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segunda-feira, 13 de abril de 2015

PREFACIANDO EM VERSOS (NOTAS PARA A HISTÓRIA DO NORDESTE DE JOSE ROMERO DE ARAÚJO CARDOSO)

Por Valberto Barbosa de Sena

Me chegou para mim, por via rede
Uma história do vil CANGACEIRISMO
Bem escrita, em formato de lirismo
Pura e límpida qual água para a sede.
O autor dessa obra em seu recato,
Ele a fez, cronográfica em rumo, e trato,
Imbuiu sobre a mesma e para nós
A lançou no papel exposta a tinta:
Odisseia real dos anos trinta,
Dissertada nos contras e nos prós.

Num vislumbre da obra literária
Percebi que o autor com atenção
Foi ao fundo “NO POÇO DA RAZÃO”
Procurar cada peça indumentária.
Escreveu a história e pôs-lhe os trajes
Necessários ao todo e sem ultrajes
Cada ator da história em seu papel,
O deixou encenar naturalmente,
Suas cenas vividas bravamente,
Descrevendo-as da forma mais fiel...

Zé Romero Cardoso primou tanto
Pela obra da qual tomou empreita
Que deixou-a tão pronta e tão perfeita
Pra ser vista e revista em qualquer canto.
Belas frases usou sem discrepância
Com palavras bonitas, e elegância,
Pôs no trato da história e mesmo assim,
Não mudou de estrada ou fez atalhos,
Mas, deixou-nos mais um dos seus trabalhos
Para ser degustado, e ponto e fim...

O autor do qual falo teve a calma
De mostrar-nos na obra desde o prólogo
Ao final que tornou-se um arqueólogo
E pra tanto doou a própria alma.
Hoje a mostra está pronta e quando a lemos
A história real nós percebemos
Cronologicamente em cada ato.
Revivendo os heróis e os bandidos
Todos eles letais e conhecidos
Como monstros fatais em crime e fato.

Na moldura do tempo em bons entalhes
Esculpiu uma obra futurista
Retratando o passado, e como artista
Prezou bem o valor dos bons detalhes.
Alinhando o teor dos velhos contos,
Os expôs sem impor em contrapontos
Para dar ordem lógica à aquarela
Na mistura das tintas do saber
Pôs a química do amor, por conhecer,
E o mundo ganhou a nova tela.

Como ênfase maior da obra prima
Sobre a qual comentários aqui faço,
O enlevo maior, é o cangaço
Existente, apesar da pouca estima.
Mesmo assim entre os temas inda tem
Desde a seca que assola e ainda vem
Até hoje marcando a própria tez
Encourados no campo em grande ginga
Desbravando os sertões e a caatinga
“A BRAVURA DO HOMEM CAMPONÊS”

Mesurou o valor real das tantas
Profissões existentes no nordeste.
Deu valor para o couro, e à inconteste
Profissão das parteiras de mãos santas.
Fez menção de como elas já nos quartos
Numa salve-rainha antes dos partos
Comungavam com Deus na fé real,
Que aquela mulher parturiente,
Logo, logo, traria um inocente
Para a luz de maneira natural.

Deu valor aos tropeiros tangerinos
Valorou a função dos almocreves
E os aboios sonoros de tons leves
Dos campônios vaqueiros nordestinos.
Descreveu o langor de Rio Preto
Com seu corpo trancado em amuleto
Homem monstro, infeliz, da pior laia.
Mas, que graças a Deus, a humanidade
Se livrou da cruel voracidade
Desse verme, depois de uma tocaia.

Vasculhou, pesquisou e fez estudos
Sobre os passos de Antonio Conselheiro.
Nos narrou cada fato corriqueiro
Das batalhas diversas de Canudos.
Mostrou como um escravo em seus revides
Ficou vivo na pena de Euclides,
Imortal das batalhas do Arraial.
Um guerreiro, um herói, um ser valente,
Dando a vida em defesa de uma gente,
Acabou se tornando um imortal.

Completando a riqueza dos seus temas
Para o mundo saber da nossa história,
Foi buscar nos recônditos da memória
Os tropeiros reais da Borborema.
Esses homens matutos, seres fortes,
Responsáveis reais pelos transportes
Das riquezas nativas do sertão,
Cujos quais, a passadas muito largas
Empenhavam-se levando em suas cargas
Crescimento e valor à região.

Mostrou datas, locais, e mostrou provas
Tão reais para todas narrativas:
Mil histórias contadas inda vivas,
Nossas mentes fazendo-as serem novas.
Descreveu do cangaço e mandonismo
A vontade de impor pelo cinismo
O direito ao poder do ser mais forte,
Pré-julgando os humildes e civis
Dividindo o Brasil em dois Brasís
“um teórico da lei” outro de morte.

Quem quiser saber mais sobre essa obra
Pegue a mesma, e a leia, e faça bis...
Se entrincheire nas páginas como eu fiz
Na leitura, pretenda essa manobra.
Se enriqueça em saber, ganhe fartura,
Pois é essa a melhor literatura
Sobre o tema abordado, e faça um teste
Comparando-a com outras meio iguais.
Siga em frente em buscar e faça mais,
Tome: NOTAS P’RA HISTÓRIA DO NORDESTE.

Valberto Barbosa de Sena é poeta popular. Natural de Água Branca - Paraíba

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso

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VERDADE OU NÃO?


Youtube

https://www.youtube.com/watch?v=wlMUhePShn8&feature=youtu.be

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ATAQUE DE LAMPIÃO À MOSSORÓ-RN...13 DE JUNHO DE 1927


Defensores situados na torre da igreja, barricadas feitas de fardos de algodão, e, atiradores posicionados em cima da casa do intendente Rodolfo Fernandes.

Resultado positivo para a cidade e grande derrota de Lampião. Morte do cangaceiro Colchete e o cangaceiro Jararaca foi capturado e assassinado 06 dias depois.


Foto do acervo do pesquisador Robério Santos

Fonte: facebook
Página:  Voltaseca Volta ‎Lampião, Cangaço e Nordeste

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XVIIº FORUM DO CANGAÇO

Por José Romero Araújo Cardoso

GEOGRAFIA DO CANGAÇO

10 A 13 DE JUNHO DE 2015
AUDITÓRIO DA FAFIC/UERN
  
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS DO CANGAÇO – SBEC


PARCERIAS

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (UERN)
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO (PROEX/UERN)
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA / UERN
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA / / UERN
ACADEMIA APODIENSE DE LETRAS (AAPOL)
ACADEMIA FEMININA DE LETRAS E ARTES MOSSOROENSE ( AFLAM)
ACADEMIA MAÇONICA DE LETRAS DO RIO GRANDE DO NORTE (AMLERN)
ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE MARTINS (ALAM)
ACADEMIA MOSSOROENSE DE LETRAS (AMOL)
COMISSÃO MOSSOROENSE DE FOLCLORE (COMFOLC)
FUNDAÇÃO VINGT-UN ROSADO (FVR)
INSTITUTO CULTURAL DO OESTE POTIGUAR (ICOP)
CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES
PREFEITURA MUNICIPAL DE MOSSORÓ (PMM)
PROGRAMA PEDAGOGIA DA GESTÃO (TCM)
TV A CABO DE MOSSORÓ –(TCM)
INTER/TV COSTA BRANCA
  
DIA 11 – QUINTA - FEIRA

08h00 as 12h00 – MINI-CURSOS (Carga horária de 04h curso)

Local – Sala de Aula 2 do Curso de Comunicação/FAFIC/UERN
Tema: Guerra de Canudos
Ministrante: Prof. José Romero de Araújo Cardoso

DIA 12 – SEXTA – FEIRA

08h00 as 12h00 – MINI-CURSOS (Carga horária de 04h00 curso)

Local – Sala de Aula 2 do Curso de Comunicação/FAFIC/UERN
Tema: Guerra de Canudos
Ministrante: Prof José Romero de Araújo Cardoso


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MOSSORÓ E VIRGULINO FERREIRA DA SILVA O LAMPIÃO


Cinco e meia da tarde daquele 13 de junho de 1927, ouviram-se os últimos disparos. No pátio externo da Capela de São Vicente, um cangaceiro morto é a maior prova da derrota imposta por Mossoró ao rei do cangaço. Era a primeira vez que Lampião saía escorraçado de uma luta. Seu Dionísio Pereira tinha 23 anos quando o bando invadiu a cidade, e lembra bem do pavor que causou. 

“Era tiro demais”, recorda. Mas, a maior lembrança é a do corpo do cangaceiro Colchete estendido na frente da Capela de São Vicente. “Eu cheguei a guardar uma orelha, que foi arrancada pelo tiro, mas não sei onde foi parar”, diz.

A resistência mossoroense ao bando de Virgulino Ferreira aconteceu sem apoio da polícia. Quando soube que o cangaceiro queria invadir a cidade, o prefeito Rodolfo Fernandes comprou armas e munições e as entregou a quem quisesse lutar. E foram muitos os voluntários.

No dia 12 de junho, o prefeito recebeu um bilhete assinado pelo coronel Antônio Gurgel, que havia saído de Natal com destino a Mossoró para buscar os parentes e foi sequestrado pelos cangaceiros. O bilhete era claro: “Caro Rodolfo Fernandes, desde ontem estou aprisionado do grupo de Lampião, o qual está aquartelado aqui bem perto da cidade. Manda, porém, um acordo para não atacar mediante a soma de 400 contos de réis. Penso que, para evitar o pânico, o sacrifício compensa, tanto que ele promete não voltar mais a Mossoró”. Ao que o prefeito respondeu: “Antônio Gurgel, não é possível satisfazer-lhe a remessa. (…) Estamos dispostos a recebê-los na altura em que eles desejarem. Nossa situação oferece absoluta confiança e inteira segurança”. Era ousadia demais para Lampião, que escreveu, de próprio punho, um bilhete decisivo:

“Cel. Rodolfo. Estando Eu até aqui pretendo Dr. já foi um aviso, ahi p o Sinhoris, si por acauso rezolver, mi, a mandar será a importança que aqui nos pede, Eu invito di Entrada ahi porem não vindo essa importança eu entrarei, até ahi penço que adeus querer, eu entro; e vai aver muito estrago por isto si vir o Dr. eu não entro, ahi mas nos resposte logo”.

Resposta do prefeito de Mossoró Rodolfo Fernandes de Oliveira:

Determinado, o prefeito deu a resposta que seria o estopim para o início da batalha. “Virgulino Lampião, recebi o seu bilhete e respondo-lhe dizendo que não tenho a importância que pede. (…) A cidade acha-se firmemente inabalável na sua defesa, confiando na mesma.” 

Na tarde do dia 13 de junho, começou a chuva de balas entre o povo da terra de Santa Luzia e os cabras de Lampião. Eram pouco mais de 80 cangaceiros contra cerca de 200 mossoroenses. Durante uma hora e meia, a população resistiu às investidas dos cangaceiros. Colchete foi acertado por um tiro que lhe arrancou a cabeça. Jararaca, um dos principais homens de Lampião, saiu ferido no peito e na perna. Lampião e seu bando fugiram. Fim do ataque e começo de uma história que iria se espalhar por todo o Nordeste e marcar o início da queda do rei do cangaço. Segundo alguns historiadores, a derrota foi pressentida por Virgulino ao avistar as torres das igrejas de São Vicente, Alto da Conceição e Matriz de Santa Luzia. “Cidade de mais de uma torre não é pra ser tomada”, teria dito antes da invasão.


Fonte: facebook
Página: Robson Rodrigo

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