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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Dona Fideralina Augusto- Nota Premiliminar

Por: Dimas Macedo

Primeira filha de Isabel Rita de São José e do major João Carlos Augusto, antigo deputado à Assembleia Provincial cearense, nasceu Fideralina Augusto Lima em Lavras da Mangabeira (CE), aos 24 de agosto de 1832. Apesar de jamais ter vivido fora do seu município, sua fama de mulher destemida e audaz correu mundos, sendo considerada uma das maiores simbologias do mandonismo e uma das grandes expressões políticas do Ceará e do Nordeste.

Conhecida como figura de destaque do coronelismo, cujo espírito encarnou com a sua armadura de guerreira, Fideralina sempre levou às últimas consequências as vinditas com os seus adversários, ganhando ou perdendo as demandas com as quais se envolveu. Falecida aos 16 de janeiro de 1919, foi casada com o major Ildefonso Correia Lima, e entre os fatos marcantes da sua trajetória podem ser enumerados: a detenção do poder político supremo, em Lavras da Mangabeira, e a derrubada do seu próprio filho, Honório Correia Lima, da chefia da Intendência local.

Senhora de vastos domínios territoriais e de grande vocação para o exercício da política, em Lavras estabeleceu residência em casarão localizado na então Rua Grande, hoje Major Ildefonso, e sua vivenda de campo foi construída no sítio Tatu do mesmo município, ostentando, além da casa-grande, a senzala, a capela e o engenho, símbolos máximos da autonomia do sistema latifundiário. Vastíssima tem sido a crônica histórica a seu respeito, valendo destacar algumas opiniões de abalizados conhecedores da nossa história política, selecionadas entre a complexa bibliografia que regista a sua trajetória. Em torno de sua pessoa disse Antônio Barroso Pontes: “Dona Fideralina, que na sua época dominou toda a região sul do Ceará”. E Joaryvar Macedo: “Mulher forte, Dona Fideralina tornou-se uma das maiores expressões da política cearense do seu tempo”.

Dona Fideralina Augusto Lima

Assim opinaram Antônio Martins Filho e Raimundo Girão: “Valente espírito feminino a quem muito interessava a política cearense”. Já para Hugo Victor Guimarães foi Dona Fideralina uma “mulher extraordinária como expressão de bravura e coragem” e “uma das mulheres que tiveram maior projeção na vida política do Ceará”.

Para o pesquisador João Alves de Albuquerque, foi Dona Fideralina a “respeitável senhora que durante longos anos dirigiu a política de Lavras, cuja chefia lhe fora arrebatada pela morte, pois, só assim, lhe seria abatido o grande prestígio que sempre desfrutou em sua terra”.

O poeta Gentil Augusto Lima, em conferência proferida na Associação de Imprensa da cidade de Campos (RJ), em 1955, assim se manifestou sobre ela: “Mais brava e de muito mais valor do que Bárbara de Alencar, e ainda do que Anita Garibaldi”. Já o historiador Valdery Uchoa afirmou ser Dona Fideralina uma “mulher notável pelo seu destemor e pela sua bravura”.

João Clímaco Bezerra, em artigo estampado na revista Manchete (em 1976), buscando um paralelo para Marica Lessa, que inspirou o romance – Dona Guidinha do Poço –, de Oliveira Paiva, assim expressou o seu ponto-de-vista: “uma dessas mulheres que dominaram os sertões no tempo do império e que passaram ao lendário cearense como Dona Fideralina das Lavras da Mangabeira”. O historiador fluminense João Medeiros, em passagem de um dos seus livros, registrou que Dona Fideralina era uma mulher que, pela coragem e atitudes matriarcais, merecia o respeito em toda uma vastidão rural. E argumentou, em seguida: “Daí ser acatada sua palavra nos pronunciamentos políticos da região, pois conseguia ter seus filhos na representação do governo municipal, Assembleia Estadual e Câmara Federal”. E mais, revelou João Medeiros que o Padre Cícero, certa feita, chegou a ponderar que “não se podia escrever a história do Cariri sem se deter  na pessoa dessa digna matrona”.

Rachel de Queiroz

O testemunho mais lúcido sobre Dona Fideralina, no entanto, fica por conta de Rachel de Queiroz, que, em artigo estampado na revista O Cruzeiro, de 07 de agosto de 1976, depois de afirmar que essa destemida matriarca lavrense foi “a mais famosa dona do Nordeste, e a senhora de mais cartaz do seu tempo”, acrescenta que Dona Fideralina “foi uma espécie de rainha sem coroa, foi uma legenda”. Ainda segundo as palavras de Rachel, “Das margens do São Francisco aos seringais do Amazonas a palavra de Dona Fideralina era lei. Sendo de corpo uma fraca mulher como nós todas, tinha, entretanto, uma alma de varão, e como varão era não apenas reconhecida, mas temida”.

E prossegue a autora de O Quinze: “Como toda pessoa que cai no folclore, acontece que a figura de Dona Fideralina foi algumas vezes deformada, envenenada, pois a boca do povo sempre altera o que repete, para o bem e para o mal. E assim, porque Dona Fideralina não tinha medo de ninguém, porque sendo apenas uma mulher, sabia fazer-se respeitada como um coronel de bigodes; porque, num tempo em que o cangaço era a lei única e nem o exército podia direito com um bando de jagunços (exemplo: Canudos, Juazeiro, Princesa), Dona Fideralina também se cercava de cabras armados para a defesa dos seus e da sua casa”.

Na fase mais criativa da maturidade, ao publicar a sua obra-prima, Memorial de Maria Moura (São Paulo, Editora Siciliano, 1992), Rachel de Queiroz foi incisiva ao dizer que se tratava de um romance à clef, inspirado na vida de Dona Fideralina Augusto. E mais: chegou a publicar um folheto intitulado: Dona Fideralina das Lavras (Rio, UFRJ, 1990).

O Cego Aderaldo, num dos seus poemas em que historia a Revolução de 1914, que derrubou o Governo Franco Rabelo, no Ceará, dá-nos igualmente a dimensão dessa ilustre matrona sertaneja, quando diz: “Goesinho rolou no chão / temendo a bala ferina / mas quando ele conheceu / que ali havia ruína / correu com medo dos cabras / de Dona Fideralina”.

A sua participação na Revolução de 1914, conhecida por Sedição de Juazeiro, foi das mais decisivas para a vitória do Movimento. De uma só empreitada, segundo Floro Bartolomeu, ela teria colocado cinco mil cartuchos à disposição dos que lutavam contra o Governo de Franco Rabelo.

Padre Cícero

Otacílio Anselmo, que se refere a esse episódio, no seu livro Padre Cícero: Mito e Realidade (Rio, Editora Civilização Brasileira, 1968); e bem assim historiadores como João Brígido e Joaryvar Macedo atribuem um papel político de destaque a Dona Fideralina Augusto, diante da Sedição de Juazeiro e ao tempo da Primeira República.

Manteve Dona Fideralina relações de amizade com o Padre Cícero, e com os maiores coronéis do Cariri, colocando-se contra ou a favor dos que rezavam ou não rezavam pela sua cartilha, mandando e desmandando nas coisas da política sempre que achava que assim devia proceder. E o vulgo popular compreendeu, e a literatura de cordel assim registrou que ela, Dona Fideralina, diferente dos grandes coronéis do Cariri, queria mandar no mundo inteiro e não apenas na política da sua região. Na sua terra de berço, jamais admitiu que alguém tivesse mais poder do que ela, vivendo sempre às turras com o Monsenhor Meceno, político cearense da maior expressão e que foi vigário de Lavras durante o apogeu do seu mandonismo. Fidera vasculhou de tal forma a vida desse sacerdote, que terminou descobrindo, em Tauá, um deslize por ele cometido, dando ciência do feito a seus paroquianos, através de um panfleto bastante audacioso.

Na primeira década do século precedente, tomou partido em várias refregas memoráveis verificadas no Sul do Ceará, e de todas essas refregas saiu-se Dona Fideralina muito bem, fazendo, em Lavras da Mangabeira, o casamento da sua filha Josefa com o Juiz de Direito da Comarca, ameaçando-o com uma severa imposição, e tal forma que o magistrado se mudou depois para o Amazonas, não regressando mais ao Ceará.

Em 1902, como registra Joaryvar Macedo, em Império do Bacamarte (Fortaleza, Casa de José de Alencar, 1990), a velha matriarca de Lavras determinou a invasão de Princesa, no Estado da Paraíba, para vingar a morte do seu neto, Ildefonso Augusto, constituindo, na época, o Batalhão de Dona Fideralina, comandado por Zuza Febrôncio e que ali cumpriu fielmente a sua decisão.

Em Lavras, investiu-se com todas as prerrogativas no poder local, fazendo o jogo dos interesses políticos com a posição da Intendência; e, não conseguindo demover o seu filho, Honório Correia Lima, do cargo de Intendente, em 26 de novembro de 1907, retirou o mesmo do poder pela força do velho bacamarte, cobrindo-se depois de luto e se enfurnando em sua fazenda, durante certo tempo. O fato, como bem salientou o historiador Joaryvar Macedo, trouxe consequências funestas, não somente para os membros da família Augusto, da qual Dona Fideralina era o pedestal máximo de referência, mas para todo o município de Lavras da Mangabeira.

 
Casa de Dona Fideralina em Lavras da Mangabeira

Seu pai, João Carlos Augusto, antigo Deputado Provincial, fez-se, em toda a região do Vale do Salgado, um dos maiores líderes políticos do seu tempo. Afilhado e tido como filho natural de um governador do Ceará (o Barão de Aracati), trazia do berço, o Major João Carlos, os requintes da aristocracia; e como bom guerreiro e líder político do seu povo, chefiou as tropas que libertaram a Vila de Lavras dos asseclas de Pinto Madeira.

Em 1832, ano em que Dona Fideralina nasceu na Capital do Médio Salgado encontrava-se dominada por esse grande caudilho de Jardim, que espalhava terror e sobressalto em todas as ruas do lugar, às vezes, até em parceria com o Padre Verdeixa, o vigário lavrense de então.  Esse desmiolado Padre Verdeixa, conhecido pela alcunha de Canoa Doida, foi quem batizou Fideralina Augusto, aos 19 de setembro de 1832, na Igreja Matriz de São Vicente Ferrer, recebendo ela, na pia batismal, o nome que o seu pai achava muito próximo dos ideais federalistas e da forma de Estado nos quais acreditava, e pelos quais os seus familiares lavrenses haviam lutado bravamente.

O entorno familiar de Fideralina Augusto fez-se, todo ele, cercado de tragédias e acontecimentos que chamam de plano a atenção: seu tio-avô, pelo lado materno, José Joaquim Xavier Sobreira, vigário da freguesia de Lavras e político de grande atuação em todo o Ceará, foi envenenado; sua tia, pelo ramo paterno, Cosma Francisca de Oliveira Banhos, assim como seu pai, João Carlos Augusto, e o seu irmão, Ernesto Carlos Augusto, foram assassinados; e seu primeiro neto a formar-se em Medicina, Ildefonso Augusto de Lacerda Leite, foi trucidado de forma violenta na Vila de Princesa, em 1902.

Mas Dona Fideralina, com os fulgores da sua fortaleza, sobreviveu a todas as tragédias, à ferrenha oposição da sua irmã, Dulcéria Augusto de Oliveira, e a todas as circunstâncias difíceis da sua trajetória. Teve que tomar decisões que lhe fizeram sangrar o coração, tal aquela de optar por um filho, o Coronel Gustavo, e ter que derrubar o outro do poder político pelo uso da força. Episódios verificados na cidade de Lavras entre 1907 e 1910 e, especialmente, entre 1911 e 1914, trouxeram-lhe vários dissabores, e dividiram definitivamente os descendentes da família Augusto, ao preço de assassinatos memoráveis, tal aquele perpetrado contra o seu próprio filho, o célebre Coronel Gustavo.

Como nenhum mandatário do seu tempo, Dona Fideralina encarnou as instituições vigentes em sua época, juntando, ao seu patrimônio de latifundiária, várias possessões de terras do município, e garantindo a sobrevivência do feudo com o trabalho servil de base escrava, que jamais aboliu nas cercanias das suas fazendas e na casa-grande do sítio Tatu.

Sítio Tatu

Ali, ignorou a abolição da escravatura e durante a primeira década do século precedente continuou sendo carregada de liteira pelas ruas de Lavras, segundo os seus próprios descendentes, que com ela conviveram de perto e testemunharam a sua maneira ousada de viver. No sítio Tatu – como reza uma quadra popular –, não apenas criou negros para o sei deleite, mas os transformou em expressões de relevo da vida social do município, exportando-os também para outras regiões do Ceará, tais os casos de José Ferreira da Silva (o Zé Rainha), personagem de destaque do carnaval de Fortaleza; e de Luís Preto, que foi imortalizado por Batista de Lima num dos seus poemas de maior expressão.

Vivendo num momento marcado pela presença do banditismo das hordas facínoras de cangaceiros, não deixou de arguir em torno de sua defesa pessoal, na preservação dos interesses legitimados pelo seu código de honra, homens ágeis no manejo do trabuco como um Antônio Preto ou um Nego Bento, ou ainda cangaceiros destemidos do porte de um Miguel Garra. Desfrutou Dona Fideralina as concessões sociais da sua época; mas é certo também que dispensou as regalias que lhe eram conferidas pelo sistema latifundiário, fazendo o percurso do sítio Tatu até a sede municipal nas costas de possantes cavalos, sempre com um bacamarte na lua da sela, cena varonil que deixou marcantes impressões no Dr. Augusto Dias Martins, que exerceu as funções de Juiz de Direito da Comarca de Lavras, no final do século dezenove.

Viúva ainda muito jovem, assim permaneceu até a data do seu desenlace, sublimando a sua solidão e, possivelmente, a sua libido, com a energia que movimenta o mundo da política, mas surpreendendo, também, pelo gosto que demonstrou pelas coisas da cultura, tendo sido, em Lavras da Mangabeira, correspondente da revista Estrela, fundada e dirigida em Fortaleza (e depois em Baturité e Aracati) pela escritora Francisca Clotilde.

O seu esposo, Ildefonso Correia Lima (16.3.1928 a 27.12.1876), natural de Várzea Alegre, exerceu, na Vila de São Vicente das Lavras, preponderante atuação política, tendo ali ocupado os cargos de membro da Guarda Nacional, juiz municipal, delegado de polícia, vereador e presidente do Poder Legislativo, o que correspondia na época ao cargo de Prefeito. Além do seu marido, todos os seus filhos, genros e cunhados protagonizaram de tal modo o poder político em sua terra, que se torna difícil, na história de Lavras, encontrar um cargo de chefia do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário (estadual ou municipal) que não tenha sido por um deles monopolizado, isto desde quando ela resolveu encarnar a política como vocação, somente deixando de reinar após a sua morte, em 1919.

Conhecida igualmente por Fidera, ou Didinha, como ainda hoje lhe fazem referências alguns membros da família, o certo é que Dona Fideralina Augusto tem presença assegurada na história das transformações políticas por que passou o Ceará nas primeiras décadas da República Velha.


Figura lendária e até certo ponto mitológica, em seu município e na região Sul do Ceará, a sua condição de matriarca de uma prole que por diversas razões se tem destacado no Ceará e além-fronteiras, imprime-lhe respeito ao nome e aos valores da sua tradição.

Em Dona Fideralina, a vocação maior foi sempre a política, que recebeu como herança dos ancestrais e que tão bem soube transmitir como legado aos seus descendentes. Três dos seus filhos tomaram assento como deputados na Assembleia Legislativa estadual, tendo dois deles exercido o cargo de Vice-Presidente do Estado. 

Dois dos seus bisnetos chegaram ao Senado Federal e nele tomaram assento, e doze outros descendentes seus exerceram mandatos de Deputado. Diversos membros da sua estirpe memorável têm exercido postos de destaque na vida política, administrativa e econômica do Estado, bem como em outros setores da vida social do Ceará.

É vasta a bibliografia a seu respeito. Entre livros e opúsculos, no entanto, sugiro a remissão às seguintes fontes: Dona Fideralina das Lavras (Rio, 1990), de Heloisa Buarque de Holanda e Rachel de Queiroz; Uma Matriarca do Sertão – Fideralina Augusto Lima (Fortaleza, 2008), de Melquíades Pinto Paiva; e A Vocação Política de Fideralina Augusto Lima(Fortaleza, 1991), de Rejane Augusto.   

Dimas Macedo
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NOTA CARIRI CANGAÇO: Fideralina Augusto é a personagem principal da Avant Premier do Cariri Cangaço em grande estilo na cidade de Lavras da Mangabeira; é esperar para conferir.

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QUANDO AS PEDRAS CAÍRAM DO CÉU NO RIO GRANDE DO NORTE

By: Rostand Medeiros

QUANDO AS PEDRAS CAÍRAM DO CÉU NO RIO GRANDE DO NORTE

O meteoro de aproximadamente 10 toneladas caiu a cerca de 80 quilômetros da cidade de Satka, na Russia, mas a onda expansiva afetou várias regiões adjacentes e até a vizinha república centro-asiática do Cazaquistão.
Um meteoro de aproximadamente 10 toneladas caiu a cerca de 80 quilômetros da cidade de Satka, na Rússia, mas a onda expansiva afetou várias regiões adjacentes e até a vizinha república centro-asiática do Cazaquistão.

Casos de Quedas de Corpos Celestes no Rio Grande do Norte

Um Meteoro atravessou o céu da Rússia na manhã desta quinta-feira, dia 15/02/2012, lançando bolas de fogo na direção da Terra e fazendo centenas de vítimas, quebrou janelas e provocou vários outros problemas. O nosso Rio Grande do Norte já viu este tipo de situação.

O Rio Grande do Norte, desde que a sua história passou a ser registrada através de documentação escrita, guarda poucos informes de fatos naturais que, de tão incomuns, marcaram o momento em que ocorreram, fazendo com que os homens do passado registrassem para a posteridade estes acontecimentos insólitos.


Um dos fenômenos naturais incomuns que mais chamavam a atenção dos antigos habitantes das terras potiguares eram os tremores de terra. Comuns até os dias atuais, estes acontecimentos geológicos ocorrem principalmente na região da antiga Baixa Verde, atual município de João Câmara. Desde o final do século XVIII, antigos cronistas já registraram a impressão que os tremores deixaram junto aos antigos habitantes. Quem está na faixa dos 30 anos de idade, certamente deve se lembrar do terremoto ocorrido em 1986, que abalou a região, alcançando a magnitude de 5.3 na escala Ritcher e que marcou profundamente a história potiguar e chama a atenção dos geólogos.

Se ocasionalmente os potiguares sentem o solo tremer, muito mais raros são os registros de bólidos vindos do céu, de meteoros despencando com estrondo na nossa região. Entretanto, estes fenômenos já ocorreram.

Uma chuva de meteoritos em Macau

Nos anais do VIII Simpósio de Geologia do Nordeste, realizado em 1977, em Campina Grande, Paraíba, encontramos o resumo de uma pesquisa realizada pelos geólogos brasileiros Celso de Barros Gomes, da USP (Universidade de São Paulo), W. S. Crurvello, do Museu Nacional do Rio de Janeiro acompanhado dos cientistas norte-americanos K. Kiel, da Universidade do Novo México e E. Jarosewich, do Instituto Smithsonian, de Washington, que estiveram na região de Macau e Açu, em busca de restos de um meteorito, que caiu do céu no dia 11 de novembro de 1836.


A queda deste bólido ocorreu ás cinco da tarde, nas imediações da foz do rio Açu, em uma área territorial que então pertencia ao município de Macau. Segundo os relatos da época devido ao impacto no solo, morreram algumas vacas e a queda do objeto celeste foi acompanhada de um forte clarão e ribombos. Aparentemente o meteorito se fragmentou em vários pedaços, alguns maiores e outros tocaram o chão no formato de uma chuva de pequenas pedras. Fontes pesquisadas por estes cientistas relataram que o clarão produzido pela queda deste meteoro foi visto por uma embarcação que se encontrava a 324 milhas náuticas, ou cerca de 600 quilômetros de distância, da costa potiguar. Consta que os tripulantes relataram a passagem do objeto seguindo em direção a costa, que não era visível aos tripulantes a esta distância.

Durante as pesquisas de campo, foram encontrados restos do meteorito, que foi recolhido e transportado para o sul do país, onde análises detalhadas apontaram a existência principalmente de ferro-níquel na sua composição.

O resumo deste trabalho científico não informa de qual fonte histórica provinham estes dados, mas aparentemente este é o primeiro relato conhecido, descrevendo a queda de meteoritos no Rio Grande do Norte.

Um juiz informa a queda de um meteorito em Açu

Dezenove anos depois, coincidentemente a mesma região anteriormente atingida seria o local da queda de outro meteorito.

Na Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, volume XIV, de 1916, encontra-se a transcrição de um documento datado de 28 de agosto de 1855, produzido pelo então juiz de direito de Açu, João Valentim Dantas Pinagé, que informa ao então Presidente da Província, Antônio Bernardo dos Passos, que ele estava enviando a capital da província algumas amostras de um meteorito que havia caído na região de Açu. Informava o magistrado que as amostras apresentadas pesavam juntas “duas arroubas”, equivalente a 30 quilos, e sua queda havia deixado o povo da região assombrado com o fato que aquelas rochas “pudessem vir do céu”.

O juiz informava que o objeto foi visto desde as “praias”, provavelmente entre as áreas territoriais dos atuais municípios litorâneos de Guamaré, Macau e Porto do Mangue, e por outros locais da Comarca de Açu. Durante a sua queda, o meteorito foi visto vindo da direção nordeste, seguindo em descendente na direção sudoeste e sendo testemunhado por várias pessoas na região.

Infelizmente o juiz Pinagé não informou exatamente a data do ocorrido, nem o local exato do impacto, mas indica que recebeu as amostras que remetia para Natal “quatro dias depois da passagem do meteoro”.

Tarcísio Medeiros, em seu ótimo livro “Aspectos geopolíticos e antropológicos da história do Rio Grande do Norte”, comenta sobre este fato.

Um “corisco” assombra Santana do Matos

Quarenta e dois anos depois, no dia 8 de abril de 1897, a primeira página do jornal “A Republica”, estampava uma nota intitulada “Aerólito”, onde uma “pessoa de fé, ultimamente chegada do sertão”, informava que no dia 21 de março, um domingo, pelas cinco e meia da tarde, foi visto por diversas pessoas, tanto na área urbana e na zona rural da pequena Santana do Matos, um objeto incandescente, em formato de um ”globo brilhante caindo do céu”.

“A Republica”, 8 de abril de 1897.

As testemunhas comentaram que durante a queda o objeto se mostrava extremamente luminoso e soltava fagulhas. No impacto, segundo o informante, o estrondo foi ouvido a uma distância de oito léguas, equivalente a cinquenta quilômetros. O fenômeno natural chamou a atenção de todos, tendo um grupo de pessoas se deslocado ao ponto onde ocorreu à queda.

Segundo a nota, o impacto se deu na região da “serra de São João”, a sudeste da sede do município de Santana do Matos, onde as pessoas do lugar informaram que um grande “bálsamo”, provavelmente alguma árvore frondosa, fora reduzida a “estilhaços”, mas nenhuma parte do “aerólito” foi encontrado.


A não existência de uma cratera de impacto, que houvesse deixado uma marca mais permanente no solo da região, deixa a entender que o bólido poderia ser classificado como um meteorito de pequenas dimensões. Provavelmente durante a queda, com o atrito junto à atmosfera terrestre, esta rocha foi perdendo massa, criando fagulhas e ao tocar o solo teve força suficiente apenas para destruir esta possível árvore frondosa. O que de toda maneira causou um tremendo espanto aos habitantes da região.

No final do século XIX, ainda era comum a utilização por parte da imprensa do termo aerólito, em detrimento a meteoro ou meteorito. Para o homem simples do campo, e a nota registra isto, a pedra caída do céu era tão somente um “corisco”.

Extremamente econômico na discrição, o relato não cita fontes, nome do informante e outras informações mais apuradas. Mas tudo indica que o local da queda seja localizado no município de Jucurutu, próximo a fronteira com Santana do Matos, na área da fazenda conhecida como “São João”, ou “Saco de São João”, onde existe uma serra homônima.

Um corpo celeste ilumina a noite de Caraúbas

Passados seis anos da queda deste meteorito, o Rio Grande do Norte, foi novamente “visitado” por outra rocha vinda do céu. Na edição do jornal “A Republica”, de 23 de outubro de 1903, o correspondente baseado na cidade de Caraúbas, remeteu uma série de notícias referentes ao município. Entre estas constam informes da seca que assolava a região e sobre o benemérito trabalho do senhor Benevenuto Simões, em perfurar poços na busca do precioso líquido. Em meio a notas políticas, sobre casamentos e de viagens de membros da elite local ao Rio de Janeiro, uma pequena nota, novamente intitulada “Aerólito”, informava ter sido “nossa vila espectadora de um lindo drama”.

“A Republica”, 23 de outubro de 1903.

Por volta das nove horas da noite do dia 30 de setembro, uma quarta-feira, foi visto um brilhante meteorito que percorreu todo o firmamento, deixando um rastro luminoso em sua queda e produzindo uma forte iluminação sobre a pequena cidade. O bólido foi visto vindo da direção sudoeste, seguindo descendentemente na direção oeste, e que após cinco minutos produziu um forte estrondo.

Devido à diferença de tempo entre a visualização do meteorito e o estrondo produzido pelo impacto, partindo do princípio que o correspondente calculou corretamente o tempo, este bólido caiu em uma área distante da sede municipal e a nota do jornal não especifica o ponto exato da queda.


Mesmo sendo um fenômeno raro, chama a atenção à economia de informações do correspondente, onde é mais provável que o mesmo não tenha sido testemunha direta dos fatos, anotando informações prestadas por terceiro, mas nada mais sobre este fato foi comentado.

Os meteoritos

Os meteoritos são classificados de fragmento de um meteoroide que resistiu ao impacto com a atmosfera e alcançou a superfície da Terra ou de outro planeta antes de se consumir. Eles podem ter desde poucos quilos e dimensões mínimas a serem pesadas pedras voadoras de várias toneladas. Quase todos os meteoritos são fragmentos procedentes dos asteroides ou cometas. Podem ter em suas composições minérios como ferro-níquel, silicatos ou ferro metálico. Os meteoritos têm geralmente uma superfície irregular e uma camada exterior carbonizada, fundida. Todos os dias a terra é bombardeada por uma chuva de pedras vindas do espaço, a maioria são inofensivos micrometeoritos. Acredita-se que por ano, caiam sobre a terra seis toneladas de rochas.

Os maiores meteoros, quando se chocam com a Terra, sempre deixam suas marcas, criando crateras profundas.


Acredita-se que o maior meteorito que atingiu a atmosfera da terra, mas sem comprovação definitiva, ocorreu no dia 30 de junho de 1908, na bacia do rio Podkamennaya Tunguska, a 64 quilômetros ao norte de Vanavar, na Sibéria, Rússia. Acreditam os cientistas que um meteorito de 30 metros de comprimento, explodiu a 10 quilômetros de altitude, tendo produzido uma onde de choque sentida a mais de 1.000 quilômetros de distância. O maior meteorito conhecido, que se chocou contra a superfície terrestre, foi encontrado em Hoba West, próximo a Grootfontein, na Namíbia, África, com 59 toneladas.

Estima-se que ao longo de 600 milhões de anos, o planeta Terra tenha sido atingido em mais de duas mil ocasiões por asteroides de grande peso. A maior cratera do mundo, comprovadamente criada pela queda de um meteorito, é chamada Coon Butte, ou Cratera Barringer, localizada próximo à cidade de Winslon, Arizona, nos Estados Unidos.


Em 1784, no sertão da Bahia, próximo a região de Canudos, caiu próximo a uma serra, um meteorito de 5.400 quilos, conhecida como Pedra de Bendegó. Este corpo celeste, com muito sacrifício, foi transportado em 1888 para o Rio de Janeiro e encontra-se até hoje exposto no Museu Nacional. Contudo, cientistas descobriram que o maior meteorito que já tocou o solo brasileiro, ocorreu na divisa entre Goiás e Mato Grosso, é conhecido como “Domo de Araguainha”, deixou uma marca na forma de uma cratera de 40 quilômetros e este impacto ocorreu à cerca de 350 milhões de anos.

Os impactos ocorridos no Rio Grande do Norte e aqui relatados, certamente não foram os únicos casos de impacto destes corpos celestes em solo potiguar, que apesar de possuir uma superfície territorial pequena, não está isento de receber novas “visitas celestes”.

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História do Rio Grande do Norte Antônio Bernardo dos Passos, Caraúbas,Celso de Barros Gomes, E. Jarosewich, Guamaré, História do Rio Grande do Norte, João Valentim Dantas Pinagé, Macau, Pedra de Bendegó, Porto do Mangue, QUANDO AS PEDRAS CAÍRAM DO CÉU,Quedas de Meteoritos no Rio Grande do Norte, Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, RIO GRANDE DO NORTE, Santana do Matos, Smithsonian, W. S. Crurvello

http://tokdehistoria.wordpress.com

Trio Mossoró e o seresteiro Cocota: personalidades marcantes na história da música mossoroense

http://www.vagalume.com.br/trio-mossoro/esse-nao-me-mata.html

Entre os 16 filhos, destacaram-se Ozéas Lopes, Hermelinda e João Batista, que, juntos, formaram o Trio Mossoró, e Francisco Almeida Lopes, conhecido como Cocota, significativa presença nas noites mossoroenses como seresteiro.

O seresteiro Cocota

O primeiro a tornar-se conhecido entre os filhos do comerciante Messias foi o Ozéas Lopes, que trabalhava na rádio Tapuyo, destacando-se como sanfoneiro.


Em 1960, já trabalhando nas rádios Mayrink Veiga e Nacional, no Rio de Janeiro, Ozéas Lopes convidou os irmãos João Batista e Hermelinda para ingressarem na carreira artística, efetivando o trio forrozeiro que teria o nome de Trio Mossoró, numa referência à cidade e ao rio Mossoró.

A partir disso, os irmãos Hermelinda e João Batista viajaram ao Rio de Janeiro, dando início à formação do Trio Mossoró, com Ozéas na sanfona, Hermelinda no triângulo e João Batista no zabumba.

Em 1962, houve a gravação do primeiro disco, intitulado “Rua do Namoro”, desencadeando o sucesso do grupo.

Com a gravação do segundo disco, “Quem foi vaqueiro”, em 1965, o trio foi vencedor do troféu Elterpe, que, naquela época, era o prêmio de maior importância da Música Popular Brasileira (MPB).

A premiação ocorreu no Palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, tendo como sucesso premiado a música “Carcará”. O grupo gravou 9 discos e conseguiu marcar época levando a música nordestina e o nome de Mossoró por todo o Brasil.

Em visita à terra de Santa Luzia, o Trio Mossoró foi recebido com manifestações calorosas.

Em 1963, o Trio Mossoró voltou pela primeira vez à terra de Santa Luzia, tendo se apresentado no adro da Catedral, no pátio do antigo Clube Ipiranga e no Colégio dos Padres, onde funciona o Banco do Brasil.

O retorno a Mossoró ocorreu mais uma vez em 1972, quando o trio visitou a cidade na ocasião do bi-centenário de sua fundação.
Os artistas foram recepcionados com calorosas manifestações populares, incluindo faixas de saudações, expostas nas principais ruas mossoroenses.

Era a gratidão e admiração de Mossoró explícita nas ruas.

Na ocasião, houve missa festiva em Ação de Graças pelo sucesso alcançado, celebrada na Catedral de Santa Luzia pelo bispo diocesano Dom Gentil Diniz Barreto e o Trio Mossoró recebeu troféu de reconhecimento pelo nome de Mossoró ter sido divulgado em todo o País no âmbito musical.

Mas justamente em 1972 houve a separação do grupo, quando cada um dos irmãos buscou carreira solo.

Recentemente, as cantoras Marinez e Margarete Menezes regravaram músicas do Trio Mossoró, comprovando o valor artístico-cultural desse grupo para a história da música no País.

HOJE, 29 ANOS DEPOIS - A partir da separação do trio, em 1972, Ozéas Lopes assumiu o nome artístico de “Carlos André” e atingiu o ápice do sucesso nacional em 1974, vendendo 1 milhão de discos.

Atualmente, Carlos André reside em Recife. “Carlos André está residindo em Recife, no Estado de Pernambuco. Não abandonou a carreira artística, continua lançando CD’s e também atua como produtor musical” informou Marcelo Lopes, sobrinho dos artistas do Trio Mossoró.

Segundo pesquisa recente da pesquisadora e promotora da Justiça, Dra. Maria da Conceição Medeiros, Hermelinda chegou a gravar 13 discos e chegou a adotar o nome artístico de Ana Paula, cantando músicas românticas.

Em 1989, a cantora Ana Paula voltou a gravar com seu nome original de Hermelinda e gravou “Meu jeitinho de ser” (1989), “Buli com tu” (1990), “É mole ou quer mais?” (1991) e, finalmente, em 1999, uma valiosa coletânea com todos os sucessos da artista em carreira solo, intitulada “O melhor de Hermelinda”. Artistas nacionalmente conhecidos como Elba Ramalho, Dominguinhos, Trio Nordestino, Três do Nordeste e Eliane gravaram composições de Hermelinda, destacando-se “Toque do Fole”, gravado por Elba; “Moça do Recife”, gravado pelo grupo Três do Nordeste e as composições “Beijo Molhado” e “Meu Doce”, gravadas por Eliane.

Atualmente, Hermelinda encerrou a carreira artística e reside em João Pessoa, casada com o músico Bastinho Calixto.

João Batista, que tocava no zabumba do Trio Mossoró, continuou no Rio de Janeiro, dedicado a representações de equipamentos de som e à realização de shows fechados em restaurantes e hotéis cinco estrelas, sendo conhecido como “João Mossoró”. “João Batista permanece na carreira artística, inclusive, lançou 2 CD’s ultimamente no Rio de Janeiro e, segundo ele, não tem o sucesso de antes, mas dá para viver da arte”, disse Marcelo Lopes.

Cocota: seresteiro que dá saudade

Nas décadas de 50 e 60, as noites mossoroenses eram embaladas pela voz marcante do seresteiro Cocota, que pelas ruas de Mossoró interpretava músicas românticas, satisfazendo os boêmios da noite e pessoas que, mesmo em casa, ouviam com prazer seu canto.

Com talento nato para a música, Cocota era frequentador do Bar Pinguim, e com voz e violão abrilhantava as noites da Mossoró de outrora, por ser amante das músicas românticas, sobretudo das canções de Lupicínio Rodrigues como “Nervos de Aço” e “Esses Moços”, famosas na década de 40 e gravadas nos anos 50 por cantores como Emilinha Borba, Ângela Maria e Cauby Peixoto.

Segundo informações de José Messias Lopes, irmão de Cocota, fornecidas ao pesquisador Raimundo Soares de Brito, em 1979, Cocota é definido como “pessoa bastante relacionada nos meios boêmios como afamado seresteiro”. “Ele nunca gravou discos, era funcionário da Petrobras e cantava pelo prazer de cantar”, definiu o pesquisador Raimundo Soares de Brito, que tem preservada em acervo a história do povo desta terra de Santa Luzia.

Um fato marcante ocorrido na história de Cocota foi durante a visita do cantor Vicente Celestino, famoso nos anos 50.

Na ocasião o cantor refugiou-se no Grande Hotel, recusando o assédio dos fãs, mas não resistiu ao canto de Cocota e curvou-se na janela, contemplando a expressão do seresteiro mossoroense.

Em 12 de fevereiro de 1961, Cocota foi assassinado a tesouradas, aos 26 anos de idade, em Mossoró, por motivos até hoje mal definidos.

Como forma de preservar na memória do povo mossoroense a personalidade marcante do seresteiro, familiares de Cocota, unidos a amigos e populares, tiveram a iniciativa de homenageá-lo com a criação da Praça dos Seresteiros, às margens do Rio Mossoró.

O irmão Ozéas Lopes, do Trio Mossoró, homenageou Cocota na composição Praça dos Seresteiros, destacando “Mossoró ainda chora / Com saudade do seu cantador / Quantas noites de seresta, quantas festas ele animou /Sua voz, que beleza! / Era como bem-te-vi / cantava para todos nós / Dava gosto a gente ouvir...” Hoje, 40 anos depois, Cocota está eternizado na memória do povo de Mossoró, como seresteiro de timbre inesquecível, mas a Praça dos Seresteiros ainda deixa muito a desejar.

Até hoje, início do novo milênio, infelizmente não foi edificado estátua de Cocota, como forma de eternizar essa personalidade marcante da década de 50 em Mossoró.

Fica nesta reportagem a indignação pelo descaso à memória de Cocota e à Praça dos Seresteiros.

http://www2.uol.com.br/omossoroense/2101/cultura.htm

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Este endereço tem a palavra "Cangaço", mas não tem nada a ver com o tema, foi um erro no momento de sua criação. Ainda não conseguimos fazer outro link de acordo com o material postado.

- Cangaceirinha Kamilly Vitória - neta do Cap Bonessi

Por: Jorge Alfredo Bonessi 

Enviado pelo avô - Cap. Jorge Alfredo Bonessi

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Uma grande construção coletiva !

Jonasluis da Silva, de Icapuí e  Manoel Severo

Amigo Severo, 
conte com o Jonasluis da Silva, de Icapuí !

Carlos Elydio e Antônio Amauri

Caríssimo Manoel Severo,

Como sempre extremamente organizado e simpático o amigo querido. 
Que venha o Cariri Cangaço 2013
Qualquer coisa, conte comigo, apesar da distância.Um grande abraço dos amigos, 

Carlos Elydio e Antônio Amaury!
São Paulo - SP

  
Archimedes Marques e Manoel Severo

Desejamos todo o sucesso possível nessa sua empreitada amigo Manoel Severo.
 Absoluta certeza tenho que o CARIRI CANGAÇO 2013 será coroado de grande exito e o amigo pode contar conosco para qualquer tipo de ajuda possível.

Archimedes Marques
Aracaju - SE

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