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sábado, 13 de agosto de 2022

O CANTO DO ACAUÃ


Veja se o professor Pereira o tem.
franpelima@bol.com.br

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LIVRO

 Por José Mendes Pereira


Recentemente o escritor e pesquisador do cangaço Guilherme Machado lançou o seu trabalho sobre o mundo dos cangaceiros com o título "LAMPIÃO E SEUS PRINCIPAIS ALIADOS". 

O livro está recheado com mais de 50 biografias de cangaceiros que atuaram juntamente com o capitão Lampião. 

Eu já recebi o meu e não só recebi, como já o li. Além das biografias, tem fotos de cangaceiros que eu nem imaginava que existiam. São 150 páginas. Excelente narração. Conheça a boa narração que fez o autor. 

Pesquisador Geraldo Júnior

Prefaciado pelo pesquisador do cangaço Geraldo Antônio de Souza Júnior. Tem também a participação do pesquisador Robério Santos escritor e jornalista. Duas feras no que diz respeito aos estudos cangaceiros.

Jornalista Robério Santos

Não deixa de adquiri-lo. Faça o seu pedido com urgência, porque, você sabe muito bem, livros escritos sobre cangaços, são arrebatados pelos leitores e pelos colecionadores. Então cuida logo de adquirir o seu! 

Pesquisador Guilherme Machado

Adquira-o através deste e-mail: 

guilhermemachado60@hotmail.com
Ou dê um pulinho lá em Cajazeiras:

franpelima@bol.com.br

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FAZENDA PITOMBEIRA E O LENDÁRIO BARÃO DO PAJEÚ NO CARIRI CANGAÇO 2022

 

Cariri Cangaço visita a Fazenda Pitombeira, "feudo" do Barão do Pajeú

A tarde de 15 de dezembro de 2021; segundo dia de trabalho em Serra Talhada; marcaria um dos momentos mais marcantes do conjunto de visitas preparativas para o Cariri Cangaço Serra Talhada 2022. A Caravana liderada por Manoel Severo e Luiz Ferraz Filho seguiu para um dos cenários históricos mais emblemáticos de todo o Pajeú: A Fazenda Pitombeira, feudo do Coronel Andrelino Pereira da Silva, o famoso Barão do Pajeú. 

Luiz Ferraz Filho esclarece: "A Pitombeira era propriedade do coronel Andrelino Pereira da Silva, o Barão do Pajeú, que daqui  comandava toda a política de Serra Talhada e região, na segunda metade do século XIX e início do século XX. Foi aqui que dentre outros importantes momentos, o Barão hospedou várias autoridades e personalidades sertanejas, tais como o Padre Cícero Romão Batista na viagem que fez para Roma-ITA e o juiz de direito paraibano, Augusto Santa Cruz."

Coronel Andrelino Pereira da Silva, o Barão do Pajeú. Nasceu em 1823, proprietário fundador da fazenda Pitombeira, em Serra Talhada, filho do Comandante Superior Manuel   Pereira, a fazenda pitombeira foi destaque na história do Pajeú, aclamado Barão em dezembro de 1888, substituiu o pai no comando político local, foi primeiro Prefeito de Vila Bela, entre os anos de 1892 a 1895, faleceu no ano 1901.

A Fazenda Pitombeira era um grande latifúndio de 12 mil hectares, que compreendia as Fazendas Caiçara, Ipueira, Cedro e Belém, esta última herança que o Barão do Pajeú recebeu do seu pai, o comandante-superior Manoel Pereira da Silva, o mesmo, responsável pelo ataque aos fanáticos da Pedra do Reino em maio de 1838. Por ocasião da visita, a caravana Cariri Cangaço foi recebida brilhantemente pelo atual proprietário; Antônio Alves Filho, seu Antônio Caiçara; empresário serra-talhadense do  grupo Pajeú Nordeste ; ao lado de sua esposa dona Zélia Pereira, neta e herdeira do major Isidoro Conrado de Lorena e Sá; ex-prefeito de São José do Belmonte e que comprou a Fazenda Pitombeira em 1911 ao coronel Antônio Andrelino Pereira da Silva, filho do Barão do Pajeú.

Fazenda Pitombeira, imagens atuais do feudo que pertenceu ao 
emblemático Barão do Pajeú, coronel Andrelino Pereira da Silva.

"Da família a qual pertencia, sobressaiu-se Andrelino, agraciado com o título de “Barão de Pajeú” por decreto imperial de 1º de dezembro de 1888. O referido barão chefiou, desde o Império, o Partido Conservador em Vila Bela. Muito rico dizem que possuía nas velhas arcas de cedro da Fazenda Pitombeira, trezentas redes, com que haveria de hospedar qualquer caravana" comenta Valdir Nogueira.


Um Pouco dos personagens do Clã Pereira do Pajeú:

O capitão José Pereira da Silva (Cap. Zezinho) patriarca da maior parte dos Pereiras do Pajeú, é quem inicia essa saga do clã na região, que depois é exercida por muitos outros de seus descendentes, figuras como: Cap. Simplício Pereira da Silva, considerado por muitos o maior revolucionário do sertão; Vitorino Pereira da Silva, foi presidente da câmara em Vila Bela; Manoel Pereira da Silva, Coronel da Guarda Nacional, Comandante Superior das Ordenanças de Flores, Ingazeira e Vila Bela, Cavaleiro de Cristo e Comendador da Imperial Ordem da Rosa; Andrelino Pereira da Silva (Barão do Pajeú), primeiro prefeito de Vila Bela, hoje Serra Talhada-PE; Antônio Andrelino Pereira da Silva filho do Barão, terceiro prefeito de Vila Bela; Manoel Pereira da Silva Jacobina (Padre Pereira), segundo prefeito de Serra Talhada; Major Sebastião Pereira da Silva; Arcôncio Pereira da Silva, bacharel e primeiro deputado provincial da família; Tenente Coronel José Sebastião Pereira da Silva, primeiro prefeito de São José do Belmonte-PE; Antônio Cassiano Pereira da Silva, segundo prefeito de São José do Belmonte."

Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço, ressaltou a importância da visita; "estamos muito gratos ao seu Antônio Caiçara e a dona Zélia por nos anfitrionarem de forma sensacional neste que sem dúvidas, é dos cenários mais preciosos de toda a história de Serra Talhada e gostaríamos de parabenizar a família por todo o zelo, cuidado e a espetacular manutenção deste extraordinário patrimônio histórico e arquitetônico, não só do Pajeú, nem de Pernambuco, mas de todo o sertão do Brasil. Parabéns !" 

Clênio Novaes, Adriano Carvalho, Junior Almeida, Antônio Caiçara,
Manoel Severo e Luiz Ferraz Filho.
Joaquim Pereira e Adriano Carvalho; representante dos dois clã se encontram na casa do Barão do Pajeú
Pesquisador José Francisco
Júnior Almeida

Palavras de Agradecimento do curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, ao proprietário e anfitrião, senhor Antônio Caiçara, durante a extraordinária visita do Cariri Cangaço a Fazenda Pitombeira; outrora, morada do Barão do Pajeú.


Imagens gentilmente cedidas por: Adriano Carvalho
Fonte: CONVERSAS & CONVIDADOS - Canal You Tube


lém do coronel Andrelino Pereira da Silva, o Barão de Pajeú, que era tio avô de Sebastião Pereira da Silva, o Sinhô Pereira, único chefe de Virgolino Ferreira da Silva, Lampião; seu filho, o coronel Antônio Pereira da Silva, também da Fazenda Pitombeira, que nasceu aos 11 de setembro de 1863 e foi o terceiro Prefeito de Serra Talhada (1898 a 1901) desde muito cedo esteve também presente nas contendas envolvendo a família Pereira. Seu nome ficou estampado nos anais da história, destemido e rico, lutava e financiava partes da logística nos momentos mais críticos das lutas envolvendo seu clã, já empobrecido, mudou-se para o Ceará, deixando para trás seu torrão natal, faleceu no distrito do Carmo, município de Belmonte, aos 16 de outubro de 1948.

Manoel Severo apresenta o Cariri Cangaço e agradece a acolhida 
na casa do Barão do Pajeú a seu Antônio Caiçara
Cariri Cangaço e o Café na Casa do Barão do Pajeú
Moustafá Veras, Vilson da Piçarra, Joaquim Pereira e Clênio Novaes

Recorremos ao site oficial da Família Pereira, em texto de Helvécio Neves Feitosa: (https://familiapereira.net.br/) para trazer um episódio que ilustra bem a presença forte da Fazenda Pitombeira no cenário histórico local da época em todo o Pajeú:

"Ulysses Lins de Albuquerque, em seu livro “Um Sertanejo e o Sertão“, conta que, em 1916, teve que voltar a Triunfo, de onde seguiu para Serra Talhada, Flores e Belmonte, na condição de coletor federal, quando arrecadava impostos de patentes de registro. Estava na companhia do cargueiro Manuel Salina. Naquela ocasião, relata a visita ao Coronel Antônio Pereira à fazenda Pitombeira. Informa o autor que Vila Bela estava agitada em virtude da questão surgida entre as famílias Pereira e Carvalho, rivais há quase um século. E, de 1905 até aquela data, alguns choques entre membros das duas famílias reacenderam o facho das discórdias.

Nas palavras do autor: "Viajando de Vila Bela para Belmonte, tive de almoçar na fazenda Pitombeiras, do coronel Antônio Pereira, filho do barão de Pajeú — coronel Andrelino Pereira da Silva. Fui muito bem tratado e admirei a agudeza de espírito da esposa do coronel Pereira — senhora inteligente e enérgica. 

O coronel mostrou-me o seu paiol de armas — mais de uma centena de bacamartes de espoleta, senão mais, guardados no sótão, com as respectivas cartucheiras. [Naquele tempo, havia poucos rifles no sertão e as armas antigas eram muito usadas]. Aqueles velhos arcabuzes — alguns de boca-de-sino — tinham a sua história: participaram muitos deles dos combates travados pelo coronel Manuel Pereira da Silva [pai do barão do Pajeú] e seu irmão Simplício, contra os liberais chefiados por Francisco Barbosa Nogueira Paes, na vila de Flores e na Serra Negra, numa luta que durou dez anos ou mais...


Simplício Pereira, apontado pelo jornalista João Brígido, do Ceará, como autor de mais de 50 mortes, ficou indignado ao ler o artigo, e, quando a mulher — que o interpela pelo motivo da zanga — lhe diz que ‘contando com os caboclos, uns índios por ele trucidados, ‘talvez passasse de 50 mortes’. Então ele retruca: ‘Ora, que besteira! Eu falo é em gente batizada!” De Pitombeiras segui para Belmonte, e entre aquela fazenda e a da Carnaúba — esta de propriedade do coronel Manuel Pereira Lins, primo de Antônio Pereira – encontrei diversos homens armados, mas aquilo não me surpreendeu, pois sabia que viviam em estado de alerta.

Pernoitei no povoado de Bom Nome, onde era intenso o comércio de borracha de maniçoba, cultivada em larga escala no município de Belmonte, onde existia em abundância aquela seringueira, em estado nativo. Uma riqueza que alguns anos depois entraria em colapso, com a queda vertical do preço do produto."

Vilson da Piçarra, Joaquim Pereira, Luiz Ferraz, Manoel Severo, José Francisco, Amélia Araújo, Adriano Carvalho, Criscelio, Valdir Nogueira, Clênio Novaes e Moustafa Veras
Luiz Ferraz Filho, Manoel Severo, José Francisco, Amélia Araújo, 
Adriano Carvalho e Criscelio
Adriano Carvalho, Vilson da Piçarra, Manoel Severo e Joaquim Pereira
Valdir Nogueira

É o pesquisador e escritor Valdir Nogueira, Conselheiro Cariri Cangaço, que relata: "na lendária Vila Bela de outrora, na saga da fazenda Pitombeira, vicejam muitas histórias relacionadas com o seu primitivo proprietário, o Barão do Pajeú; conta-se que durante o novenário da Padroeira Nossa Senhora da Penha, o rico barão escolhia a cada dia o tipo de animal de montaria em que a caravana partindo da Pitombeira, entre proprietários, familiares, vaqueiros e moradores, seguiria para participar das novenas na Matriz de Vila Bela. Dizia o barão: “Hoje iremos todos à novena em cavalos pampas pretos... amanhã em cavalos pampas castanhos...depois de amanhã em cavalos brancos...depois em cavalos melados...”,e assim por diante... 

Baronesa Verônica Pereira da Silva

O Barão do Pajeú casou duas vezes: a 1ª com Maria Osséria de Santo Antônio e a 2ª com a Baronesa do Pajeú, Verônica Pereira da Silva. No tempo do apogeu e esplendor da Fazenda Pitombeira, na larga varanda da velha casa de vivenda, sentada sobre um couro de boi curtido, passava horas a fio a Baronesa do Pajeú, matando o seu tempo numa almofada bastante abaulada fazendo renda de bilro. Certo dia, tendo encerrado uma conversa um pouco acalorada com Dona Marica Pereira, sua nora, falou a baronesa: “Olhe Marica, quando eu morrer, vou deixar o meu dinheiro para você queimar.”

O Barão do Pajeú faleceu a 30 de dezembro de 1901. Tempos depois, já doente e em tratamento com o afamado “Tio Cornélio de Sá” de Salgueiro, na época, o doutor de toda aquela região, não resistindo a uma forte infecção intestinal faleceu a Baronesa do Pajeú. Depois da sua morte, Dona Marica Pereira, julgando o que não teria mais importância e nem serventia resolveu queimar os pertences da baronesa. Entre os objetos destinados ao fogo, estava a velha almofada de fazer renda. Quando as chamas iam velozmente reduzindo tudo a cinzas, uma preta, antiga cozinheira da fazenda percebeu que junto com os resquícios chamuscados do enchimento da almofada, estava parte da fortuna da baronesa, ora detectada através de pedaços de algumas cédulas, já soltos no ar, dentro da fumaça escura se elevando no espaço. Entre os valores dos dez réis e dos mil réis, dos vinténs, dos tostões e dos cruzados, de uma enorme quantidade em dinheiro de cédulas da baronesa, foi tudo devorado pelo fogo. E cumpriu-se então o que a baronesa havia dito tempos antes: “Marica, quando eu morrer, vou deixar o meu dinheiro para você queimar.”

Registro da Visita do Cariri Cangaço à Fazenda Pitombeira, do Barão do Pajeú

E completa Valdir Nogueira: "nos tempos do Barão do Pajeú e do seu filho Coronel Antônio Pereira, a Fazenda Pitombeira continuava próspera e produtiva e se destacava, além da região do Pajeú como em todo alto e árido sertão pernambucano pela sua importância política, econômica e social. Opulento criador, a título de curiosidade a relação dos nomes de alguns animais deixados pelo fidalgo sertanejo, de acordo com seu testamento feito a 27 de agosto de 1901. Cavalos: Bebedor, Borborema, Borboleta, Bordado, Borrego, Cabeceira, Campina, Cravo-branco, Crumatá, Cruzeta, Cuidado, Dançarino, Lavandeira, Mancha, Marujo, Melado-bravo, Nevoeiro, Passarinho, Pensamento, Piáu, Pinto-macho, Raposão, Redondinho, Salvaterra, Tamborete e Vila-bela. Entre os burros: Beleza, Cajazeira, Castanhinho, Ceará, Cutia, Encardido, Enjeitado, Gazo, Pimpão, Quixaba e Tição. Entre as burras: Barra, Bonita, Castanha, Catolé, Fita-preta, Macaca e Praibana."  

CARIRI CANGAÇO SERRA TALHADA 2022
11 a 14 de Novembro de 2022
Serra Talhada - Calumbi
PERNAMBUCO-BRASIL

Redação Cariri Cangaço
Fazenda Pitombeira - Serra Talhada-PE; 
15 de Dezembro de 2021

https://cariricangaco.blogspot.com/2021/12/fazenda-pitombeira-e-o-lendario-barao.html

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UMA IMENSA ENCRUZILHADA DE ENCONTROS

 Por Luciana Nabuco

Ane Ranzan, Luciana Nabuco e Célia Maria no Cariri Cangaço Piranhas 2022

Na linda canção de Luiz Gonzaga “Vida de Viajante” ele diz que 

“Minha vida é andar,

Por este país

Prá ver se um dia

Descanso feliz

Guardando as recordações

Das terras onde passei

Andando pelos sertões

E dos amigos que lá deixei...”

Estive novamente nas beiras do Velho Chico, em Piranhas sentindo e absorvendo as memórias, pisando nas velhas ruas, ouvindo o piar dos pássaros o vento refrescando as árvores, vislumbrando o que vivi e imaginando o que ainda terei a experenciar nessa vida. Nessa minha vida de viajante. 

Dizemos muitas vezes que o que mais importa, é de fato significativo é o caminho. Nele aprendemos, acertamos, erramos, curamos dores, lavamos as tristezas, celebramos os encontros. E os encontros nesse evento Cariri Cangaço , conduzido pelo querido amigo Manoel Severo é o que dá “sentido e direção ao tempo”, como diria Vinícius de Moraes no seu belo poema “Canção de Orfeu”.

Manoel Severo, Luciana Nabuco e Ricardo Beliel em noite de Cariri Cangaço Piranhas 2022

Sou uma viajante e curiosa de gente, de histórias. Sinto no peito as despedidas e algo que sempre me comoveu nas andanças durante as pesquisas do livro “Memórias Sangradas “ de Ricardo Beliel, foi que cada casa que se abria para nós era um coração que também se adentrava. Dou muito valor em cada passo que faço em direção ao outro. O outro é meu espelho igualmente, aprendo sempre. E cada pessoa, cada família que nos recebia, contava uma história, um relato, partilhava sua memória mais íntima ao final nos dizia “Mas vocês voltam logo?”.

Esse retorno, essa imensa encruzilhada de encontros se deu de forma tão afetuosa no Cariri Cangaço. São pessoas de diversas regiões do Brasil, gente de idades diversas, cruzos diversos, e abraços. Ah, os abraços. São como águas mornas do rio, são a mais genuína troca de energias de renovação, acalanto da alma.

Ricardo Beliel, Lisbela e Luciana Nabuco
Lisbela, Ricardo Beliel, Jorge Figueiredo, Luciana Nabuco e Rita Pinheiro

E mesmo de tudo o que não pude ver, percebi nos olhares dos que estiveram presentes. Essa edição do Cariri Cangaço teve uma cerimônia de entrega das cinzas do pesquisador Antônio  Amaury. Infelizmente eu não pude estar presente no momento. Porém no dia seguinte ao conversar com seu filho Carlo Elydio Araújo, pude ver em seus olhos a memória e a força do amor dessa entrega ao rio. Os olhos úmidos de Carlo foram igualmente meus olhos, da saudade paterna, do meu velho pai que se encantou há 25 anos. E nós que aqui continuamos precisamos justamente abrir mais caminhos, “guardando as recordações”. 

Cada pessoa, cada pesquisador, cada um que ouve e troca ideias, cada abraço, cada riso ou choro é o que de mais lindo existe nesse evento. É uma celebração de vida, de memória, de escuta. E somos carentes de memórias.

Luciana Nabuco, Manoel Severo e Rita Pinheiro

Que eu possa ter uma vida longa para estar presente em muitas edições futuras do Cariri Cangaço, porque a acolhida é como daquelas imensas mesas sertanejas. Mesas plenas de histórias, generosas, onde se senta a criança e se senta o velho. Um grande abraço meu amigo Manoel Severo e todos dessa família que me acolheram. "Dizemos muitas vezes que o que mais importa e que é de fato significativo é o caminho ".

Luciana Nabuco, pesquisadora, escritora, poeta, jornalista, ilustradora,  Rio de Janeiro, 12 de agosto de 2022 

O Cariri Cangaço Piranhas aconteceu entre os dias 28 e 30 de julho de 2022 na cidade ribeirinha de Piranhas, baixo São Francisco, no estado de Alagoas, nordeste do Brasil.

https://cariricangaco.blogspot.com/2022/08/uma-imensa-encruzilhada-de-encontros.html

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O PILEQUE DE GEVÁRSIO SALVA O BANDO DE LAMPIÃO

 Por Na Rota do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=s60zM24NLME&ab_channel=NaRotaDoCanga%C3%A7o

Em Agosto de 1937, dia de feira em Serra Negra, o tenente Zé Rufino descansava de extensa jornada ao tempo em que seus comandados tiravam folga para tomar “umas e outras”, quando surge no povoado um sujeito montado num burro castanho despertando a atenção do rastejador Gervásio, que proseava à porta do salão de sinuca. 

O rastejador passou então a monitorar o coiteiro, que se dirigia diretamente para a residência do coronel chefe político João Maria. O desdobramento dessa visita inesperada foi imediato porque o coronel despachou um empregado para contatar o tenente Zé Rufino, pois o coiteiro queria uma conversa “pé de orelha” com o tenente.

 O diálogo se deu em linguagem quase que cifrada. 

Quis saber Temístocles, deixando subentendido vantagens financeiras, segurança, e discrição naquela conversa com Zé Rufino, travada na sala de jantar de João Maria, sem ninguém por perto. Zé Rufio abriu o flanco da conversa, deixando a entender que um acordo seria mesmo razoável para aquela guerra sem fim entre sua volante e o bando de Lampião. 

O tenente Zé Rufino apenas aquiesceu positivamente com a cabeça. Discretamente o coiteiro se retirou, o tenente ainda proseou com João Maria tomando calmamente seu café; se despediu e caminhou sem alvoroço até onde os soldados da volante estavam arranchados, olhou bem nos olhos do cabo Miguel, seu guarda-costas, e ordenou. 

Algumas léguas distantes de Serra Negra, na fazenda Capoeira, Temístocles teve uma conversa com Lampião. 

O tenente Zé Rufino só não cercou e liquidou com Lampião, porque o cabo Miguel, ordenança de Zé Rufino, levou tempo para reagrupar a tropa espalhada pela feira ou em casas de parentes, e por um detalhe recorrente na volante e não menos importante: 

Gervásio, o rastejador, estava de Pileque numa das bodegas de Serra Grande e demorou a se curar da carraspana. 

Acesse: blogdojoaocosta.com.br Fonte de consulta: 

Lampião – a Raposa das Caatingas, de José Bezerra Lima Irmão.

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ZÉ RUFINO MATA O CANGACEIRO MEIA NOITE IV CABRA DE LAMPIÃO

 Por No Rastro do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=dqh_yrCt1wU&ab_channel=NoRastroDoCanga%C3%A7o

O honesto, trabalhador e pacato cidadão Augusto Ribeiro, por ser parente de vários cangaceiros da região de Chorrochó na Bahia, entre eles o malvado Zé Baiano, Zé Sereno, Mané Moreno e outros, se viu em apuros devido à perseguição violenta das Volantes Policiais a ele e sua família, sendo que numa ocasião, juntamente com a esposa, foram cruelmente espancados e humilhados pela Volante do perverso Francisco Moutinho Dourado, o terrível Douradinho, fato este que o fez tomar a decisão de se tornar Cangaceiro e se apresentar ao Bando de Zé Baiano, homem forte de Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, o Rei do Cangaço, vindo a receber a alcunha de Meia noite.
Assistam até o final para entender todo enredo desta incrível história do Cangaço Nordestino.

Fonte: LAMPIÃO ALÉM DA VERSÃO – Alcino Alves Costa
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