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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

FORTE TERREMOTO CRIA UMA NOVA ILHA NO PAQUISTÃO

Publicado em 25/09/2013 por Rostand Medeiros
Nova ilha surgida no litoral do Paquistão após terremoto
Nova ilha surgida no litoral do Paquistão após terremoto

Essa vai ficar na História! – Um terremoto que atingiu o Paquistão foi tão forte que fez surgir uma nova ilha no Mar da Arábia


Terra à vista !


Um terremoto atingiu o sudoeste do Paquistão nesta terça-feira (24/09/2013) e matou centenas de pessoas. Mas o que normalmente cria basicamente morte e destruição… criou uma ilha no Mar da Arábia e um fato histórico um tanto pitoresco.


A formação bizarra surgiu a poucos quilômetros da costa de Gwadar, uma cidade portuária na costa sudoeste do Paquistão.

Localização do terremoto
Localização do terremoto

O epicentro deste terremoto, de 7,7 graus de magnitude, foi a 20 km abaixo do solo, na área do distrito de Awaran, na província do Baluchistão e foi sentido em locais tão distantes como Nova Délhi (Índia) e Dubai (Emirados Árabes Unidos). O fenômeno provocou advertências de sismólogos para um elevado número de mortos.


Autoridades disseram que o tremor fez as pessoas da cidade indiana de Ahmedabad, perto da fronteira com o Paquistão, correrem para as ruas em pânico. Os trabalhadores dos escritórios de Karachi, a maior cidade Paquistanesa, correram para fora de seus edifícios.

Ponto culminante da nova ilha
Ponto culminante da nova ilha

Mas o que chamou atenção foi a ilha que surgiu na costa de Gwadar.


A ilha rochosa é quase tão grande quanto um campo de futebol e se projeta para fora da água a quase 20 metros de altura. A ilha provavelmente se consiste principalmente de lama e areia, e foi criado por pressão no subsolo formada a partir do terremoto.

Foto de satélite que mostra a região onde surgiu a ilha antes, e depois do terremoto
Foto de satélite que mostra a região onde surgiu a ilha antes, e depois do terremoto.

Os moradores da região afirmam que uma ilha semelhante teria aparecido na área cerca de 60 anos atrás, quando um terremoto atingiu Karachi, mas desapareceu depois de algum tempo. Estas formações são conhecidas por serem criadas na esteira de terremotos fortes, principalmente aqueles que atingem a magnitude de sete ou oito graus.


Os jornais trazem fotos de pessoas da região que foram visitar a nova ilha, explorar a paisagem árida e tirar pedras como lembranças, apesar dos avisos para ficarem longe do lugar.

Paquistaneses na nova ilha
Paquistaneses na nova ilha

A água foi vista borbulhando ao longo das bordas da ilha, no que parecia ser descarga de gás sob a superfície e foram vistos peixes mortos flutuando na água.


É provável que esta ilha também venha a desaparecer pela própria ação do mar.


Quem tem mais de quarenta anos e estava em Natal em 1986, certamente se lembra do terremoto que atingiu a cidade de João Câmara. Não é por nada que nossa região possuí um histórico bem interessante em relação a terremotos. (Ver 
-http://tokdehistoria.wordpress.com/2011/03/11/os-terremotos-e-o-rio-grande-do-norte/).


Pessoalmente já ouvi falar de erupções vulcânicas que criam ilhas. Mas terremotos que criam porções de terras, pelo menos para mim é uma novidade (Ver artigo sobre a Ilha de Surtsey, na Islândia –http://pt.wikipedia.org/wiki/Surtsey).


Em temos de ilhas, o Rio Grande do Norte tem as suas situações interessantes e uma delas é o caso da Ilha de Manoel Gonçalves, “a ilha que sumiu!”, ou a “Atlântida Potiguar”. Para saber mais sobre este caso veja 
(http://putegi.blogspot.com.br/2011/02/misteriosa-ilha-de-manoel-goncalves.html).

Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

http://tokdehistoria.wordpress.com/2013/09/25/6900

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Lampião e seus protetores no Agreste Pernambucano

Por: Antonio Vilela de Souza
Antonio Vilela e Gonzaga de Garanhuns

Antes de abraçar o mundo do crime, o jovem Virgulino Ferreira da Silva andava pelo agreste meridional de Pernambuco como almocreve, pois comprava vários produtos, em especial o café, para vender na ribeira do Pajeú. Após o assassinato de José Ferreira, Lampião encontrou um lugar seguro pra seus irmãos em Bom Conselho do Papa Caça. Mesmo inocentes, eram perseguidos pelos inimigos de Lampião. Em Bom Conselho a família Ferreira encontra a proteção do coronel José Abílio de Albuquerque Ávila, que por incrível que pareça era parente do tenente José Lucena Albuquerque Maranhão, o assassino de José Ferreira. 

 

A família Ferreira fixa residência na terra do Papa Caça até 1924, quando vão morar em Juazeiro do Norte-CE. Outro grande protetor de Lampião no agreste pernambucano era o coronel Audálio Tenório de Albuquerque, me Águas Belas. 

 
Em destaque Águas Belas ; agreste pernambucano

O seu refugio era a casa grande da fazenda nova, no riacho fundo. Ali, Lampião se refugiava por dias, protegido pelo coronel Audálio Tenório, um dos homens mais influentes na política do interior de Pernambuco. 

Na propriedade do coronel Audálio, os cangaceiros descansavam em um abrigo com cinco quartos, duas salas e uma grande cozinha, e que permitia uma visão total do seu entorno. Mas as volantes nunca passaram por aquelas bandas. O coronel foi considerado um dos grandes coiteiros de Lampião em Pernambuco, e responsável, segundo alguns pesquisadores, pelo contato de Lampião com o Sírio-Libanês Benjamin Abrahão que resultou nas imagens registradas em 1936 no Capiá da Igrejinha – AL, há poucas léguas de Águas Belas. 

Cel. Audálio Tenório de Águas Belas

Já o coronel Abílio tinha uma grande amizade com Lampião e era fornecedor de armas e munição. Em 1923, Lampião viajou com seus irmãos para Bom Conselho, ao povoado, nesse entremeio, chegou o coronel Abílio, procedente do Recife trazendo de automóvel muito armamento e munição envolvidos numa lona, destinados a Lampião, a quem entregou. 

O coronel era uma espécie de banco particular de Lampião, guardando parte da fortuna. Teve a ousadia de levar o Capitão cego para Recife para fazer o tratamento oftalmológico com o Dr. Isaque Salazar. Disfarçado de fazendeiro, cabelo e barba crescidos, óculos escuros, Lampião chegou à capital pernambucana em outubro de 1926. Andou de bonde, passeou pela Veneza brasileira e chegou até a assistir um filme. Esta viagem foi feita de trem, Garanhuns-Recife.



 Imagens de Bom Conselho, Pernambuco

O rei vesgo ainda tinha também a amizade e proteção do coronel Gerson Maranhão, em Itaiba. O que me chama a atenção nesses protetores era a ligação de parentesco com José Lucena de Albuquerque Maranhão. Acredito que Lampião, José Abílio, Audálio, Gerson Maranhão e José Lucena eram “farinha do mesmo saco”.



Antônio Vilela de Souza - Garanhuns

Sócio da SBEC

http://cariricangaco.blogspot.com.br

A SABEDORIA DO BURRO

Por: Antonio Jorge Soares

Há uma tendência generalizada de confundir o jumento com o burro. O burro é um animal produto do cruzamento do jumento com a égua ou de um cavalo com uma jumenta. Por ser oriundo de duas espécies, o burro é estéril. Mas burro é também o sujeito que só dá mancada. É o menino que não consegue aprender.

Mas aprender o quê e por quê? O aprender do burro é correr nos campos ou nas pradarias; é se deslocar em buscar de bons pastos ou de boas fontes de água; é ficar forte e andar em grupos para fugir dos predadores ou dificultar a ação aterradora destes.

Não é isto, porém, o que os humanos tentam ensinar ao burro. Pelo contrário, tentam pôr o burro para executar tarefas que os próprios humanos inventaram para martírio deles mesmos. Aliás, se lembrarmos a origem da palavra “trabalho”, iremos compreender isto. Com efeito, “trabalho” significa “martírio”, “tortura”, “ação ou lugar de suplícios e de perversidade”, tanto quando se defende que vem do latim “tripaliare”, torturar com o “tripalium”, aparelho de três paus usado para ferrar animais; quando se defende que vem de “trabaculum”, ação de usar travas (trabs) para ferrar animais.

Ora, quem é submetido a este tipo de coisa cria um grande ódio dentro de si e, na primeira oportunidade, vai à forra. A resposta à forra costuma vir em forma de sovas. Sovas desmedidas, porquanto aplicadas com ódio. Às vezes até criminosas.

Resta ao escravo, então, fingir que trabalha. Mas o fingir tem duração curta. Logo toma lugar a revolta. Esta é interpretada como indícios de burrice, porque novas sovas advirão. Mas será mesmo burrice? Será burro aquele que não se dobra a aprender aquilo que não deve ser aprendido porquanto nada dizer a respeito de sua própria vida? Será sábio, em contrapartida, aquele que se submete a aprender o que não é útil à vida como fazem os humanos, notadamente os jovens que vivem de modismos e de consumismos estereotipados?

Parece que há uma sabedoria na teimosia do burro que o humano tende a não admitir. É que o burro, diferentemente do cão, não se submete ao humano. Não o vê, tal como o faz o cão, como alguém que lhe é superior, mas como alguém que está no mesmo nível que ele e, nesta condição, não tem o direito de escravizá-lo. Talvez seja por isto que o burro se revolta, apanha, mas se nega a aprender. É porque este aprender está carregado de opressão e de injustiça.

(*) Graduado em Filosofia, Especialização em Lógica, Filosofia e Metodologia da Ciência, Mestrado e Doutorado em Filosofia da Educação. Professor da UFERSA

http://olharessobreocotidiano.blogspot.com.br

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Trouxe lá do Cariri Conheça a história de Aurora, (CE) através da linhas de João Tavares Calixto Jr.


Um trabalho de cerca de dois anos de pesquisa, para um resultado documentado da história do município de Aurora. Importantes momentos são contados no livro "Venda Grande D´Aurora", do professor João Tavares Calixto Júnior. O autor é natural da cidade e pretende, com o livro de 300 páginas, deixar para os pesquisadores e estudantes uma fonte que mereceu um trabalho exaustivo.

A descrição de grandes acontecimentos de forma exaustiva, como a invasão da cidade por cangaceiros, promovendo uma verdadeira carnificina e a morte de grandes personalidades, como o da mártir Francisca, venerada por uma grande parcela da população como santa, estão descritos no trabalho. Os assassinatos que repercutiram e marcam a história da cidade, em alguns casos, têm até registros dos processos.

O autor destaca a importância de levar às novas gerações os registros dos principais acontecimentos, no sentido de contribuir para engrandecer a cidade. "Quero deixar essa mensagem, de que não precisamos ficar no ostracismo", afirma. Resgatar essas passagens históricas, muitas vezes fez o autor se deslocar para outras cidades, à procura de documentos. "Um mergulhar nos acervos para resgatar, de forma mais abalizada, todo o processo de construção da cidade e suas grandes personalidades", diz o escritor.

O livro, segundo ele, traz os principais apanhados históricos da cidade, de forma cronológica, desde a data da concessão da 1ª sesmaria, de 1702, até o ano da comemoração do primeiro centenário do município, em 1983. O trabalho, enfatiza o professor, é um traçado baseado em documentos histórico. "É um livro científico, em que se pretende trazer questões, não dentro de um registro oral ou apenas voltado ao aspecto folclórico, misticismo ou populismo", explica. Para João Calixto, Aurora é um município que contribuiu em vários segmentos para o cenário cearense e mundial, com as atividades do seus filhos ilustres, e tem a história contada de forma fragmentada.

A morte do filho de Bárbara de Alencar, padre Carlos José dos Santos Alencar, aconteceu em uma área que hoje é território do município de Aurora, no Sítio Serra dos Macacos. A hecatombe de 1908, conhecida como uma das maiores tragédias do coronelismo em nível de Nordeste, foi registrada na cidade. Aurora foi invadida por 600 cangaceiros, onde houve uma verdadeira carnificina. Segundo o autor, os cangaceiros vieram a mando de diversos coronéis, que se juntaram com armamentos e homens para a derrubada do coronel de Aurora, Teixeira Neto, em virtude de uma vingança política provocada pela morte de um filho de Marica Macedo. Essa história era contada antes de forma fragmentada, conforme Calixto. Na obra, há a transcrição de muitos historiadores, mas de forma detalhada. 

O livro também traz autos de inventários de diversas personalidades, autoridades antigas, os primeiros moradores, as atas das sessões da Câmara, os livros de tombo das paróquias, registros de batismos e casamentos. Todo esse material foi pesquisado, no intuito de se deter a uma análise da genealogia dos primeiros moradores do município.

Outro crime de repercussão detalhado no livro, além da morte da mártir Francisca, em 1958, conhecida como santa popular em Aurora, aconteceu em 1874, quando o padre Joaquim Machado da Silva foi acusado de assassinato na Vila das Lavras. Ele chegou a ser preso e condenado por tirar a vida de um homem, com um golpe de faca no peito. O assassinato está detalhado no livro, com base no processo original, encontrado no arquivo público do Estado. As páginas foram fotografadas, com transcrição para o livro. O lançamento contará com a presença de escritores, personalidades de Aurora, amigos familiares e entusiastas dessa história da cidade.

"Venda Grande D´Aurora", de João Tavares Calixto Júnior. Para adquirir este livro entre em contato com o autor através do email: joaojrbio@gmail.com ou dos fones (88) 3511-2430 / 9906 - 3789.
Resenha de Elizângela Santos

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