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sexta-feira, 9 de junho de 2023

PARA QUE MATAR?

Clerisvaldo B. Chagas, 8 de junho d 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano 

Crônica: 2901

Para o escritor contista Fábio Campos e

Ao amigo Mendes (Blog do Mendes)

Na fazenda, levantei-me logo cedo e contemplei a bagaceira no terreiro por trás da casa. Pela terceira vez a onça havia atacado as criações, matado e carregado um carneiro. Várias galinhas morreram no ataque, apavoradas e sem saída. Enchi-me de raiva e resolvi caçar o felino até abatê-lo. Bem armado e ainda em jejum, segui o seu rastro, caatinga adentro. Já fazia mais de três horas em que perdia e redescobria suas pegadas. Pensava tratar-se de uma onça suçuarana, também chamada onça-parda. Depois de muito andar senti que o bicho estava por perto e tentei surpreendê-lo. O plano era chegar pela retaguarda e, sem ser visto atirar no predador. Porém o surpreendido foi eu. Deparei-me com a fera parada, em pé e me observando, a cerca de cinquenta metros de distância.

ONÇA PINTADA (FOTO SIOCK)

O animal não era uma suçuarana como eu havia pensado, mas sim uma pintada, inúmeras vezes mais perigosa. Imediatamente apontei a arma para a sua cabeça, sem que onça deixasse de me encarar. Imediatamente senti algo, como se o animal estivesse se comunicando comigo. “comi suas criações porque estava com fome”, não vai me perdoar? A raiva bruta sofreu uma queda imediata. Pensei que talvez fizesse o mesmo na circunstância da fome. Foi tudo muito rápido, a onça não se movia e eu não conseguia atirar. Juntando o pouco de raiva restante e a reflexão relâmpago, atirei para cima. A onça correu e eu resolvia retornar à casa. Antes, porém, da curva da trilha, olhei para trás. A fera me olhava fixamente num tronco baixo de forquilha.

Em casa cheguei com muita fome, tomei o café da manhã. Ainda traumatizado fui modificar o sistema de defesa das minhas criações para que, se o felino retornasse, pegasse apenas o necessário, evitando estragos inúteis. Não, não disse toda verdade à mulher e filhos, eles não entenderiam. Para a vizinhança que tanto me pressionara, falei apenas que havia perdido o rastro da pintada.

Dias depois, ingressei numa ONG de preservação dos animais da caatinga. Aprendi muito e naturalmente galguei à condição de chefe da organização. O episódio me fez também repensar na solidariedade humana, principalmente nas adversidades.

Aprendi com a onça que fome não tem educação, ética e paciência chinesa.

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2023/06/para-que-matar-clerisvaldo-b.html

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CALENDÁRIO

 Por Cariri Cearense

Para quem não ganhou calendário esse ano, pode olhar esse aí de 1978, que dará na mesma.

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LIVRO

 Por Francisco Pereira Lima


A recomendação bibliográfica de hoje: 

CORISCO: A Sombra de Lampião, de Sérgio Augusto S. Dantas. 
Um excelente livro sobre essa figura emblemática do Cangaço. 
CORISCO. Livro Novo. Preço 50,00 Com frete incluso. Pedidos: 

franpelima@bol.com.br e 
whatsapp 83 9 9911 8286.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

AS RUAS DE MOSSORÓ-RN ESTÃO CHEIAS DE CANGACEIROS...

 Por José Mendes Pereira


Bem próximos aos eventos promovidos pelos os artistas de Mossoró, representando a invasão do capitão Lampião e seu respeitado bando de cangaceiros à cidade de Mossoró, hoje, 09 de junho, as suas ruas estão cheias de cangaceiros de todos os Estados do nordeste e de outras regiões. 

https://cariricangaco.blogspot.com/2023/05/ze-saturnino-luiz-de-cazuza-e-fazenda.html

Chamo a atenção dos leitores, que todos estão bem armados e com muita munição, mas não precisam se preocupar, porque, estes cangaceiros são todos do bem, e as suas armas são: canetas, lápis, cadernos, câmeras, máquinas fotográficas, firmadora. E as pessoas que irão fazer tudo isso, são: escritores, pesquisadores, cineastas, principiantes sobre cangaço. 

Não precisam chamar a polícia, chamem o grupo de reforço cultural de Mossoró. Todas as balas que saírem das suas armas serão bem-vindas, porque, são pessoas capacitadas para segurarem esta guerra chamada cultura. 

O Teatro Lauro Monte Filho está recebendo estes profissionais da cultura de Mossoró e do Nordeste.

https://mossorohoje.com.br/noticias/20386-governo-abre-licitacao-para-reforma-do-teatro-lauro-monte-filho-de-mossoro

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VIÚVA E FILHAS DO EX-CANGACEIRO ASA BRANCA.

 Por José Mendes Pereira

Dona Francisca da Silva Tavares é a segunda esposa de Antônio Luiz Tavares que no cangaço recebeu o apelido de Asa Branca. Dona Francisca reside em Mossoró, no Rio Grande do Norte. É uma pessoa estremante decente, educada, prestativa, além de outros adjetivos merecedora.

Quer conhecer dona Francisca da Silva Tavares e sua família, clique no link abaixo.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2021/04/dona-francisca-da-silva-tavares-viuva.html

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DOIDO DE MORRER

Por Hélio Xaxá 



Quando eu bater as canelas

Como faz todo ser vivente

Não chorem por mal-defunto

Por que irei-me sorridente...


Não me velem com amargura

Nem gastem tostões imbecilmente

Com corôas, flores ou velas

Comprem um litro de aguardente


Convidem toda a freguesia

Façam uma festa de carniceiro

Pra que eu acorde do pesadelo

Num inferno bem brasileiro.


Com a perca da alma errante

Que em cachaça se revolvia

Só sentirei falta dos rolos

E das farras em que eu vivia.


Terei saudade também dos vultos

Que vigiavam madrugadas frias

De minha mãe toda descabelada

Preocupada com minhas orgias


Dos muitos e queridos amigos

Que comigo embriagavam-se

E pelos cabarés endoidecidos

No colo das negas abrigavam-se.


Se acaso ainda lamento

Ou se me arrependo ainda

É de não ter descabaçado

Aquela virgem tão linda...


Só dessa musa sonhadora

Aceito um ramo de flores

Pra que eu leve pra sempre

O perfume de nossos amores.


Sempre a verei bela e nua

Como naquele sonho tão real

Aguardarei-a no Sol ou na Lua

No Céu num paraíso astral.


Joguem numa fossa rasa

À terra, minha carcaça embrutecida

Ponham uma cruz e na pedra:

Foi poeta, cachaceiro; doido da vida.


Damas da noite, mulheres vadias

Que meu corpo amavam tanto

Mijem sobre a minha cova

Que com o cheiro retorno e levanto...


Da noitinha até a suave aurora

Na noite enquanto a seresta entoa

Cachaceiros, abram outra garrafa

Brindem-me com uma cana boa!


https://www.facebook.com/photo/?fbid=187718655010753&set=a.140271556422130

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DINA SANICHAR

Do acervo de Michael Richard Sr.

Dina Sanichar (1860 ou 1861-1895) era um rapaz selvagem. Um grupo de caçadores descobriu-o entre lobos numa caverna em Bulandshahr, Uttar Pradesh, Índia, em fevereiro de 1867, com cerca de seis anos de idade. Sanichar foi enviado para o orfanato Secundra em Agra, onde viveu entre outros humanos por mais de vinte anos. Ele nunca aprendeu a falar e permaneceu seriamente prejudicado a vida inteira.

Descoberta

Dina Sanichar foi descoberta numa caverna no distrito de Bulandshahr e foi trazida para William Lowe, o magistrado e colecionador do distrito local. Lowe posteriormente enviou Sanichar para o orfanato Secundra em Agra.

No orfanato, recebeu o nome de "Sanichar" porque chegou num sábado. Quando chegou ao orfanato, supostamente andou de quatro e comeu carne crua. Enquanto ele não podia falar, ele faria sons semelhantes a um lobo. Ele passou a viver entre outros humanos por mais de vinte anos, mas nunca aprendeu a falar e permaneceu seriamente prejudicado a vida inteira. Sanichar era um fumador pesado.

Morte e legado

Morreu de tuberculose em 1895.

Sanichar foi possivelmente a inspiração para o personagem Mowgli em O Livro da Selva de Rudyard Kipling.

(Imagem: Sanichar quando jovem)

(Fonte: Crianças selvagens através das idades e Wiki)

(Sidenote: Por favor, forneça comentários ponderados)

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DONA ALEXANDRINA E SATURNINO ALVES DE BARROS, PAIS DE ZÉ SATURNINO (JOSÉ ALVES DE BARROS), PRIMEIRO INIMIGO DE LAMPIÃO.

 Por Geraldo Júnior

Um caso interessante envolvendo dona Alexandrina aconteceu quando em determinada ocasião ela intercedeu junto a Lampião para que não matasse seu filho Zé Saturnino, que na ocasião encontrava-se completamente cercado por Lampião e seus homens no interior de sua casa na Fazenda Pedreira no então município pernambucano de Vila Bela a atual Serra Talhada, Pernambuco. Em respeito e a pedido de dona Alexandrina, Lampião e seus homens deixaram o terreiro da casa, mas sem dar garantias pela vida do seu filho em futuros encontros entre ambos.

Quadro pertencente ao acervo do Museu do Cangaço de Serra Talhada, Pernambuco.

Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do canal Cangaçologia.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/permalink/2211036175771981/

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