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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
AUTO DA COMPADECIDA FILME COMPLETO.
FOI ASSIM
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de fevereiro de 2025
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.184
INAUGURAÇÃO DA EMPRESA DE LUZ ENTRE 1953-1956. (FOTO: DOMÍNO PÚBLICO).
Em Santana do Ipanema, a Rua José Amorim (Barulho), foi formada, principalmente, por feirantes; o bairro Camoxinga expandiu-se por causa da ponte Padre Bulhões e do Cemitério Santa Sofia; o Bairro Lajeiro Grande formou-se, graças a uma promessa com o padre Cícero; o Bairro Floresta foi ocupado pela emigração do homem rural, cujo valor dos terrenos para isso contribuiu; a Avenida Coronel Lucena, foi ocupada por comerciantes e fazendeiro; a rua Antônio Tavares, ocupada pelos artesãos; o Bairro São Pedro foi ocupado pelos ruralistas que chegavam do Leste, principalmente da região Maniçoba/Bebedouro; a Rua Tertuliano Nepomuceno, foi ocupada por baixos meretrícios e bares; O Bairro barragem foi ocupado pelos cassacos (trabalhadores braçais do DNOCS); o Bairro Clima Bom, formou-se do Bairro Barragem.
Quem fez a primeira casa do Aterro, foi Luiz Fumeiro, quem fez as primeiras casas da Avenida Nossa Senhora de Fátima, foi Luiz Fumeiro. Quem fundou o time Ipiranga, foi Luiz Fumeiro, quem fundou o bloco dos cangaceiros foi Luiz Fumeiro. Quem botava água nos tanques da Empresa de Água e Luz, para refrigerar o motor que abastecia a cidade, (três tanques enormes de cimento) era Daniel Manoel Filho, a quinhentos réis cada carga de jumento. Quem era uma espécie de zelador da Empresa era Antônio da Empresa (sogro de Juca Alfaiate). Quem cuidava do grande motor alemão era o cientista Agenor. Quem recebia as mensalidades da conta de luz, era o senhor Valdemar Lins, um dos sócios da empresa, desde 1921.
O motor alemão que abastecia a cidade, funcionava em um prédio preto e imundo cheio de óleo pelas paredes, na Rua Barão do Rio Branco, depois foi construído o prédio na Avenida Nossa Senhora de Fátima para este mister com três grandes repartições. Grande salão do motor, Sala de pagamento e almoxarifado, e ainda três tanques d´água, gigantes, no bequinho com um portão verde, que dava acesso aos aos degraus de três tanques. Ocioso após a pane no motor alemão, o prédio foi ocupado como Fórum. Somente depois passou a ser a atual Câmara de Vereadores Tácio Chagas Duarte. Já os Correios, funcionando em Santana desde o Século XIX, construiu sua sede própria no Bairro Monumento em terreno cedido pelo, então prefeito Firmino Falcão Filho.
MARIA AMÉLIA DE ALMEIDA TELES
"A primeira forma de torturar foi me arrancar a roupa. Lembro-me que ainda tentava impedir que tirassem a minha calcinha, que acabou sendo rasgada.
CURIOSIDADE
Em 1912, o fotógrafo T.R. Dawley captou uma imagem surpreendente de uma jovem montanhesa em frente à cabana da sua família nas Grandes Montanhas Smokeantes, uma região situada na fronteira entre Tennessee e Carolina do Norte. Esta fotografia oferece uma visão rara da vida rural nos Apalaches, uma área muito isolada do resto do país naquela época. As famílias das Montanhas Smoking viviam em condições modestas e auto-suficientes, dependendo em grande medida dos recursos naturais circundantes. A expressão serena da criança contrasta com as dificuldades do seu ambiente, onde o acesso a elementos essenciais como alimentos, abrigo e materiais era limitado.
DADÁ E O RÁBULA DA BAHIA!!!
Por Guilherme Machado Historiador
FILHA DE LAMPIÃO E MARIA BONITA
Expedita Ferreira, filha de Lampião e Maria Bonita, com sua pequena filha Vera Ferreira.
ATAQUE A SOUSA E AS VOLANTES QUE NÃO FAZIAM PRISIONEIROS
Por João Costa
O escritor e
pesquisador do cangaço, Bismarck Martins, em seu livro “Histórias do Cangaço -
o Saque de Sousa Paraíba”, já em segunda edição, lança luz sobre diversos
aspectos da invasão daquele município, em julho 1924, por conta de um trabalho
meticuloso ao traçar o perfil dos 88 cangaceiros que participaram da razia
considerada uma das mais rendosas do bando de Virgulino Ferreira, embora
Lampião não tenha participado das ações..
Oitenta oito
cangaceiros foram arregimentados por Virgulino, mas comandados por quatro
chefes de grupos: seus irmãos Antônio e Livino Ferreira, Sabino das Abóboras,
meio-irmão do cel. Marcolino Diniz e Chico Pereira, que procurou Virgulino para
a realização do ataque e o planejou em associação como coronel José Pereira
Lima, de Princesa Isabel.
A consequência
imediata desse ataque foi o recrudescimento na perseguição ao bando de Lampião,
que não participou do ataque por estar convalescendo de ferimentos no calcanhar
na fazenda Saco dos Caçulas, em Patos de Irerê(PB), de propriedade do coronel
Zé Pereira e Marcolino Diniz.
Como
desdobramento político, o ataque a Sousa levou o coronel Zé Pereira a mudar de
lado, romper com Virgulino e aliar-se ao governo do presidente Sólon de Lucena
no combate sem trégua ao seu ex-aliado e sócio, segundo algumas fontes.
A repressão ao
banditismo rural tornou-se implacável a partir daquele ano de 1924.
Seguiram-se 4
anos de combates intermitentes e de desassossego de Lampião que agia
confortavelmente nas divisas de Pernambuco e Paraíba, repressão esta aumentada
após o fracassado ataque a Mossoró(RN), em 1927.
Uma coalização
de volantes das Polícias de Pernambuco e Paraíba lançou uma guerra sem quartel,
obrigando Lampião a abandonar a Paraíba e, em 1928, deixar Pernambuco
atravessando o rio São Francisco para o estado da Bahia.
Mas qual foi o
destino dos 88 cangaceiros que participaram do ataque a Sousa?
Alguns sumiram
no oco do mundo, abandonaram o cangaço para usufruir do botim, dezenas tombaram
em combate com as volantes, alguns foram capturados e se regeneram após o
cumprimento de penas, mas outros, pouco bafejados pela sorte, bateram de frente
com a volante “pente Fino” do sargento Clementino Quelé, da Paraíba, ou com a
volante do tenente José Lucena, de Alagoas.
Ambas não
faziam prisioneiros.
Clementino
Quelé fora cangaceiro de Lampião, deixando o bando por rixa, tornou-se um
inimigo figadal de Virgulino Ferreira, tornando-se um dos mais ferozes e
implacáveis caçadores de cangaceiros. Tocou o terror entre a Paraíba e o sertão
do Pajeú pernambucano.
- No meu
caminho pra pegar o cego, mato tudo que anda ou rasteja pela terra, teria dito
Quelé em certa ocasião nas cercanias de Nazaré do Pico(PE), berço de Lampião e
também das volantes nazarenas.
Se Zé
saturnino era o “inimigo No 1”, o tenente Zé Lucena foi considerado o “inimigo
No 2” de Virgulino Ferreira.
Quando
cabecilha de volante, Zé Lucena cercou a casa de José Ferreira, pai de Lampião,
e o matou; em 1938, já na condição de coronel da Polícia alagoana, ao saber da
localização de Lampião na Grota de Angico por delação de Pedro de Cândido, em
telegrama claro exigiu do tenente João Bezerra, a execução do bandoleiro.
- Quero a
cabeça de Virgulino, ou a sua e a de Pedro de Cândido se o bandido escapar,
resolvam!
Com o tenente
Zé Lucena não tinha acerto ou clemência.
Os cangaceiros
capturados, feridos em combate ou não, eram obrigados a cavar a própria cova
antes de serem fuzilados; Clamentino Quelé, sangrava os cangaceiros capturados
após interrogatório, ou os eliminava com tiro na cabeça.
Os cangaceiros
Capuxú e Fato de Cobra, que integravam o bando de Lampião, em 1924 quando do
ataque a Sousa, foram capturados e fuzilados pela volante de Zé Lucena, mas
antes tiveram de cavar suas próprias covas na caatinga.
Quixabeira,
cangaceiro remanescente do Bando de Sinhô Pereira e integrante do bando de
Lampião no ataque a Sousa, teve o mesmo destino.
Capturado em
1925 no combate do Serrote Preto, foi levado para o Juazeiro do Norte e pouco
depois retirado da prisão por Zé Lucena. Também teve que cavar a própria cova antes
de ser fuzilado.
O coronel José
Lucena Maranhão morreu de ataque cardíaco, em 1955, aos 62 anos.
Mas aos 21
anos, como cabecilha de volante, combateu com ferocidade os bandos formados
pelos Porcino, os Fragoso, Antônio Matilde (tio por afinidade de Lampião) e o
próprio Virgulino.
Relatam que
Lampião reinou no cangaço durante 20 anos, Zé Lucena o combateu por 15 anos
consecutivos, até dar a famosa ordem final – através de telegrama - ao tenente
João Bezerra.
Clementino
Quelé além de perseguir cangaceiros na divisa Paraíba e Pernambuco, destacou-se
com cabecilha da volante paraibana na Guerra de Princesa, entre fevereiro e
julho de 1930. Depois virou delegado e faleceu lúcido em 1955 no município de
Prata(PB). Jamais foi promovido pela Polícia da Paraíba, pelo fato de ser
analfabeto.
Fonte:
“Histórias do Cangaço - o Saque de Sousa Paraíba”, de Bismarck Martins.
Foto.
Cabecilhas de volantes Ten. Zé Lucena, Aspirante Ferreira, Ten. João Bezerra.
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