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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

SATISFAÇÃO

 Por Volta Seca

É com grande satisfação que participei como entrevistado na série documental Sertão Virgulino, abordando a vida cangaceira de Antônio Silvino, o Rifle de Ouro, e sua atuação nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. Este documentário será exibido em todo o Brasil, o que reforça a importância desse trabalho para a preservação da memória do cangaço.

Foi uma honra destacar quem foi Antônio Silvino em seu período áureo no cangaço e evidenciar a vasta rota percorrida por ele dentro da Paraíba. Aproveito para agradecer à equipe de Sertão Virgulino pela oportunidade de compartilhar o resultado das minhas pesquisas sobre aquele que, em minha opinião, foi o maior cangaceiro da história do Nordeste brasileiro.

Registro ainda meu agradecimento especial ao grande ativista cultural João Dantas, que também participou das entrevistas e cedeu gentilmente as dependências da Vila São João para servir de cenário a essa importante produção.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=2601359790072949%2C2600233953518866&notif_id=1733014097644358&notif_t=group_activity&ref=notif

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REZANDO E REZANDO...

 Por Helton Araújo

A fé dos cangaceiros.

O que vocês acham dessa imagem?

Eu particularmente acho muito interessante.

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O DIÁRIO DO CORONEL ANTONIO GURGEL | DE DENTRO DO BANDO | DOCUMENTÁRIO COMPLETO | CNL | 1625

 Por O Cangaço na Literatura

https://www.youtube.com/watch?v=HNY_nLOt8dw

O documentário "De Dentro do Bando" aborda o cangaço no Nordeste do Brasil, com foco em Lampião e os eventos relacionados com a cidade de Mossoró-RN em 1927.

Destaca a importância do Diário do Coronel Antônio Gurgel como um dos registros históricos mais relevantes sobre o cangaço. O documento é considerado fundamental por especialistas e historiadores para o estudo desse período, fornecendo detalhes cruciais sobre o cangaço.

A publicação do diário em jornais em 1930 permitiu que a sociedade tivesse acesso a informações detalhadas sobre a vida dos cangaceiros e os eventos ocorridos durante o sequestro.

São apresentados trechos do diário, entrevistas e descrições dos momentos vividos durante o período de cativeiro pelo Coronel Antônio Gurgel. A narrativa revela a complexidade do cangaço como movimento social armado e a luta pela sobrevivência em meio a conflitos e adversidades.

Quase 100 anos depois, muitas questões ainda precisam ser esclarecidas.

De Dentro do Bando revistou os lugares e a literatura, conversou com especialistas e reconta essa história. Confira.

Roteiro: Ivanaldo Fernandes Revisão Ortográfica: Monalisa Cardoso Adaptação de Roteiro: Rodolfo Amorim Fernandes Direção: Ivanaldo Fernandes Direção de Fotografia: Pacífico Medeiros Produção: Emanuel Castro Diretor de animação: Klauss Victor Storyboard: Klauss Victor Sequências de animação: Klauss Victor Investigação e Pesquisa Histórica: Ivanaldo Fernandes Consultoria e revisão histórica: Kydelmir Dantas Geraldo Maia Apresentação/Narração: Clara Jordany Narração/Antônio Gurgel: Erisberto Rêgo Intérprete de Libras Rafaele Ramona Rodrigues de Oliveira Captação e produção de Imagens: Canal 2 Produções Ronildo Medeiros Edição: Canal 2 Produções Vinicius Marinho Direção de Arte: Ivanaldo Fernandes Assistente de Direção de Arte: Maria Eduarda Amorim Fernandes Direção de Marketing: Ana Cláudia Barbalho Assessoria de Imprensa: Monalisa Cardoso Kauany Sousa Música: Letra: Lalauzinho de Lalau Ivanaldo Fernandes Intérprete: Lalauzinho de Lalau Maestro: Helan Cunha Sonorização, mixagem e masterização: Sonora Pró Music Cenografia: Ivanaldo Fernandes Entrevistas Aderbal Nogueira Kydelmir Dantas Cicinato Ferreira Geraldo Maia Lemuel Rodrigues Marcílio Lima Robério Santos Agradecimentos Casa de Cultura de Pau dos Ferros Museu Histórico Municipal Jornalista Lauro da Escóssia Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Erineide Contabilidade Academia Limoeirense de Letras Dimensão Engenharia Ltda Sociedade Amigos da Pinacoteca Potiguar - SAPP Realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo. Operacionalização: Secretaria Municipal de Cultura – Prefeitura Municipal de Mossoró Execução: Escambau – Coletivo de Ideias Realização:
SmartWeb Comunicação Integrada Ltda

https://www.youtube.com/watch?v=HNY_nLOt8dw

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RÁDIO DIFUSORA DE MOSSORÓ (AM 1170) – 72 ANOS DE HISTÓRIA NO RADIO JORNALISMO MOSSOROENSE.

 

A Rádio Difusora de Mossoró completa 72 anos nesta quarta-feira (07). É a primeira rádio oficial da cidade, a primeira do interior e a terceira emissora implantada no Rio Grande do Norte. Em 20 de outubro de 1946, o jornal O Mossoroense, já noticiava as primeiras movimentações para a instalação da rádio, que só viria a se concretizar, quatro anos depois:

Entrou em franca atividade o movimento para aquisição de uma difusora local. A firma Pinto & Sales, cujos atuais componentes, Srs. Jorge Pinto e Francisco Sales Santos Bezerra, não têm poupado esforços no sentido de dotar Mossoró das maiores e mais justa realizações, está á frente do louvavel empreendimento, já tendo enfrentado em negociações com a RCA Victor para comprar de uma aparelhagem de 500 wst que capacitará a nossa futura estação de rádio. Podemos assegurar que em dias da próxima semana será fundada a Rádio Difusora de Mossoró S/A, cujo movimento de ações foi iniciado com os melhores auspícios, sendo das cogitações de seus empreendedores a aquisição do prédio em que funcionou o Cine-teatro Déa, à rua 6 de Janeiro, de onde partirá até julho do ano vindouro a voz de Mossoró, através de suas ondas artesianas.”

No dia 02 de março de 1947 foi fundada a “Sociedade Difusora de Mossoró”, mais uma vez O Mossoroense publicava:

A Difusora Mossoroense será fundada hoje, no Pax.” Eis na íntegra a seguinte notícia: “Realizar-se-á às 9 horas da manhã de hoje, no Cine-PAX, a sessão preparatória para a fundação da Difusora Mossoroense S/A, entidade constituída por pessoas de evidencia nos círculos comerciais, com a louvável finalidade de dotar o nosso meio com uma estação de rádio. Na mesma reunião será proclamada uma diretoria provisoria, sendo acertadas as bases para a constituição do capital que integrará a Difusora Mossoroense. Ao que estamos informados, está em via de aquisição por parte dos idealizadores da nossa estação de rádio, um transmissor RCA – BTA-IL para 1.000 watts, constituindo este, também, um dos grandes assuntos a serem tratados na reunião da manhã de hoje”.

Eram os primeiros passos para a criação da Rádio Difusora, vinda a cabo pelas mãos dos organizadores Luiz Gonzaga Santos, Francisco Nunes, José Monte, José Genildo de Miranda, Jorge Pinto, Bruno Nogueira Freire, Orlando Cosme, Tiburtino de Queiroz e Garibaldi Noronha.

Em fevereiro de 1950 já se encontrava em Mossoró a aparelhagem da futura emissora que viria a funcionar na frequência de 1370 quilos ciclos, sendo sintonizada através de Amplitude Modulada (AM). O equipamento foi adquirido da Rádio Philips do Brasil e mais uma vez a notícia foi publicada no jornal centenário na edição de 12 de fevereiro de 1950, chamando a atenção do leitor para uma possibilidade da emissora entrar no ar nos primeiros dias de março, mas numa fase experimental, na antiga Rua 6 de Janeiro, no centro de Mossoró.

Cast da Rádio Difusora de Mossoró, década de 50.

O acontecimento marcante, no entanto, só veio a acontecer no dia 07 de setembro, com grande festa e evento solene às 8h, na Avenida Cunha da Mota, no bairro Pereiros. As instalações receberam as bênçãos e prelação de Dom João Batista Portocarrero Costa, segundo Bispo da Diocese de Mossoró. Assim antes adaptados a ouvir a programação de emissoras de Fortaleza, Recife e Natal, os mossoroenses passaram a ter uma emissora própria local.

A solenidade inaugural contou ainda com visitação aos estúdios e dependências de administrações da Rádio Difusora, fazendo o uso da palavra Dr. Paulo Gutemberg de Noronha Costa, superintendente da emissora; o professor Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, representando o prefeito da época, Jorge de Albuquerque Pinto e o bispo da Diocese de Mossoró, Dom João Portocarrero Costa, declarando inaugurada a rádio.

Às 20h ocorreu um grande show musical, com o cast artístico da Difusora, dentre os quais: Manoel de Souza Queiroz, Dalva Estela Freire, Josué de Oliveira, Dayse de Melo Pinheiro, Maria Neusa Freire, Maria Aparecida, Maria Stella Nogueira Freire, Maria Laura da Silva, apresentação da Orquestra Jazz Tangará, pertencente à própria rádio e que teve duração até 1952 e Conjunto Regional, organizado por Paulo Gutemberg,  e que teve duração até 1959. Durante todo o dia, a Rádio esteve no ar, com programa de estúdio patrocinado por várias firmas locais.

Momento do discurso do professor Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, no dia da inauguração da Rádio Difusora de Mossoró. Vemos na foto ainda as seguintes autoridades: Titico Brasil, Dr. Vingt Rosado, Renato Costa, Lauro da Escóssia, Sebastião Gurgel, Gutemberg Costa, Pedro Fernandes, Raimundo Juvino, Dr. João Costa, Mota Neto, Padre Luiz Soares de Lima, seu Paiva do cartório, Dr. João Marcelino e Dr. Mário Negócio.

 

“…z y20, rádio Difusora de Mossoró, que opera na frequência de 1.270 kilociípitos, onda média de 256 metros, ponto quarenta…” (Vinheta de divulgação da Rádio Difusora de Mossoró, em 1950).

Compunha o primeiro quadro de locutores: Francisco Paula Brasil, José Genildo, Genaro Fonseca e Cleide Siqueira (a primeira mulher radialista do rádio mossoroense). Todos os eventos eram realizados no Cine Caiçara e retransmitidos para a Rádio, podendo ser escutados em todos os cantos da cidade, inclusive para quem não tinha como assistir ao vivo as apresentações, pois era necessário comprar ingresso.

A Rádio também realizava grandes promoções e shows com artistas de renome nacional, como: Alcides Gerardi, Elza Laranjeira, Nora Ney, Jorge Goulart, Luiz Gonzaga, Trio Irakitan, Bob Nelson, Renato e seus Blues Caps, Carlos Gonzaga, Ângela Maria, Emilinha Borba, Cauby Peixoto, Conjunto Farroupilhas, Nelson Gonçalves, Coronel Ludugero, Izaurinha Garcia, Núbia Lafayete, entre outros.

Visita da cantora Emilinha Borba trazida pela Rádio Difusora.

Inicialmente, a Difusora funcionava no 1° andar do antigo Cine Caiçara, na rua Alfredo Fernandes e depois foi transferida para a rua Dionísio Filgueira, no centro da cidade, e, posteriormente, passou definitivamente veio a ser instalada na avenida Cunha da Mota, no bairro Pereiros.

De caráter informativo e educativo, o programa “Vesperal das Moças”, apresentado pelo radialista Genildo Miranda, no auditório do Cine Caiçara, tinha sempre casa cheia e foi responsável por revelar um grupo de comunicadores formado por Ivonete de Paula, José Maria Madrid, Ely Mendes, Rita Mangabeira, além de outros,  que após teste, passaram a compor o elenco da radionovela transmitida pela emissora e onde permaneceram por muito tempo. O programa também teve apresentação do locutor Aldir Frazão.

De 1961 a 1964, o programa dominical “Divertimentos I-20”, apresentado por José Maria Madrid no auditório do Cine Caiçara, revelou grandes nomes da música local, como: Aldenora Santiago, Laíre Campiele, José Alves e Totoenzinho e seu Conjunto.

A Difusora também mantinha um quadro de noticiário, sendo o ponto de informação e de entretenimento dos mossoroenses, sendo que muitos, por não ter poder aquisitivo para comprar um aparelho receptor do sinal da rádio, dividiam a audição nas calçadas com os vizinhos mais abastados para “ver e ouvir” a programação.

Plateia concorridíssima do “Vesperal das Moças”, que tinha o comando de Genildo Miranda.

Segundo Ismael Fernandes Siqueira, as notícias eram repassadas ao rádio da seguinte maneira:

 

A gente comprava o jornal lá em Natal ou em Fortaleza, doutor Paulo Gutemberg trazia, a gente recortava, colava num pedaço de papel e ali desenvolvia na máquina de datilografia. Era o noticiário noturno, porque o jornal saía de manhã, chegava a tarde e Doutor Paulo desenvolvia no ar.”

No dia 02 de outubro de 1972 a Rádio Difusora de Mossoró passou a pertencer ao grupo Alves, integrando ao Sistema Cabugi de Comunicação. A mudança oficial de proprietários, no entanto, ocorreu em 30 de maio de 1986, quando 80% das ações foram vendidas ao saudoso Aluízio Alves, Henrique Eduardo de Lyra Alves, Paulo de Tarso Pereira Fernandes e Ismael Wanderley Gomes Filho em Assembleia Geral presidida por Paulo Gutemberg de Noronha Costa. Os demais acionistas eram: Maria Aurineide de Oliveira Costa, esposa de Renato de Araújo Costa, Milton Nogueira do Monte e Enéas da Silva Negreiro. Nesta época o Conselho Fiscal era integrado por: Francisco de Queiroz Porto, Garibaldi de Noronha Costa e Maria Nelly de Noronha Costa.

Entre os anos de 1985 e 1986 a emissora sofreu, como grande parte da cidade, os efeitos de uma catástrofe natural, com uma grande enchente, tirando-a do ar por 45 dias. Por sorte as águas do rio Mossoró não atingiram seus transmissores.

https://difusoramossoro.com.br/radio-difusora-de-mossoro-am-1170-72-anos-de-historia-no-radiojornalismo-mossoroense/

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DR. PAULO GUTEMBERG DE NORONHA COSTA.

 Por José Mendes Pereira

"Tive a honra de ser seu funcionário na Editora Comercial S.A. durante 12 anos, e por ele, fui colocado como estagiário no controle da Rádio Difusora de Mossoró durante três meses. Mas a minha preferência, foi pela Editora, onde ali eu achei mais interessante do que rádio. Nunca me arrependi de ter desistido do controle de rádio". 

Dr. Paulo Gutemberg nasceu no dia 12 de abril de 1926, na cidade de Mossoró. Era filho de Antônio de Araújo Costa Filho e Maria Mavignier de Noronha da Costa. Cursou o Primário e Ginasial no Colégio Diocesano Santa Luzia. Formado Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade do Ceará, em 1949, e foi orador da turma. Após a sua formatura em Direto, retornou à Mossoró, e só passou a exercer a profissão, algum tempo depois. 

Juntamente com seu irmão Renato de Araújo Costa e outros sócios, Paulo Gutemberg fundou as Rádios: Rádio Difusora de Mossoró, em 07 de setembro de 1950. A Rádio Difusora de Areia Branca Ltda, Editora Comercial S/A, e os cinemas Cine Caiçara, Cine Jandaia e Cine Miramar de Areia Branca. 

Na cidade de Mossoró ele exerceu as seguintes atividades profissionais como advogado, professor, jornalista e radialista, tendo sido um dos pioneiros da radiofonia desta urbe. Foi diretor-superintendente da Rádio Difusora de Mossoró, por longos anos, redator e um dos dirigentes do Jornal do Oeste; poeta e compositor, tendo sido um dos compositores do Hino da Resistência de Mossoró. 

Diretor da empresa e proprietário dos Cinemas “Caiçara” e “Jandaia”, em Mossoró e “Miramar”, em Areia Branca; Diretor da .; Diretor da Editora Comercial S/A e do Jornal Oeste; Deputado Estadual à Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, entre os anos de 1963 a 1966; Diretor Jurídico da Fiação e Tecelagem de Mossoró S/A – FITEMA, 1966 a 1967; Diretor do Núcleo do SESI, em Mossoró; Delegado Regional da Fazenda Estadual, com sede em Mossoró, entre os anos de 1964 a 1966; Secretário de Administração da Prefeitura de Mossoró; Professor de português da Escola Normal de Mossoró, em 1951 e professor concursado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Ele foi candidato a deputado estadual por mais de uma vez. Dr. Paulo era casado com Maria Helena Nogueira e dessa união nasceram os filhos: Constância Maria Nogueira da Costa, Paulo Roberto Nogueira da Costa, Luiz Antônio Nogueira da Costa e Ricardo Jorge Nogueira da Costa.

No dia 19 de março de 1987, a cidade de Mossoró perdeu o seu empresário Paulo Gutemberg de Noronha Costa, conhecido e tratado por todos, simplesmente como Dr. Paulo Gutemberg, tendo falecido na capital Natal-RN, vítima de um infarto no miocárdio. 

Dr. Paulo ganhou como homenagem uma rua com seu nome, localizada no Loteamento Gurilândia, bairro Santo Antônio, através da Lei N° 620/92 de 23 de março de 1992, uma proposta do então vereador João Newton da Escóssia Júnior, que também já faleceu.

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