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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

EZEQUIEL FERREIRA DA SILVA - DUAS VIDAS, DUAS MORTES. (FARSA).

   Por José Mendes Pereira

Suposto Ezequiel Ferreira da Silva irmão de Lampião

Todos aqueles que me conhecem nesse mundo de pesquisas sobre o cangaço sabem muito bem que eu não sou nenhuma autoridade no assunto, e tenho a dizer aos amigos, as minhas inquietações são somente sobre depoentes e mais ninguém. Se caso eu discordar de um escritor, pesquisador ou mesmo sobre os trabalhos de cineastas do cangaço, estou querendo aparecer, vez que eu não tenho profundos conhecimentos sobre o tema para guerrear contra qualquer um desses que organiza a literatura lampiônica. Sou um estudante que conheço o meu lugar no estudo cangaceiro, e o meu pouco conhecimento que tenho adquirido, vem dos pesquisadores, escritores e cineastas. E para que eu ir contra eles?

Antiga Villa Bella - Pernambuco terra de Lampião

O caso do suposto Ezequiel que morava no Piauí e que em 1984, chegou à Serra Talhada, antiga Villa Bella, no Estado de Pernambuco, se dizendo ser o verdadeiro Ezequiel Ferreira da Silva, irmão mais novo dos Ferreiras, e que tinha ido lá tirar seus documentos para uma possível aposentadoria, mas lamentavelmente, as suas informações, para mim e para pesquisadores que são famosos, nada verdadeira, tudo mentira.

Capitão Lampião e seu irmão mais novo Ezequiel Ferreira da Silva

Alguns que conheceram o Ezequiel  irmão de Lampião, em Serra Talhada, acharam que o homem tinha muito a ver com o Ezequiel verdadeiro, principalmente amigos de infância e outros mais, como por exemplo, o Genésio Ferreira primo de Lampião, que o acoitou por mais de 20 dias em sua residência, acreditando nas palavras do velho.

Mas você leitor, poderá até me perguntar o porquê da minha discórdia, quando ele detalhou tim por tim a alguns antigos amigos e familiares de Serra Talhada.

Primeiro, quando o Ezequiel verdadeiro saiu de Villa Bella ainda era muito pequeno, com aproximadamente 9 anos de idade, porque ele nasceu em 1908, e toda encrenca de Zé Saturnino com os Ferreiras ou os Ferreiras com Zé Saturnino, foi mais ou menos a partir 1916. Então nenhum de seu tempo de criança que viu ele nascer tinha condições de reconhecer o menino de ontem que hoje já era velho e muito velho.

Outra, segundo informações, quando perguntado os nomes dos seus pais, ele não soube responder, principalmente de alguns irmãos. Ora, é muito difícil esquecer os nomes dos seus pais e muito menos de irmãos.

E há quem diga que, isso de não saber os seus nomes, foi simplesmente devido a avançada idade que já tinha o feito esquecer os nomes dos pais e de alguns irmãos. Mas mesmo sendo bem velho, ele soube muito bem procurar o seu direito de se aposentar.

Pais e irmãos de Lampião, inclusive ele está na foto. As duas irmãs que morreram ainda pequeninas não estão na fotografia. (Desenho de Lauro Villares utilizando-se de antigos retratos)

Disse que tivera 6 irmãos. Mas nós sabemos que a prole do casal era um total de 11 filhos, incluindo ele, caso fosse o Ezequiel verdadeiro. Ele foi irmão de 09 filhos de José Ferreira com dona Maria Sulena da Purificação, e 10 contando com Antonio Ferreira da Silva, que era só filho de dona Maria, com um senhor chamado Venâncio, porque quando seu José casou-se com dona Maria, segundo pesquisadores, ela já o levava no seu ventre. 

Mas, de acordo com documentos nas mãos do escritor José Bezerra Lima Irmão, pela contagem do dia do casamento dos seus pais, o Antonio Ferreira  também era filho legítimo do pequeno fazendeiro José Ferreira da Silva, ou dos Santos.

Escritor José Bezerra Lima Irmão

Sem ordem de nascimento todos seus irmãos eram: Antonio Ferreira da Silva, Livino Ferreira da Silva, Virgulino Ferreira da Silva, Virtuosa Ferreira da Silva, João Ferreira dos Santos (este era dos Santos, Angélica Ferreira da Silva, Ezequiel Ferreira da Silva, Maria Ferreira da Silva (dona Mocinha), e Anália Ferreira da Silva.

Saudoso Escritor José Sabino Bassetti

Além dos seus irmãos que nós todos já os conhecemos através dos nossos estudos cangaceiros, o casal teve mais duas filhas, as quais nasceram mais ou menos nos anos de 1913 e 1914 do século XX, e, segundo o pesquisador do cangaço e escritor José Sabino Bassetti, as crianças faleceram ainda pequeninas, e uma delas foi tristemente queimada numa língua de fogo de uma lamparina, ao clarear de certo dia. 

A criancinha levantou-se da sua redinha e caminhou para uma mesa onde estava a lamparina acesa, e acredita-se que ela tenha puxado a toalha da mesa, fazendo com que o querosene derramasse sobre a sua camisolinha, e a partir daí, o fogo tomou de conta das suas vestes. Ela teria durado alguns dias vivas, mas não resistiu às queimadura e veio a óbito. O escritor não revela o ano de seu falecimento.

Ainda segundo José Bezerra Lima Irmão, o suposto Ezequiel Ferreira foi entrevistado pelos escritores Hilário Lucetti e Magérbio de Lucena, os quais são autores do livro “Lampião e o Estado-Maior do Cangaço”, e fizeram várias perguntas ao forasteiro, homem sem rédeas, mas ficaram abismados com tantas contrariedades ditas pelo depoente.

Escritor e pesquisador do cangaço Hilário Lucetti

Mas o homem  impostor descaradamente estava querendo adivinhar o que lhe era solicitado pelos mestres da cultura, e, escorregava constantemente, porque não  tinha  firmeza do passado da família "Ferreira", a qual ele se dizia fazer parte. O certo é que, aquelas alturas, ele queria apoio de alguém para permanecer por alguns dias na cidade de Serra Talhada, enquanto resolvia o que tinha ido fazer lá.

Escritor e pesquisador do cangaço Magérbio de Lucena

Com tudo em mãos, caneta, papel e outros materiais necessários para os seus trabalhos, os pesquisador Hilário Lucetti e Magérbio de Lucena resolveram iniciar as suas perguntam ao suposto Ezequiel:

- O senhor é mesmo irmão do Virgolino Ferreira da Silva o capitão Lampião?

E ele desavergonhadamente, mas talvez um pouco nervoso, que nessa hora, aparece a quem está mentindo, assegurou dizendo:

- Sou sim, o irmão mais novo de Lampião.

- E como são os nomes dos seus pais...?

O dono da farsa literalmente não soube responder.

Os autores perguntaram-lhe:

- Por que é que todo mundo diz que o senhor foi assassinado e testemunhado por pessoas que lá estavam, no Estado da Bahia, no ano de 1931, no mais ferrenho combate feito pelo capitão Lampião e a polícia, que aconteceu nas terras da cidade de Paulo Afonso, no povoado chamado Baixa do Boi, e agora o senhor aparece vivo em Serra Talhada?

Cova do cangaceiro Ezequiel Ferreira irmão de Lampião

E ele:

- Tudo era mentira, senhores.  O meu irmão Lampião inventou a história para eu sair do cangaço.

- Quantos irmãos o senhor teve?

E ele respondeu:

- Tive 3 irmãos e 3 irmãs.

O que não é verdade a resposta do suposto Ezequiel...

Mas veja leitor, que ele não tinha segurança no que dizia. Fantasiava a descrição dos combates e citava cangaceiros que não foram do seu tempo.

Depois de tantas mentiras, os escritores perderam o gosto e desistiram de continuar a entrevista com o suporto Ezequiel Ferreira da Silva.

Apesar de admitirem que o homem tinha mais ou menos a mesma idade e aparentando fisicamente, que teria Ezequiel se fosse vivo, Hilário Lucetti e Magérbio de Lucena consideraram que na verdade era um verdadeiro embusteiro. Os estudiosos do cangaço ficaram sem saber a finalidade de tanta mentira, porque, na história não havia valores e nem promessas.  

Dr. Antonio Amaury, João de Sousa Lima, Ângelo Osmiro e Dr. Leandro Cardoso

Mas aí não termina a farsa. O escritor e pesquisador do cangaço Ângelo Osmiro, residente na capital  de Fortaleza-CE, em um dos seus trabalhos com o título “A morte de Ezequiel Ferreira (Ponto Fino) irmão de Lampião”, nos diz que segundo o Ezequiel, teria ficado na “Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia” até  julho de 1938, quando o irmão fez uma reunião para comunicar aos companheiros que abandonaria o cangaço.  

O cangaceiro Luiz Pedro

E fugiram disfarçados: o próprio Ezequiel; o capitão Lampião, Luiz Pedro e mais Félix da Mata Redonda, tendo ele permanecido no Estado do Piauí, enquanto Luiz Pedro e Lampião tomaram o destino de Goiás, onde esse teria morrido no ano de 1981. Mais uma vez o homem mentiu, mentiu e mentiu muito. Lampião morreu no dia 28 de julho de 1938 indiscutivelmente.

O cangaceiro Félix da Mata

Veja leitor, fugiu do bando de Lampião em 1931, quando, segundo ele, Lampião teria forjado a sua morte, e 7 anos depois, ele aparece na "Empresa de cangaceiros Lampiônica & Cia" do irmão, em 1938, na Grota do Angico, em Porto da Folha, hoje Poço Redondo, nas terras sergipanas, e possivelmente antes da chacina.

O JUIZ DE DIREITO DEIXOU DE SER DIREITO, MANDOU REGISTRAR HOMEM QUE SE DIZIA SER IRMÃO DE LAMPIÃO. 

QUAL ERA A PROVA? SOMENTE A SUA PALAVRA E A DOS QUE DIZIAM SER ELE MESMO?

Não dá para entender por ter  sido lavrado o registro de Ezequiel novamente, porque se era ele ou não, no período que ele nasceu, seu pai José Ferreira dos Santos estava gozando a liberdade e vivendo a paz, e tenho quase certeza que ele não deixou nenhum dos seus filhos sem registrá-lo. Tod da Silva registrado duas vezes em Pernambuco.

Mas quem foi o culpado? 

Foi "Clodoaldo Bezerra de Souza e Silva", juiz de direito da comarca de Serra Talhada, que segundo informações, admirado (ficou de queixo caído, coisa que um juiz de direito tem que ir pela lei e a razão, e não pelo o coração); com o que afirmava o suposto Ezequiel. Mandou chamar alguns antigos moradores da cidade, e a eles fez perguntas se confirmavam ou não, que aquele sujeito era Ezequiel Ferreira da Silva, irmão de Lampião. Os entrevistados afirmaram que sim. Que coisa, hein!

Mas as pessoas não podiam testemunhar nada, vez que o rapaz estava longe dali, e já haviam se passados muitos anos se fosse ele mesmo, e assim, a garantia daquele sujeito ser Ezequiel, irmão do rei do cangaço capitão Lampião, era uma verdadeira incógnita.

Como juiz de direito da cidade de Serra Talhada, ele tinha que mandar fazer uma busca nos cartórios da cidade, e até mesmo em outros municípios adjacentes, para saber se existia ou não, registro em algum livro oficial do Ezequiel Ferreira da Silva, tendo como pais José Ferreira dos Santos e Maria Sulena da Purificação. 

José Ferreira dos Santos e dona Maria Sulena da Purificação -  pais de Lampião.

Mas é quase certo que não mandou fazer este levantamento nos cartórios, pois o procedimento legalmente seria este, e não ir em conversas de pessoas que queriam que o homem fosse reconhecido e registrado como irmão de Lampião, e sendo assim, desnecessariamente, autorizou que o homem fosse registrado no cartório que ele procurou, como sendo irmão dos Ferreiras, e sem outra providência.

Sobre Ezequiel ter relembrado muitas coisas quando morava em Villa Bella, isso não é difícil para ninguém, e muito menos para quem quer se passar por outra pessoa. Eu moro na região Leste de Mossoró e sei quase tudo dos tempos passados em bairros que já morei, que se eu andar em alguns deles, mesmo sem conhecer quase mais ninguém, porque muitos já se foram, contarei com perfeitos detalhes o passado dali, como se eu estivesse ainda vivendo por lá. 

O suposto Ezequiel Ferreira com certeza era um antigo morador da região, e como tinha uma certa semelhança com o Ezequiel verdadeiro, fez muita gente de besta em Serra Talhada. Muito bem merecidas as pessoas que se diziam que aquele sujeito era mesmo o Ezequiel Ferreira da Silva.

https://www.facebook.com/ComunidadeCangaco/photos/o-canga%C3%A7oa-morte-de-ezequiel-ferreira-ponto-fino-irm%C3%A3o-de-lampi%C3%A3opor-%C3%A2ngelo-osmi/650487585087340/

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ENTREVISTA COM O SUPOSTO FILHO DO CAPITÃO LAMPIÃO E MARIA BONITA.

  Por José Mendes Pereira

https://www.youtube.com/watch?v=gmEpGe0XFko&ab_channel=KinkoPelegrine. - "O vídeo pertence ao acervo do pesquisador Kinko Peregrine".

Sobre este senhor, não há como eu acreditar que era filho de Virgolino Ferreira da Silva, o capitão Lampião, e de Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita. Vejam que o suposto filho de Lampião e de Maria Bonita diz que, a briga de Lampião com o Zé Saturnino começou por causa de um chocalho. Não discordo desta informação, porque está escrita na literatura lampiônica. Só que ele diz que este chocalho está na sua mão e de repente,  diz que está em Serra Talhada. 

João Ferreira da Silva o João Peitudo suposto filho dos reis do cangaço Lamapiã e Maria Bonita.

Diz ele no vídeo:

“A verdadeira história começou por um chocalho. Numas cabras, né? Este chocalho ainda hoje está na minha mão. É a última pessoa que existe desse chocalho, que começou toda história do cangaço, é esse chocalho.

Esse chocalho está em Serra Talhada, num museuzinho pequeno, que me pediram a esse, o museu me pediu para eu deixar este chocalho, lá em Serra talhada... Quem me entregou foi um ex-cangaceiro do meu (possivelmente a falha no vídeo, mas acredito que ele quis dizer meu pai), que me disse uma segurança muito grande...”

Vamos lá:

Ele diz que o chocalho estava na sua mão e de repente diz que o chocalho está em Serra Talhada. 

Por que mentir tanto assim? 

Quando foi que este chocalho chegou às suas mãos e através de quem, quando muitos pesquisadores da época, gostariam de ter recebido esta relíquia para os seus acervos? 

Com certeza, foi um chocalho adquirido por aí, ou quem sabe, ele mesmo o encontrou, sem ter nada a ver com o chocalho que misteriosamente começaram as brigas dos vizinhos, Zé Saturnino e Lampião com os seus irmãos. Pelo tempo que já se passou, o chocalho é uma invencionice do João Ferreira da Silva.

Todo mundo queria ser filho de Lampião. 

Assista ao vídeo e diga se tem procedência esta história do João Peitudo, suposto filho de Lampião e de Maria Bonita. Eu acho que não tem procedência de forma alguma.

(Nome: 

João Ferreira da Silva 

Nascimento: 

1938

 

Falecimento: 

26-07-2000

em: 

Juazeiro do Norte, CE

Idade: 

Aproximadamente 62 anos, em 2000.

Profissão: 

Funcionário Público da Prefeitura de Juazeiro do Norte

Pai: 

Virgulino Ferreira da Silva

Mãe: 

Maria Gomes de Oliveira

Notas: 

João Peitudo". Faleceu de ataque cardíaco, está sepultado no cemitério São João Batista. Foi reconhecido filho do cangaceiro Lampião em 1994 através de um exame de DNA realizado nos Estados Unidos. Teve 5 filhos).

Existem pesquisadores do cangaço que são grandes conhecedores do tema, informam que o exame de "DNA" feito para comprovar a paternidade dos pais de João Peitudo, ficou incompleto. Sendo assim, menos verdade.

Posteriormente, após dois exames de DNA, constatou-se que não era verdade. João Peitudo faleceu com 62 anos de idade, morte natural, no dia 26 de Junho de 2000, em Juazeiro do Norte, a 563 quilômetros de Fortaleza.

É claro que ele se dizia ser filho de Lampião e Maria Bonita, não criado por ele, mas, lógico, a afirmação deve ter saído da boca de quem o criou. Só que o chocalho, na minha humilde opinião, ninguém sabe até hoje o paradeiro dele, muito menos sabia o João Peitudo. 

Sem essa afirmação, jamais o João Peitudo iria se considerar filho dos reis do cangaço.

Suponhamos que Maria Bonita engravidou de Lampião no ano de 1937, e só pariu o João Ferreira da Silva no ano seguinte. Mas vale lembrar que, depois que o capitão Lampião saiu do Ceará, nunca mais colocou os seus pés em Juazeiro do Norte. Se ele voltou ao Ceará eu não tenho conhecimento. Só sei que no dia 21 de agosto de 1928, numa canoa, o capitão Lampião e seus cabras cruzaram o rio São Francisco. Ali, ao sul do Rio, passaria a ser a base de suas operações maldosas dali em diante. Agora, o cangaço estaria vivendo uma nova era. 

Naquele Estado, Lampião passou a ter como refúgio preferencial outro Estado que foi Sergipe, onde um de seus protetores seria o médico e capitão do Exército Eronides de Carvalho, mas este ele só se encontrou ao menos uma vez. Em meados dos anos 1930, Eronides se tornou governador, e lógico que o capitão do exército não queria mais amizade com bandido.



Em 1938, quando o João Ferreira da Silva nasceu, o velho guerreiro capitão Lampião estava vivendo nas terras do Estado de Sergipe, mais ou menos pelas redondezas de Porto da Folha, atual Poço Redondo. E nesse tempo, o capitão não tinha mais tanta disposição para sair de Sergipe, passar pelo Estado de Alagoas e em seguida, cortar as terras de Pernambuco, e chegar a Juazeiro do Norte, no Estado do Ceará, com uma criança no colo para entregá-la  a uma senhora de nome  Aurora, que residia por lá, terra do padre Cícero Romão Batista. E por que o capitão Lampião tinha que entregar a criança a esta senhora, onde no percurso existiam tantas outras famílias que poderiam adotá-la?

Não dar para se entender, porque esta viagem é muito longa são três Estados do Nordeste para enfrentar o calor quente e tudo mais de difícil acesso.

Informação ao leitor: 

Não me refiro ao cineasta que fez a gravação, e sim, ao João Ferreira da Silva, o João Peitudo, que batia o martelo, dizendo que era filho dos reis do cangaço. Mas esta questão é muito fácil resolver. Fazer o "DNA" do cadáver do João, e comparar com o "DNA" de dona Expedita Ferreira, que é a única pessoa que mundialmente, foi reconhecida como filha do capitão Lampião e Maria Bonita.

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ANÁLISE DA FOTO

Por Abdias Filho

Na foto vemos Maria Bonita em pé próxima ao companheiro Lampião. Já disseram que ele está lendo um jornal. Se observarmos mais detidamente ele está segurando uma caneta e provavelmente escrevendo. Maria está segurando um tinteiro na mão esquerda.

Outro detalhe importante nesta foto é o fato de Maria estar portando um revólver, ao invés da pistolinha. Pelo tamanho do coldre deve ser um calibre 38 ou 32 cano longo.

As mulheres não participavam dos combates, eram retiradas para um lugar seguro protegidas por um ou dois cangaceiros.

Elas usavam pistolas ou revólveres para defesa pessoal em algum imprevisto. Um último detalhe é o fuzil de Lampião, repousando entre as pernas, bem ao alcance da mão.

Na opinião de vocês Lampião está escrevendo uma lista de compras pra o coiteiro ou uma carta para extorquir algum fazendeiro?

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HAGAHÚS, FILHO DO CANGACEIRO LUIZ PADRE. ELE FOI DEPUTADO FEDERAL

 Por Helton Araújo

Pouca gente sabe, mas o ex-deputado federal Hagahús Araújo (foto à esquerda, em destaque) é filho do afamado ex-cangaceiro Luiz Pereira da Silva, o temido Luiz Padre — visto nas duas imagens à direita. Luiz Padre era primo direto do grande chefe de Lampião, o cangaceiro Sinhô Pereira.

Após deixar o cangaço, Luiz Padre adotou o nome José Araújo (Zeca Piauí) e construiu uma nova vida em Goiás. Lá, casou-se com Amélia Póvoa Araújo, com quem teve quatro filhos.

Ele faleceu aos 74 anos, em 6 de abril de 1965, após complicações em uma cirurgia de vesícula.

Hoje, aos 97 anos, Hagahús Araújo continua sendo um dos últimos elos vivos com essa fascinante e distante história do cangaço.

Helton Araújo

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