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quinta-feira, 25 de junho de 2020

O CANGACEIRO "VOLTA SECA" PERDEU-SE QUANDO DISSE QUE TERIA VISTO MARIA BONITA VIVA, E 33 ANOS DEPOIS AFIRMOU QUE ELA MORREU JUNTA COM LAMPIÃO.

Por José Mendes Pereira

Em 7 de abril do ano de 1948 Antonio dos Santos conhecido no mundo do crime como sendo o cangaceiro "Volta Seca" (conferir no site no final da página), em entrevista à imprensa declarou que Maria Gomes de Oliveira a Maria Bonita do capitão Lampião (informação sem fundamento), ela não morreu na madrugada de 28 de julho de 1938, quando aconteceu a chacina aos cangaceiros, na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, em terras de Porto da Folha, atualmente Poço Redondo, segundo ele, ela estava viva, e que teria a encontrado em uma das suas fugas da Penitenciária de Salvador no Estado da Bahia. No seu depoimento aos jornalistas "Volta Seca" não disse em que lugar teria encontrado a Maria Bonita.

Ao meu ver, o cangaceiro "Volta Seca" fez as suas declarações à imprensa como se estivesse  querendo aparecer de terno e gravata aos que lhe solicitaram imformações sobre a sua vida durante e após o cangaço. Dizer sempre foi muito fácil para quem não tem nenhum compromisso com a verdade; foi um desse o cangaceiro "Volta Seca" que não sentiu nenhum remorso quando soltou a sua mentira aos profissionais da imprensa escrita, 

A foto não tem o nome da pessoa que a coloriu, então eu não vou ariscar de quem seria o trabalho artístico.

Para você leitor, que quer saber da verdade, é que no ano de 1973, quando o cangaceiro foi entrevistado pelo jornal "O Pasquim" este na época era uma página da imprensa escrita famosa, tendo os seguintes jornalistas: Jaguar, Millôr, Ziraldo, Aparício e Sérgio Cabral o facínora informou que a Maria Bonita gostava tando de Lampião que findou morrendo junta com ele. 

Veja o depoimento do cangaceiro "Volta Seca" cedido aos jornalistas que eram funcionários do jornal "O Pasquim".

No caso, seria Lampião e Maria Bonita conversando no primeiro encontro que tiveram em Malhada da Caiçara município de Paulo Afonso, no Estado da Bahia. Ela insistindo que o Lampião a levasse para participar do cangaço, e ele sempre a aconselhando que não dava certo (segundo o site informa, mas dito pelo o cangaceiro "Volta Seca"). 

"Volta Seca" interpretando as palavras de Lampião e Maria Bonita.

Vamos ouvir em segredo o casal conversando:

(...)

- Bom, o seguinte é esse, você não pode ir comigo, minha vida é a pé, é a cavalo, é de todo jeito, é pelos matos... - Disse-lhe Lampião. 

Maria Bonita insiste dizendo-lhe: 

- Eu vou também!

E o capitão Lampião rebate: 

- Mas eu posso morrer hoje, amanhã...

Maria Bonita novamente teimava:

- Eu morro junta com você. Mas num lhe deixo mais.

Palavras abaixo do "Volta Seca". 

E num deixou mesmo, terminou morrendo junta com ele mesmo!

E por que o cangaceiro "Volta Seca" desmentiu ele mesmo quando afirmou em 1948 aos jornalistas que Maria Bonita estava viva, porque  havia se encontrado com ela  em uma das suas fugas da Penitenciária de Salvador no Estado da Bahia? 

Dona Cira Britto e o capitão João Bezerra da Silva

No dia 11 de abril do ano de 1948 o famoso capitão João Bezerra da Silva Militar do Estado de Alagoas, nascido  no ano de 1898 e faleceu em 1970, que foi o chefe da operação da Grota do Angico em Poço Redondo, no Estado de Sergipe, tendo sido ele que desmanchou o coito dos cangaceiros  da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia.", eliminando 11 cangaceiros, incluídos também na chacina os reis do cangaço o capitão Lampião e sua amada Maria Bonita; o capitão militar desmentiu a declaração de "Volta Seca" que Maria Bonita não fora morta junta com os outros bandoleiros. 

Disse o militar: 
“Não atino porque "Volta Seca" vem agora (dez anos depois) com essa invencionice”.

O capitão João Bezerra da Silva tinha toda razão de desmentir quem não cumpriu com a sua palavra firme e real. Para mim, o "Volta Seca" deixou de ser um elemento confiável no que diz respeito à entrevistas. Com esta não há dúvida que ele foi o primeiro a inventar que Maria Bonita e Lampião escaparam da chacina da Grota do Angico, apesar dele não falar o nome do rei do cangaço no seu depoimento como se ele o ttivesse visto junto com Maria Bonita

E você amigo leitor, para não ficar com uma pulga detrás da orelha e achando que eu estou com invencionice (assim disse o capitão João Bezerra da Silva com a confirmação mentirosa do cangaceiro Volta Seca), confira cuidadosamente nos sites abaixos. E se não quiser ler o texto por completo da entrevista que cedeu o cangaceiro "Volta Seca" ao Jornal "O Pasquim", procura a parte de Maria Bonita. A entrevista é muito extensa e onde fala nela é mais próximo ao final da página.

Veja bem: Em 1932, o cangaceiro "Volta Seca" foi preso. E na madrugada de 28 de julho de 1938, Maria Bonita foi assassinada na chacina da Grota do Angico, e nesse intervalo entre 1932 a 1938, período de seis anos, antes da sua morte, o facínora não teria se encontrado com ela, por ser ainda a companheira do capitão Lampião, e jamais  abandonaria o seu marido para andar sozinha por aí, principalmente pelas ruas das cidades de Salvador na Bahia, ou em qualquer outro Estado. 

De 1938 até o ano de 1951, este último ano em que o "Volta Seca" foi solto, de forma alguma teria encontrado a rainha Maria Bonita. A companheira do perverso e sanguinário capitão Lampião já estava morta". O amigo "Volta Seca" quase se tornava num embusteiro.

Eu sou um amigão do cangaceiro "Volta Seca" e já que não tem mais jeito de serem só coisas da paz" que ele fez na vida  tenho muita admiração pelas suas aventuras, mas ele desmente a si mesmo, quando em 1948 afirma que teria se encontrado com a cangaceira em uma das suas fugas da Penitenciária de Salvador. E em 1973, 33 anos depois que havia afirmado ter visto a rainha do cangaço, ele disse aos repórteres do jornal "O Pasquim" que Maria Bonita morreu junta com o capitão Lampião. 

Prova que alguns deles remanescentes que participaram da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia." diziam o que bem queriam aos entrevistadores, isto é, alguns puxavam a sardinha para o seu prato, e muito lamentável que tentavam criar as suas histórias cabeludas. Mas ainda acreditamos que no meio dessa gente toda que escapou das volantes do capitão João Bezerra da Silva teve cangaceiro que fez o seu papel como depoente e com muita responsabilidade, só informando o que ocorreu no cangaço com seriedade. 

Um deles, segundo o cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira e outros pesquisadores famosos e de responsabilidades, afirmaram que Manoel Dantas Loyola o cangaceiro "Candeeiro" era um homem sem mentiras. Só falava a verdade.

Morre Candeeiro, último integrante do bando de Lampião - Jornal O ...
Cangaceiro Candeeiro

Manoel Dantas Loyola no cangaço era conhecido conhecido como Candeeiro e era pernambucano de Buique. Nasceu em 1916 em Buíque e faleceu em Arcoverde em 24 de julho de 2013. Foi um cangaceiro integrante do bando de Lampião. 

Entrou ao cangaço quando a fazenda onde trabalhava no Estado de Alagoas foi cercada pelo bando de Lampião. Recebeu do próprio comandante o seu apelido, ao se destacar num combate em Angico, em 1937. Sua principal missão, porém, era entregar cartas aos comerciantes para exigir pagamentos. Também era conhecido como Seu Né.

O cangaceiro Candeeiro faleceu  aos 97 anos, em um dos hospitais em Arcoverde, onde havia sido internado depois de sofrer um derrame. Deixou esposa e cinco filhos.

Aqui estão os links à sua disposição leitor, os quais são sites famosos e de responsabilidades. Então clique neles para conferir o que eu falo sobre as informações meio sem graça dadas pelo o ex-cangaceiro "Volta Seca"

As provas estão nos sites, mas lembrando que o que eu escrevi não tem nenhum valor para a literatura lampiônica. São apenas as minhas inquietações.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

VOLTA SECA E MARIA BONITA

Por José Mendes Pereira

Esta é uma parte do todo publicado pelo jornal "O Pasquim" na edição de nº. 221 - Setembro/Outubro de 1973, da entrevista feita com o cangaceiro Volta Seca. Material que eu o adquiri no blog http://lampiaoaceso.blogspot.com, organizado pelo pesquisador Ivanildo Alves da Silveira. O que estou disponibilizando é somente sobre Maria Bonita. Para ler a entrevista completa clique no link que está no final da página.

(...)

Jaguar - Quando foi que Maria Bonita entrou pro bando?

Volta Seca - Maria entrou quando eu tinha mais ou menos uns dois anos. Mas ele  (lamppião) aconselhou ela o que pôde, ele cansou de dizer a ela que não queria que o acompanhasse, porque a vida dele era assim: na mesma hora que tava vivo já tava morto.

Ziraldo - Cê lembra quando ele conheceu Maria Bonita?

Volta Seca - Lembro. Foi em Santa Brisa. (Santa Brígida).

Jaguar - Santa Brisa (Santa Brígida) fica onde?

Volta Seca - Em Sergipe. (Bahia). (Apenas um erro dele).

Ziraldo - Cumé que foi a história, ela é sergipana também? (Baiana).

Volta Seca - É. Ela estava, nós estava hospedado lá na Maiada da Caiçara. Então, nós tava lá, aí a mãe dela disse assim: 

- Capitão, a única pessoa que teria mais prazer de conhecer o senhor era a minha filha. 

Aí ele Lampião disse: 

- Não é nada difícil, eu ando por aqui, ela mora aqui? 

Ela disse: 

- Não, ela é casada e mora em Santa Brisa.

Ele disse:

- Se a senhora pode mandar chamar ela, eu estou aqui, até amanhã. Mas só fala com ela, que eu estou aqui. Mais ninguém, tá certa? Aí ela mandou um irmão dela chamar. O menino chegou lá, chamou ela e ela veio. Quando chegou, a própria mãe levou ela lá onde nós estava, todo mundo acampado.

Ziraldo - Era longe?

Volta Seca - Não, era um pedacinho bom. Eram três léguas. Aí, ela chegou, ela apresentou a ele, ele também tratou ela muito bem e daí ficou por ali.

Millôr repórter - Era bonita realmente?

Volta Seca - Era bonita.

Millôr - Era baixinha, alta?

Volta Seca - Era baixinha.

Millôr - Ela tinha que idade mais ou menos, nessa época?

Volta Seca - Ela podia ter uns 18 anos, não tinha mais do que isso, não. Então ele disse:

- Ah, eu vivo essa vida, mas eu num gosto não. Mas eu num tô com mais jeito. O meu jeito é esse mesmo. Então, eu tenho que seguir até morrer. 

Então ela disse: 

- Eu sou casada e tal... 

E conversaram, aquele negócio, né? Aí ela disse: 

- Capitão, sabe que eu lhe acompanho? 

Ele disse: 

- Não, você ê casada, vive sossegada. 

E começou a rir...

Millôr - O que que fazia o marido dela?

Volta Seca - Era sapateiro. 

Então ele disse: 

- Mas você tem coragem de acompanhar um sujeito como eu? Um homem perdido da sociedade. Eu num tenho sociedade, num tenho nada. Vivo perdido, como um bicho, pro mundo..." 

Ela disse: 

- Num tem problema, eu tenho coragem". 

- Não, você deve ir pra onde tá o seu marido, você é casada, dizia Lampião. Se você tá querendo que eu crie mais um inimigo, Deus me livre! Eu num quero mais uma coisa dessas. 

Ela disse:

- Não, mas eu vou. Eu vou agora, nem mais lá, eu vou. - Dizia Maria Bonita.

Millôr - Ela não tinha filho não, né?

Volta Seca - E num foi mesmo. Aí, ele começou a dar conselho pra ela, que num tava bem, que ele podia tá morto a qualquer momento... 

Aí, ele disse:

- Bom, o seguinte é esse: você não pode ir comigo, minha vida é a pé, é a cavalo, é de todo jeito, é pelos matos...

Ela disse: 

- Eu vou também. 

- Mas eu posso morrer hoje, amanhã...

Ela teimava:

- Eu morro junto com você. Mas num lhe deixo mais. E num deixou mesmo, terminou morrendo junto com ele mesmo.

Ziraldo
- Ela atirava também?

Volta Seca - Atirava. Eu queria tá com ela e não queria tá com dez homens da marca dos que eu conheço por aqui. Tava mais satisfeito.

Sérgio Cabral - Ela aprendeu a atirar no bando do Lampião?

Volta Seca - Aprendeu e atirava bem, mesmo. Era uma mulher de raça...

Ziraldo - Escuta, depois que ela, entrou no bando, ela era a única mulher do bando?

Volta Seca - Era. Num tinha mais nem uma; só ela.

Ziraldo - E ela cozinhava pra vocês?

Volta Seca - Não. Ela cozinhava pra ele lá.

Ziraldo - Vocês tinham cozinheiro no bando?
 
Volta Seca - Não, cada um fazia o que é seu.

Jaguar - E não houve tentativa de ninguém no bando dar uma cantada nela, não?

Volta Seca - Cê tá maluco, rapaz? Dava uma cantada e já era.
Millôr 
- Escuta, ela falava com vocês, brincava?
 
Volta Seca - Brincava com nós como se brinca com uma criança dessa e outra qualquer. A mesma coisa.

Jaguar - E ninguém se engraçava com ela?

Volta Seca - Não.

Jaguar - E ele gostava muito dela?

Volta Seca - Gostava, se ela...

Millôr
- Ele tinha mulher e não permitia que os outros tivessem?

Volta Seca - Ele não importava. A que quisesse acompanhar e ir de vontade, podia acompanhar. Agora, tinha muito nego que não queria.

Sérgio Cabral - Aconteceu alguma vez de uma mulher acompanhar o homem?

Volta Seca - Tinha muita.

Jaguar - Mas não como Maria Bonita, né? Não combatia nem nada. né?

Volta Seca - Não.

Ziraldo - Agora, esse nome, Maria Bonita, foi o pessoal do bando que botou nela, ou foi a lenda? Vocês não a chamavam de Maria Bonita, não né? Era só Maria?

Volta Seca - Não, o nome dela legítimo era Maria Déia. Não Maria Bonita, Maria Bonita quem botou foi o pessoal deles lá da polícia mesmo. Maria Bonita, porque ela era bonita mesmo, e tal. Então foi que eles deram esse título a ela de Maria Bonita. Mas lá no bando não tinha disso não.

Ziraldo - Os filhos do Lampião eram filhos dele com Maria Bonita, ou ele, era casado com outra, anteriormente?

Volta Seca - Não. É filho dela mesmo.

Ziraldo - Ele ainda tem os filhos vivos, não tem?

Volta Seca - Tem. Os filhos com Maria Bonita nasceram lá no Cangaço. A Expedita...

Millôr - Cê num chegou a ver ela grávida não, né?

Volta Seca - Ó rapaz, eu fui servir de sentinela pra ela ganhar a criança.

Jaguar - Quando é que foi isso, hein?

Volta Seca - Isso foi lá mesmo, na Mata da Caiçara.

Aparício - Quem atendeu a Maria Bonita como parteira?

Volta Seca - Foi a mãe dela mesmo.

(...)


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UMA NOITE PARA SE GUARDAR NA MEMÓRIA... FUNDAÇÃO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E ARTES DO CANGAÇO

Por Manoel Severo


Era uma noite de sexta-feira 13! 13 de março de 2020. Ali na acolhedora Aracaju, capital do estado do Sergipe, torrão nordestino , realizava-se a solenidade de posse do mais novo sodalício brasileiro; nascia no auditório Padre Melo do campus Farolândia, da UNIT - Universidade Tiradentes a Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço - ABLAC, composta por 46 acadêmicos titulares e tendo como primeiro presidente o pesquisador e escritor Archimedes Marques

Sem dúvidas um momento precioso, especial, único, e dizendo isso me vem à lembrança as magníficas palavras do Orador Oficial da noite, confrade Geraldo Ferraz: "...uma academia de Letras e Artes digo que se trata de uma instituição de cunho literário e artístico... fazendo valer uma tradição iniciada no Século XVII com a Academia Francesa. O termo "academia" remonta à Academia de Platão - escola fundada pelo célebre filósofo grego nos jardins que um dia teriam pertencido ao herói Akademus "... citação que quase nos transporta no tempo e no espaço nos permitindo entrar em contato com um dos principais mitos da história da civilização:Platão; um dos mais destacados filósofos que já pisou este planeta e que do período clássico da Grécia antiga, continua a nos influenciar e ser referencia nos mais variados campos do conhecimento e da filosofia humana; além dele, Ferraz nos traz Akademus; mitológico herói da Atica, imortalizado pela literatura clássica ocidental.

Mesa Solene na UNIT : Noite de Posse da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço
Elane Marques, Secretária da ABLAC

Mas porque falar de filósofos clássicos ou heróis mitológicos logo na introdução desse despretensioso artigo, além de traçar paralelo oportuno com as palavras de Geraldo Ferraz ? Ora, naquela noite certamente não estavam conosco Platão nem muito menos Akademus,mas suas essências pareciam pulsar e fazer valer cada minuto do solene lançamento de nossa Academia; um feito heroico que nasceu lá atras do sonho de um filósofo do sertão e que foi acalentado por muitos e muitos e assumido por heróis da caatinga...

Paulo Gastão entre Ingrid Alidiane e Mabbel, no Cariri Cangaço 2009

A Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço nasceu do sonho do pesquisador Paulo Medeiros Gastão; sonhador inveterado, ousado, empreendedor e acima de tudo, apaixonado pela historia, cultura e arte do sertão; sonho esse assumido por seus e nossos amigos, casal Archimedes e Elane Marques, destacados pesquisadores sergipanos da temática cangaço. Parecia que ali se unia a "fome com a vontade de comer", mas com Gastão era sempre assim, eu mesmo lembro das várias construções de nosso Cariri Cangaço e por tantas vezes Paulo Gastão nos fazia viajar e viajar e viajar e invariavelmente realizávamos, era sempre assim : "Severo que tal esse tema, que tal esse palestrante, já falou com sicrano, convide beltrano..." assim era Gastão, capaz de começar um assunto em Mossoró e só parar em Piranhas, e sem respirar.... Certamente ali havia as essências de Platão, de Akademus, de Gastão...contagiando a essência de todos nós.

Lançamento da ABLAC em noite de Cariri Cangaço, 25 de julho de 2019 

O tempo passou e um dia o sonho de Gastão começa a tornar-se realidade pelas mãos de Archimedes e Elane Marques, que com dinamismo, talento e incomparável competência, na noite de 25 de julho de 2019, na cidade do Juazeiro do Norte aqui no meu Ceará e dentro de nosso Cariri Cangaço - 10 Anos, realizam o lançamento da Academia. Particularmente para mim alegria dupla; primeiro por ser um dos acadêmicos fundadores convidados e segundo por testemunhar tão significativo momento, dentro do Cariri Cangaço, sensacional!

Mas voltando a Platão, voltando a Akademus...e trazendo os membros da prestigiada arcádia das Letras e Artes do Cangaço, novamente e particularmente para mim outra grande alegria, renovada e consolidada na noite solene da posse: dos 46 acadêmicos titulares da Academia, 26 são Conselheiros do Cariri Cangaço, mais de 50% de sua composição; isso nos enche de entusiasmo e responsabilidade, nos dando a certeza que estamos no caminho certo. A esses valorosos Conselheiros Cariri Cangaço se somam mais 20 destacadas personalidades do universo das letras e artes do cangaço e assim temos a augusta ABLAC.

Conselheiros Cariri Cangaço empossados como Imortais da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço; Archimedes Marques, Luiz Ruben, Geraldo Ferraz Louro Teles, 
Ana Lucia e Junior Almeida.
Conselheiros Cariri Cangaço empossados como Imortais da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço; Rangel Alves da Costa, Narciso Dias, Antônio Vilela, Professor Pereira, Bosco André e Aderbal Nogueira.
Conselheiros Cariri Cangaço empossados como Imortais da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço; Kiko Monteiro, Edvaldo Feitosa, Elane Marques, João de Sousa Lima, Quirino Silva e Valdir Nogueira.

Escrevo esse artigo motivado preponderantemente pela gratidão, pelas razões já enumeradas acima, ou seja, pelo convite para formar ao lado de ilustre confrades o prestigiado sodalício recém-criado , por ter como patrono o inesquecível Jonas Luiz da Silva, de Icapuí; por seu lançamento acontecer em uma das edições do Cariri Cangaço, por mais da metade de seus membros serem Conselheiros do Cariri Cangaço e ainda na noite solene de posse ter sido convidado para apadrinhar cinco estimados confrades, amigos, companheiros de sonhos e realizações: Ivanildo Silveira, Sousa Neto, Calixto Junior, Wescley Rodrigues e Domingos Paschoal; isso não tem preço. A cada entrega dos fardões, diplomas e colares era como se confirmássemos o sonho de Gastão, que era na verdade, de todos nós. 

Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço tendo a honra de apadrinhar os também Conselheiros Cariri Cangaço, empossados como Imortais da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço; Dr Ivanildo Silveira, Sousa Neto, João Tavares Calixto Junior e Wescley Rodrigues.
Ingrid Rebouças e Manoel Severo em noite de posse da ABLAC

Foi uma noite espetacular, para se guardar na memória e no coração; assim, permitam elencar os acadêmicos da ABLAC; são membros titulares da ABLAC os Conselheiros Cariri Cangaço: Archimedes Marques, Ângelo Osmiro, Ana Lúcia Souza, Aderbal Nogueira, Antônio Vilela, Bosco André, Calixto Junior, Edvaldo Feitosa, Emmanuel Arruda, José Cícero, Junior Almeida, Geraldo Ferraz, Ivanildo Silveira, Juliana Pereira, Kiko Monteiro, Leandro Cardoso, Luiz Rubem, Louro Teles, Manoel Severo, Múcio Procópio, Narciso Dias, Professor Pereira, Rangel Alves da Costa , Raul Meneleu, Sousa Neto e Wescley Rodrigues, tendo ainda os Conselheiros Cariri Cangaço, João de Sousa Lima, Valdir Nogueira e Quirino Silva, empossados como Acadêmicos Correspondentes. 

Personalidade empossadas como Imortais da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço; Dênis Carvalho, Major Marins, Severino Coelho, Abreu Mendes, Gilmar Farias e Bismarck Oliveira.
Personalidade empossadas como Imortais da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço; Marcelo Rocha, Wilson Seraine, José Bezerra Lima Irmão, Pedro Sampaio, Amélia Uchôa e Domingos Paschoal.

A esses uniram-se; Dênis Carvalho, Bismarck Oliveira, João Dantas, Severino Cavalcante, Oswaldo Abreu, Gilmar Farias, Voldi Ribeiro, Wilson Seraine, Marcelo Rocha, Marcos Damasceno, Paulo Britto, Major Marins, Sálvio Siqueira, Pedro Sampaio,  Lamartine Lima, Sabino Bassetti, João Paulo, José Bezerra Lima Irmão e Antônio Porfírio. E é como eu disse na noite de posse  "a fundação da ABLAC marca um novo momento do estudo e pesquisa sobre o cangaço e temas nordestinos, nesta noite resgatamos e colocamos em seu verdadeiro patamar esse conjunto de importantes temas que consolidam a força da verdadeira alma nordestina. É uma noite de festa em que vemos unidos a SBEC, o Cariri Cangaço e os principais grupos de estudo com um único objetivo, avante"

Manoel Severo
Curador do Cariri Cangaço, 
Acadêmico Fundador da ABLAC
25 de junho de 2020


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A BAHIA JÁ TINHA SUA LÍDER CANGACEIRA OPERANDO NO SUDOESTE DA BAHIA REGIÃO DE JEQUIÉ MIRANTE BOA NOVA



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