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sábado, 5 de novembro de 2016

LIVROS DO ESCRITOR ANTONIO VILELA DE SOUZA


NOVO LIVRO CONTA A SAGA DA VALENTE SERRINHA DO CATIMBAU
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O OFÍCIO DA ESPINGARDA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 6 de novembro de 2016 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.586

Durante a época cangaceira, algumas expressões acomodaram-se no dicionário sertanejo nordestino. 

Uma das primeiras armas de fogo da região foi o bacamarte, notadamente, o boca de sino. Foi ele amplamente usado pelos bandeirantes. Com as bordas do cano enlarguecida o bacamarte facilitava a carregação e disparava chumbo grosso. Os primeiros cangaceiros brigavam com bacamarte boca de sino. Alguns fazendeiros possuíam essa arma poderosa. Matava-se em emboscada com esse objeto e o seu uso deu origem às expressões como: “Cabra ruim só vai no bacamarte!”, por exemplo. 

No Semiárido seus habitantes usavam ainda o bodoque com bala arredondada de barro curtido ao sol para caçar passarinhos e aves selvagens. Posteriormente surgiu a peteca que em algumas regiões se chama estilingue ou baladeira. Trata-se de um gancho de pau, duas alças de borracha e um abrigo de couro para o projétil: pedra comum da estrada ou cozida igualmente à primeira.


Depois chegou a espingarda proveniente das fabriquetas do Ceará ganhando espaço em todo o Sertão. Era um troço mais delicado do que o bacamarte cuja função objetivava substituir o bodoque e a peteca nas caçadas em sítios e fazendas. Foi logo apelidada de “soca tempero”, porque se carregava pela boca. Aqui, acolá, sua função era desviada para o instinto malévolo de matar gente. Assim criaram-se algumas expressões que ainda perduram como a de: “Vou mandar-lhe passar a espingarda!” ou “O ofício do homem é a espingarda!”.

Passar a espingarda é matar, não importando o tipo de arma de fogo, revólver, pistola... Ou outra qualquer.

No cangaço moderno de Lampião, às vezes chegava futuro cangaceiro que nada possuía, além de uma espingarda que logo era substituída por um rifle e posteriormente até pelo fuzil.

Mesmo com tanto tempo, ainda se usa essas expressões relativas ao bacamarte e à espingarda.

Os cangaceiros tinham um medo triste do bacamarte, usado algumas vezes por defensores ou atacantes fazendeiros.
Deu para esquentar?



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SERTÃO - PAZ DE SILÊNCIO E LUA

*Rangel Alves da Costa


Tenho nos meus arquivos diversas fotografias de casas, casinhas e casebres sertanejos, bem como de paisagens tipicamente nordestinas, onde se sobressaem as cactáceas e a deslumbrante e árida natureza. Todas retratadas durante minhas andanças pelas estradas, veredas e caminhos de meu sertão sergipano, lá nas distâncias matutas de Nossa Senhora da Conceição de Poço Redondo, terra onde orgulhosamente nasci.

Na verdade, tais retratos não servem apenas como recordação, mas muito mais que isso. Servem como reencontro quando distante estou ou como presença quando assim quero sentir. Através deles me aproximo cada vez mais do mundo que um dia desejo ter. E meu desejo maior é um dia retornar ao berço de nascimento e me embrenhar no mato para fixar moradia. Viver humildemente numa casinha singela, na paz de silêncio e lua.

Na paz de silêncio e lua e no contentamento de leveza e sol. Nada melhor que encontrar - toda vez que abrir a porta - o alvorecer de canto passarinheiro, o farfalhar das folhagens, o brilho do sol se alastrando pelos quadrantes, o bicho que passa, o vento que sopra, a lua que desponta na boca da noite. Ouvir ainda o rangido de um carro-de-bois, um berro pelos arredores, o trinar do tem-tem, pássaro mensageiro, avisando do estranho que ao longe vem ou que já se aproxima.

Não ter preocupações maiores senão aquelas de viver e sobreviver. Uma sobrevivência sem nada além do necessário para afastar a fome e a sede. Uma vivência de luz de candeeiro, de café preparado em fogo de chão, de quartinha à janela e pote molhado d’água. Remendar gravetos, recortar o vento, esverdear a folha seca, marcar o chão no passo andante. Um viver apenas disso e num mundo que não desejará mais que isso.

Sim, também coisas essenciais. Meus livros, meus cadernos de rabiscar, minha Bíblia Sagrada, meu terço, meu oratório. A vela na lua, a vela no sol, a fé por todo lugar. Um tamborete para o visitante sentar, uma goiabada para oferecer. Ou talvez uma casca de pau para aqueles que preferem outro sabor. E minha rede. Ou minhas redes. Rede no sombreado do alpendre (se houver), rede debaixo do pé de pau mais adiante.


Por isso mesmo que ontem escrevi um pequeno texto onde já me via como vivente daquele mundo tão diferente a muitos, mas tão meu de nascimento, de amor, de coração. Tendo na mente uma daquelas casinhas, com olhar fixo na sua simplicidade, reconhecendo-me em tudo pelos arredores, assim registrei:

“Pode chegar. Não se preocupe com a porta fechada. Estarei aí dentro ou conversando com as pedras ou os bichos pelos arredores. Um dia, somente aí, ou numa casinha assim no meio do meu sertão, você poderá me encontrar. Faça uma visitinha para ler um Salmo, para ler nos meus olhos a alegria do mundo...

Pode chegar. Não se preocupe com a simplicidade do lugar, da moradia, do arranjado. O sertão nasceu e em muitos lugares ainda vive num mundo assim, no barro e cipó. Mas o prazer de se estar não é pelo luxo encontrado, mas pela acolhida do morador. Eis o pão de toda acolhida: o coração que se compraz em receber...

Pode chegar. Não se preocupe com o que possa ouvir de minha voz. Noutro mundo deixei os frios conceitos e as rebuscadas e desnecessárias palavras. Desaprendi por prazer, pois há prazer muito maior em ser apenas a voz do irmão. Qualquer palavra serve para dizer, qualquer dizer serve para ouvir. Mas preciso de sua sabedoria, pois nada sei além de imaginar uma frágil sabedoria. É a sabedoria do homem, do sertanejo, do mundo-sertão, que quero aprender cada vez mais...

Pode chegar. Não se preocupe se pareço um velho monge recluso em medieval monastério. É que cansei do mundo lá fora, das falsas pessoas de lá fora, das mesmices entediantes de lá fora. É que prefiro o silêncio e a solidão. E assim quero meu mundo até que o bom amigo chegue para me dizer: “Que bom reencontrá-lo!”. E eu acrescentar: “Assim a vida. Mas sou eu que enfim me encontrei!”.

E lá estarei esperando sua visita. Nada leve como presente. Mas não vá sem o abraço, sem o sorriso, sem a boa palavra, sem a nobreza do coração. Lá estarei um dia. Espero sua visita. Não se preocupe com o pássaro tem-tem, ele pensará que você é pessoa estranha. Mas creia: Você mora no meu coração. No mais profundo do meu coração!

Escritor
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DOIS LIVROS DO ESCRITOR LUIZ RUBEN BONFIM

Autor Luiz Ruben Bonfim

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Valor: R$ 40,00 Reais
E-mail para contato:

luiz.ruben54@gmail.com
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Luiz Ruben F. de A. Bonfim
Economista e Turismólogo
Pesquisador do Cangaço e Ferrovia

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CANGAÇO NO PIAUÍ


Mais um livro do fundador e ex- Presidente da SBEC -  (Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço) Paulo Medeiros Gastão.


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SERRA NEGRA O ANTONIO VITAL DOS SANTOS FILHO DO CANGACEIRO TEMPESTADE

Por Guilherme Machado historiador/pesquisador
Guilherme Machado e Serra Negra

Sertão forte com homens fortes. Serra Negra o Antonio Vital dos Santos 78 anos de dedicação familiar. É filho do saudoso cangaceiro João Vital dos Santos, "vulgo Tempestade".

O cangaceiro Tempestade

Tempestade militou no bando do cangaceiro Moreno de 1920 a 1937. Ele nasceu em Dois Riachos no Estado de Alagoas em 1901. Faleceu em Pedro Alexandre no Estado da Bahia no ano de 1984.

Fonte: facebook

https://www.facebook.com/groups/ocangaco/1360036750676106/?notif_t=group_activity&notif_id=1478295954884174

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A MULHER NO CANGAÇO, 1976

https://www.youtube.com/watch?v=g6n2ia1Bb04

Publicado em 7 de fevereiro de 2014

"Documentário (com cenas reconstituídas) sobre algumas das mais de 50 mulheres que estiveram no cangaço. Destaque para Dadá (Sérgia Ribeiro, mulher de Corisco), Cila (mulher de Zé Sereno) e Adília (mulher de Canário). Maria Juriti se recusou a participar do filme. Dadá relembra o dia em que foi raptada por Corisco. Cila conta que teve que doar o filho, cujo parto foi feito por Maria Bonita, pois não dava para criar um bebê devido a peregrinação do bando pelas caatingas e sertões. Adilia conta que encontrou na companhia do marido, Canário, a liberdade que o pai lhe negava." (Fonte: Cinemateca)

Documentário exibido em 1976 no Globo Repórter da TV Globo com cenas gravadas no povoado de Sítios Novos, do município de Poço Redondo-SE.
Dados técnicos do documentário: http://cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis...

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CASA VELHA QUE LAMPIÃO SE RANCHO NA CIDADE DE QUEIMADAS( SERTÃO DA BAHIA)

https://www.youtube.com/watch?v=ABee-qVTmcM


Enviado em 21 de jan de 2011
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ZÉ BAIANO E LÍDIA: UMA HISTÓRIA DE AMOR SEM FINAL FELIZ

https://www.youtube.com/watch?v=uxKiIZnRvto&feature=youtu.be - EBC na REDE


ZÉ BAIANO E LÍDIA: UMA HISTÓRIA DE AMOR SEM FINAL FELIZ

João De Sousa Lima, escritor e pesquisador do Cangaço, mostra o que restou da casa de Lídia, considerada uma das mais belas mulheres do movimento. Ela entrou para o cangaço para seguir o violento bandoleiro Zé Baiano, por quem se apaixonou. Mas a história não teve um final feliz.

Uma produção d'A Rota do Cangaço - Caminhos da Reportagem - TV Brasil.

Publicado em 2 de setembro de 2013

João de Sousa Lima, escritor e pesquisador do Cangaço, mostra o que restou da casa de Lídia, considerada uma das mais belas mulheres do movimento. Ela entrou para o Cangaço para seguir o violento bandoleiro Zé Baiano, por quem se apaixonou. Mas a história não teve um final feliz.

A Rota do Cangaço - Caminhos da Reportagem - TV Brasil
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POSSE DE ANTÔNIO SARACURA NA ACADEMIA SERGIPANA DE LETRAS

Por José Bezerra Lima Irmão

Na posse do meu querido amigo Antônio Saracura na Academia Sergipana de Letras, quem prestou atenção ouviu como fundo musical o poema sinfônico “Em Um Mercado Persa”, de Albert Ketèlbey, seguido do famoso “Bolero”, de Maurice Ravel. 

ADENDO - Raul Meneleu Mascarenhas


"Raul Meneleu Mascarenhas Parabéns Professor José Bezerra Lima Irmão, suas belas palavras em homenagem ao escritor Saracura. Trago aqui para aqueles que não tiveram oportunidade de conhecer, uma obra de Albert William Ketelbey, 1875-1959. compositor inglês que a compôs.https://www.youtube.com/watch?v=6Ede2QMi5JM"

O “Bolero” (que não é bolero) é uma obra muito conhecida, ao contrário do “Mercado Persa”, que poucos conhecem. Eu sei por que essa peça foi escolhida para abrilhantar a solenidade. No Seminário, onde Saracura e eu estudamos, ouvimos muitas vezes “Em Um Mercado Persa”, tocado ao piano pelo nosso colega José Valdir Barreto dos Anjos, que nós chamávamos de Padre Valdir, grande pianista, mais tarde professor de História, de Filosofia e de órgão no Instituto de Música. Por incrível que pareça, o citado “Mercado Persa” tem tudo a ver com a “Feira de Itabaiana”, terra de Antônio Saracura. Porém na feira de Itabaiana, a maior feira do sertão sergipano, em vez de camelos circulando pelo mercado, o que Saracura via quando garoto eram burros e jumentos com sacos e caçuás, misturados com vendedores de farinha, cebola, inhame, frutas, jabá, fumo, queijos de coalho, rapadura, querosene, bacalhau, panelas de barro, alguidares, moringas, potes, redes, cestos, bacorins, arreios, perfumes, roupas, penicos, pentes, espelhos... Em vez de malabaristas, encantadores de serpentes e cantorias de beduínos, na feira de Itabaiana ouviam-se cantorias de mendigos, cegos, violeiros e vendedores de livros de cordel. Em Itabaiana não tinha califa, não tinha emir, não tinha sultão; tudo bem, não tinha – mas duvido que em Bagdá tenha existido um Manoel Teles, um Euclides Paes Mendonça, um Chico de Miguel, ora bolas!

José Bezerra Lima Irmão

https://www.facebook.com/josebezerralimairmao.bezerra?fref=ts

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O DISTRITO DE ENGENHEIRO ÁVIDOS E SUA USINA HIDROELÉTRICA

Por José Antônio de Albuquerque

Concluída a construção da Barragem de Boqueirão, em 30 de setembro de 1936, sua inauguração se deu no dia 19 de novembro do mesmo ano, numa solenidade que contou com a presença do governador Argemiro de Figueiredo, do jornalista Assis Chateaubriand e de uma comitiva de empresários paulistas. 

Todas as máquinas e equipamentos foram transferidos para a barragem de Coremas, incluindo um grande gerador que abastecia de energia o acampamento e o povoado recém formado, movido a fogo de lenha.

Logo depois foi providenciado outro gerador movido a óleo diesel, que ficou conhecido como “locomóvel” e que tinha uma grande potência. 

Em 1941, um engenheiro Alemão, Augusto Tobes, fez a montagem de uma turbina que passou a gerar energia movida a água. Ainda hoje existem a carcaça deste gerador e os painéis de comando. 

Esta usina fornecia energia para o acampamento de São Gonçalo e para os habitantes de Engenheiro Ávidos e que só foi desativada após a chegada da luz de Coremas e posteriormente com a Saelpa.

Há tempos atrás defendi a reativação desta pequena usina, que teria capacidade de abastecer toda a vila do Distrito e os sítios vizinhos. Com os cinco anos de seca a idéia ficou adormecida, mas agora com outra perspectiva, em função da chegada das águas do Rio São Francisco e o possível afastamento do perigo da barragem ficar seca, quem sabe isto não será possível?

A necessidade de perenizar o Rio Piranhas, com a chegada das águas do São Francisco, a liberação da mesma poderia ser feita pelo enorme tubo que já existe e que passa pela casa onde funcionava a turbina, conseqüentemente, teríamos energia muito mais barata. Volto a perguntar: seria possível? Não tenho a menor dúvida, porque no passado, há 80 anos, quando não se tinha uma tecnologia mais avançada em termos de geração de energia a partir do movimento de águas, imagine nos dias atuais. 

Poder-se-ia fazer um estudo mais profundo sobre a viabilidade de se ampliar a capacidade geradora de uma hidroelétrica a ser implantada no Açude Engenheiro Ávidos, já que segundo se comenta, a quantidade de água a ser liberada para os ribeirinhos do Baixo Piranhas vai ser muito grande e “esta força” poderia ser muito bem aproveitada para gerar energia.

O Açude Engenheiro Ávidos completa 80 anos

No próximo dia 19 de novembro o Açude de Boqueirão de Piranhas estará completando 80 de vida. Durante a sua construção morreram muitos operários devido a uma epidemia tifo-desintérica, incluindo o Engenheiro responsável pela sua construção, Moacyr Monteiro Ávidos. 

Nesta data tão significativa poderia ser pelos menos celebrada uma missa pelas almas dos inúmeros operários que faleceram durante a construção.

José Antônio de Albuquerque. Historiador. Professor aposentado do CFP/UFCG - Cajazeiras/PB. Diretor-Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LAMPIÃO NÃO ASSASSINOU O SEU VELHO INIMIGO ZÉ SATURNINO

Por Sálvio Siqueira

Lampião não conseguiu assassinar seu primeiro inimigo histórico, para cumprir uma promessa que tivera feito. Mas, vingar quem? Tentar, ele tentou matar Zé Saturnino por diversas vezes, se não me falham os miolos foram em torno de cinco tentativas na casa da fazenda, porém, não conseguiu.


Ao entrarem em conflito com Zé Saturnino, Virgolino e irmãos, mexeram não só em particular com Zé Saturnino, mas, com os Carvalho e Nogueira, automaticamente, pois o mesmo já se casara com dona Maria Nogueira, deixando a coisa pior do que ataque de maribondos caboclos.

Zé Saturnino tinha que procurar uma veia de escape para não morrer. Pediu ajuda ao tio cangaceiro e, mesmo assim, não surtiu o efeito desejado, sendo ele obrigado a pedir auxílio aos amigos para as bandas de Exu, PE, então, notou uma luz no fim do túnel, quando através da sua amizade, é feito 3º sargento da PMPE, passando a comandar uma volante, saiu no encalço dos Ferreira.

Zé Saturnino foi o civil com a 'conquista' mais rápida das promoções militares que já vi na história. De civil passou para soldado, de soldado para cabo e, por fim, foi promovido a 3º sargento, isso tudo em oito minutos.

A coisa, na realidade, pega fogo mesmo após, junto com seus homens, Zé Caboclo, Zé Guedes, Tibúrcio, Chico Moraes, Batoque, Olímpio Benedito e seus dois irmãos, Manoel e José, Zé Saturnino embosca os irmãos Ferreira, seu irmão de criação Antônio Gelo e um empregado chamado Luís Gameleira, nas terras da Fazenda Pedreira, matando a burra de Antônio Ferreira e ferindo-o na altura do quadril, e mesmo procurando as autoridades, para agirem pelas vias legais, lhes foi negado esse direito, quando surgiu a famosa frase, "- É. Quem tem medo de besouros não assanha o mangangá. Arranje um advogado! ”, dita, segundo pesquisadores, pelo Juiz de Direito daquela época, na cidade de Vila Bela.

Lampião e Antonio Ferreira

Desde o início da questão, que o número daqueles que fizeram o clã dos Saturnino, digamos assim, era muito superior ao dos Ferreira. Virgolino e um cabra, foram emboscados quando estavam dentro da casa de um parente pelo clã completo dos Saturnino. Mesmo com essa tamanha desvantagem numérica, um dos cabras de Saturnino é quem tomba e os outros são obrigados a darem as costa. Sendo obrigados, pela segunda vez, a deixarem onde moravam, os Ferreira seguem para o vizinho Estado das Alagoas.

Tenente Zé Lucena

Segundo consta, Zé Saturnino, através de seu poder territorial, envia cartas ao Tenente Zé Lucena, incitando-o contra os Ferreira, "segundo Seu Luiz Andrelino Nogueira – antigo escrivão de Vila Bella - estas missivas eram, na verdade, precatórias, redigidas por Antonio Timóteo - escrivão que fazia as vezes de delegado - acusando os Ferreira de ladrão." Resultando no assassinato do inocente José Ferreira, patriarca da família.

José Ferreira da Silva pai de Lampião - Arte de Diin Laden

As questões entre os Ferreira e os Saturnino se iniciam no ano de 1916/1917. O assassinato do pai de Virgolino já ocorre no início da década de 1920, surgindo então um motivo de vingança. Oportunidades, tiveram de fazer, executarem, a vingança, tanto contra Zé Saturnino, como contra Zé Lucena. Porém, o cangaço implantado por Lampião, na realidade torna-se um negócio muito lucrativo, e ele usufrui com total aproveitamento esse 'comércio', isso é fato.

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É HOJE, (DIA 05 DE NOVEMMBRO) LOGO MAIS, O CANTOR JOÃO MOSSORÓ FARÁ SHOW NO RIO DE JANEIRO


 UM CANTOR MOSSOROENSE EM TERRAS CARIOCAS

O cantor João Mossoró fará show logo mais às 11:45, no "Mercadão Cadeg", "Cantinho das Concertinas"no bairro Benfica, no Estado do Rio de Janeiro. 

 https://www.youtube.com/watch?v=nm5Wfy44dJw 

Será uma festa bastante animada, quando o artista cantará as mais lindas canções. 
Cantará também a canção "Tocando em frente" do cantor Almir Sater, gravada por ele na mais linda interpretação.

E cantará ainda:

https://www.youtube.com/watch?v=jY-i9bFRhW4

Você que mora no Rio de Janeiro e é nordestino, prestigie o artista, participando do seu show.

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A VIDA E A FORTUNA DO EXIBICIONISTA CANGACEIRO MARIANO LAURINDO GRANJA


Desde o princípio dos anos trinta era comum existiram tropas legais ou ilegais a procura de cangaceiros para matá-los e ficar com o que eles possuíam, já  que era do conhecimento público, o tesouro que eles carregavam e que viviam ostentando por onde passavam, especialmente em tempos de festas, com doações generosas às igrejas e à população mais do que carente, na miséria mesmo. Geralmente quem matasse cangaceiros e conseguisse ficar com tudo que eles tivessem já poderia pensar numa aposentadoria confortável. Em Pernambuco, destacaram-se os nazarenos, que roubavam sem distinção ou escolha, tratando-se de fazendeiro, citadino ou cangaceiro.

Quem aparecesse pelo caminho era morto ou assaltado. Na Bahia, a tropa liderada pelo tenente José Rufino, vivia sonhando em pegar um cangaceiro privilegiado, isso aos olhos da macacada fardada era uma verdadeira fortuna perambulando pelos sertões nordestinos. Tenente Rufino era um policial ao gosto do governo baiano, cruel, sem remorsos e odiava a popularidade que cangaceiros tinham, angariando tudo o que fosse de simpatia e amizade. Sua coleção de cabeças era bastante extensa ao ponto da imprensa baiana perguntar se com tantas cabeças cortadas o tenente não poderia deixar algumas penduradas em cada poste da cidade de Salvador. Pelas contas do tenente José Refino ele teria decapitado cerca de quatrocentos e quarenta e oito cangaceiros nos Estados de Sergipe, Alagoas, Bahia e Pernambuco, isso num período de dezoito anos de uma perseguição tresloucada e quase desnecessária.

Somando que cada cangaceiro levava consigo uma pequena fortuna em ouro, brilhante e dinheiro, Rufino já poderia ser um homem bastante rico. O policial que liderava uma volante com cerca de sessenta e oito soldados, iniciou a sua peregrinação no começo dos anos vinte, quando pela primeira vez conseguiu cercar um grupo de vinte e oito cangaceiros liderados pelo conhecido Quinta Feira, no interior de Sergipe. Naquele tempo, ainda não havia o acordo realizado pelos governadores que facilitou a entrada de volantes nos Estados da região que bem entendesse. Quinta Feira às duras penas conseguiu safar-se juntamente com Navalha. Mas o restante do grupo foi degolado por Rufino, que não deixou ninguém prá contar história. Logo depois se soube que a volante de Rufino foi reforçada com adesão de trinta e oito novos recrutas, todos enfeitiçados pela fortuna que o tenente deu de presente ao secretário de segurança da Bahia. No Estado de Sergipe os cangaceiros viviam deitando e rolando, participando de tudo que fosse de festa, homenagens, desfiles e procissão, eram os ídolos aclamados dos sergipanos.

José Rufino tinha todas as informações sobre as regalias dos bandoleiros errantes naquele pequeno Estado. Entrar ali com sua volante simplesmente não dava. Teria que se vestir como cangaceiro fosse. E assim foi feito. Por onde passava a população pensando tratar-se dos comandados de Lampião lhes rendia homenagens, oferecendo tudo o que fosse possível. Foi durante esse período que apareceu um jovem cangaceiro chamado Mariano Laurindo Granja, filho de um fazendeiro, com uma formação diferenciada, que tinha entrado no cangaço por razões idênticas a que levaram quase todos a viver como bandoleiros. Queria pegar os cinco policiais que tinham estuprado suas três irmãs.

Naquela época a polícia militar de quase todos os Estados nordestinos era formada, diferentemente de hoje, por gente da pior espécie. Qualquer um, independente de sua formação, podia dar baixa como policial militar, chegando até mesmo ao ponto da própria polícia desconhecer a origem e o próprio nome daquele que queria sentar praça. E muitos entraram na polícia porque não tinham as mínimas condições de se tornar cangaceiros, já que tinham sido barrados por suas péssimas condutas ou sendo famigerados criminosos. Quando esses rejeitados se tornavam policiais e se juntavam às volantes devotavam um terrível ódio aos cangaceiros. Mariano entrou inicialmente no grupo comandado por Quinta Feira, tempo depois se separou criando seu próprio grupo, perfazendo um universo de doze grupos que viviam no Estado de Sergipe.

Sua fama desde começo no comando do grupo de vinte três cangaceiros foi crescendo, lhe proporcionando vantagens às mais diversas. Cidades, povoados, fazendas, engenhos e vilelas, por onde andava era recebido com galhardia e consideração. Seu lugar tenente Zepelim era seu fiel escudeiro capaz de dar à sua vida sempre que o momento o colocasse em perigo. Galante e extrovertido, era sempre admirado pelas jovens interioranas que se encantavam com o seu porte atlético, com uma altura muito além da normal do homem sertanejo. Tinha o costume de em solenidades festivas vestir-se a caráter, com uma roupa impecável cheia de adereços chamativos, diferentemente daquelas que usava em combate.

Seu cavalo preto de nome azulão, sempre nessas ocasiões era enfeitado com alfaias cheias de prata e sela incrustada em ouro. Seu fuzil bastante ornamentado era o que de melhor tinha como armamento de última geração, podendo suportar sucessivos tiros em um longo período de combate. Era considerado um juiz para todas as ocasiões, e gostava de resolver inúmeros embates e conflitos conjugais. Certa vez enamorou-se de uma jovem e ela queria de qualquer maneira juntar-se ao grupo, e virar cangaceira. Não podendo levar a jovem consigo prometeu buscá-la assim que houvesse oportunidade, deixando-a na esperança dessa busca. Passado algum tempo Mariano soube que José Rufino descobrindo que ela era namorada de cangaceiro, torturou a moça para que ela dissesse onde estava o seu namorado.

O pai dela inconformado e obstaculizado teve um ataque do coração e morreu. Em decorrência disso, a moça com desgosto pelo passamento do pai, também morreu. Mariano ficou enlouquecido, e a partir daquele momento, prometeu perseguir Rufino até as portas do inferno. Ai começava o ódio de Mariano pelo tenente José Rufino. Inúmeras volantes perambulavam por todo o Nordeste, a procura de cangaceiros, esquecidas de que também tinham a obrigação de perseguir a bandidagem propriamente dita e os criminosos de aluguel que infestavam a região. Agora, tudo o que fosse de bandido andava vestido de cangaceiro, aumentando ainda mais a fama de criminosos e ladrões contumazes que eles nunca conseguiram desvencilhar. Rufino não parava de cortar cabeças dos cangaceiros que aprisionava. Mariano, apreciador de um bom romance, carregava com ele alguns livros que presenteava as jovens que às vezes ficavam interessadas. Escuro, mas com uma aparência, de branco bem nutrido, vivia fazendo justiça em lugares esquecidos e abandonados dos sertões nordestinos. Carregava consigo uma palmatória, com a finalidade de dar bolos nas mulheres que traíssem seus maridos, que abandonados lhe pediam ajuda para recolocar nos trilhos as ingratas que fugiam com outro homem e do juramento matrimonial. Houve um determinado dia que um marido o procurou desesperadamente porque a sua mulher o tinha abandonado, enfeitiçada por outro homem, deixando também os seus três filhos pequenos, chorando. Procurando tomar pé da situação soube que a mulher do infeliz tinha lhe trocado por um mascate que vivia pelos sertões nordestinos vendendo tudo o que fosse de bugiganga.

Descobrindo o paradeiro da traidora mulher e do mascate gavião, Mariano soube que ele além de destruidor de matrimônio, ele era casado e tinha uma grande quantidade de filhos. Em vez de dar bolos na ingrata rainha do lar, o cangaceiro aplicou dez bolos em cada mão do mascate. Após promover a devida justiça divina, levou de volta a mulher, fazendo, ela prometer que nunca mais pensaria em homem algum a não ser em seu próprio marido e nos pequeninos inocentes que choravam a ausência da mãe. Havia também outro cangaceiro conhecido como Baiano que tinha a fama de justiceiro, ferrando no rosto qualquer mulher que traísse o marido. Para eles isso era um crime sem perdão, e seguia criteriosamente os mandamentos bíblicos. Mariano era festeiro e andava encima do seu cavalo azulão bem vestido, e geralmente perfumado.

Seu grupo era seguido por inúmeros cachorros, que partiam com ele ao perceber a sua bondade em lhes dar alimentos assim que chegava e vendo que eles perambulavam pelas ruas esfomeados. Em todos os lugares que passava sempre era coberto de presentes, entre os quais muitas jóias raras talvez como pagamento pela proteção prometida. Mariano, ao contrário da polícia, sempre que encontrava criminosos que tinham realizado desatinos como assalto e outros crimes graves, fuzilava-os, limpando a região infestada de bandidos. Conta à história que também fuzilou o pai de um soldado acusado de vários crimes. Esse soldado jurou matá-lo na primeira oportunidade. Talvez em todo o cangaço não houvesse quem mais mostrasse riqueza do que o infeliz Mariano. Por isso foi aconselhado a ser mais discreto, não procurando mostrar o que possuía. Mas ao contrário, ofertava robustas somas as igrejas que ele encontrava vivendo pior do que a vida miserável de franciscano. Desde o começo de sua carreira no cangaço, deixou de participar de ataques contra cidades que prometiam resistência, e que também proibiam a entrada de cangaceiro. Quando os cangaceiros queriam entrar numa cidade geralmente os chefes desses subgrupos mandavam um bilhete para saber como seriam recebidos. Muitas localidades e povoados lhes abriam às portas, outras prometiam mandar balas caso insistisse na visita, o que de fato acontecia. Mariano ainda não sabia que havia inúmeras volantes a sua procura em busca de sua cabeça e da riqueza que carregava. Avisado, entregou parte de seu tesouro a um sacerdote de uma importante cidade sergipana, que tempo depois entregou tudo a um irmão do cangaceiro de nome Juvenal, quando ele foi morto. Mariano vivia percorrendo todo o sertão sergipano e alagoano, como se fosse o paladino da justiça, combatendo tudo o que fosse de coisa ruim.

A Pedofilia e o crime de estupro ele considerava inconcebíveis. Assentou o punhal em vários criminosos que aliciavam crianças e tinham tido relações sexuais a força com jovens donzelas ou mulheres casadas. Quanto aos homossexuais tinha um respeito enorme por achá-los frágeis e dignos do maior respeito, proibindo qualquer tipo de gracejos com àqueles a quem denominava criaturas esquecidas por Deus. Mariano teve um dia à oportunidade de provar a sua conduta em relação a esse grupo de pessoas. Certa vez chegou um rapaz lhe procurando dizendo que sua família o tinha expulsado de casa.

Cheio de gestos diferenciados Mariano logo desconfiou o porquê dos motivos. Ouvindo atentamente as suas argumentações, decidiu ir até a sua residência conversar com a sua família. Quando chegou às proximidades da casa, pediu o rapaz que esperasse enquanto ele se entendesse com os seus parentes. Entrando, disse para todos que “pelo caminho tinha encontrado um jovem que passava chorando, procurou saber os motivos, e ele contou que a sua família o tinha mandado embora por ter se tornado uma coisa condenável. Retrucando disse – vou até a sua casa e mato todo mundo. Apavorado, o rapaz disse que não matasse a sua família, pois o único que deveria morrer era ele. E não queria que os seus não fossem assassinados simplesmente por tê-lo expulsado de casa. Foi então que ele acrescentou, agora vou matá-lo aqui mesmo, e o jovem ajoelhou-se e começou a rezar para que Deus protegesse os pais e seus irmãos.

E Mariano para espanto de todos, finalizou, e o matei ali mesmo”, o que fez toda família desabar aos prantos, movida pelo remorso. Para surpresa de todos, Mariano mandou buscar o jovem que foi abraçado e chamado de volta ao convívio familiar. Assim era o cangaceiro Mariano Laurindo Granja. Quando uma vez reunido com o alto comando do cangaço, em Águas Belas, recebeu de Lampião uma repreensão de “a qualquer momento poderia ter a cabeça cortada se não atendesse as recomendações da previdência e da cautela no sentido máximo de sua segurança pessoal e a de seus comandados”. Lampião também recomendou que os cangaceiros, embora vaidosos, não poderiam andar feito Oxossi em dia de festa. Pediu que quando participasse de alguma comemoração procurasse sempre andar vestido de modo que não mais chamasse à atenção de ninguém. O que fosse de jóias e prata teria que esconder com alguém de confiança. Mariano partiu sem saber que aquela seria a última vez que via Lampião. Depois de muitas andanças pelos sertões nordestinos, Mariano achou por bem fazer uma visita a Pai Velho em Porto da Folha, no Estado de Sergipe, um curandeiro muito procurado e respeitado pelos cangaceiros.

Na verdade, Pai Velho, já tinha salvado da morte até soldados carregados entre a vida e a morte pelas volantes à sua procura. Deixando sua tropa em Garuru, povoado próximo, foi somente com Pavão visitar o curandeiro. José Rufino foi informado dessa visita, armou uma emboscada. Mariano acompanhado de apenas um homem, não tinha nenhuma chance. Assim que chegou foi fuzilado juntamente com pavão. Para completar o selvagem ato, Rufino também fuzilou Pai Velho, deixando o sertão sergipano sem o famoso curandeiro. O que Mariano levava de tesouro assombrou não apenas o tenente José Rufino, mas toda coluna que exigiu do comandante a divisão quantitativa daquela riqueza. Como sempre, ele dizia que aquilo pertencia ao governo baiano. Cortou as cabeças de Mariano, Pavão e Pai Velho. Depois descobriu que tinha cometido um terrível engano, matando um curandeiro importante. Para cortar a cabeça de Mariano Rufino foi obrigado a matar quatro cachorros que não deixavam que ninguém chegasse perto do cadáver do cangaceiro. Era 10 de outubro de l936.


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