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terça-feira, 24 de maio de 2022

O CANGACEIRO DO BEM

 Por Raul Meneleu Mascarenhas

José Grosso

Entre as suas supostas diversas encarnações, teria vivido na Germânia como Johannes, quando teve muito poder e autoridade era místico, rígido e disciplinado. Desencarnou por volta do ano 751.

Reencarnou na Holanda e como Adido Diplomático conviveu com a classe alta holandesa e com a corte de Francisco I, rei da França. Segundo informações da espiritualidade, consta que Jair Soares (diretor mediúnico de núcleo espírita já desencarnado) foi o Rei Francisco I. Com essa informação, fica explicada a grande ligação entre os dois. Nesse período, José Grosso conquistou grandes amizades através de suas atividades diplomáticas.

No ano de 1896, em território brasileiro, nos recantos áridos do Ceará, em pequeno lugarejo próximo a Crato nasceu como José da Silva, tendo como pais Gerônimo e Francisca, pais de outros 8 filhos. No princípio da década de 1930, os rumores invadiram toda a vastidão do sofrido Nordeste. Miséria, seca, sofrimentos, falta de tudo nessa época alguns homens se apropriaram dos bens dos ricos para distribuí-los aos pobres, isso empolgou muito o coração de José da Silva que em seu íntimo sonhava, como de resto todos os sertanejos nordestinos,  com uma terra de paz, sem fome e com a justiça amparando também os pobres e fracos. Essa turba de homens tinha como chefe Lampião. Animado por esses anseios, se integra ao grupo, por ocasião de sua passagem pela região de Orós (hoje município do estado do Ceará).

Mas, com a convivência com o bando, José da Silva, então conhecido como José Grosso,  percebeu que eles extrapolavam nas suas aspirações. Em desacordo com as atitudes do grupo mudou seu comportamento, apesar de não delatar os companheiros de bando às autoridades policiais, passou a alertar as cidades que seriam invadidas para que as pessoas (especialmente mulheres e crianças) não fossem violentadas e assassinadas. Esse comportamento levou Lampião a perfurar-lhe os olhos com uma faca, vingando-se da traição sofrida. José Grosso perdido na mata com infecção generalizada desencarnou em 1936 aos 40 anos de idade sem ter notícia alguma de sete dos seus irmãos. Conhecia apenas o paradeiro de um único irmão, que hoje conhecemos como Palminha (também mentor espiritual da Fraternidade) – e que na época vivia o mesmo tipo de vida, mas pertencendo a outro grupo.

Afirma-se que após o seu desencarne esteve algum tempo vagando em cegueira no plano espiritual sendo amparado pelo espírito Nina Arueira. Ficou por longos anos sob a orientação do Espírito Sheilla e de Joseph Gleber, que tiveram vínculos com ele na Germânia, e também sob a orientação do Espírito Glacus.

Em 1949, acontece sua sua primeira manifestação no  Centro Espírita Oriente e na casa de Jair Soares. Teria então afirmado ser “folha caída dos ventos do Norte”. Também levado por Scheilla e Joseph começou a manifestar-se no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, através de alguns médiuns principalmente através do extraordinário médium de efeitos físicos conhecido como Peixotinho (Francisco Peixoto Lins).

Desde então o Espírito José Grosso, o “cangaceiro do bem”, vem cooperando em reuniões de efeitos físicos e também junto a vários movimentos espíritas integrando as hostes espirituais onde transitam outros espíritos benfazejos que viveram no sofrido.

Espírito de muito sentimento e muito amigo é dedicado orientador na FEIG como mentor espiritual da tarefa da Sopa e da Creche Irmão José Grosso, na Fundação Espírita Irmão Glacus

Adaptação de relato feito pelo médium Ênio Wendling em reunião mediúnica

Vejam essa mensagem dele no YouTube 

https://www.youtube.com/watch?v=YAmlvGXYDZY&feature=youtu.be&ab_channel=MensagemdosEsp%C3%ADritos

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O TRISTE DESFECHO DO REINO ENCANTADO

  Por Valdir Jose Nogueira


Após ouvir a narrativa do fugitivo, identificado no processo como José Gomes, o major Manuel Pereira, então chefe de polícia, partiu para a sede da Comarca (Flores), onde comunicou os fatos ao juiz de Direito, que ordenou a mobilização de alguns homens para, juntamente com a força policial, seguir para o local dos acontecimentos. O major Manuel Pereira convocou seus três irmãos, Símplicio, Cipriano e Alexandre, e mais 30 moradores da cidade, os quais, ao todo, formaram uma força de 60 combatentes.

No dia 18 de maio, a tropa deslocou-se em cavalgada, atingindo a região dos eventos ao entardecer do dia seguinte. Foi cerrado, então, grande combate. Depois de mais de uma hora de luta corpo-a-corpo, inúmeros cadáveres jaziam no chão, dentre eles, dois irmãos do major Manuel Pereira: Alexandre e Cipriano. Foram feitos também muitos presos. Alguns fugitivos foram chacinados pela força do capitão Simplício Pereira da Silva.

A maioria dos homens teve que enfrentar a justiça. Alguns foram levados acorrentados em lúgubre procissão de sombras esqueléticas e esfarrapadas, para os cárceres da ilha de Fernando de Noronha. As mulheres tiveram penas variadas, em função dos crimes apurados, e as crianças foram postas em liberdade e distribuídas com a população de Flores para que as criassem.

Quanto a João Antônio – o primeiro rei da Pedra Bonita – foi perseguido e capturado no Estado de Minas Gerais, juntamente com sua mulher, Maria. Algemados foram transportados de regresso a Pernambuco. Todavia, durante a viagem, a polícia com medo que os presos sucumbissem de uma febre palustre que foram atacados, resolveram matar João Antônio. Quanto a Maria, foi levada para a prisão, sendo posteriormente indultada por decreto do presidente da Província de Pernambuco, o barão Francisco do Rego Barros (futuro conde da Boa Vista).

No dia 25 de maio de 1838, o então prefeito de Flores, o coronel Francisco Barbosa Nogueira Paz, escreveu uma carta ao presidente da Província de Pernambuco, Francisco do Rego Barros, dando-lhe ciência do “Caso mais extraordinário, mais terrível, nunca visto, quase incapaz de acreditar-se”, ocorrido na Pedra Bonita. Essa carta foi publicada no Diário de Pernambuco, em 16 de junho de 1838.

O padre José Francisco Correia, o mesmo que tentara demover João Antônio de suas idéias, esteve no local dois meses depois, reuniu as ossadas das vítimas e lhes deu sepultura. Sobre elas levantou uma cruz de madeira e rezou uma missa. Encerrou a cerimônia com um pedido de perdão para os sebastianistas. Estes fatos ocorreram há 184 anos.

Valdir José Nogueira de Moura - Pesquisador e Escritor , Conselheiro Cariri Cangaço
São José de Belmonte

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LAGOA DO MEL E A MORTE DE EZEQUIEL EM VISITA OFICIAL DENTRO DO CARIRI CANGAÇO PAULO AFONSO 2022

 

Caravana Cariri Cangaço Paulo Afonso na Lagoa do Mel

Por volta das 9h30 da manha da sexta-feira, 25 de março de 2022, a caravana Cariri Cangaço composta por mais de 200 pessoas chegava ao cenário da primeira visita do dia: A Lagoa do Mel, cenário onde em combate perderia a vida o irmão mais novo de Virgulino Ferreira, Ezequiel, dentro da programação do Cariri Cangaço Paulo Afonso. Bem no centro do local onde ocorrera o combate o pesquisador João de Sousa Lima fez apresentação do episódio aos convidados.

Luma Holanda, João de Sousa Lima, Nivaldo Pereira e Ivanildo Silveira
José Tavares de Araújo Neto

Com a palavra João de Sousa Lima: Vejam  bem , é importante ressaltar o lugar onde estamos, aqui ocorreu um dos mais ferrenhos combates de Lampião na Bahia e esse aconteceu em Paulo Afonso, exatamente aqui onde estamos; no povoado Baixa do Boi. Nesse confronto morreu, a principio,  16 soldados  e posteriormente, em fuga e perdidos, morreram mais 3 policiais. 
Ezequiel e Virgínio
Esse lugar ficou célebre porque foi morto em combate Ezequiel Ferreira da Silva, o mais jovem irmão de Lampião, nascido em 1908. Ezequiel passou a acompanhar Lampião em 1927, junto com o cunhado Virgínio. Ele tinha o apelido de Ponto Fino, alcunha adquirida pela justeza do seu tiro. Sua morte aconteceu justamente aqui na Lagoa do Mel, nas terras pertencentes na época a santo Antonio da Glória do curral dos Bois."
E segue João de Sousa, "O tenente Arsênio Alves de Souza chegou ás imediações do povoado Riacho; que inclusive vamos passar daqui a pouco;  com uma volante composta por aproximadamente 20 soldados e tendo como guia os dois irmãos Aurélio e Joví, que eram fugitivos da cadeia de Glória, preso pelo inspetor de quarteirão, o senhor Pedro Gomes de Sá, pai da cangaceira Durvinha. A volante chegou ao povoado riacho no dia 23 de abril de 1931, trazendo entre seu aparato bélico uma metralhadora Hotchkiss. O primeiro contato do tenente no lugar foi com Zé Pretinho e o jovem foi forçado a seguir com os policiais. Cruzaram o terreiro de dona generosa Gomes de Sá, coiteira de Lampião e foram armar acampamento na Lagoa do Mel, um tanque construído por Antônio Chiquinho."


Flagrantes da visita do Cariri Cangaço Paulo Afonso a Lagoa do Mel
"Enquanto a policia se preparava para passar a noite na lagoa do Mel, outras fontes confiáveis de informações de Lampião se dirigiam para o povoado Arrasta-pé para avisar ao Rei do Cangaço sobre a presença dos militares nas proximidades. Lampião mandou avisar Corisco e Ângelo Roque, que estavam arranchados bem próximos e junto com eles combinaram um ataque aos soldados. Ainda com o escuro da noite, próximo ao amanhecer, Lampião recolheu alguns chocalhos com Pedro Gomes e seguiu as veredas que davam a cesso a lagoa do mel. No coito da policia, prestes a amanhecer, o Zé Pretinho saiu com o intuito de pegar um bode para fazer parte do desjejum de todos ali. Com a escuridão se transformando em luz, os soldados ouviram o tilintar de chocalhos e imaginaram que seriam os bodes se aproximando para beber água (um dos sobreviventes desse combate, o soldado José Sabino, ordenança do tenente, relatou, anos depois, que realmente confundiram os chocalhos, achando que eram alguns caprinos se aproximando para beber água na lagoa). Na verdade eram os cangaceiros cercando o coito."
João de Sousa Lima apresenta a Lagoa do Mel
Fagner Lopes, Louro Teles e Fred Santos
200 pesquisadores de todo o Brasil visitam a Lagoa do Mel , 
dentro do Cariri Cangaço Paulo Afonso 2022
"Despreocupados, os policiais sofreram um forte e inesperado ataque, uma verdadeira chuva de balas caiu sobre eles. Vários corpos caíram atingidos por balas mortais e certeiras. A dificuldade encontrada pelos soldados foi que eles cometeram um grande vacilo. A lagoa do Mel era rodeada por uma cerca de varas e eles haviam dormido dentro do cercado. Quando eles tentavam transpor as madeiras se transformavam em alvo fácil e caiam mortalmente feridos. Um exemplo dessas mortes trágicas foi a do sargento Leomelino Rocha que morreu e ficou de pé pendurado nas madeiras. 
Tenente Arsênio
"Em um dos bolsos desse sargento lampião encontrou um bilhete do coronel Petro indicando alguns locais onde ele se escondia. O tenente Arsênio diante o desespero do momento, conseguiu efetuar uma rajada de metralhadora e acabou acertando a barriga de Ezequiel Ferreira, levando o irmão mais novo do rei do cangaço, à morte. A arma depois emperrou e o tenente conseguiu retirar o percussor (ferrolho) da arma e fugiu levando a peça que deixaria a arma inutilizável. Nesse dia Lampião chorou amargamente a morte do irmão caçula e teve que enterrá-lo, com a ajuda de Antônio Chiquinho, próximo a Lagoa do Mel. Era a vida dos que viviam pelo poder das armas, que tombavam no dia a dia, pelo aço lacerante do pipocar das artilharias dos diversos grupos que traçaram as páginas do canga*ço no nordeste brasileiro."
Caravana Cariri Cangaço Paulo Afonso na Lagoa do Mel
Wescley Dutra, Jose Tavares e Junior Almeida
Kiko Monteiro

Perto das 10h30 a caravana Cariri Cangaço Paulo Afonso saiu da Lagoa do Mel e seguimos para o povoado do Riacho, ali a visita importante à fazenda de dona Generosa, a maior coiteira de Lampião em terras baianas. Ainda pela manha a ultima visita do período, Malhada da Caiçara, berço da rainha do cangaço, Maria Bonita.



Cariri Cangaço Paulo Afonso 2022 na Lagoa do Mel
Redação Cariri Cangaço Paulo Afonso - Lagoa do Mel, 25 de Março de 2022
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A DONA DA CHAVE DO COFRE

Tomislav R. Femenick – Jornalista e historiador

Meus bisavôs maternos se chamavam Vicente e minhas bisavós, também maternas, chamavam-se Philomena. Deles somente conheci um, o coronel (da Guarda Nacional) Vicente Ferreira da Mota, pai de minha avó, Maria da Mota Lima.

Quando meu pai faleceu no Rio de Janeiro, onde morávamos, eu, com sete anos de idade, e minha mãe viemos morar na casa de meus avós, em Mossoró. Era um mundo bastante desconhecido, se não estranho, para mim.

Meu avô, o coronel (também da Guarda Nacional) José Rodrigues de Lima, era bastante conhecido na região e no Estado. Era proprietário de salinas, comerciante, dono de empresa de navegação de pequeno curso, industrial, agricultor, sócio do Banco Mossoró e proprietário de imóveis localizados em Mossoró, Rio de Janeiro, Natal e Apodi. Foi pioneiro no cultivo de frutas irrigadas e na indústria têxtil. Homem bastante prático e simples, que usava camisas feitas de sacos de açúcar (eram mais resistentes e frescas para enfrentar o calor), calças de zuarte e chinelos de dedo, feitos por ele mesmo com couro de boi. Para evitar cinturão, usava duas arreatas nas calças que, laçadas, substituíam-no. Usava, de vez em quando, um chapéu de palha, daqueles feitos aqui mesmo. De pouca instrução formal, era um leitor ávido de livros espiritas e dos que explicavam as teorias de Einstein. Detestava política.

Já minha avó, Maria da Mota Lima, a Dona Mariquinha, tinha a política no sangue. Seu pai, Vicente Ferreira da Mota, dois irmãos, o padre Mota e Francisco Vicente Cunha da Mota, bem com dois sobrinhos foram prefeitos de Mossoró. Isso sem contar com o célebre Mota Neto, prefeito, deputado estadual e federal. Na época da campanha, a nossa casa virava um comitê eleitoral e no dia da eleição era ela que cuidava daquilo que hoje chamamos de logística: transporte, alimentação e abrigo para os eleitores.

Além dessa atuação, Dona Mariquinha tinha outras atribuições: cuidava da casa e dos jardins que a circundavam, cobrava os aluguéis dos imóveis, cuidava do dinheiro do dia a dia e tinha a chave do cofre que existia lá em casa.

Estava escrevendo este artigo quando minha neta perguntou se eu não tenho saudades daquela época. Disse que tenho. Mas que prefiro viver o hoje. Saudades é para se guardar no coração.

Minha avó tinha outros predicados bem próprios dela. Um deles era a leitura de jornais, assinava todos da capital e de Mossoró. Quando sabia que alguém de seu circuito de amizade ir viajar, encomendava os jornais do lugar e de onde mais pudesse. O seu “ritual jornalístico” (como nós chamávamos) era simples: depois do café da manhã, arrumava os jornais por ordem de data para assim os ler; mais a Ordem, de Natal, sempre era o primeiro. Quando está nessa tarefa, não atendia a ninguém que não fosse o marido.

Dona Maria da Mota Lima e o coronel José Rodrigues tiveram 21 (vinte e um) filhos. Só dez sobreviveram.

Tribuna do Norte. Natal, 22 maio 2022

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JORGE PINTO - PROPRIETÁRIO DO CINE TEATRO PAX

Por: José Mendes Pereira

Do meu conhecimento Mossoró recebeu como divertimento para a cidade 6 cinemas, os quais foram: Cine Rivoli, na Rua Melo Franco, no bairro Paraíba, Cine Centenário, localizado na Rua Almirante Barroso, no bairro Pereiros, Cine Caiçara, na Rua Alfredo Fernandes, centro, Cine Jandaia, na Avenida Alberto Maranhão, bairro Bom Jardim, Cine Cid, na Rua Coronel Vicente Sabóia, centro e o Cine Teatro Pax, um dos melhores e com estruturas modernas para a época.

O Cine Pax foi a primeira casa projetada e construída exclusivamente para fins cinematográficos, em Mossoró. Projeto do arquiteto francês George Lumier, no estilo de arquitetura moderna. Esta obra foi realizada durante a administração municipal do

Padre Luiz Ferreira Cunha da Mota que imprimiu ares de civilidade à cidade. Este cinema foi inaugurado numa noite, de sábado, no dia 23/01/1943, e funcionou por quase 7 décadas, tendo as suas portas fechadas recentemente, o que deixou a cidade sem acesso à Sétima Arte.

O Cine Teatro Pax pertencia ao empresário Jorge Pinto, um cearense que desde muito novo viera para Mossoró, e aqui residiu até os seus últimos dias de vida, na Avenida Presidente Dutra, no centro.

Jorge Pinto era um senhor baixo, moreno, usava sempre a camisa passada, amigo dos amigos, e até gostava de prosear com as suas amizades, e pelo seu jeito simples, jamais   demonstrou ser empresário.

Fui colega de trabalho na Escola Estadual José Martins de Vasconcelos da Sandra Pinto, Zilda Pinto, ambas professoras e netas do Jorge Pinto. Além destas da família do Jorge Pinto, também trabalharam comigo a Júlia Pinto, proprietária do Hotel Imperial e a Ruth Pinto, sendo que esta era sobrinha do Jorge, mas ainda a Rosa Maria Pinto que era filha do empresário. 

Seu Jorge Pinto tinha um coração grande, e sempre fez com que algumas crianças que não tinham dinheiro, eram colocadas para dentro do cinema pelo próprio dono, mas a troco de um capilé.

Muitos já viviam acostumados, e ao chegarem ao cinema, desejavam que seu Jorge Pinto estivesse ali por fora. Se ele estivesse ali, levariam um capilé e entravam no cinema satisfeitos e sem dificuldades, pois um capilé não doía, mas se fosse pagar, o bolso doía.

Seu Jorge Pinto gostava de ficar acompanhando a entrada das pessoas ao cinema, e certa noite, um sujeito que já passava dos dezoito anos, e ao chegar lá, viu que uma mariposa pousava sobre a manga da camisa do seu Jorge Pinto. Querendo entrar no cinema de graça, caso fizesse algo de importância para chamar a atenção do empresário, aproximou-se, e com o dedo, fez com que a mariposa caísse ao chão.

Seu Jorge o agradeceu e caminhou em direção à entrada do cinema. Mas como o sujeito queria uma oportunidade para ver o filme sem pagar, foi até onde ele estava e disse-lhe:

- Seu Jorge, deixe eu entrar para ver o filme sem pagar, porque hoje eu não tenho nenhum tostão.

Como tinha muita gente na fila da bilheteria para comprar a entrada, mesmo assim seu Jorge Pinto o reconheceu, que ele era o jovem que havia expulsado a mariposa que antes estava pousada na manga da sua camisa. E em seguida perguntou-lhe:

- Você é o sujeito que tirou a mariposa que estava sobre a manga da minha camisa?

- Sou sim senhor! - respondeu ele crente que depois daquele grande favor de retirar a mariposa que estava sobre a camisa do empresário, com certeza seu ele iria reconhecer e deixá-lo entrar no cinema sem pagar.

E olhando para ele, seu Jorge Pinto disse:

- Não deixo! E vá pegar a mariposa e colocá-la aqui na minha camisa. Eu não mandei você tirá-la daqui. Esses favores eu agradeço.

Nessa noite o rapaz não viu o filme.

A foto do Jorge Pinto é do acervo do http://telescope.blog.uol.com.br

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HOJE QUEM ESTÁ COMPLETANDO 99 "PRIMAVERAS" É A DONA DULCE MENEZES DOS SANTOS...

... que como todos sabem, acredito, é atualmente a última integrante do bando de Lampião, ainda viva.

Dulce Menezes que foi "levada" contra sua vontade pelo cangaceiro Criança III (Vitor Rodrigues Lima / João Alves da Silva) esteve integrada ao bando de Lampião durante os últimos seis/sete meses anteriores a morte de Lampião e foi uma das sobreviventes de Angico, onde pereceram onze cangaceiros, um soldado da Força Militar alagoana e o casal Lampião e Maria Bonita.

Quero diante mão desejar muita saúde e paz para dona Dulce e muitos anos de vida, para que possamos continuar contando com a presença dessa que hoje é o último elo do cangaço, ou seja, da nossa história.

Feliz Aniversário. Meus parabéns.

Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do canal Cangaçologia.

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ASCRIM/ACADEM PRESIDENCIA – CONFIRMAÇÃO E RETRANSMISSÃO AO CONVITE ACJUS: “LANÇAMENTO LIVRO ‘EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS COMO DIREITO FUNDAMENTAL’, AUTOR ACADÊMICO EDILSON GOZAGA DE SOUZA JUNIOR-CADEIRA Nº 22’ E, ‘DESCERRAMENTO PLACA ESPAÇO EVENTOS ACJUS, PROFESSORA MARIA ALEXANDRINA DA CONCEIÇÃO” - OFÍCIO. Nº 011/2022.

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MOSSORÓ-RN, 21 de MAIO de 2022.   

  

 ‘RECEBES ESTE EXPEDIENTE PORQUE A ASCRIM O(A)VALORIZA E RESPEITA, PELO ALTO NÍVEL DE QUEM TEM O PRESTÍGIO DE SER ASSIM CONSIDERADO(a).’    

  

             

   AGRADECENDO AO EXCELENTÍSSIMO DR. JOSÉ WELLINGTON BARRETO, M.D. PRESIDENTE EXECUTIVO DA ACADEMIA DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS DE MOSSORÓ-ACJUS, PELO CONVITE, RESERVAMO-NOS ATRIBUIR MESMO VALOR DE PARTILHA, DIZENDO QUE É UMA GRANDE HONRA CONFIRMAR QUE NOS FAREMOS REPRESENTAR, OFICIALMENTE, À SESSÃO MAGNA DO LANÇAMENTO DE  “LIVRO ‘EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS COMO DIREITO FUNDAMENTAL’ AUTORIA DO ACADÊMICO TITULAR CADEIRA Nº 22,   ESCRITOR EDILSON GONZAGA DE SOUZA JUNIOR’  E, ‘DESCERRAMENTO PLACA DO ESPAÇO EVENTOS DA ACJUS, PROFESSORA MARIA ALEXANDRINA DA CONCEIÇÃO”, QUE ACONTECERÁ:   

 

NO DIA 27(SEXTA-FEIRA) DE MAIO DE  2022, A PARTIR DAS 19H30, NO PALÁCIO CULTURAL ACADÊMICO MILTON MARQUES DE MEDEIROS, LOCALIZADO NA RUA CLEODON ALMEIDA, 100,ABOLIÇÃO I– MOSSORÓ(RN). OBS: INFORMAÇÕES PELOS CELULARES 9943-8676(FRANCINETE); DR. EDILSON) OU E-MAIL acjus@bol.com.br ou acjussecretaria@gmail.com 

  

     PORTANTO, REPASSO A TÍTULO DE LEMBRETE O ASSUNTO DO ALVO CONVITE(ANEXO) DE IGUAL MODO, POR CÓPIA,  AS EXCELENTÍSSIMAS AUTORIDADES GOVERNAMENTAIS,  ACADÊMICOS DA ASCRIM E POTENCIAIS CANDIDATOS A ACADEMICOS DA ASCRIM E ACADEM, ILUSTRES PRESIDENTES DE ENTIDADES CULTURAIS E DIRIGENTES DE INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS, GOVERNAMENTAIS, PÚBLICAS, PRIVADAS E MAÇÔNICAS,  JORNALISTAS E COMUNICADORES, POR SER DO INTERESSE, CLARO, DOS MESMOS, TOMAREM CONHECIMENTO E DIGNAREM-SE, DO SEU MISTER, CONFIRMAR SUAS PRESENÇAS, JUNTAMENTE COM AS EXCELENTÍSSIMAS FAMÍLIAS CONSORTES.    

    DESTA FORMA, É DA PRAXE DESTA PRESIDENCIA, QUANDO OFICIALMENTE CONVIDADO, DIGNAR-SE RESPONDER AOS ECLÉTICOS CONVITES DO PRESIDENTE DE ACADEMIAS, EXEMPLO QUE NOTABILIZA O VIÉS DE OUTRO PRESIDENTE CORRESPONDER A ESSE ECLETISMO, PORQUE SABE A DIFERENÇA ENTRE O LIAME DA PARTILHA E DO PRESTÍGIO QUE ASCENDE E CRESCE NO INTERCÂMBIO ENTRE OS QUE PRESTIGIAM OS ABNEGADOS DEFENSORES DA CULTURA MOSSOROENSE.  

   NESTA SINTONIA, UM CONVITE PARA PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS CULTURAIS E A CONFIRMAÇÃO, INTERCAMBIADOS ENTRE PARTICIPANTES E ENTIDADES SINGULARES, MERECE E FUNCIONA COMO UM “FEEDER”, EVIDENTE, REPASSADO A TODOS OS ACADÊMICOS E INTEGRANTES DE SEUS CORPOS ADMINISTRATIVOS/SOCIAIS, PELO SEU PRÓPRIO DIRIGENTE, CUJO ESSE FEEDBACK ALIMENTA, NATURALMENTE O FERVOR E A CONSIDERAÇÃO EM QUE SINGRAM OS INTELECTUAIS E SERVIDORES   DESSAS PLÊIADES.  

  

    CONVOCANDO OS ACADÊMICOS DA ASCRIM PARA ESSE MAGNO EVENTO, COMUNICO, AOS QUE COMPARECEREM E SE IDENTIFICAREM COMO TAIS NO EVENTO SUPRAMENCIONADO, DEVEM CUMPRIR, NO QUE FOR POSSÍVEL, O RIGOR OBRIGATÓRIO ESTATUTÁRIO DE USO DO UNIFORME OFICIAL (VESTE TALAR), CONSOANTE NORMA ESTATUTÁRIA, ATRIBUTO DIGNITÁRIO DO DECORO INTELECTUAL E ORGULHO DA MORAL QUE ASSIM OS IDENTIFICA, ENTRE OS PARES, EM ATIVIDADES CULTURAIS DESSA GRANDEZA.  

  

      

SAUDAÇÕES ASCRIMIANAS,  

FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO  

-PRESIDENTE EXECUTIVO DA ASCRIM ACADEM-  

  

MARIA GORETTI ALVES DE ARAÚJO  

-PRESIDENTA EXECUTIVA INTERINA DA ASCRIM-  

P.S.: 1. CONSIDERANDO A ESSÊNCIA DA HUMANIDADE INTELECTUAL, INSERIDA NA REPRESENTATIVIDADE DE TODOS SEGMENTOS SOCIAIS ABAIXO RELACIONADOS, ENCAMINHA-SE ESTA CÓPIA ORIGINAL, EM CARÁTER PESSOAL DIRETO AOS  INSIGNES DIGNITÁRIOS:  

     

P.S.: ESTA É UMA CÓPIA ORIGINAL, ENCAMINHADA, OFICIALMENTE, EM CARÁTER PESSOAL DIRETO PARA O(A)S:   

  

EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES, DIRIGENTES E AUTORIDADES DE ENTIDADES GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, MAÇONICAS E MILITARES.  

REVERENDÍSSIMO(A)S PRESIDENTES, DIRIGENTES E AUTORIDADES DE ENTIDADES RELIGIOSAS.  

MAGNÍFICOS REITORES E AUTORIDADES DE UNIVERSIDADES.  

EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES DE ENTIDADES E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS.  

EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES DE ENTIDADES CULTURAIS E INSTITUIÇÕES CONGENERES.  

ILUSTRÍSSIMO(A)S DIRIGENTES DE INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS, EDUCACIONAIS E DE CIDADANIA.  

ILUSTRÍSSIMO(A)S JORNALISTAS E COMUNICADORES.  

ACADÊMICO(A)S DA ASCRIM.  

POTENCIAIS CANDIDATO(A)S A ACADÊMICO(A)S DA ASCRIM.  

Enviado pela ASCRIM

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ONDE ESTÃO AS ANDORINHAS?

 Clerisvaldo B. Chagas, 24 de maio de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.705

 ANDORINHA (WIKIPÉDIA).

Ninguém pode negar o belo espetáculo das andorinhas na Santana dos anos 60. Tempo como este agora, invernoso, o bando revoava pela região do rio Ipanema e fazia seus malabarismos para os banhistas do Poço dos Homens. Revoavam circulando o poço, pegando bichinhos no ar e tocando o peito nas águas claras ou barrentas que encantavam os adolescentes e adultos frequentadores assíduos do lugar. Às vezes ali se encontrava o cantor “Cícero de Maraquinha” e, seu violão e voz maviosa pareciam uma orquestra para acompanhar as incursões das andorinhas. Do Poço dos Homens dava para vê o retorno do bando em círculo e o assentamento com alarido na torre da Igreja Matriz de senhora Santana.

Essas aves passeriformes, pertencem a família Hirundinidae e gostam muito de construírem seus ninhos colados ao teto dos casarões, dos sobrados, tal com o conhecido “sobrado do meio da rua” (hoje extinto) onde costumavam se abrigar. Sabemos sim que andorinhas são aves que migram conforme a estação do ano, mas retornam sempre. Então, ficamos a indagar por que as andorinhas abandonaram a torre da Igreja Matriz, o Poço dos Homens, a nossa Santana do Ipanema. Dos anos 60 para os anos próximos seguintes, não houve essa transformação apressada dos climas. Portanto as nossas aves que alegravam o cinza do nosso inverno foram embora sem explicações. Teria sido pela morte do cantor Cícero de Mariquinha, que nunca mais tocara para o bando?

A torre da igreja de Senhora Santana, continua bela. Ano 2022 e o mesmo cartão postal máximo da cidade. E se não tem alaridos de andorinhas, também não tem sujeira para a limpeza através de homens intimoratos à altura. O “sobrado do meio da rua” Já não existe para abrigar beleza, romantismo e andorinhas. O Poço dos Homens perdeu o brilho após a construção da Ponte General Batista Tubino. Ficou essa passagem quase em cima do poço. O lixo colocado no local pelos desavisados, fez surgir tapetes verdes de plantas aquáticas por sobre as águas poluídas.. E assim ficou o ballet das aves migratórias apenas na memória dos que viveram à época, notadamente escritores, poetas, historiadores e saudosistas.

Nunca se viu dizer que as andorinhas fizessem mal a alguém.



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