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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

PROCURANDO GENTE DOS NOSSOS ESTUDOS CANGACEIROS...

 Por José Mendes Pereira

Por onde anda o nosso amigo de pesquisas sobre cangaço o Raul Meneleu Marcarenhas, que nunca mais apareceu nas redes sociais?

Se o leitor tem notícias do Meneleu, comunique-nos, por favor, através deste g-mail: 

josemendesp58@gmail.com


http://blogdomendesemendes.blogspot.com


O TESOURO DO POÇO

Clerisvaldo B. Chagas, 19 de dezembro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.155

Como todo mundo pensa, por que nós os adolescentes da década de 60, não podíamos pensar? E eu sempre estava pensando naquele poço que era a diversão máxima de adultos e adolescentes da época. Um poço que não secava nunca. Com cheias ou sem cheias, o Poço dos Homens assegurava o lazer arriscado de que quem o amava.  Já imortalizamos o poço dos Homens com inúmeros trabalhos, sendo o máximo nas páginas de IPANEMA, UM RIO MACHO. Ali tomávamos banhos, pescávamos de litro, de anzol... disputávamos os saltos mais ornamentais, urinávamos em cima dos nós que dávamos nas roupas alheias e apreciávamos juntos o voo das andorinhas e a paisagem do entorno.

Poço dos homens

Todavia nos devaneios da juventude, eu pensava na possibilidade de haver alguma coisa boa no fundo do poço, trazida pelas cheias. Quem sabe, até um tesouro ali guardado por muitos e muitos anos. O poço era dividido em três partes: Estreitinho, Largo e o Raso. Este último, para quem estava aprendendo a nadar, e que geralmente, utilizava duas cabaças amarradas à cintura, como boias. Mas o Largo e Estreitinho eram fundos. O Largo, muito mais fundo. Mas isso não impedia o surgimento dos exibicionistas. Uns dando sapatadas seguidas, sem emergir a cabeça. E alguns que mergulhavam e exibiam areia trazida do fundo do poço. Quando se mergulhava a mais de um metro, a água se tornava geladíssima. Então, o poço era fundo sim, mas alguns bons de fôlego alcançavam o piso. Não eu.

Ora, já completamente adulto e no ocaso da idade, fui surpreendido pelo sonho de outro poeta que convergia para o mesmo ponto do antigo poço da minha juventude. O cantor, compositor, raizeiro, cozinheiro e pescador, guardião do rio Ipanema, FERREIRINHA, de saudosa memória, me mostrava uma canção que falava de um tesouro escondido no fundo do poço dos Homens. Tão presente era a canção que sugeria absoluta verdade. Foi preciso o próprio compositor me dizer que era apenas imaginação. Mas...  Que imaginação! Que coincidência entre décadas e décadas do mesmo sonho nunca antes compartilhado! Com você, caríssima leitora e caríssimo leitor, já aconteceu algo semelhante?

Explique.

Explique que eu não sei explicar.

Orgulho em ser sertanejo santanense!

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SOFRIMENTO DA DONA JOANNA FERREIRA DA SILVA - VÁRZEA DA ROÇA...

 Por Adelso Mota

Em 06 de outubro de 1933 a 91 anos era judiada com palmatória nas mãos D. Joanna Ferreira da Silva, da Fazenda Bom Sucesso de Pedro Bento, Mairi, atualmente pertence a Várzea da Roça-BA. O cangaceiro chefe Azulão, não gostou que a Mocinha Joanna tivera o cabelo cortado curto, e a indagou perguntado:

- Quem mandou cortar assim.

E a moça disse:

- Estou acompanhando a última moda na capital.

O perverso cangaceiro disse:

- Não é pra cortar mais assim, pois não gosto.

Como se ele mandasse na vida das pessoas.

De repente a sentenciou a 20 bolos de palmatória nas mãos. Logo disse:

- Não grite se não lhe judio mais ainda.

Em seguida mandou a jovem colocar as mãos no batente da janela, que era para lhe causar sofrimento maior.

Ela não aguentou e disse:

- Ai, meu Deus - com os dedos Jorrando sangue.

Ele bateu na cabeça dela com o cabo da palmatória, e retrucou dizendo-lhe pra não gritar.

Dona Joanna passou pelo hospital e foi medicada se recuperou dos ferimentos, levou a vida adiante casou, teve filhos, era costureira de primeira.

Está sepultada no cemitério municipal de Várzea da Roça.

Nossos agradecimentos ao professor e historiador Rubens Antônio e Valdir Barreto que forneceram boas fotos,

Adelso Mota, Memorialista contador de histórias do cangaço na Bahia e na nossa região.




Essa foto é da década de oitenta.


Aqui Joanna Costa, era porque era filha da viúva Rosina Costa, mais seu nome correto é Joanna Ferreira da Silva, da Fazenda Bom Sucesso, hoje povoado do Bom Sucesso, Várzea da Roça, Israel Santana confirmou haver parentes dela lá no Bom Sucesso, em fevereiro vou ao Bom Sucesso


O sepulcro de D, Joanna Ferreira da Silva, no cemitério municipal de, Várzea da Roça, BA. Ela faleceu em 1993.



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MORTE DE CALAIS

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=FNTidQvEJ2Q

Cerco e morte do cangaceiro Calais.

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CASA DO CANGACEIRO CHICO PEREIRA

 Por Fabiano Fernandes


Imagens de foto e vídeo da casa do cangaceiro Chico Pereira, situada no sítio Jacu, município de Nazarezinho PB.

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𝑪𝑨𝑻𝑰𝑵𝑮𝑼𝑬𝑰𝑹𝑨 𝑬 𝑷𝑶𝑵𝑻𝑨𝑹𝑰𝑨

 Jaozin Jaaozinn

Já passado o mês de fevereiro, adentrando os finais de março para abril do ano de 1938, Moreno e grupo seguiam em direção a Santana do Ipanema/AL, saindo primeiro das regiões próximas da fazenda Lajeiro do Boi, terras da sua companheira Durvinha. Para chegarem no destino, tiveram que passar na fazenda Patos, onde, tempos antes, ficara marcado com a morte de Serra Branca, Ameaça (ou Ameaço) e Eleonora – irmã de Aristéia –. Aristéia e seu marido, Cícero Garrincha, o Catingueira, iam mais na frente que o pessoal, soltando risadas e sorrisos de orelha a orelha; comemoravam a aparente gravidez da cangaceira.

Chegando mais na frente, o casal ainda se encontrava totalmente feliz. Talvez, os sorrisos que Aristéia e seu companheiro "soltavam" eram uma forma de disfarçar a triste dor que passavam naquela vida de perdas e fugas nos campos, matas fechadas e tabuleiros disponíveis para os bandoleiros no sertão.

Moreno, desconfiado como era, dobrava mais sua atenção e cautela por motivos, como a total descontração de Aristéia e Catingueira, e também por lá, as terras alagoanas, estarem encharcadas de volantes.

Chegando mais um pouco na frente, atravessando os galhos tortuosos que se encontram na região, o bando entrava numa tocaia. “Escondidos e protegidos entre as pedras e vegetações mais salientes, eles aguardavam o momento de atacar os inimigos ” ( Moreno e Durvinha; João de Souza Lima - pg. 126). E iam caminhando mais e mais para a emboscada, sem perceberem o perigo que estavam correndo, e após algumas leves pisadas no seco chão, escutaram o roncar dos fuzis da polícia. Automaticamente Moreno e João Garrinchinha se abaixam, toca tiro nos inimigos e coloca as mulheres em suas retaguardas. Um combate infernal.

Moreno observava cada palmo de terra que aparecia nas suas vistas. Observa o veterano bandoleiro Ricardo – conhecido pelos apelidos Ricardo Pontaria, Pontaria ou Zé Velho – já estirado no chão, sem vida, pelos primeiros disparos da volante; ao correr os olhos em outro local, repara Cícero, o Catingueira, ferido grosseiramente. Este, com muito esforço, consegue levantar, e é logo levado com ajuda de Moreno e seu irmão para fora do campo de batalha. Cambaleava, tropicava, gemia de dor enquanto estava apoiado nos ombros dos velhos amigos.

Após longa caminhada, deixando para trás o corpo de Zé, há centenas de metros, param num pé de árvore e colocam o ferido na sombra. Sua camisa foi aberta e percebem o estrago que uma bala pode fazer: o tiro destruiu parcialmente a caixa torácica de Catingueira, atingindo-o no tórax, era fácil de visualizar o coração pulsar. Em sua respiração ofegante, via-se jatos de sangue saírem pelo “𝒍𝒂𝒓𝒈𝒐 𝒐𝒓𝒊𝒇𝒊́𝒄𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒖𝒔𝒂̃𝒐”. Cícero pedia água, Moreno respondia que água, naquele momento, causaria danos piores, lavando-o rapidamente a morte. Durvinha tirou de dentro de seu embornal um vidro de "saúde da mulher" (composto usado quando das cólicas menstruais) e um capucho de algodão. Por inúmeras vezes o capucho embebido no remédio era passado nos lábios de Catingueira para aliviar a secura na boca.

Cada vez que respirava, expulsava sangue borbulhante, e o coração batendo descompassadamente. Moreno sentia que o velho companheiro iria morrer; Cícero também; ao seu lado, Aristéia chorava copiosamente. Moreno pergunta para Catingueira:

– 𝑶 𝒒𝒖𝒆̂ 𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒒𝒖𝒆𝒓 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒖 𝒇𝒂𝒄̧𝒂 𝒄𝒐𝒎 𝒔𝒖𝒂 𝒎𝒖𝒍𝒉𝒆𝒓?

— 𝑭𝒂𝒄̧𝒂 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝑫𝒆𝒖𝒔 𝒒𝒖𝒊𝒔𝒆𝒓! 𝑺𝒆 𝒑𝒖𝒅𝒆́, 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒆 𝒆𝒍𝒂 𝒄𝒐𝒎 𝒂 𝒇𝒂𝒎𝒊́𝒍𝒊𝒂!

– 𝑬𝒖 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒐!

Aos poucos, parava de respirar e gemer; o coração, que mostrava-se agitado, já começava a pulsar bem devagar; apertando com força o braço de Moreno, pendeu a cabeça prum lado e expirou. Amigos sentiam, choravam e tentavam acalentar a sofrida Aristéia. João, contrariado, acabou de assistir a morte de seu mano. Moreno e os demais cavam uma cova rasa e enterram-no lá.

Seu jazigo e sua cruz eram as macambiras e os xique-xiques cortados e colocados em cima do túmulo para proteger o que há por dentro.

Traçam um caminho inverso ao que vinham seguindo, para fugirem de mais outra "aventura" ou desagradável surpresa como essa. Após quatro dias, Moreno retornaria ao local, encontrando só a carcaça de Pontaria, já sem a cabeça. A volante que travaram combate era uma parcela da de João Bezerra, comandada naquele momento pelo então cabo Aniceto Rodrigues que, com o membro decapitado de Pontaria, viria a subir de patente para sargento, talvez levando o "prêmio" para Piranhas/AL ou Pão de Açúcar/AL.

Neste dia, Aristéia perdera o segundo amor de sua vida, Catingueira, pai de seu futuro filho, o Catinguerinha, também morto por "motivo besta".

𝐅𝐎𝐍𝐓𝐄: 𝐌𝐨𝐫𝐞𝐧𝐨 𝐞 𝐃𝐮𝐫𝐯𝐢𝐧𝐡𝐚 - 𝐉𝐨𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 𝐒𝐨𝐮𝐳𝐚 𝐋𝐢𝐦𝐚.

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JOANA MARIA DA CONCEIÇÃO

  Por José Mendes Pereira

Era casada com Zé Cosme. Ela era irmã de Manoel Mendes da Câmara, meu avô, ambos, eram irmãos de João Mendes, conhecido por João Grilo, que era pai de Luiz Mendes. 

João Mendes era avô de Luiz Belarmino da Silva. conhecido como Luiz de João de Cosmim, Antonio Belarmino, Zé Fofoca, Lia de Chico Joca, além de outros netos. 

Joana era tia legítima da minha mãe Antônia Mendes Pereira.

São muitos da nossa família Mendes que não a conheceram. 

Aqui a sua foto para todos que não tiveram a oportunidade de conhecê-la pessoalmente, aliás, nem por foto. Felizmente eu resgatei esta foto dela. Ela era avó de José Leiteiro que morreu recentemente, de Marcelino, Alderi do leite... 

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