Por João Filho de Paula Pessoa
Em 1926, em Serra Grande-Pe., Lampião com a média de 80 Cangaceiros lutou
contra 350 soldados de três destacamentos diferentes. Atraiu os Volantes para
uma grande emboscada mediante o sequestro de um funcionário da Esso exigindo
alto resgate, com isto todos os soldados da região se dirigiram à captura de
Lampião guiados pelo melhor rastejador do local, Ângelo Caboclo, que ao se
aproximar do local em que os cangaceiros se escondiam, juntou uma pista no
chão, olhou para seu comandante e disse “eu estou morto” recebendo um tiro na
mesma hora, começando em seguida uma chuva de balas, um tiroteio medonho. As
volantes se viram cercadas e encurralados em terrível desespero pela vida,
enquanto os cangaceiros atiravam sem dó, cantando, dançando, gritando, aboiando
tristes e longas melodias. Vários soldados fugiram covardemente, mais de dez
morreram e tantos outros ficaram feridos, inclusive o Ten. Manoel Neto, líder
dos Nazarenos, com três tiros nas pernas, num combate de 8 horas e média de
5.000 tiros, sem nenhuma baixa cangaceira. Restando vitorioso Lampião e seu
bando, sendo este combate considerado a maior batalha cangaceira de todos os
tempos.
(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 08/10/2019
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