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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

GRUPO ORMINDO BARROS

Clerisvaldo B. Chagas, 12 de fevereiro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.260

ESCOLA ORMINDO BARROS (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230)
Estamos caminhando para os 66 anos de fundação do Grupo Escolar Ormindo Barros, em Santana do Ipanema, Alagoas. Contando apenas com o Grupo Escolar Padre Francisco Correia (1938) no Bairro Monumento, era preciso também uma escola de porte no grande Bairro Camoxinga. Foi assim que em 11 de maio de 1954, foi inaugurado na parte baixa do bairro, o estabelecimento estadual que equilibrou o sistema de estudo na cidade, seis dias após a inauguração do Ipanema Atlético Clube. O museu do município somente seria criado cinco anos depois. Implantada a nova escola, uma rivalidade salutar surgiu espontaneamente entre bairros e estabelecimentos. A concorrência, mesmo sendo tudo do governo, fez crescer em muito a educação santanense.
Mais tarde, ainda dentro do século XX, outras escolas foram ocupando espaços com a expansão da urbe. A escola do município, Santa Sofia surgiu quase na entrada do bairro que estava iniciando seu estiramento, o Lajeiro Grande, na gestão Nenoí Pinto. Na região da COHAB Velha, foi inaugurada a Escola Helena Braga, na gestão Isnaldo Bulhões. Após muitos anos funcionando pelo estado, volta a ser comandada pela municipalidade. Essas unidades foram pontos chaves na estratégia do ensino urbano. Entretanto, inúmeras outras escolas municipais e particulares, acompanharam o desenvolvimento santanense. Com a fundação do Colégio Estadual Deraldo Campos, em 1964, consolidou-se a área educacional e, o crescimento em todos os níveis não para de crescer.
Atualmente, a cidade de Santana do Ipanema é polo educacional respeitado. Sua influência conseguiu evitar um verdadeiro êxodo da juventude santanense e sertaneja para centros maiores. Seus cursos superiores atuam nos Bairros Floresta, Domingos Acácio e Lagoa do Junco. Estão presentes na “Rainha do Sertão”, a UNEAL, o IFAL e a UFAL, porém, já se vislumbra outros cursos particulares como Direito, Enfermagem e Medicina.
Tudo teve início com o primeiro casal de professores ainda nos tempos de vila. Trata-se do coronel Enéas Araújo e sua esposa Maria Joaquina, filha de Águas Belas, Pernambuco. Logo, logo, a educação da terra atingirá outros patamares jamais imagináveis.
Vem por aí o aniversário da Escola Ormindo Barros.

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2020/02/grupo-ormindo-barros_12.html

HISTÓRIAS VELHAS DE POÇO REDONDO


*Rangel Alves da Costa


Naquele Poço Redondo dos tempos passados, onde nenhum supermercado existia e sequer se falava em cartão de crédito, a compra era em bodega ou mercearia e o pagamento era em dinheiro vivo ou na confiança da anotação no velho caderninho. O vendeirim ia lá, com seu garrancho ou letra miúda, anotava o quilo de açúcar, o pacote de café, os três contos de biscoito Maria. O luxo da goiabada, ou mais luxo ainda da Alfazema Suíssa. As vendas pequenas, mas sortidas de tudo. Ou ao menos o necessário para um viver sertanejo sem luxo ou prato requintado.
Aliás, grande parte daqueles pais de família possuía seu roçado pelos arredores - em pequenas propriedades para o prazer de dizer que era dono de um terreninho - e deles trazia boa parte do alimento da estação. O milho na espiga, o feijão na casca, a melancia, a abóbora, o maxixe, o melão coalhada. O feijão de corda era sempre uma colheita especial e para depois ser debulhado nas calçadas em noites de lua grande ou nos entardeceres de brisa boa.  No terreno, coisa miúda de limite na cerca ou no arame, apenas uma casinha de barro e cipó para guardar a enxada, o machado, a foice, a estrovenga, o cesto para cortar palma, garrafas com grãos para ser plantados, pouco ou quase nada mais que isso. Um velho arado, talvez.
Ao lado da casinha o pequeno curral. Se alguma cria havia, também era muito pouca. Três ou quatro vaquinhas para chiqueirar e pela manhã fazer esguichar o peito da vaca com o leite bom. Leite que muitas vezes já esguichava por cima de um algum prato de estanho com farinha seca. Ou mesmo uma caneca maior com a farinha ao fundo. Tudo colocado rente ao peito da vaca e a descida do líquido espumante e quente. Uma sustança garantida naquelas primeiras horas do dia. O leite que restava era levado para ser cozido em casa e depois utilizado no mingau, na papa, ou para molhar o cuscuz ou ser misturado com a abóbora amassada. Doce de leite, queijo, coalhada ou para a venda pela vizinhança, só mesmo quando a estação era boa e a cria leiteira produzia em maior quantidade.
Quintais de galinhas, de ovos de capoeira, ou até um chiqueiro de porco mais adiante, com bicho sustentado pela lavagem recolhida nas vizinhanças depois dos almoços. Na cidade mesmo, acaso o sertanejo necessitasse de algum alimento ou de alguma outra utilidade para o lar, as opções eram os mistos de mercearia e bodega de Dom, a de Messiinha, a de Ermerindo, a de Zé Preto, de Seu João Aleijado, de Chico Bilato, de Lourenço e algumas outras espalhadas pela cidade. Algumas vendiam somente coisas de despensas, como o açúcar, o café, a farinha, o arroz, o óleo de comida, e coisas assim. Outras sortiam mais os produtos ofertados.
Messiinha, por exemplo, vendia também bebida e até querosene. Já Dom se esmerava na aguardente nos quilos disso e daquilo. Raras eram as vendas que não possuíam um rolo de fumo logo num canto de balcão. Mas poucas eram as que possuíam fardos de carne seca e jabá. Numa época onde o charque era de preço baixo e acessível a todos, bastava o sertanejo chegar ao pé do balcão, experimentar uma lasquinha e pedir um corte bom. O almoço ou janta já estava garantido. Em época de Semana Santa, até mesmo bacalhau era encontrado a preço bom. Tais produtos, contudo, eram exclusividades de algumas mercearias, pois as demais se contentavam em oferecer o básico da alimentação.
Muitos vendeirins deixavam o arroz, a farinha e o feijão em sacos, e só pesavam na presença do comprador. A velha balança já estava por perto para a medida certa. Pelas prateleiras, as latas de biscoitos, as cajuínas, os vinhos de jurubeba, os talcos de pó, as alfazemas, novidades que sempre chamavam a atenção. Dom nunca estava no seu balcão, mas seu papagaio, traquina e falador, logo gritava se alguém aparecesse. Na maioria das vezes, toda a compra era anotada no caderninho. Pela seriedade do povo daquela época, quase nenhum prejuízo era causado ao pequeno comerciante. Outras vezes, bastava um recado chegado por um meninote, e a mercadoria era entregue sem medo. A confiança era grande e o compromisso acertado ao final do mês. Somente assim outra folha era aberta no velho caderno.
Quem quisesse comprar pano ou roupa feita, o endereço era num dos comércios das irmãs Marques: Conceição, Izabel ou Mãezinha. Calça Lee, camisa volta-ao-mundo, vestido estampado, pano enfestado, calçola, tudo. Cerveja era coisa rara, mas existente. Na venda de Ermerindo, por exemplo, existia uma geladeira a gás (com a porta amarrada de corda) e também a oferta de cerveja mais ou menos gelada. Somente Brahma ou Antarctica. Ali também a sinuca e o bilhar. Mas nada igual ao salão de Angelino, que além de ser uma casa de jogos com bilhar e mesas de carteado, era o local onde grande parte dos homens se reunia para saber de tudo o que se passava na cidade e região. Causos, proseados, fofocas e converseiros políticos.
Após a metade dos anos 70, com a chegada da eletricidade e o surgimento das primeiras geladeiras elétricas, logo também surgiram os geladinhos peito de véia. Era uma febre. E quase todo mundo pelas calçadas com um peito de véia na boca. Tempos, tempos. Histórias, histórias...


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

PARABÉNS, MIRTES!

Por José Mendes Pereira
Foto do acervo do Relembrando Mossoró

O blog do Mendes e Mendes parabeniza Mirtes, merendeira da Escola Estadual 30 de Setembro, e já se foram 32 anos que ela contribui para mesma instituição, com muita dedicação na culinária da escola com muito amor e carinho.

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O OLHO CEGO DO CAPITÃO E SUA PISADA LEVE.


Por João Filho de Paula Pessoa

Lampião tinha um problema no olho direito, um leucoma que portava desde criança e nunca foi tratado adequadamente, se agravou a cada dia com a vida insalubre na caatinga e que chegou à cegueira após uma lesão por um galho de arbusto, que o esbranquiçou totalmente e cegou de vez. Além da cegueira de um olho, o Capitão levou dois tiros no pé direito em 1924, num combate na Serra do Catolé/Pe, que o feriu seriamente, deixando-o por três dias doente na caatinga sem condições de locomoção, sem remédios, pouca água, pouca comida, com a ferida exposta aos insetos e proliferação de germes. Com o início do apodrecimento da carne e um mau cheiro insuportável, foi levado em segredo à um médico que o tratou, mas restou-lhe a seqüela de não mais conseguir pisar firmemente no chão com esta perna, o que diferenciou sua pisada das dos demais, facilitando sua identificação pelos rastejadores de volantes que percebiam a marca de uma pisada mais leve que a outra, levando-os a crer que seria a pisada leve de Lampião. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 17/12/2019.


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ENCONTRO NO MUSEU COM DENILSON DUARTE

Denilson Duarte entre alunas

Por Lúcia Rocha
luciaro@uol.com.br
O grupo Relembrando Mossoró promove no sábado, dia 15, mais um Encontro Entre Autores e Leitores, tendo como convidado especial, o músico Vladenilson Alves Duarte mais com conhecido por Denilson Duarte, que desenvolve um excelente trabalho voluntário entre pessoas de todas as idades, há quase trinta anos.
            
Denilson Duarte é dono de um currículo de dar inveja a qualquer profissional da música, em nível mundial, sem nenhum exagero. Ele é natural de Patu, nasceu em 29 de junho de 1975, filho do comerciante na Cobal, Francisco Duarte - já falecido - e da  professora Antônia Veriana. Denilson Duarte migrou com a família de seis irmãos em 1986, aos onze anos de idade e, em Mossoró, formou uma história de vida e superação, pois foi encaminhado para a FEBEM – Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor - participando de todos os projetos, oportunidade que colaborou para seu desenvolvimento pessoal.
           
Em 1988, passou a trabalhar na Petrobras, como oficce boy e adquiriu base para sua formação e consciência humana.
           
Estudou na Escola Municipal Joaquim da Silveira Borges, onde na mesma sala de aula onde estudou, atua como professor de violão e teclado na Escola de Artes, pois há vinte anos  é funcionário público municipal concursado, lotado na Secretaria de Cultura. 
          
Denilson Duarte, um entusiasta de talentos musicais e tem criado e coordenado diversos projetos ousados na área musical, a maioria de forma voluntária e gratuita, tais como:
          
Na década de 1990, fundou a Banda El-Shaday, que até hoje atua na igreja;
          
Desenvolveu trabalhos em igrejas evangélicas, formando alunos e fomentando a cultura. Chegou a comandar os três maiores corais da Assembleia de Deus, no templo-sede;
          
De 2000 a 2004, no Projeto Jovem Cristão, trabalhando voluntariamente nos finais de semana com aulas de música, na Escola Estadual Dix-sept Rosado, aberto à comunidade do bairro Bom Jardim, formando jovens, colhendo sonhos e fazendo história;

Apresentação com alunos no teatro

De 2007 a 2009, atuou no Projeto Ecoarte, na pracinha do Memorial da Resistência, com aulas gratuitas voltado para o violão popular;
          

De 2010 a 2012, criou o Projeto Surfarte, com aulas de percussão, violão e surf com filhos de pescadores, na praia de São Cristóvão, em Areia Branca.


Aulas gratuitas de violão nas escadarias do teatro

Desde 2012, criou o Movimento Arte e Violão, nas escadarias do Teatro Municipal Dix-huit Rosado, onde até hoje ministra aulas de violão, também de forma voluntária, projeto que lhe deu visibilidade e ganhou exposição na mídia, especialmente nas emissoras de televisão;
       
Denilson é coordenador do Grupo Fulô de Muçambê, formado na maioria por jovens senhoras da terceira idade e que há vinte anos se apresentam em eventos sociais e festivos da  cidade sempre com um repertório voltado para a música nordestina. Esse projeto tem colaborado para que as integrantes sintam-se úteis e se mantenham afastadas de qualquer sintoma de demência senil, comprovadamente; 
       
Denilson Duarte teve uma passagem pelo Conservatório de Música Dalva Stela e atuou  durante quatro anos como cantor no Coral da UERN – Universidade do Estado do Rio Grande do Norte; 



Com o poeta Antônio Francisco

Integrou o Grupo Entre Cordas e Cordéis, com o poeta Antônio Francisco, em mais de quarenta escolas da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte; 
  

Programa Pedagogia da Gestão

Contribui na parte musical do programa Pedagogia da Gestão, com o apresentador João Maria, exibido pela TCM Telecom, levando os talentos que encontra por onde ministra suas oficinas e aulas de canto e alguns instrumentos musicais de corda e teclado.  



Denilson leva música nos bairros
          
Se não bastasse o trabalho de descobrir novos talentos musicais, Denilson também atende pessoas especiais como, por exemplo, deficientes visuais, com turma específica para aulas de teclado. Ele aglutina pessoas com diversos problemas e consegue melhorar a vida delas, problemas como ansiedade, depressão, desquite, pessoas em tratamento psiquiátrico, que passaram por situação de violência doméstica, crianças e adolescentes especiais, com autismo, que se transformam após ingressarem em suas aulas de música: "A gente atende  alunos com problemas, dos mais diversos motivos e, com a música, a gente consegue melhorar a vida deles", desabafou Denilson Duarte.
      
Morador do bairro Santa Delmira, Denilson Duarte é casado com Adriana Maia Ferreira Duarte e pai de Vinícius, Mizael, Heitor, Vini e Valentin. Dos cinco filhos, três já estão encaminhados na área musical pois tocam instrumento de sopro: flauta transversal, clarinete e trompete.
       
Portanto, Denilson Duarte há vinte e cinco anos planta acordes, aplausos e fé.
       
Com tanto trabalho de forma voluntária, ainda não recebeu o título de Cidadão Mossoroense.                                                                                  

Entre os jornalistas Luis Juetê e Gilberto de Sousa


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GECC PROMOVE REUNIÃO EM FORTALEZA


Sob o comando do pesquisador e escritor Angelo Osmiro Barreto, o GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceara, realizou na noite desta ultima terça-feira, 11 de fevereiro de 2020, mais uma reunião ordinária, na residência do cientista Melquiades Pinto Paiva. 

A pauta da reunião, além de informes sobre os novos lançamentos de obras sobre o cangaço e assuntos ligados ao tema, contou com o lançamento do cordel 

" Chuva de bala no país de Mossoró que expulsou o Rei do Cangaço Virgulino Ferreira Lampião" do poeta Matheus da Silva, cearense da cidade de Jaguaruana. A referida obra  já havia sido lançada em 2019 na feira do livro em Mossoró. 


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VEM AÍ O ESPETACULAR "COMO VIVEM OS BRAVOS" - HOW THE BRAVE LIVE




Realizado pela STORYKNIGHT Audiovisual Entertainment Enterprise em associação com a Toque de Midas Produções, Ogunté Arte Cultural Produções, Ipalma, MV Moises Veloso Studios, Instituto Icapuí Filmes e JLS Comunicação e Editora, em parceria com a Prefeitura Municipal de Palmácia/CE através da Secretaria Municipal de Cultura em ação conjunta com a Casa da Cultura e Escola de Artes Casulo, o longa-metragem cearense do gênero Nordestern intitulado COMO VIVEM OS BRAVOS (2020) - precedido por ONDE NASCEM OS BRAVOS (2017) - é o segundo capítulo da "Trilogia do Silêncio" sobre a saga do pistoleiro Mumbaca e do cangaceiro Alfinete, dando continuidade em QUANDO MORREM OS BRAVOS (2021).
COMO VIVEM OS BRAVOS teve sua avant première em exibição aberta ao público na Praça 7 de Setembro (Paço Municipal), cidade de Palmácia, Estado do Ceará, no dia 21 de dezembro de 2019.

Gravado em formato Digital 4K e com recursos limitados, sem apoio de leis de incentivo, editais ou patrocínios, COMO VIVEM OS BRAVOS foi possível através de parcerias e da colaboração de diversos atores e técnicos. As gravações, na sua maioria, foram realizadas em 2017 no Sítio Olival e noutras regiões do município de Palmácia/CE. Em 2018 retomou as filmagens na Fazenda Pinhão, onde estão localizados os estúdios da STORYKNIGHT Audiovisual Entertainment Enterprise, no município de Quixeramobim/CE, e no Sítio Jardim do Éden, em Icapuí/CE, nos estúdios do Instituto Icapuí Filmes. Em 2019, encerrou a produção na Fazenda Serrote do município de Caridade/CE, contando com o apoio logístico da Prefeitura Municipal.


Apresentação de "Onde Nascem os Bravos" no CineTeatro São Luiz dentro do Cariri Cangaço Fortaleza 2018; com Jonas Luis da Silva,de Icapuí; 
Manoel Severo e Daniel Abrew.

No dia 28 de abril de 2018, o Cariri Cangaço apresentou a seus convidados , a exibição em grande estilo do primeiro capítulo da trilogoa; a noite foi com a película Onde Nascem os Bravos, de Daniell Abrew; ator, cineasta, roteirista e produtor. Daniell é cearense de Quixeramobim e aos 7 anos de idade iniciou seus primeiros trabalhos cinematográficos em curta-metragem na fazenda do avô localizada no interior do Ceará, em Quixeramobim, onde passou a maior parte de sua infância. Em 2005 foi diretor de Centopeia, o primeiro longa-metragem do gênero ficção-científica do Ceará lançado nas salas de cinema em 2008 e relançado em 15 de janeiro de 2010 no próprio Cine São Luiz.


A apresentação naquela noite foi precedida por um debate tendo como mediador e mestre de cerimonia, Manoel Severo; curador do Cariri Cangaço; além do cineasta e produtor Jonas Luiz da Silva, de Icapuí, e io próprio diretor, Daniell Abrew. Em suas palavras, Jonas Luis falou da trajetória de Daniell Abrew desde os tempos iniciais de um sonhador espetacular até os dias de hoje como consagrado cineasta de uma nova geração de cineastas cearenses, para logo em seguida o próprio Daniell Abrew dá as boas vindas aos convidados do Cariri Cangaço em Fortaleza.

Imperdível:
Como Vivem os Bravos
 (How The Brave Live) 
PRÉ-ESTREIA - CINETEATRO SÃO LUIZ
18 de Fevereiro de 2020
19H - Entrada Gratúita

http://cariricangaco.blogspot.com

VIRGOLINO FERREIRA DA SILVA FILHO DE JOSÉ FERREIRA DOS SANTOS E DE MARIA SULENA DA PURIFICAÇÃO.

Por José Mendes Pereira

Vigolino Ferreira da Silva é o 3º filho de Maria Sulena da Purificação e 2º. de José Ferreira dos Santos. Mas através de longa pesquisa e comprovada (na Certidão de Casamento dos seus pais) o escritor José Bezerra Lima Irmão afirma em seu livro "Lampião a Raposa das Caatingas" que Antonio Ferreira da Silva irmão de Virgolino também é filho de José Ferreira dos Santos. Sendo assim Virgolino não é o 2º filho de José Ferreira, e sim, o 3º.


"Lamento: Em 2014 o autor deste livro José Bezerra Lima Irmão esteve na minha casinhola em Mossoró. Minha filha Adryanna fez  fotos com o autor e eu, mas infelizmente houve problema no celular e não foi recuperada as imagens. Gostaria muito de fazer parte deste anúncio assim como o João de Sousa Lima e o Pedro Motta Popoff" .

Pedro Motta Popoff

Sobre a data de nascimento de Virgolino há controvércia quando aparece no seu batistério uma data e na sua certidão de nascimento outra, mas isso não faz mudar o  Virgolino Ferreira da Silva. Nasceu em Villa Bella atualmente Serra Talhada-PE, no dia 7 de julho de mil oitocentos e noventa sete. A outra data é 4 de julho de 1898. Teve 10 irmãos sendo eles: Antonio Ferreira da Silva, Livino, Virtuosa, João, Angélica, Maria (dona Mocinha), Ezequiel, Anália, Maria do Socorro que nasceu e morreu poucos meses depois vítima de uma infecção auditiva e Maria da Glória que morreu com dois ou três anos de idade, em virtude de um acidente doméstico. Infelizmente morreu queimada causado por uma lamparina que virou sobre a sua camisolinha. Ela não resistindo às queimaduras morreu 8 dias depois. 

De Virgolino para Lampião. 

O destino foi cruel com ele e com toda sua família. Tornou-se Lampião o cangaceiro mais corajoso, perigoso, perverso e sanguinário, mas isso usava como protesto contra  aqueles que do meio da sociedade o tiraram. Ninguém quer ser rejeitado por ninguém, assim ficou ele. 

Naquela comunidade vivia entre pais, irmãos, parentes e amigos e de repente, é obrigado a sair da terra que o viu nascer e crescer, que vivia com dignidade e respeitado por todos, frequentando todas as festas que o município oferecia, e sem menos esperar, é obrigado a se mandar dali com seus pais e seus irmãos para outras terras, que nem em sonho, fazia parte do seu berçário. 

Alguns o condenam achando que o seu mundo desatroso foi ele quem o fez, mas não é bem assim. Falar é muito fácil, porque a pele dos outros é capaz de suportar a mais ofensiva fórmula de soda cáustica, e para muitos, é simplesmente hidratante, bronzeador... 

Tudo de bom é para nós. Não somos maldosos, não mentimos, não caluniamos, não somos invejosos, não desejamos o mal a ninguém, não falamos mal dos nossos irmãos, não matamos, não roubamos..., mas os outros fazem e são tudo isso; assim caminha a humanidade ferindo os seus irmãos e não assume o que faz de errado. 

Eu não estou querendo defender o capitão Lampião, afinal ele já morreu, mas ninguém vive na terra sem ter um destino, um erro, um caminho bom ou ruim. 

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