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terça-feira, 2 de junho de 2020

NO MEU MUNDO DE SONHOS


Por Hélio Xaxá

Quando o sol dos seus olhos
Derramar seus raios sobre mim
Vai rebrilhar no meu coração
Um amor que não tem mais fim...

Vou despertar
Para viver um sonho lindo...
Vou resgatar
O valor das coisas que eu sinto.

Vou-me embrenhar na sua mata-virgem
E vou desvendar seus encantos e mistérios...
Vou procurar um cantinho no seu coração
E lá vou construir o meu império...

O amor será
A maior mania minha...
Você terá
Os gostos de uma rainha.

E no meu mundo de sonhos
Serei Peter Pan seu eterno menino...
Se a minha sina é te amar
Que se cumpra o meu destino!

No meu mundo de sonhos
Será você minha fada Sininho
E eu vou voar
Cada vez que me jogar
Seu maravilhoso "pozinho"...

Quando os brotos do seu coração
Se abrirem para a minha primavera
Serei soldado da abelha-rainha
A colher o mel das suas pétalas...

Hélio Xaxá


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A GLÓRIA DE LAMPIÃO.


Por João Filho de Paula Pessoa

Em 1926, em Serra Grande-Pe., Lampião com a média de 80 Cangaceiros lutou contra 350 soldados de três destacamentos diferentes. Atraiu os Volantes para uma grande emboscada mediante o sequestro de um funcionário da Esso exigindo alto resgate, com isto todos os soldados da região se dirigiram à captura de Lampião guiados pelo melhor rastejador do local, Ângelo Caboclo, que ao se aproximar do local em que os cangaceiros se escondiam, juntou uma pista no chão, olhou para seu comandante e disse “eu estou morto” recebendo um tiro na mesma hora, começando em seguida uma chuva de balas, um tiroteio medonho. As volantes se viram cercadas e encurralados em terrível desespero pela vida, enquanto os cangaceiros atiravam sem dó, cantando, dançando, gritando, aboiando tristes e longas melodias. Vários soldados fugiram covardemente, mais de dez morreram e tantos outros ficaram feridos, inclusive o Ten. Manoel Neto, líder dos Nazarenos, com três tiros nas pernas, num combate de 8 horas e média de 5.000 tiros, sem nenhuma baixa cangaceira. Restando vitorioso Lampião e seu bando, sendo este combate considerado a maior batalha cangaceira de todos os tempos. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 08/10/2019


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JOÃO NA PISADA DO CANGAÇO

O ATAQUE DE LAMPIÃO AO CORONEL PETRONILO REIS
por João de Sousa Lima


Quando em 1928 Lampião cruzou o Rio São Francisco saindo de Pernambuco pra Bahia, um dos primeiros contatos foi com o coronel Petronilo de Alcântara Reis, "Petro". Era o chefe político de Santo Antônio da Glória, cidade hoje submersa pelas barragens do Rio São Francisco.

Vários livros contam que a amizade de Lampião com o coronel foi desfeita por que o coronel traiu Lampião, teriam os dois uma sociedade em terras e animais.

Quando houve a batalha que morreu Ezequiel, irmão mais novo de Lampião, fato acontecido na Baixa do Boi, em Paulo Afonso, Lampião encontrou em um dos bolsos de um policial morto no combate, um bilhete do coronel endereçado ao comandante da volante e o bilhete falava dos esconderijos dos cangaceiros. Lampião arquitetou sua vingança incendiando em torno de 18 fazendas do coronel. Começando de Glória, cruzando o Raso da Catarina, Lampião tocava fogo e matava os animais.
 
 Neste mesmo local ficava um curral queimado pelos cangaceiros.

Dessas fazendas a única que permanece de pé é a fazenda Paus Pretos. Antes Paus pretos pertencia a cidade de Curaçá e hoje pertence a Chorrochó. Em Paus Pretos ainda resta os tornos de madeira com marcas escuras do fogo.



 Dois tornos com marcas do fogo

A fazenda é administrada por Paulo Reis, neto do coronel. Nas cheias forma-se um açude com sete quilômetros de extensão, no momento o açude encontra-se seco. Na casa sede da fazenda Lampião prendeu o vaqueiro Agostinho e o fez entrar dentro do curral e pegar na mão um cavalo e o vaqueiro conseguiu depois de muito trabalho.

Sede da fazenda Paus Pretos

João de Sousa e Paulo Reis, neto do coronel Petro.

 Nesse açude os cangaceiros mataram vários animais.

Os cangaceiros tiraram madeiras do curral e tocaram fogo na casa, quando o fogo começou a tomar os compartimentos da residência um papagaio começou a gritar: Olhe o fogo Maria. Maria, Maria, olhe o fogo. Lampião mandou um cangaceiro entrar na casa, atravessar o fogo e salvar o papagaio. O curral foi todo queimado e os animais mortos.

O local onde Lampião assistiu a primeira missa na Bahia.       

Em 1928 quando Lampião atravessou pro estado da Bahia a região que fica dentro do Raso da Catarina foi muito explorada pelos cangaceiros. a primeira missa que os cangaceiros assistiram no estado baiano foi ministrada pelo  Monsenhor Emílio de Moura Ferreira Santos. o padre era o pároco de Santo Antônio da Glória, a antiga Curral  dos Bois.

 Escombros da casa de Júlia de Subaco

O povoado São José, em Chorrochó foi uma das localidades que os cangaceiros também assistiram missa. Mais a primeira que foi celebrada pelo Monsenhor Emílio aconteceu entre a fazenda Paus Pretos, que pertencia ao coronel Petro e a roça Baixa do Boi. A missa foi na casa Júlia de 'Subaco', na fazenda poço Comprido.


Pescado no Blog do primo João


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JUMENTO SERTÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 1 de junho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 2.315

Desde o descobrimento do Brasil, os portugueses trouxeram asnos que tiveram que se adaptar e sobreviver, desenvolvendo-se por séculos, resultando nos animais atuais. Surgiu à partir da necessidade de um animal de trabalho, forte, resistente e adaptado ao clima local. Embora de origem antiga e indefinida, existem especulações sobre sua origem. Especula-se que seja descendente de cruzamentos entre os jumentos de raças europeias (principalmente ibéricas) e africanas, como a egípcia. É utilizado para montaria, tração e animal de arado, embora seja consumido como alimento, ocasionalmente, no nordeste. Eram muito abundantes, mas com a mecanização do campo, o uso de caminhões para transporte de cargas e a utilização de motocicletas como meio de transporte seu uso ficou cada vez mais restrito, com muitos animais sendo soltos e vivendo por conta própria, muitas vezes causando acidentes de trânsito nas estradas nordestinas e outros problemas. (Wikipédia).

Jumento no Ipanema - (Foto B. Chagas)

Na foto, vemos um jumento amarrado num campinho de futebol improvisado no leito seco do rio Ipanema. Ao redor, mato verde medicinal, inclusive, a carrapateira que dá o fruto explosivo carrapato (mamona), que produz o azeite, vermífugo e combustível. O azeite de mamona foi muito utilizado para iluminar as ruas. Hoje e sempre foi utilizado pelo carro de boi para que seu eixo fique cantador. Ao fundo da foto vê-se o serrote do Gonçalinho onde se encontra instalado um complexo de antenas. Mirante e ponto turístico fácil de ser alcançado por automóvel, o trajeto é calçado da base ao topo do serrote que deslumbra em visão parcial da parte Leste de Santana. O serrote também é chamado Micro ondas por motivo das antenas.

Em alguns lugares do sertão nordestino, já existe criador de jumentas para a produção de leite. Dizem que é um combatente da alergia e o mais parecido com o leite humano. Caríssimo o leite e, uma fortuna um queijo de leite de jumenta. O animal poderia ter tido um futuro mais generoso do que ser abandonado nas rodovias do país, alvo dos espertalhões que procuram vendê-los para o abate.

Jumento também é chamado de jegue e possui vários apelidos, muitos improvisados.
Foto detalhes da vida cotidiana e invisível do Sertão.


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LANÇAMENTO DE LIVRO. - A OUTRA FACE DE MORENO E DURVINHA - EX-CANGACEIROS DO BANDO DE LAMPIÃO.


Por Geraldo Antônio De Souza Júnior

Um trabalho que foi recentemente lançado que aborda toda a trajetória do casal cangaceiro Moreno e Durvinha, antigos remanescentes do bando de Lampião, que sobreviveram ao cangaço e fugiram do Nordeste, se estabelecendo no estado de Minas Gerais, onde terminaram seus dias de vida. Segredos e confissões que eram até então conhecidas apenas no ambiente familiar estarão de agora em diante disponíveis para conhecimento público através do livro.

Para adquirir a obra que custa apenas R$ 50,00, já incluso o frete, o interessado deverá entrar em contato com o autor (João Souto - Filho do casal cangaceiro) através do Whatsapp (31) 98610-8046 e solicitar informações.

Os primeiros interessados que adquirirem o livro ganharão uma surra com vara de marmeleiro e seis "bolos" de palmatória em cada uma das mãos. Promoção como essa você só encontra aqui no canal... Cangaçologia.

Recomendo.
Valeu... Cabroeira!


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NÃO SE ESQUEÇA HOJE À NOITE PEDRO POPOFF ÀS 20 HORAS.


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NOVIDADE PARA SUA COLEÇÃO!


Por Kiko Monteiro

"Vida e morte de Isaías Arruda - Sangue dos Paulinos, abrigo de Lampião"

O historiador, pesquisador e professor cearense de Aurora, João Tavares Calixto Júnior, está lançando no próximo dia 29/11 o seu mais novo livro "Vida e morte de Isaías Arruda - Sangue dos Paulinos, abrigo de Lampião".

Trata-se de um trabalho de cinco anos de pesquisa, resultante da compilação de informações extraídas de entrevistas, revisão de bibliografia, textos de jornais, fotografias raras e processos originais.

O livro tem 421 páginas, que traz na capa e no corpo do texto 12 ilustrações do artista goiano Ronald Guimarães, e é composta por duas partes, sendo nove capítulos distribuídos na primeira, que fala da vida de Isaías Arruda e outros três capítulos na segunda parte sobre a morte do chefe da ribeira do Salgado.

Ainda de acordo com João Calixto Jr., será uma boa oportunidade para quem deseja conhecer um pouco mais sobre a história social da região do Cariri cearense, sobretudo do cangaceirismo e coronelismo na década de 1920, época de atuação deste marcante personagem sertanejo, tão comentado, mas até então, não estudado.

Interessado?

Você não precisa esperar pelo lançamento, peça o seu agora, através do nosso sebista oficial, o professor Francisco Pereira Lima

Via e-mail franpelima@bol.com.br ou WhatsApp (83) 99911-8286.

Valor? R$ 60.00 (Sessenta reais) com frete incluso para qualquer canto do país.


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O EMPALAMENTO DO COVARDE - CONTOS DO CANGAÇO

https://www.youtube.com/watch?v=n4zz0fkfSu8&feature=share&fbclid=IwAR3XA14eXqhnbC7UBIbkxwYwf2lU7FPio-WJ_ZZKSQkOV4rGu5j1PR7I_fE

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AFINAL, QUEM DECAPITOU MARIA BONITA? OS "VOLANTES" BERTOLDO, CECÍLIO OU... "NEGRO", O DA REPORTAGEM DO JORNAL O ESTADO DE S. PAULO, DE 21/10/2001?



MEMÓRIAS DO HOMEM
QUE DECAPITOU MARIA BONITA

Por Leonencio Nossa

“NEGRO”, QUE ERA POLICIAL NAQUELA ÉPOCA ,
GARANTE QUE MARIA BONITA JÁ ESTAVA MORTA

OROCÓ (PE) – Ele ajudou a cortar a cabeça de Maria Bonita com faca tão afiada quanto a própria memória. Depois de trocar tiros e punhaladas com cangaceiros na juventude, Augusto Gomes de Menezes, um policial aposentado que acaba de completar 85 anos, virou contador de histórias do cangaço e de Orocó, cidade sertaneja a 620 quilômetros do Recife, às margens do rio São Francisco. Um lugar violento e pobre, com 10 mil moradores, onde mais de 5% das crianças morrem nos primeiros dias de vida.

Negro, como era chamado pelos colegas de polícia, participou de um capítulo decisivo da história do Sertão. O cenário é a fazenda Angicos, em Flor da Mata, atual Poço Redondo (AL), na manhã de 28 de julho de 1938. O bandido Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, escondia-se no local com seus homens. “Morreram nove cangaceiros e duas cangaceiras, Enedina e Maria Bonita”, inicia a prosa. “Maria Bonita morreu pertinho dele, Lampião, assim como daqui ali naquela parede”. Sentado numa cadeira de plástico, na sala da casa de estuque, onde mora com duas filhas, Negro não reivindica papel de destaque na ação que resultou na decapitação do bando de Lampião. “Quando eu cortei a cabeça dela (Maria Bonita), não estava mais viva, não”, diz. “Num combate anterior, eu gritei pra ele (Lampião): ‘Traz tua mãe, filho da peste, pra tirar raça de homem valente!’ Ele gritava pra gente também: ‘Taca espora na tua mãe, aquela égua’”, exclamou.

Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, do Recife, Frederico Pernambucano de Mello afirma que Negro é personagem desconhecido pela história, talvez por ter sido soldado raso da campanha contra Lampião.

Na avaliação de Mello, o depoimento do aposentado ao “Estado” não apresenta contradições, especialmente na descrição do massacre de Angicos, e preenche lacunas, como por exemplo, a morte do cangaceiro Mané Velho, em 1937. O pesquisador planeja uma viagem a Orocó para conhecê-lo.

Hormônios – O aposentado mostra uma foto da época. “Este aqui sou eu”, aponta para um dos retratados. “Já este aqui é o cabo Terror, que tinha esse apelido porque era um terror mesmo.” Negro desafia o crespúsculo de Orocó. Entre um cigarro de palha e outro, vai construindo imagens mais vivas que o presente, feitas de duelos e sangue.

“Só de bornal nas costas eu tenho cinco anos”, fala numa alusão ao período em que ficou isolado na caatinga. “Desses cinco anos, só descansei oito dias”. Negro ri do fato de o povo de Orocó ter pensado que ele deu o primeiro tiro em Lampião. O aposentado esclarece que não foi bem assim. “Muita gente ainda jura que ele morre por mim, não sabe?” Negro deixa claro que só quem viveu o período é capaz de acreditar nos feitos atribuídos a Lampião. “Numa fazenda em Simão Dias, mataram dois rapazes, defloraram uma moça e cortaram a língua de uma velha”, diz. “A gente perguntou a ela o que acontece, e ela: ahhh... Não disse nada. Coitada, não tinha culpa, pois não tinha língua.”

Homens valentes e mulheres decididas não fizeram sozinhos a história do cangaço. Muitos integrantes do bando de Lampião viviam a explosão dos hormônios. Menores também foram sados na repressão aos bandidos. Negro era um deles. Nascido na cidade baiana de Curaçá, em 1916, foi recrutado ainda menino pelo governo. Não tinha completado 22 anos quando participou do combate de Angicos.

“Com 14 anos peguei na espingarda para perseguir gente ruim e só saí quando acabou o derradeiro, em 1941”, afirma, numa referência ao fim do cangaço. E era na caatinga, longe das vilas e cidades que os meninos descobriam a sexualidade. A caça aos cangaceiros levava os jovens das volantes a ficarem meses afastados de mulheres. O jeito era se virar com animais ou, se tivessem sorte, cangaceiras capturadas.

PARA PEGAR BANDIDO NA CAATINGA , SÓ SE FOR A PÉ

Policial aposentado discorda dos meios usados pela polícia e pelo Exército

Um dos últimos sobreviventes do combate de Angicos, o policial aposentado Augusto Gomes de Menezes, o Negro, discorda das ações atuais das polícias e do Exército contra assaltantes de caminhões e traficantes de drogas em Pernambuco. Ele releva o fato de os fuzis e as metralhadoras terem substituído os punhais no sertão. “Eu não posso informar nada da polícia de hoje, mas o que eu acho é que carro com sirene não é modo de perseguir gente ruim”, afirma. “Na caatinga não dá para entrar de carro.”

Negro lembra que para caçar cangaceiros o jeito era andar a pé, sem mula ou viatura. Vida na caatinga era à base de carne, farinha e rapadura. A farinha ficava no bornal. O jeito era meter a mão no bornal. “A gente não tinha tempo de assar carne, comia crua mesmo, tirava a dente”, conta. A escassez de água levava o grupo a apelar para a rapadura. “A gente passava até sete dias sem beber”, dramatiza. “Isso escureceu a vista de todo mundo.”

O policial aposentado se casou e enviuvou duas vezes. Da primeira união, com Ocília Barbosa, em 1940, nasceram dez filhos. A mulher morreu 33 anos depois, quando os dois já estavam separados. “Ela caiu de repente e morreu”, lembra. Quem também morreu por nada, há oito anos, foi Antônia Maria do Nascimento, com quem teve mais oito crianças. Dos 18 filhos de Negro, restaram dez. Amigos não faltam; de solidão, reclama pouco. O maior problema, segundo ele, é o salário mínimo que recebe da Previdência Social.

A casa de Negro não tem televisão nem guarda-roupas. Também faltam baús. Segredos e histórias de uma polícia violenta e criminosa estão na memória do homem que após participar das volantes foi chamado para lutar na Segunda Guerra Mundial – chegou a se apresentar em Salvador, mas a guerra acabou uma semana antes.

Negro colaborou com o Exército na repressão aos integralistas da Bahia, durante o Estado Novo de Vargas, e no auge do regime militar, nos anos 60. Sobre essa época, pouco revela. Desconfia-se que passava informações sobre a geografia da região. “Depois de sair da volante, eu trabalhei nesse negócio de pistolagem”, diz sem ir adiante. Em 1965, no governo do marechal Castelo Branco, gente do Exército andou prometendo “coisa” para o policial aposentado. (L.N.).

PARTILHA DE BENS DO CANGAÇO GERAVA DISCÓRDIA ENTRE POLICIAIS

Tenente teria ficado com maior parte do tesouro do bando de Lampião.

Os macacos, como os policiais eram chamados pelos cangaceiros, travaram duelo particular pela divisão do tesouro do bando de Lampião. Um dos integrantes da volante que massacrou os criminosos, em 1938, Augusto Gomes de Menezes, o Negro, revela que o chefe, o tenente João Bezerra, morto nos anos 70, ficou com a maior parte da fortuna, cerca de 1200 contos de réis e cinco quilos de ouro. O prêmio máximo da Loteria Federal valia, à época, 200 contos de réis. “A gente tinha ordem do presidente que quem matasse cangaceiro ia ficar com os objetos dos mortos”, diz.

Negro afirma que o tenente não repartiu a fortuna e dá a lista dos nomes dos colegas de farda que teriam sucumbido numa suposta operação travada por João Bezerra para evitar a partilha. “Zé Gomes foi morto por um pistoleiro e Mané Velho conseguiu escapulir.”

Mais de 60 anos depois da maior façanha da volante, Negro ainda tem raiva do tenente. “Eu não fui perseguido pelo João Bezerra, mas ao mesmo tempo posso dizer que fui; eu trabalhei demais”, diz resignado. “eles prometeram um negócio para mim e nunca saiu.” Ele jura que não ficou com nenhum pertence dos cangaceiros. “Eu peguei dez contos de réis de um, mas um colega me traiu.”

O pesquisador Frederico Pernambucano de Mello desconhece as perseguições, mas confirma a revolta dos soldados e a promessa de partilha. Há 40 anos estudando o cangaço, Mello diz que Mané Velho era homem violento e que causava medo entre os colegas. Após o massacre de Angicos, Mané Velho cortou as mãos do cangaceiro Luís Pedro para ficar com os anéis de ouro.

Fotos das revistas da época mostram as cabeças dos onze cangaceiros expostas na escadaria da prefeitura de Piranhas, em Alagoas. O crânio de Lampião aparece no centro. A mórbida cena é atenuada pelos chapéus com pedaços de ouro e signos de Salomão e pelos bornais. “A estética do cangaço é uma arte nascida em circunstância de conflito; seus símbolos não são apenas estéticos, mas possui funções místicas”, avalia Mello, um dos curadores da Mostra do Redescobrimento.

“Numa comparação universal, o traje do cangaceiro só se compara ao do samurai japonês.” Nas andanças pelo sertão, Mello encontrou pessoas que afirmaram que a cena de maior impacto na vida foi ver o bando de Lampião. “Tinha-se a impressão de que o grupo, ao chegar às cidades, estava trajado como se fosse pular carnaval”, diz. “Era uma mistura de pavor e êxtase; um êxtase estético, épico e viril.” (L.N.)

Imagem ilustrativa da matéria, de Augusto Gomes de Menezes (Negro).

Do acervo do pesquisador do cangaço Antônio Corrêa Sobrinho.


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MULHER [III]


Por Francisco de Paula Melo Aguiar

Amo a todas...
Linda, bonita, feia...
Que nada!...
Mulher é como chita
Um acha feia...
E outro a acha bonita....
Sua face...
Seu corpo...
Seu andar...
Seu cabelo...
Seu falar...
Sua paixão...
Sua meiguice...
Sua sensualidade...
Seu beijo...
Seu olhar...
Seu abraço sem compasso...
As suas ações e atitudes...
Alta, baixa, pequena...
Nada disso importa
Gorda, magra, magrela...
Não importa a classe social
Ser diferente na ação e atitude
Inclusive na estrutura corporal
Não importa se branca...
Negra, índia, morena...
Cor de burra que foge
Letrada ou analfabeta
Rica, pobre, sem teto...
Solteira, casada, viúva ou tico-tico no fubá
Separada, divorciada, amigada...
Avó, mãe, filha, irmã, esposa, tia...
Ah! Mulher namorada...
Ela completa o sentido pleno da vida
De amante e de amada
Máquina reprodutora repetitiva da vida
Única e distinta do id, ego e superego...
Em cada gestação o mistério da vida
E não importa a estação do ano
Não importa se vive em palácio...
Casebre, choupana ou barraca
No morro ou na periferia urbana
Da casa grande a senzala na zona rural
Presente em qualquer lugar

Mulher é o único ser que vive para amar
Sorriso perfeito e nunca estrela cadente...

https://www.recantodasletras.com.br/homenagens/6882254

Enviado por Francisco de Paula Melo Aguiar

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BELAS ARTES DO EMERSON SILVA.


Por Emerson Silva

Minha arte! onde encontro-me, me perco do tempo, onde me realizo a cada dia! onde tiro meu sustento!! onde sou feliz!! onde encontro paz!! Que Deus abençoe a todos! 

"Minha arte reflexo da minha alma!!" "Minha essência!!" "Minha vida !"...


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MULHER [II]

Por Francisco de Paula Melo Aguiar

Maior dentre a criação de Deus.
União do joio e do trigo para gerar vida.
Linguagem material e imaterial de todos idiomas.
Hosana nas alturas dentre as criaturas.
Eva de toda terra, etnia e crença.
Ressurreição do ato de nascer e renascer.

https://www.recantodasletras.com.br/poesias-de-vida/6877073

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FOI SÓ UM MOMENTO


Por Héleio Xaxá

Uma história de amor
Não começa assim não
Quem foi que te contou
Que se escreve no coração?

Uma noite não é um livro
O amor não é ficção...
Já conheço esse olhar de vidro:
Não invente outra paixão.

Foi só um momento
Eterno por algum tempo...
Ninguém escreveu nem planejou...

Foi só um momento
Eterno por algum tempo:
A nossa história já acabou...

A história de um desejo
É curta e até meio igual...
Foi só uma noite de beijos
E o sol escreveu o final.

Hélio Xaxá


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