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sexta-feira, 8 de março de 2019

AUTOESTIMA DA MULHER


Por Ivone Boechat
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As mulheres já ostentaram uma posição de grande destaque e igualdade na sociedade egípcia. Todavia, em nenhum outro tempo, elas conquistaram uma posição tão elevada na história da civilização, como hoje.

As concepções greco-romanas de associação do poder da mulher à beleza, ao amor, ao romantismo, à sedução, continuam intocadas, estão cada vez mais valorizadas, aliás, desvalorizadas. Soma-se a estes predicados, algo da maior importância e que coube a ela mesma mobilizar: suas inteligências. A pressão cultural de algumas nações não conseguiu subjugar e estagnar a potencialidade feminina: mesmo assim a mulher continuou disposta a aprender e crescer. 

É inegável o valor da mulher ora na política, ora destacando-se ainda como escritora, poeta, atriz, escultora, cantora, profissional multifuncional, empreendedora, exercendo, desde as funções mais simples e não menos poderosas como: faxineira, babá, chefe de estado, compondo equipes numa potente nave espacial, como cientista.

         A participação da mulher, desde a sua criação, tem sido muito forte, corajosa, importante, participativa e pronta para atender a todos os clamores sociais. O nome da mulher está inscrito na história da humanidade. Aquelas famosas como Eva que compôs a equipe de pecado com Adão no Jardim; lindas como Sara, enfrentando preconceitos sociais, porque a beleza é ainda um referencial que, sobretudo, discrimina; políticas como Ester que soube com sabedoria enfrentar o poder e provar que além de bela tinha inteligências para governar; puras como Maria, mãe de Jesus, que mesmo sendo muito jovem demonstrou maturidade espiritual para desempenhar, com doçura e firmeza, o mais significante papel da mulher em toda a história: Mãe do Salvador!  Quem jamais conseguiu avaliar a fé e o privilégio de Maria no exercício da sagrada missão? 

Quem jamais pode definir a ternura de Maria, dedicando-se à gloriosa tarefa de gerar o Amor.

Quem jamais entendeu o mistério do Menino no ventre de Maria?

Ou quem pode explicar o critério de Deus na seleção de uma jovem para abrigar a divindade? Todavia, a MULHER admirável que dignificou a todas as mulheres teve:

  - a missão gloriosa planejada por Deus;

  - a bondade de todas as marias;

  - o ventre abençoado, com as marcas e o segredo do impossível.

Foi Maria quem reuniu na própria alma:

a bondade, a pureza, a fé, a simplicidade, a submissão e o amor que fizeram  dela o modelo mais bonito de Mulher.

Foi Maria – a bem aventurada, designada por Deus para abrigar, junto ao coração, o maior e o mais perfeito de todos os amores: JESUS.

Ivone Boechat
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MOTIVOS DE CHORAR

*Rangel Alves da Costa
Rangel Alves da Costa

Dona Crezilda parecia um rio sem fim. E chorava e chorava mais. Certa vez perguntei por que chorava tanto e ela me respondeu olhando ao alto, para os céus. Compreendi o motivo das lágrimas, das saudades, do adeus de um dia.
A vaca magra vivia de cara como se estivesse em eterna molhação. Dos olhos descendo ao focinho, escorrendo pelo corpo até as patas, aquele terrível aguaceiro. Quis perguntar o motivo, mas vaca não fala. A resposta estava adiante, no tanque vazio, no pasto seco, nas árvores mortas e sem sombreado.
Dona Maria do Doce chegava a sacolejar de tanto chororô. Toda vez que eu passava defronte à sua casa ela estava assim, num turbilhão de soluços. Mas o que foi Dona Maria, me diga, o que foi? Nada, era o que ela sempre respondia. Mas um dia entrei de porta adentro, fui até a cozinha e logo vi toda a motivação do choro. Tudo vazio, panela vazia, nem um pedaço de pão.
Seu Tonico parecia um mar se derramando pelas faces enrugadas. E lacrimejava e lacrimejava mais. Perguntei-lhe o motivo de tanta tristeza e então ele me pediu para ouvir sons que logo surgiriam nas pastagens adiante. Então ouvi berros, relinchos, clamores de animais sedentos e famintos. Logo compreendi a razão de aquele velho sertanejo lacrimejar as ausências das chuvas.
Zezinho não só chorava como esperneava sem fim. Menino traquina, ao invés de correr e brincar na malhada, ele desandava numa nuvem aberta nos olhos. Que tristeza eu sentia vendo um menino chorando assim. Então lhe perguntei por que tanto sofrer e ele apontou-me o canto da cerca. Já não podia brincar por que suas pontas de vaca haviam sumido, já não era fazendeiro nem o rei do laço.


A viúva Geroma parecia afundada. Nunca vi tanta lágrima despejada por uma só mulher. Mesmo imaginando o motivo de tanto luto e tanta melancolia, e tudo encharcado nas faces emagrecidas, indaguei-lhe o porquê de continuar chorando tanto, mesmo depois de tanto tempo da partida do seu. Ela respondeu que o esposo continuava tão presente, e tão presente demais em seu coração, que sua dor era não poder abraçá-lo e senti-lo.
O Padre Filipinho quase não conseguia mais celebrar missa. Na sacristia e o homem chorando, no confessionário e o homem chorando, por todo lugar da igreja e o vigário era avistado chorando. Cheguei lá disposto a desvendar os motivos daquele tanto lacrimejar e fui logo entrando com um bom vinho à mão. E ele sorriu numa largueza danada. Era falta de vinho.
Bastiana chorava e chorava pela estrada. Chorava quando passava com trouxa de roupa na cabeça, chorava quando ia à roça buscar feijão pra debulhar, chorava quando passava com o pote na cabeça em direção ao tanque. Um dia perguntei por que tanto choro. Então ela me disse logo: “Meu fio, já faz mais de mês que o meu radinho está sem pilha. E fico tão triste sem ouvir uma música”.
E eu seguia por aí, também entristecido perante tantas lágrimas e sofrimentos. E chorando também. De vez em quando eu mesmo me perguntava o motivo de tanto chorar. Sei lá, sei lá, fingia. Mas sabia. A falta de uma porta aberta e dentro dela um abraço.

Escritor
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CANGAÇO NO PIAUÍ

Autor Paulo Medeiros Gastão

Mais um livro do escritor e fundador da SBEC -  (Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço) Paulo Gastão.

entre em contato com Francisco Pereira Lima através deste e-mail: franpelima@bol.com.br

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A CAMPANHA DE ANGICO


Por Geziel Moura

Quando lemos sobre o acontecimento de Angico e a morte de Lampião, Indubitavelmente somos levados a pensar, que todo o movimento começou com a conversa de Joca Bernardes e o Sargento Aniceto Rodrigues, em Piranhas. Portanto, como se o processo todo que culminou na morte do Capitão Lampião e mais 10 cangaceiros, ocorreu de forma inesperada, improvisada ou mesmo como resultado de sortilégio do destino, e até mesmo como espécie de ordem direta de Getúlio Vargas e seu Estado Novo, porém não foi bem assim.


Na medida em que, todo evento histórico precede outros episódios menores que o faz ascender, vamos pensar qual era o contexto antes do dia 28 de julho de 1938, á luz do escritor Frederico Pernambucano de Melo.


Com o advento do Estado Novo em novembro de 1937, Osman Loureiro de Farias foi nomeado interventor do Estado de Alagoas, embora já exercia o cargo de governador do Estado, antes mesmo do novo regime político. 


Logo, com o discurso do governo federal em exterminar com o cangaço do nordeste, e nada além disto, Osman Loureiro promoveu imediatamente o Major José Lucena de Albuquerque Maranhão a Tenente-Coronel no mesmo mês de novembro e ato continuo o Tenente.Coronel Theodureto Camargo do Nascimento a Coronel, provavelmente tenha sido este, um dos primeiros movimentos significativo, para a morte de Lampião em Angico. O Coronel Theodureto tornou-se o comandante-geral da polícia em Alagoas e o Tenente-Coronel Lucena iria comandar o recém criado II Batalhão da Polícia, sediado na cidade de Santana do Ipanema (AL), cujo objetivo era o combate ao cangaceirismo no sertão de Alagoas. 


Nesse sentido, Theudureto mandou convocar Lucena em Maceió, e o "enquadrou" afirmando que ele precisava identificar nomes dentro da corporação, que estaria "violando suas determinações", e que se fosse o caso, ele apelaria para medidas drásticas e até arbitrárias contra os militares traidores.


Por seu turno Zé Lucena, no inicio de fevereiro de 1938, nos fundos da igreja de Mata Grande (AL) se reuniu com seus comandados e da mesma forma que Theodureto, coloca para aprumar os oficiais que operam na região do sertão, dentre eles: Aspirante Francisco Ferreira de Mello (Pedra de Delmiro Gouveia), Tenente José Tenório Cavalcanti (Pão de Açúcar), Tenente João Bezerra da Silva (Piranhas) e o, então, Cabo Aniceto Rodrigues dos Santos (Mata Grande), o certo é que Zé Lucena não aliviou ninguém.


Assim, os primeiros resultados efetivos, após a reunião em Mata Grande, não demoraram a chegar, pois em 8 de fevereiro de 1938, o primeiro a tombar foi o cangaceiro Ricardo Pontaria na Fazenda Retiro em Água Branca (AL), pela volante de Aniceto Rodrigues dos Santos, ato este, que o eleva à patente de Sargento.


No dia 20 do mesmo mês, chega a vez dos cangaceiros Serra Branca, Eleonora e Ameaça, pela volante de João Bezerra, na Fazenda Patos, região de Mata Grande, a batata estava assando no sertão de Alagoas, todos os atores envolvidos no sistema do cangaço, estavam ressabiados: volantes, coiteiros e os próprios cangaceiros, foi neste contexto histórico que Lampião morreu, justamente pela polícia de Alagoas, não foi tão desproposital, como se pensava.

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VÍDEO DO ADERBAL NOGUEIRA



CONDOLÊNCIAS DOS NAZARENOS À FAMÍLIA DO DR. PAULO GASTÃO E, VÍDEO, onde ele entrevista o Ten. João Gomes de Lira...

https://www.youtube.com/watch?v=KkCWoXV5IRc

Um vídeo de Aderbal Nogueira

A família nazarena presta condolências a família do ilustríssimo escritor Paulo Medeiros Gastão, que faleceu na madrugada dessa segunda-feira (04/03).

Paulo Gastão era muito conhecido pelas suas pesquisas sobre o cangaço e diversas vezes vistou o Tenente João Gomes de Lira para colher várias informações sobre a Força Volante de Nazaré e sobre o banditismo do cangaceiro Lampião. Nessa idas e vindas criou-se um grande laço de amizade com o tenente.

Fonte: Página Nazaré do Pico

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MARIA BONITA


Por José João Souza

Dia 8 de março, aniversário de Maria Bonita e dia Internacional da Mulher.

Parabéns para menina que enjoou da boneca mais cedo do que as outras!

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ENTREVISTA COM O CORONEL CHICO HERÁCLIO


O coronel foi entrevistado na varanda de sua casa, pelo repórter José Hamilton Ribeiro, a serviço da Revista Realidade, em 1966. Texto adaptado

ENTREVISTA COM O CORONEL

P - O Sr. é rico, coronel?

R - Meu filho, você viu a minha casa. Tem geladeira? Televisão? Até o rádio anda enguiçado... O que tenho construí com meu trabalho aqui na fazenda, pois nunca fui dado às letras. Comecei a estudar no Recife, mas uma epidemia me trouxe de volta, ainda menino.

P - Não concluiu nem o primário?

R - Já tive inimigo querendo cassar meu título de eleitor por analfabetismo, ora veja! Mas, minha pouca ilustração não me atrapalhou no governo das nossas 13 fazendas e dois engenhos.

P - Sua família é muito grande, coronel?

R - Sou viúvo três vezes. Aquela mocinha que você viu lá dentro, bulindo comigo, não é esposa não! É minha afilhada e arrumadeira. Tenho quatro filhos, o menor é esse ximbute de 13 anos. Mas filho meu só é de maior quando eu morrer. Ninguém fuma nem bebe na minha frente. Nem o Francisco e o Heraclinho, que são deputados. Aliás, esse é o único diploma que dei para eles, o de deputado. O José não tem porque não quer.

P - Desculpe, coronel Chico, mas corre por aí que o Sr. tem mais de 40 filhos naturais...

R - Calúnia dos adversários, meu filho. Devo ter só uns 20 ou 30. E não desamparo nenhum. Aqui na Fazenda das Varjadas eu faço de tudo: dou injeção, distribui pílulas, empresto dinheiro, até já casei e batizei, no tempo em que existia união em Limoeiro e todos viviam bem.

P - Mas afilhados são muitos, não?

R - Mais de dez mil, menino. E compadres e comadres muito fiéis. Graças a eles nunca perdi eleição para prefeito, desde 1922.

P - Então o Sr. é muito querido...

R - Olha, a maior riqueza do mundo são as amizades, e nisso eu estou bem servido, graças a Deus. A Maria das Flores, que eu lhe apresentei há pouco, trabalha demais nas eleições. Não sei se você viu, mas ela me trouxe uma lista de 1.500 novos eleitores. Quer maior prova de amizade? Teve até um caso engraçado: ela alistou duas irmãs, de 16 e 17 anos, aumentando a idade das moças pra 18. Quer dizer, a Maria fez as duas irmãs ficar gêmeas...

Fonte: blog História e Sociedade
Foto da Família do Coronel Chico Heráclio

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O HOMI DE PORTEIRAS "OTOIN" DA PIÇARRA EM VÍDEO

Material do acervo do blog Lampião Aceso


Estamos em Brejo Santo - CE, início da década de 1990. O presente documentário traz o maior coiteiro do Rei do Cangaço em terras cearenses. Antônio Teixeira Leite, mais conhecido como Antônio da Piçarra.

Em seu sítio Piçarra, em Porteiras - CE, aconteceu o famoso episódio do cangaço denominado o "Fogo da Piçarra" em 27 de março de 1928 e a morte do cabra "Sabino das Abóboras", homem de confiança de Lampião, onde em março de 1926 teria recebido a patente de Segundo-tenente do Batalhão Patriótico de Juazeiro.

Esse registro pertence aos descendentes de Antonio da Piçarra, gentilmente nos cedido pelo pesquisador e escritor Luís Bento de Sousa, o Luís Carolino, de Jati - CE.

A primeira parte deste documentário foi dirigido por Rosemberg Caryri;
Apresentação: Tom Cavalcante
Música: Pingo de Fortaleza
Narração: Tom Barros

Pescado no canal A Munganga Promoção Cultural

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