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terça-feira, 2 de junho de 2020

A GLÓRIA DE LAMPIÃO.


Por João Filho de Paula Pessoa

Em 1926, em Serra Grande-Pe., Lampião com a média de 80 Cangaceiros lutou contra 350 soldados de três destacamentos diferentes. Atraiu os Volantes para uma grande emboscada mediante o sequestro de um funcionário da Esso exigindo alto resgate, com isto todos os soldados da região se dirigiram à captura de Lampião guiados pelo melhor rastejador do local, Ângelo Caboclo, que ao se aproximar do local em que os cangaceiros se escondiam, juntou uma pista no chão, olhou para seu comandante e disse “eu estou morto” recebendo um tiro na mesma hora, começando em seguida uma chuva de balas, um tiroteio medonho. As volantes se viram cercadas e encurralados em terrível desespero pela vida, enquanto os cangaceiros atiravam sem dó, cantando, dançando, gritando, aboiando tristes e longas melodias. Vários soldados fugiram covardemente, mais de dez morreram e tantos outros ficaram feridos, inclusive o Ten. Manoel Neto, líder dos Nazarenos, com três tiros nas pernas, num combate de 8 horas e média de 5.000 tiros, sem nenhuma baixa cangaceira. Restando vitorioso Lampião e seu bando, sendo este combate considerado a maior batalha cangaceira de todos os tempos. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 08/10/2019


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