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terça-feira, 1 de dezembro de 2020

RUA PEDRO BRANDÃO

 Clerisvaldo B. Chagas, 18 de novembro de 2020 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica: 2.420

A publicação de que Santana do Ipanema foi a segunda cidade de estado que mais gerou emprego no ano passado, é até motivo de alegria por parte dos santanenses. Embora lamentando a mínima convocação para ocupação de vagas no Brasil inteiro, não podíamos ressaltar o feito empregatício na Capital do Sertão. Quando olhamos para uma cidade sem indústria (motivos políticos) e vocacionada para o Comércio, a alegria é ainda maior, embora este não pague igual à indústria. Sempre estivemos analisando a expansão física de Santana, o seu progresso, a sua liderança, mas também os setores que precisam de medidas emergenciais e certos serviços capengas por falta de olhares administrativos.

E uma das coisas que chamávamos atenção, era a grande expansão comercial e prestação de serviços no todo. A Rua Pedro Brandão, principal artéria do Bairro Camoxinga e corredor que se tornou estreito para tanto movimento está sendo sufocado. Tanto é que famílias ali residentes, foram vendendo suas casas humildes ou não, e essas casas transformadas em comércio. O barulho do trânsito, de carros de som e muitos outras mazelas dos tempos modernos, estão botando para correr os residentes que procuram loteamentos, conjuntos e condomínios nos quatro pontos cardeais das periferias que se expandem como nunca. Sendo a Rua Pedro Brandão com um lado na parte alta e outro lado na parte alta (calçada alta), a parte baixa está “expulsando” as últimas moradias. A calçada alta, ruim para comércio, seguirá o mesmo destino, mais adiante.

Também já foi falado aqui a necessidade de abertura de novo beco seguindo o antigo beco da Igreja São Cristóvão, para desafogar o trânsito em direção à rua de baixo – fundos da Pedro Brandão – que possui acesso à BR-316, via expressa de Santana do Ipanema. A voracidade em busca de pontos comerciais em Santana, é enorme com vários grupos chegando de outras cidades e regiões, sendo a Rua Pedro Brandão via Maracanã o segundo comércio da cidade. Todos querem um ponto para um bar, uma lanchonete, uma casa de móveis, uma clínica, uma academia, casa de peças e um sem fim de coisas mais.

Quando o escritor Oscar Silva veio visitar sua terra, em 1950, já dizia que a Rua Pedro Brandão se estirava como cobra de borracha em direção ao cemitério Santa Sofia, na parte alta do Bairro Camoxinga.  Imaginem agora! Uma correria para sair residentes) uma correria para chegar (novos comerciantes).

Quem foi Pedro Brandão?

Saberia tu?

RUA PEDRO BRANDÃO RECEBENDO ASFALTO EM 2006 (FOTO: B. CHAGAS/Livro: O BOI, A BOTA E ABATINA, HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA).

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2020/11/rua-pedro-brandao-clerisvaldo-b.html

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DOCE AVENTURA – JUDEUS PORTUGUESES FORAM PROTAGONISTAS NO MUNDO DO AÇÚCAR, EM PERNAMBUCO, DURANTE O DOMÍNIO HOLANDÊS

Tânia Neumann Kaufman – Fonte – Revista Corrente nº 34, págs. 28 a 33.
Rua dos Judeus e seu mercado de escravos. Quadro Rua dos Judeus – Slavenmarkt, de Zacharias Wagener – 1641 – Fonte – http://bairrodorecife.blogspot.com.br/2014/02/a-rua-do-bode-dos-judeus-da-cruz-e-do.html

Nos séculos XVI – XVII,  na história das trocas comerciais intercontinentais, o açúcar brasileiro teve um papel fundamental na construção de um padrão cultural que definiu não só as fronteiras geopolíticas, mas, também – ao regular os espaços da produção, do consumo e da distribuição do produto, subordinados a leis e restrições religiosas – criou uma cultura singular com raízes na interculturalidade. Negros, índios, europeus de origem judaica e, principalmente os portugueses deixaram suas marcas num mundo dominado pela sacralidade da “salvação da alma” mesmo que mandando outras para o inferno do fogo da punição por heresia.

Expulsão de judeus – Fonte – https://lahistoriajudiadeandalucia.files.wordpress.com/2012/08/aenfardelar.jpg

Foi neste quadro que os judeus ibéricos entraram no mundo do açúcar. Mesmo na clandestinidade espalharam-se, multiplicaram-se, transformaram as terras desprezadas pela nobreza portuguesa em campos produtivos de cana. Construíram engenhos, fabricaram açúcar e colocaram-no na vasta rede de relações comerciais familiares baseadas na Europa não católica. Embarcaram o “ouro branco” para os portos mais importantes do mundo nas urcas holandesas e embarcações fabricadas em estaleiros de judeus. Eles tinham o dinheiro para financiar desde o plantio até a chegada à mesa do europeu e eram especialistas na tecnologia do fabrico do açúcar.

A força da cultura sefaradi deixou o seu legado na interação entre o mundo judaico e o mundo da cultura local. A cultura canavieira foi um meio de consolidação do poder colonial português nas terras brasileiras. Paradoxalmente, foi, também, a forma de fixação dos cristãos novos e judeus que fizeram destas terras tropicais seus novos lares. Aqui chegaram e aqui ficaram até hoje.

Engenho de açúcar no nordeste do Brasil Colonial.

Todavia, diante da extensiva presença deste grupo nos engenhos espalhados na região é justo acrescentar que foi determinante o papel daqueles personagens em toda a cadeia produtiva da economia açucareira. Já em meados do século XVI, a costa nordestina centralizava toda a atividade no Brasil. Pernambuco foi uma das mais bem sucedidas de todas as capitanias, graças à política do donatário Duarte Coelho nos processos de transferência recursos financeiros e agentes com habilidades especializadas vindos de Portugal, de Galiza e das Canárias.

Se nos anos iniciais a comercialização do açúcar ficou em poder dos portugueses e de alguns investidores alemães, no princípio do século XVII a maior parte do açúcar era transportada nas urcas holandesas, com destino aos portos do norte europeu.

Quadro do holandês. Frans Janszoon Post (Leyden, 1612 — Haarlem, 1680) mostrando o Brasil Holandês – Fonte – http://cultura.culturamix.com/arte/pinturas-de-frans-post

Desde 1630, os judeus portugueses de Amsterdã espalharam-se pelo Nordeste dedicando-se, sobretudo, aos negócios do açúcar, que, por muito tempo, foi umas das principais riquezas daquela região. Com o fim do domínio holandês e a retomada de Pernambuco pelos portugueses em 1654, uma nova “passagem” conduz um dos grupos de refugiados saídos do Recife até Nova Amsterdam – mais tarde, Nova Iorque. A razão foi a mesma: a intolerância pela qual seus ancestrais haviam sido expulsos da Península Ibérica. Só que, desta vez, além das singularidades do judaísmo na bagagem, o grupo levava o conceito de “cidadania”, apreendido e aprendido no curto espaço do tempo de Maurício de Nassau como governador do Brasil Holandês. Daqui partiram e lá ficaram, dando início. Congregação Shearit Israel, até hoje ativa.

Novos Personagens Emergem da Clandestinidade

É significativo o número de engenhos que tiveram o controle de cristãos-novos e judeus e o funcionamento disfarçado de sinagogas espalhadas pelas ruas da vila do Recife e seus arredores. Ribemboim, em um levantamento feito em 1995 lembra que, de preferência, as sinagogas eram erguidas nos engenhos¹. Recentemente, achados arqueológicos, numa área da mata sul, mostraram indícios da existência de um local de purificação espiritual (micvê) nas ruínas de uma antiga casa de engenho.

Barco holandês

Embora os vínculos religiosos e sócio-comunitários da população ibérica daquela época estivessem desfeitos com a passagem dos séculos, a teia cultural mostra-se, até hoje, resistente e unifica os sobreviventes através de novos personagens que emergem da clandestinidade se auto-identificando como descendentes dos antigos cristãos-novos. É possível haver uma relação com costumes e tradições de uma cultura e de uma língua herdada dos judeus ibéricos.

No nordeste do Brasil, eles foram gradativamente se incorporando como parte do patrimônio material e imaterial brasileiro. O professor Marcos Albuquerque, importante arqueólogo da Universidade Federal de Pernambuco relata que em suas viagens pelo interior do nordeste e norte do Brasil é muito comum ver túmulos nas margens das estradas, sem cruzes e com pedrinhas em cima, como é o costume judaico.

Soldados romanos carregando os despojos das guerras judaicas. A destruição de Jerusalém aconteceu em 70 D.C., quando as legiões romanas saquearam Jerusalém e retornaram a Roma com os despojos, daquela que era considerada a cidade mais rica no Império Romano – Fonte – http://www.bible-history.com/archaeology/rome/arch-titus-menorah-1.html.

Há também inúmeros relatos de pessoas que vivem no sertão mencionando, entre outros costumes, a forma de sepultamento de origem judaica, ou seja, o falecido é enterrado apenas envolto em mortalha sem caixão e sem símbolos (cruzes, por exemplo). Muitas vezes, estas pessoas enfatizam que foi um desejo exposto à família quando se percebiam próximos ao passamento.

Ainda existem os vestígios de antigas edificações que guardam parte dessa história. A Sinagoga Kahal Zur Israel, na antiga Rua dos Judeus no Bairro do Recife, o engenho Camaragibe no município do mesmo nome, a casa de Branca Dias em Olinda e tantos outros espaços físicos. O apego às tradições da kashrut (leis dietéticas judaicas) identificadas em denúncias contra os cristãos-novos do século XVI–XVII permaneceram, em muitos casos, de forma inconsciente nos costumes alimentares da população em Pernambuco e em outros estados do nordeste do Brasil.

Primeira sinagoga das Américas, em Recife – Fonte – http://culturahebraica.blogspot.com.br/2013/01/amazonia-terra-prometida-historia-dos.html

Muitas informações foram reveladas nas histórias contadas às autoridades religiosas da época. Nelas, o quadro figurativo do judaísmo aparece como religião e como cultura. Estilo de vida, competências linguísticas, crenças, hábitos alimentares, ritos, jeitos de viver, de morar, rezar, sepultar seus mortos, condenados como heresias pela ordem política e religiosa estabelecida representavam a forma preservada de um ethos que garantia a continuidade do grupo na história.

Por isso, valorizamos os conteúdos dos registros de denúncias na obra Primeira Visitação às Partes do Brasil. Denunciações e Confissões de Pernambuco 1593-1595 cujos conteúdos historiam os fatos político-religiosos que regulavam o cotidiano da América Portuguesa. Nelas revelava-se que as práticas judaizantes eram realizadas no espaço privado do lar, dos engenhos e da vila, onde viviam os denunciados. Esta realidade vem sendo apreendida com técnicas da análise dos discursos dos entrevistados escolhidos para a pesquisa cotejando-se com as denúncias inquisitoriais. Assim, nas entrevistas realizadas com os “novos personagens” que formam uma nova/antiga categoria de judaísmo é que é conhecida a simbolização o que compõe a imagem, os traços, enfim, a essência cultural singular do grupo. Devemos lembrar os elementos preservados na cadeia de comunicação entre os judeus sefardim e a população com quem conviviam, na circunstância de não poderem ser expostos com seus conteúdos originais. Os “não ditos” ficavam no mundo da reserva mental, portanto fora do discurso explicito. Talvez por isso, os costumes foram tão enfatizados pelos seus portadores gerando o que alguns estudiosos chamam de “marranidade” ou “marranismo”.

Detalhe de quadro de Frans Post, mostrando detalhes de um engenho – Fonte – http://www.scielo.br

Ao visitarmos alguns engenhos ou o que deles restou temos o sentimento de “ouvir” o eco dos passos de pessoas que ali viveram seus cotidianos e suas práticas religiosas. Impossível não pensar na inquietação de um suceder de dias que oscilava entre a hostilidade ou o afrouxamento da vigilância e as estratégias para preservação do que hoje chamamos cidadania.

Estes fatos são importantes para compreendermos a dimensão cultural das raízes judaicas nesta parte do Brasil cuja ressonância alcança nossos dias com a emergência de novas identidades apoiadas em antigas heranças de um judaísmo exportado compulsoriamente da Península Ibérica para o Brasil.

VEJA MAIS POSTAGENS SOBRE TEMAS LIGADOS A JUDEUS NO TOK DE HISTÓRIA

https://tokdehistoria.com.br/2015/11/11/lei-pode-dar-cidadania-a-brasileiros-descendentes-de-judeus/

https://tokdehistoria.com.br/2015/05/08/diaspora-descubra-como-os-judeus-se-espalharam-pelo-mundo/

https://tokdehistoria.com.br/2014/03/23/sobrenomes-de-judeus-expulsos-da-espanha-em-1492-veja-se-o-seu-esta-na-lista/

https://tokdehistoria.com.br/2012/04/18/a-expulsao-dos-judeus-de-portugal/

https://tokdehistoria.com.br/2015/06/08/the-first-synagogue-in-the-americas-itamaraca-1634/

Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

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O ESTUPRO DO SABIÁ E O JUSTIÇAMENTO DO CAPITÃO - CONTOS DO CANGAÇO - CANGACEIRO LAMPIÃO

 Por Contos do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=EZT2RHlyKfs&ab_channel=ContosdoCanga%C3%A7o

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NÃO SE SERVE A DOIS SENHORES - CONTOS DO CANGAÇO - CANGACEIRO LAMPIÃO

 Por Contos do Cangaço
https://www.youtube.com/watch?v=rIEqtkKCNaM&feature=youtu.be&fbclid=IwAR1sYADjq84cQ_gwN8G2wV7mucY24Qq443UnOyMKCuq1uXHKwpBTgGP6_4s&ab_channel=ContosdoCanga%C3%A7o

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O BAÚ QUE LAMPIÃO ABRIU PARA SAQUEAR

Por Giovane Gomes 

Um baú com mais de 100 anos, que Lampião e seu bando abriram ele para saquearem os objetos. Hoje guarda a história do Cangaço contada por pesquisadores sérios.

Meus livros do cangaço.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=179582870540645&set=gm.1525053347703604

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DOIS BAIRROS NOVOS EM SANTANA DO IPANEMA

 Por Clerisvaldo B, Chagas, 1 de dezembro de 2020 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica: 2.428

 

Fomos “olhar de perto para contar de certo” a expansão de Santana no sentido Santana – Olho d’Água das Flores. Essa é a informação para aqueles que estão ausentes da terrinha. Dois bairros novos vão surgindo às margens da AL-130, tanto de um lado quanto de outro. O primeiro está se erguendo originário do loteamento LUAR DE SANTANA (Colorado) Na primeira curva da AL-230 em direção a Olho d’Água das Flores. Trata-se de uma colina onde havia uma granja e lugar chamado Lagoa do Mato. O casario tem inicio à beira da AL-130 e sai subindo a colina até atingir o topo do loteamento a 335 metros de altitude. O panorama ali é deslumbrante. Vê-se ao longe o centro da cidade, inclusive a Igreja Matriz de Senhora Santana, por cima da mata que circunda o Luar de Santana. (Direção Oeste).

Ainda existem belas paisagens em direção Leste e Norte, mas quem passa pela AL-130 nem imagina que ali está sendo formado um bairro de elite com belas e modernas residências. Já está sendo habitado pelas classes média e média alta e em breve será o bairro nobre de Santana do Ipanema. Como diz o dito popular, a paisagem do topo é simplesmente de “tirar o fôlego”. Fala-se que um hotel fazenda está sendo planejado na baixada da mata que circunda o LUAR.

O outro bairro fica no sopé, a barlavento, do serrote do Gonçalinho também chamado serra do Cristo ou da Micro-ondas. Teve início com algumas casas simples com o império de pobreza extrema, mas inúmeras residências surgiram ao longo do sopé, ao lado da subida ao topo e também no antigo Cipó, sítio rural que foi engolido pela urbanização como víamos anunciando há muito. Em um futuro próximo até o outro sítio rural, Curral do Meio, deverá seguir o mesmo destino do Cipó.

Entre um e outro bairro já existe um intenso comércio e serviços ao Longo da AL-130: churrascaria, loja de construção, posto de gasolina, hipermercado e até presença do campus Instituto Federal de Alagoas, IFAL.  No lugar onde a vegetação ainda não foi tocada, no serrote, a mata se desenvolveu bastante, mostrando árvores de boa altura nessa face mais úmida do relevo. O cimo da micro-ondas   guarda uma bela vista parcial de Santana do Ipanema.

Os Bairro do Gonçalinho e Luar de Santana, atestam com clareza os novos caminhos da Rainha e Capital do Sertão. Viche!

VISTA DO BAIRRO LUAR DE SANTANA AINDA QUASE VIRGEM (FOTOS: B. CHAGAS/ÂNGELO RODRIGUES).

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PROVAÇÃO, RESISTÊNCIA E LONGO AMOR.

 Por João Filho de Paula Pessoa

Em 1930, Moreno trabalhava na fazenda do Sr. Antonim, em Pernambuco, certo dia chegou lá o Bando de Virgínio, de apelido Moderno, composto por ele, Luiz Pedro, Maçarico, Fortaleza e Medalha e deixaram com Moreno um recado para seu patrão de que voltariam em breve para pegar duzentos mil réis. Ao retornar, o bando trazia consigo um coiteiro amarrado, que os teria traído. O bando recebeu o dinheiro e ficou três dias acampado na fazenda, com o refém, Moreno se aproximou e conviveu estes dias com o bando. Na partida dos Cangaceiros, Moreno manifestou vontade de acompanhá-los, pois já era foragido da polícia. Moderno então lhe impôs uma provação de valentia para seu ingresso, que seria matar o coiteiro traidor. Moreno mirou uma arma no peito do refém e atirou, matando-o friamente, sendo então aceito no bando. Luiz Pedro deu-lhe o apelido de Moreno, vez que seu nome era Antônio Ignácio, e assim, seguiu no grupo. Logo após, Durvinha, também entrou no bando como mulher do chefe Moderno, formando um bonito e amoroso casal. Em 1936, Moderno foi morto em combate e o bando começou a se dispersar, Moreno levou Durvinha a uma estrada para que ela retornasse à sua família, na despedida perguntou-lhe se ela queria seguir no cangaço em sua companhia, proposta que ela aceitou e assim retornaram à caatinga, ele reagrupou o bando novamente e assumiu a liderança com firmeza e valentia, seguindo em frente naquela vida nômade e clandestina. No dia da Morte de Lampião, em 1938, eles estavam em Mata Grande, distante 70 km da emboscada. Apesar da morte do capitão e o declínio do cangaço seguiram firmes, sem se entregar. Em 1940, com a morte de Corisco, resolveram então fugir, despojaram-se de suas armas e adereços do cangaço, esconderam na caatinga e seguiram para Minas Gerais, onde viveram no anonimato por sessenta e cinco anos, além do tempo de Cangaço, trabalharam, tiveram filhos e viveram em paz, num pacto de silêncio sobre o passado. Em 2005, pressentindo a aproximação da morte resolveram contar seu segredo à seus filhos, que impressionados, tornaram pública aquela história de sobrevivência, com registros em na mídia, reportagens e livros. Durvinha e Moreno viveram juntos por setenta e dois anos, ela faleceu em 2008 com 92 anos e ele em 2010, com 99 anos, na mais longa história de amor do cangaço. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza, 20/12/2019.

Assista este conto em vídeo - https://youtu.be/NEJ4N3KsHjo

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AVISO DO CAPITÃO SE NÃO USAR JÁ SABE, NÉ?

Por Adelsomota 

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COCOTA SERESTEIRO DE MOSSORÓ

Por Francisco Carlos Jorge de Oliveira

Meu amigo Mendes, a música é tudo em nossas vidas, pois ela toca em nossa alma leve como uma pluma ou ás vezes forte como um vendaval, é doce como mel, mas também amarga como fel, a música nos faz rir e também chorar. Ela em sua essência natural invade nossos corações dando a ele uma certeza, uma dúvida ou uma esperança incerta, mas na realidade além da tristeza a música nós traz alegrias e lembranças. Meu caro Professor Mendes, a música é remédio que cura a dor e o tédio, mas também é um doce veneno que suave como o sereno nos mata sem perceber, enfim a música é como o cedro que perfuma o fio do machado que o exterminou. Ah! Meu amigo, ouvindo a voz deste autêntico cantor e compositor Lupicínio Rodrigues, a gente sente o céu descer sobre nós, desta forma eu imagino os deleites do povo de Mossoró que outrora teve o privilégio de ter em meio a sua sociedade, um seresteiro do calibre do saudoso "Cocota". 

Cocota irmão dos cantores: Carlos André, Hermelida Lopes e João Mossoró  antigo Trio Mossoró 

Mestre Mendes, às vezes nós não conseguimos compreender como tais fenômenos tão maus acontecem com pessoas boas e amáveis que só nos proporciona alegrias e felicidades. Eu como pintor, escritor e poeta só consigo entender de uma forma. Deus em sua imensa sabedoria poder e bondade,  gostou mais do Cocota do que nós e assim o arrebatou para o céu para ficar junto de si, daí ele pode deleitar-se ao dormir embalado com o timbre de sua suave voz, e no outro dia despertar com a doce melodia de suas músicas, e também apreciar nas frias noites celestiais, as mais belas serenatas ao som do seu encantado instrumento musical.

https://www.youtube.com/watch?v=Ak-Wes7CEhE

E! Querido Professor, só nos resta a lamentar esta triste perda de outrora. Mas quem sabe um dia em uma morna madrugada de abril, Deus permita que ele volte só por um instante e nos blinde novamente com sua voz, só por um momento em uma esquina qualquer numa certa rua de Mossoró.

 Enviado pelo autor: Cabo Jorge

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PAULO GASTÃO

 Por Aderbal Nogueira

Paulo Gastão e Aderbal Nogueira

Paulo Gastão e SBEC não tinham uma ligação, pois no fundo eram uma coisa só. Essa semana vamos conhecer um pouco desse Cabra que abriu as porteiras do mundo do cangaço para muita gente e com certeza deixou muitas saudades para aqueles que tiveram o privilégio de tê-lo conhecido.


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DOCUMENTÁRIO SOBRE LAMPIÃO, O REI DO CANGAÇO

 Por Vale Jaguaribe

https://www.youtube.com/watch?v=bQvLD5FLbXw

O Repórter Nelson Faheina esteve em Serra Talhada-PE, município onde Lampião nasceu, conversou com populares, e visitou a casa onde ele morou com a família, acompanhe a reportagem.

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