser capaz de atirar repetidamente até o cano do seu fuzil encandecer e brilhar, à noite. Também aprendeu as artes do sequestro, da extorsão, da agiotagem e das negociatas com políticos e policiais corruptos. E quando Sinhô largou o banditismo e mudou-se para Goiás em 1922, ele herdou a chefia do bando.

Nos anos seguintes ele percorreu o Nordeste — exceto o Piauí e o Maranhão — a pé e a cavalo, atacando fazendas, vilas e cidades, ou sendo nelas “acoitado” de acordo as circunstâncias locais. Lampião foi responsável pela morte de mais de mil pessoas, pelo roubo de mais de cinco mil cabeças de gado, pelo estupro mais de duzentas mulheres e travou centenas de combates com os “macacos” — os soldados que o perseguiam.Em 1924, por exemplo, ele entrou na cidade de Sousa, na Paraíba, e a saqueou inteira. Outras vezes, porém, foi repelido; como em 1927, quando atacou Mossoró, a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, e lá perdeu seu tenente Jararaca, baleado e enterrado ainda vivo.

Aqui acolá, como um Robin Hood brasileiro, ele tomava dos ricos para dar aos pobres. Em 1929, após invadir Quijingue, na Bahia, deu um baile público e distribuiu dinheiro para o povo. E tinha seus momentos de brandura. Em 1923, Lampião chegou de surpresa em Nazaré do Pico para impedir o casamento da sua prima e amor de infância, Maria Licor Ferreira, com um rapaz chamado Enoque Menezes. Mas deixou-se convencer pelo padre e foi embora em paz, com uma única ressalva: ninguém poderia dançar depois do casório!

As modernidades apressaram o fim do cangaço.

Outro amor, porém, surgiu em 1930 quando o cangaceiro conheceu Maria Déia, casada com o sapateiro Zé de Neném, que fugiu com ele e, dois anos depois, lhe deu uma filha, Expedita Ferreira. Apelidada Maria Bonita, ela foi a primeira mulher a juntar-se ao bando, logo seguida por Inacinha, Lili, Sila, Adília e várias outras.

Numa época e numa região nas quais o gênero feminino era extremamente discriminado, no cangaço elas se relacionavam de igual para igual com os homens e participavam de tudo. Ana do Bonfim, por exemplo, era famosa pelo uso da faca peixeira e Dadá, companheira de Corisco, pariu um filho em meio a um tiroteio, em 1931.

A chegada, aos poucos, de modernidades como o rádio, que melhorou as comunicações, e a abertura de estradas, que permitiam o rápido transporte de tropas em caminhões, contudo, anunciavam que o tempo do cangaço estava acabando.

Na noite de 27 de julho de 1938, Lampião acampou com seu bando em Angicos, Sergipe, num esconderijo tido como bastante seguro. Mas foi traído, até hoje não se sabe por quem; e como chovia muito os cães não perceberam a aproximação da “volante” do tenente João Bezerra. Na madrugada do dia seguinte, quando os cangaceiros saíam das barracas para rezar o ofício, antes de tomar café — um ritual estabelecido pelo chefe, que era muito religioso — as metralhadoras começaram a cuspir fogo, sem lhes dar chance de defesa. Apenas Corisco e alguns outros conseguiram escapar.

As cabeças de Lampião, Maria Bonita e de uma dúzia de “cabras” foram então decepadas, salgadas e guardadas em latas com aguardente e cal. E João Bezerra percorreu vários estados nordestinos exibindo-as, atraindo multidões por onde passava.

Após esse tour macabro, elas seguiram para o IML de Aracaju e depois para a UFBA, em Salvador, onde foram examinadas e constatou-se que eram perfeitamente normais, contrariando a teoria do cientista italiano Lombroso, então em voga, de que os crânios dos criminosos apresentariam anomalias patológicas. Mas ficaram expostas num museu até 1969, quando finalmente foram exumadas, após muita luta das famílias dos mortos.

A memória do Rei do Cangaço, porém, permanece viva até hoje, sendo ele objeto de inúmeros estudos, filmes, livros, exposições, debates etc.

O bandido social

O renomado historiador inglês Eric Hobsbawn criou uma famosa definição de “banditismo social”. Para ele, trata-se de uma forma primitiva de reação à opressão, que ocorre quando os oprimidos não têm consciência política. Esses bandidos seriam homens orgulhosos que, ao serem injustiçados, se recusariam a baixar a cabeça; que contariam com apoio de parte da população e por vezes assumiriam o papel de seu vingador ou defensor; e que lutariam contra os excessos do sistema, não contra o próprio sistema. Eles, enfim, não seriam revolucionários, mas reformistas que tentavam estabelecer limites para a ação dos poderosos. Um modelo que assenta muito bem em Lampião.

Olê, mulher rendeira

Esse antigo tema musical, bem conhecido nos sertões nordestinos, teve a sua versão mais popular composta por Lampião, segundo um dos seus biógrafos, o padre Frederico Bezerra Maciel. E Luís da Câmara Cascudo acrescenta que a letra homenageia Maria Jocosa Lopes, avó do cangaceiro, que fazia rendas, tornando-se o hino de guerra do bando. O assalto à cidade de Mossoró, por exemplo, teria acontecido com os atacantes cantando essa canção. Há também uma gravação feita por Volta Seca, um sobrevivente do grupo. E, incluída no premiado filme O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto, tornou-se conhecida no Brasil e no exterior

Personagem anterior
Tenente Cleto Campelo, um herói desafortunado
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Carlos de Lima Cavalcanti, um usineiro reformista
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CENTRO DE ESTUDOS DE HISTÓRIA MUNICIPAL

Por Manoel Severo

O CEHM - Centro de Estudos de História Municipal tem por objetivo promover o resgate da memória municipal, estimulando os historiadores a preservarem o rico acervo documental do Estado e a registrarem fatos e informações histórico-culturais dos municípios pernambucanos. O CEHM foi criado em 1976, dentro da estrutura organizacional da Fundação de Desenvolvimento Municipal do Interior de Pernambuco - Fiam, e em 1999, passou a integrar a Fundação de Desenvolvimento Municipal - Fidem, sendo incorporada à Agência CONDEPE/FIDEM, O CEHM congrega historiadores, memorialistas e historiógrafos municipais, apoiando-os especialmente na publicação de seus escritos. É uma entidade única nas administrações brasileiras no sentido de apoio aos historiadores e à cultura locais.

Atendimento ao público - consulta ao acervo do CEHM  
de 2º a 6º das 7h30 às 13h30
Reuniões com associados quintas-feiras às 17 horas 
Rua Barão de São Borja - 526 na Boa Vista - fone - 81 31824526

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