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domingo, 17 de março de 2019

2ª EDIÇÃO FLORO NOVAIS HERÓI OU BANDIDO?


Mais um livro na praça: FLORO NOVAIS: Herói ou Bandido? De Clerisvaldo B. Chagas & França Filho. Este livro estará disponível a partir de amanhã no Cariri Cangaço São José do Belmonte e segunda feira dia 15/10 Para todo Brasil. 

Preço R$ 40,00 com frete incluso. 124 páginas. Franpelima@bol.com.br e fplima1956@gmail.com e Whatsapp 83 9 9911 8286.

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EM UM DADO MOMENTO NA HISTÓRIA DO BRASIL

Por: Alfredo Bonessi

Incentivado  por Chico Pereira, o único cangaceiro cowboy do sertão, pois usava botas, chapéu de mocinho de cinema e rifle, Lampião enviou seus irmãos Antonio e Levino, com o bando de cangaceiros, para atacar a cidade de Sousa na Paraíba. Lampião não foi ao ataque – estava ferido no pé por bala da volante de Theofannes Torres.  

Theofannes Torres

Para Chico Pereira o ataque serviria como vingança contra os desafetos que tinham  feito atrocidades contra o seu pai naquela cidade. Nessa ocasião Lampião e o seu bando estavam a serviço do Coronel  José Pereira, de Princesa, na Paraíba.  Esse coronel não gostava de Lampião e nem dos cangaceiros – tinha em seus mandos  centenas de jagunços, pistoleiros e muita gente que não prestava – ele era o manda-chuva na região.

Coronel José Pereira de Lima

Com o ataque dos cangaceiros a cidade de Sousa o Coronel Pereira rompe em definitivo com Lampião e seu bando e os expulsa das suas fazendas, mas um cunhado de Pereira continua amigo de Lampião e  o recebe em sua casa, almoçam juntos e são amigos do peito. Essa amizade é do conhecimento do Coronel Pereira que não podendo fazer nada, apenas tenta aconselhar o cunhado a se desligar desse tipo de má gente. Mas ele continua amigo do Rei do Cangaço e é coiteiro dele.

O cangaceiro Chico Pereira

Essa amizade com Chico Pereira não dura, esse cangaceiro quando ferido, foi traído,  e abandonado pelos irmãos Ferreira em um canavial quando estava cercado pelas volantes, estava sem forças e quase moribundo e ainda, nessa ocasião, estava picado de cobra venenosa.

Surge a questão entre João Pessoa e João Dantas – dizem alguns por ciúmes e interesse na namorada de João Dantas. João Pessoa manda a polícia atacar e prender João Dantas na casa da namorada. Esta estaciona o automóvel nos fundos da casa e João Dantas escapole pela janela dos fundos. Mas a policia invade a casa e vasculha todos os aposentos e se apossa das cartas de namoro entre os dois. Essas cartas vão parar nos jornais e os ataques pela mídia da época fica acalorado entre os dois e como decorrente surgem  as ameaças entre ambos: João Dantas avisa: - Se você vier a Pernambuco, morre!

A política  brasileira na ocasião ferve no Sul do País e João Pessoa é o candidato  para a posse  política  – seu prestigio  e fama  estão em alta – todo o País sabe quem é ele.

João Pessoa decide ir ao Recife, mas é avisado pelas pessoas mais chegadas: - Não vá! Você está ameaçado de morte!

- Que nada! vou ao Recife!  e fez pouco caso dos avisos.

João Dantas vem de bonde – está em pé e uma pessoa está sentada  lê o jornal do dia. João Dantas dá uma brechada  na página principal do jornal e vê a noticia que João Pessoa está na cidade. No mesmo bonde ele volta para casa e apanha o revolver.  Procura por João Pessoa e o encontra na confeitaria – espera por ele. João Pessoa sai da confeitaria e João Dantas se aproxima pelas costas. Grita para ele: eu não te disse que não viesse ao Recife!!!! – João Pessoa se vira e investe contra ele de bengala em punho: - Ora seu! .................e leva três tiros.

A noticia se  espalha que nem fogo Brasil afora – João Dantas é considerado o Judas Nacional.  O  crime imediatamente serve de pretexto político e passa a ser considerado político e vira  motivo  principal para a sublevação nacional. Forças Getulistas  tomam o poder e João Dantas é preso com um parente seu que nada tinha a ver com o caso.

Ao lado da cela de João Dantas está o cangaceiro Antonio Silvino cumprindo pena. Tempos antes ele se oferece para pegar Lampião a unha, vivo ou morto e dá até um prazo para o feito:  20 dias.  Mas ninguém acredita nele e o deixa mofar atrás das grades. Você já pensou se houvesse esse encontro?

- quem mataria quem nesse embate?

Antonio Silvino fora um cangaceiro justiceiro, respeitador de lares e de mulheres, pedia antes de se apossar, se alguma mulher  o repreendesse ele até pedia desculpas e ia se embora. Praticava a justiça por onde andava e casou muita gente nesse sertão na marra, às vezes a coice de rifle, outras vezes a ponta de punhal. Não digo que era um homem corajoso, mas astucioso, esperto, muito precavido – andava sempre com pouca gente e se fazia obedecer pelos seus comandados.

Lampião

Lampião era aguerrido, ágil,  não fazia esse tipo justiça, não respeitava as mulheres, permitia que elas fossem estupradas e marcadas a ferro, ele mesmo forçou algumas delas,  não tinha dó de ninguém,  não ligava para a tortura que sofria as suas vitimas, desprezava a morte e sabia que um dia morreria por uma bala qualquer – sua estratégia maior era  não ser pego pela policia. Diversas vezes quis se entregar e seus irmãos não o deixaram.  Levino Ferreira, seu irmão, dizia para ele: você é um frouxo, um covarde – não serve para ser cangaceiro.  Lampião  sabia quando era a hora de lutar e a hora de escapar. E dizia sempre: - Não enfrente os macacos.  Lampião tinha a sua própria justiça, a justiça lampiônica, pois  a justiça era dele – a justiça era ele – ele fazia as suas  vinganças  a sua moda, muito  cruel. Lampião andava quase sempre com muita gente no bando e permitia que   chefes previamente designados mandassem nos seus grupos e decidisse a sorte daqueles cangaceiros  que por acaso fizesse algo que deveria  ser punido com a expulsão do bando ou até mesmo a morte.

- Ele sempre dizia:

“cangaceiro é para morrer no mato, de bala, feito bicho!”

Cumpriu-se essa profecia.

Antonio Silvino sempre afirmava: Lampião é um príncipe!

Lampião sempre dizia:

- Antonio Silvino é um covarde, pois se entregou!

A polícia invade a cela de João Dantas e a luta é ferrenha. Antonio Silvino escuta tudo – foi uma longa briga que acabou com a morte de João Dantas e do seu parente. A população fica sabendo do ocorrido e comemora o acontecido – a vingança fora feita.

Novamente  procura-se um responsável  pela ideia e autorização para a chacina de João Dantas: quem mandou?

A culpa cai em cima do Deputado  Suassuna que nada tem a ver com o caso. Ele mesmo decide ir ao Rio de Janeiro se explicar e  provar que não tem nada a ver com o assassinato de João Dantas. Seus familiares  o aconselham que não vá. Ele vai e é assassinado no Rio de Janeiro.  A questão esfria e a política continua – tudo abafado, mas não para os familiares do Deputado Suassuna que até hoje estão indignados por esse crime e procuram pelos mandantes. Na época o criminoso é mandado trabalhar  próximos as fazendas do Deputado assassinado - mas a viúva  não autoriza a vingança. Depois o criminoso vem trabalhar nas fazendas da  família do Deputado Suassuna, mas a viúva não deixa que o matem.

Final

Com a Revolução de 30 o Coronel Pereira  é derrotado e expulso de suas propriedades e vai se esconder no interior do Sertão  - errou de lado no apoio militar. Somente voltou as suas terras  muito  tempo depois do fato, mas nunca mais se recuperou no poder de mando e decisão, pois a revolução de 30 acabou com a poder dos coronéis e criou a classe política.

Chico Pereira, escapou das balas da polícia e do veneno da cobra mas acabou preso  e covardemente assassinado pela polícia.

Lampião reinou  absoluto no sertão durante o período da revolução de 30 – os militares e as volantes que o perseguiam foram brigar em outra praça de guerra. Por estar tudo calmo e bom demais arrastou  mulheres para o seu bando – Sinhô Pereira comentou; acabou-se a invencibilidade dele.

Dois irmãos Ferreira já estão mortos, Antonio e Levino e em breve morrerá o caçula da família, Ezequiel Ferreira e o cunhado Virginio, ferido em combate mas executado com um tiro no peito pelo cangaceiro Moreno que acabou ficando com a mulher  do “Juiz do Cangaço”.

Lampião sempre dizia; o cabra mais safado que eu conheci foi o Coroné Pereira de Princesa – mas Lampião nunca dizia o porque. Essa rusga começou por um erro de estratégia de Lampião em atacar a cidade de Sousa na Paraíba – como vimos – cidade protegida pelo Coronel Pereira que ali tinha vários amigos.

Hoje, se me perguntarem qual foi o principal fator que desencadeou a revolução de 30 – eu digo: foi um crime passional.

Se me perguntarem quem matou João Dantas na prisão ? – eu respondo que foi a policia a mando dos revolucionários de 30 – para  eliminar a dita causa que deflagrou o conflito. Se ouvissem João Dantas sobre os reais motivos do crime, a tese  inicial da morte política iria por águas abaixo e o caso poderia dar uma reviravolta.

Quem matou o Deputado Suassuna ? – também acredito que foi os revolucionários de 30 para eliminar todas as duvidas de quem mandou matar João Dantas na prisão – acredito que ele estava inocente do fato, até mesmo na morte de João Pessoa que como vimos a causa foi passional e não política.

Por fim veio a morte de Lampião e  o Estado Maior do Cangaço em Angicos - Sergipe.


Estava certo Corisco, que na ocasião, com os olhos cheios de lágrimas e riscando o chão com a ponta do punhal profetizou:

-acabou-se a alegria do sertão.

Alfredo Bonessi

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NADA SOMOS PERANTE OS LOUCOS

*Rangel Alves da Costa

O que somos perante os loucos? Nada somos perante os loucos. A ventania esmaga as folhagens pelo instinto natural do sopro e da transformação. O bicho do mato faz do outro bicho sua presa pelo instinto da sobrevivência. A morte e a destruição, perante os seres irracionais e os fenômenos naturais, fazem parte do ciclo da existência. Mas nada explica que o ser humano, revestido de racionalidade, de repente se transforme em algo muito além do imaginado para simplesmente espalhar o pânico, o terror, ferir, sangrar e acabar com vidas. E tudo como se fosse um jogo ou a coisa mais natural do mundo.
Aquelas cenas ainda estão na mente. E dificilmente se apagarão da memória. E a mais triste e aterradora recordação que alguém possa consigo levar. E em pessoas que apenas viram as imagens das cenas, distantes do ocorrido. E perante as famílias e os amigos? Um assassino seguindo por outro assassino. Um atirando e o outro terminando a maldade, golpeando com machadinha as vítimas já indefesas. As câmeras não captaram tudo. Lá dentro certamente não foi diferente ou mesmo mais animalesco ainda
Quem haverá de esquecer? Sairá da recordação aquelas imagens de alunos correndo desesperados em busca de salvação? Não há pessoa normal que não tenha se afligido com tudo aquilo. Impossível de acreditar que a capacidade de destruição humana tenha chegado ao ponto da banalização da própria vida, como se estivessem perante qualquer coisa que se vai pisando em cima esmagando e deixando para trás. Impossível também compreender tamanha violência surgida de mentes ainda jovens e que talvez não fossem propícias apenas ao mal. Mas a maldade pareceu ter apagado qualquer outro tipo de pensamento. Apenas a loucura extrema, a insanidade absoluta.
Sangue pelo chão, sangue por todo lugar, na escola e fora. A maldade se vitimando e a inocência sendo vitimada. Pessoas que estavam apenas no caminho e de repente sendo dizimadas pela perversidade. Aqueles gritos atormentados, desesperados, atônitos, ecoavam a mesma dor das vítimas já sem vida. Ora, num instante ou noutro cada aluno poderia ser alcançado. E por pouco muito mais não tombaram perante a algoz ferocidade. Mortes aconteceram, feridas abertas aconteceram, mas milagres também aconteceram.


Será que algum ramo científico seria capaz de explicar como o ser humano se reveste de tamanha bestialidade para atacar e dizimar, e da forma mais estarrecedora possível, pessoas que nenhum mal lhes havia feito? Que instinto é este que, comungado em dois, trama o fim da vida como se planejando estivessem o ataque ao pior dos inimigos? A psicologia optaria pelo desvio comportamental, a psicanálise diria das disfunções no desenvolvimento da personalidade, a psiquiatria certamente diria se tratar de algum transtorno psíquico, e todas procurando uma possível explicação. Contudo, o que não pode ser explicado pela gravidade da ação, não há como deixar de avistar a loucura em suas últimas consequências como o motor de tamanha perversidade.
Loucos além da pedra e além da lança afiada. Pedra e lança apenas para expressar a armas da loucura, mas de uma insanidade tamanha que vai muito além da psicopatia: a loucura cega que somente se compraz quando destrói o que esteja ao redor. Isso não é loucura, verdadeiramente não é. Não é demência, não é alienação, não é insanidade, verdadeiramente não é. O normal que se reveste em loucura, premeditando seu ato de insanidade, não passa de bestialidade humana. O ser despido de qualquer racionalidade e voltado apenas para o instinto da maldade.
Mas nem um nem outro, apenas a loucura mais insanamente premeditada que possa existir. A loucura vil, a insanidade brutalmente covarde, a psicose gestada para o mal, o desajuste odioso e sangrento. O que somos perante essa loucura que fere brincando, que agride com normalidade, que sangra ao tanto faz, que mata como a coisa mais simples do mundo? O que somos perante os desejos bestializados, as violências ocultas, as brutalidades fingidas? Nada somos perante o mal pelo mal gestado em pessoas.
O que aconteceu em Suzano continua inexplicável. Somente a loucura extremada, vorazmente alucinada, para nominar aquela ação ao mesmo tempo fria e brutal, covarde e mortal. Qual definição psicológica pode ter a atitude de premeditar e agir para friamente matar oito pessoas, dentre as quais cinco adolescentes e estudantes da mesma escola que frequentaram? Como se tivessem dito que iam ali matar pessoas e pronto. Loucura, apenas isso.
E uma loucura entremeada de outras diversas anomalias: do espírito, da alma, do caráter, da vontade, do desejo de destruir. Loucura tal que se mostra tão mortal entre nós, mas que vem se mostrando presente por todo lugar, e muito além-limites. Terrorismos, genocídios, assassinos monstruosos, perversões que se comprazem com a dor, o sofrimento e a morte do outro, e sempre de vida inocente. E também atiradores de escola que rotineiramente estão nos jornais. Jovens premeditando a morte de jovens, agindo para destruir a vida e o sonho, ali mesmo onde um dia eles sentaram para serem educados.
Mas de repente o humano se desumaniza de vez e se torna apenas o bicho além do bicho, apenas um agente do mal pelo mero desejo de maldade.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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ANTÔNIO CONSELHEIRO NÃO MORREU

Por Goreth Pimentel

Há 189 anos que nesta terrinha de meu Deus nascia um Antônio e, com ele, a semente de um sonho. Sonho que alimentou a luta, uma luta desigual e desumana como a vida de seu povo, como se natural fosse a mesa farta do banquete de alguns à custa da miséria da maioria. E a criança sofrida se fez homem e sentiu na pele a dor da injustiça social que maltrata o corpo e fere a alma de seus irmãos. E assim, saiu Antônio em nome de Deus, pelo sertão adentro e pelo sertão afora, disseminando o sonho da Terra Prometida e arrastando multidões. O sonho, pouco a pouco, foi crescendo no seu coração e desenhando em sua mente um projeto: construir uma sociedade igualitária, saciar a fome e a sede através do trabalho coletivo na terra que é de todos.
Além de milhares de seguidores, atraiu também o ódio dos “donos do poder”ameaçados em sua hegemonia dominante. Pagou um preço alto pela ousadia de pensar e de fazer diferente. Machucaram seu corpo, porém não conseguiram endurecer sua alma. Mancharam seu nome mas não apagaram sua luta.

Professora Goreth Pimentel e o Parque Estadual de Canudos

E o sonho, que se fizera coletivo, deixou de ser um sonho só. Tornou-se realidade: Canudos foi a prova viva de que é possível sim, construir um mundo melhor para todos. Uma vida simples, porém digna, sem miséria nem riqueza, onde todos trabalhavam e as mãos que, muitas vezes estiveram vazias ou estendidas para suplicar esmolas ou direitos como se favores fossem, passaram a produzir alimento, fruto do suor de seus rostos.
Um pobre sertanejo mostrou ao mundo e de forma concreta uma sociedade alternativa que muitos intelectuais teorizaram e não saiu do papel. Uma sociedade construída com a cara e a coragem de um povo e que incomodou muita gente do lado de cima. E por isso, foi cruelmente extinta. Virou um grande palco de guerra, uma lagoa de sangue que afogou tantas vidas. Tentaram apagar da memória social. Não conseguiram.
Contaram a história mal contada, como sempre o fazem, mas ela resistiu pela força e resiliência desse povo simples e guerreiro que deu a vida por uma causa, de todas a mais nobre: a luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

Antônio não morreu…continua aí, mais vivo do que nunca, junto aos seus seguidores, enfrentando a ira de um sistema historicamente cruel e excludente em sua essência. Continuam os golpes e toda a crueza de uma luta ideológica perversa e amoral que sempre tem denegrido a imagem dos líderes populares e ameaçado os projetos de inclusão social.
E a história continua a ser escrita com suor e sangue... Que a semente plantada por Antônio Conselheiro seja relembrada e refletida para iluminar a luta sempre tão presente e atual por um futuro mais feliz e mais humano para tantos Antônios, Joãos, Chicos, Josés e Marias que continuam sofrendo as dores de um mundo injusto que lhes nega a qualidade de vida e lhes rouba o direito de ser cidadão em um sistema que fabrica a miséria e que tenta,a todo custo,se perpetuar no poder inocentando a si mesmo e culpando o pobre pela vida desumana a que tem sido condenado.
E a história se repete na sua forma mais cruel. Mesmo assim, este mundo ainda tem jeito. Há sempre uma esperança brotando. Ela não morre jamais. Salve a todos que abraçam a luta por um mundo melhor para todos! Viva Antônio Conselheiro!

Maria Goreth Pimentel Nunes Amâncio
(Professora, Coordenadora Pedagógica EEMTI Cel. Humberto Bezerra e Secretária da Academia Quixeramobiense de Letras, Ciências e Artes - AQUILETRAS.

E Vem aí
Cariri Cangaço Quixeramobim
24 a 26 de Maio de 2019

http://cariricangaco.blogspot.com/2019/03/antonio-conselheiro-nao-morreu_15.html

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UM NOME PARA A HISTÓRIA??? LAMPIÃO E A MORTE DO PAI

Por Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Faustino
- Quem matou José Ferreira, pai de Virgolino, foi o volante Benedito Caiçara, intempestivamente, sem saber nem quem ele era, na hora da invasão a casa. 

(Essa versão é sustentada por uma das maiores fontes do cangaço que nos pediu para que não colocasse o seu nome, por motivo de amizade com a família de Caiçara).
Ten. José Lucena
Por essa digna e insuspeita fonte, confirmada pelo saudoso batedor da tropa de Lucena, Manoel Aquino, homem de bem, que ouvira de seus colegas de farda. Como era um homem de princípios, Lucena recriminou duramente a Caiçara, mas assumiu a morte do senhor José Ferreira, uma vez que se achava responsável pelos atos dos seus comandados.

Existe uma versão que diz que o volante Caiçara fora duramente recriminado pelo comandante, teve sua farda rasgada, levado uma surra e expulso da polícia. A mesma fonte inicial, que tinha fácil acesso a ambos, diz não conhecer essa versão. E que o soldado Caiçara era perverso, mas Lucena gostava muito dele.

Depois da polícia, Caiçara passou a ser sacristão do padre Bulhões e não antes. Ainda como volante Benedito matou a pedradas um dos irmãos Porcino (José) ferido, em uma das diligências de Lucena, e que nunca pertencera ao bando.

Quanto à morte de Luís Fragoso, é sabido por todos, que Lucena não gostava de colecionar prisioneiros. Ladrões em geral, especialmente ladrões de cavalos, assaltantes, desordeiros, perturbadores da ordem pública, muitos foram executados em cova aberta. A ordem para limpar o Sertão já vinha de cima. 

Na morte de José Ferreira não houve combate. Os três filhos mais velhos não estavam presente. O depoimento de João e de Virtuosa são bens claros, explanados por Vera Ferreira e Antonio Amaury.

Marco Histórico no local da morte de José Ferreira
Cortesia de Robério Santos

Na versão de Bezerra e Silva, houve forte tiroteio na fazenda Engenho. Além da morte de José, ficou ferido Antônio Ferreira, na perna. Os Ferreira juntaram-se aos Porcino, conduziram Antônio numa rede e com um grupo de 25 homens, partiram para Pernambuco, pernoitando na vila Mariana. Pela manhã viajaram.

Lucena chegou à vila, tachou seus habitantes de coiteiros; os soldados ocuparam as ruas praticando absurdos e o comandante ainda andou seviciando pessoas (...)        

Do meu livro em parceria com Marcello Fausto “Lampião em Alagoas”, pág. 98-99.

Pescado no Blog do Clerisvaldo
Tem muito mais no livro visse? 
São 467 páginas. Preço: R$ 55,00 (Cinquenta e cinco reais) com frete incluso, para todo o Brasil. Onde comprar? Com o revendedor oficial Professor Pereira através do E-mailfranpelima@bol.com.br ou pelos tels. (83) 9911 8286 (TIM) - (83) 8706 2819 (OI).

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Benedito%20Cai%C3%A7ara

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ADÍLIA MORTE DE CANÁRIO - PARTE 1

Material do cineasta Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=HoOoeYXnuW8&feature=youtu.be&fbclid=IwAR3MjaIqi3NxOFwJo7eguVN8JAF7wvA8yNgmOeJdPr3KM2fv0IP8VxJ7YRs

Ex-cangaceiras Adília e Sila em uma conversa bem interessante, sobre a vida no bando , as entregas; a prisão. A morte de "CANÁRIO ", ex-companheiro de Adília e, o parentesco entre as duas cangaceiras. etc...

Um vídeo com o selo e qualidade Aderbal Nogueira e, entrevistador, o saudoso Dr. Paulo Gastão que, recentemente, foi para um outro plano espiritual....Outro detalhe interessante é, que Adília não fala o local em que ela se entregou...

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?epa=SEARCH_BOX

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CANDEEIRO UM CANGACEIRO À BEIRA MAR

Por: Aderbal Nogueira

Amigos, em 2001 Manoel Dantas Loyola o ex cangaceiro "Candeeiro" quis visitar a cidade de Fortaleza.

Atendendo o pedido, Eliza, sua filha, nos ligou às 20hs dizendo que o pai queria nutria o desejo de rever os locais em ele esteve na época que seguia para o Amazonas para ser mais um "soldado da borracha", em 1943.

Pois bem, no outro dia às 15h eu estava em Buíque, Pernambuco junto com Paulo Medeiros Gastão para atender a seu pedido.

Candeeiro visitou os lugares onde ficou alojado antes e desbravar os seringais e conheceu mais um pouco da terra de Iracema onde pude levá-lo inclusive para conhecer Christiano Câmara, outro amigo querido. Sua estadia em minha residência durou prazerosos cinco dias

Aqui segue um pequeno vídeo com imagens dessa visita que acrescida de outras personagens vai fazer parte de um grande projeto que está em andamento.


Abraço.
Aderbal Nogueira

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Candeeiro

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CORONEL JOÃO BEZERRA - O COMANDANTE DA VOLANTE

https://www.youtube.com/watch?v=0XI_sxGev44&feature=share

Publicado em 8 de mar de 2015

Prezados, saudações. É com muita alegria que disponibilizamos aos amantes da cultura nordestina, o primeiro trabalho áudio-visual totalmente dedicado à figura do Coronel João Bezerra da Silva, indubitavelmente, o comandante maior da volante policial alagoana, que no famoso combate da Grota do Angico, ocorrido no dia 28 de julho de 1938, pôs fim à "Era Lampião". Segue um pouco do histórico do documentário: Locações: Fortaleza, Recife e São Paulo Participações: Ângelo Osmiro e Antônio Amaury Depoimento In Memoriam: Cyra Britto Representando a família: Paulo Britto. Direção: Anne Ranzan (PE) & Renata Sales (CE) Produção e Apresentação: Charles Garrido Duração: 01:22:25 Agradecemos a todos que colaboraram em prol da consolidação dessa obra e desde já, pedimos a compreensão do público quanto às nossas limitações, pois não somos profissionais da área televisiva ou cinematográfica, mas sim, apenas pesquisadores e estudiosos do tema. Aceitamos críticas, sugestões e elogios. Entretanto, permitam-nos comunicar que, todo e qualquer comentário inserido será previamente analisado, caso algum fuja aos padrões, infelizmente será excluído, pois pautamos o respeito para com os componentes e personagens históricos que participam do vídeo. Seguimos uma ordem cronológica, inserimos cinquenta e três fotografias, dentre elas, vários documentos pessoais do militar. No final, uma surpresa, ouviremos um trecho da entrevista exclusiva (apenas em áudio) com João Bezerra, realizada pelo escritor Antônio Amaury, no ano de 1969, no município pernambucano de Garanhuns. Para um melhor aproveitamento, colocamos uma legenda sincronizada à fala do militar. Finalizamos citando que, o intuito maior é poder colaborar de alguma forma para o engrandecimento e divulgação dos temas, cangaço e volantes. Família Britto Bezerra & Charles Garrido.

Categoria
Música neste vídeo

Música
Conquest Of Paradise
Artista
Vangelis
Álbum
Light And Shadow: The Best Of Vangelis
Compositores
Vangelis

Licenciado para o YouTube por
WMG (em nome de Warner Strategic Marketing UK); União Brasileira de Compositores, UBEM, EMI Music Publishing, LatinAutor, CMRRA, ASCAP, LatinAutor - SonyATV e 22 associações de direitos musicais

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LAPA DE HOMEM MENTIROSO - HISTÓRIA DO CANGAÇO

https://www.youtube.com/watch?v=wlMUhePShn8

Antigamente barba grande era sinal de respeito. Hoje é sinal de mentiroso. Desculpa-me, mas esta não cola, seu Sebastião do Facão! 

Nessa idade imagina coisa que não aconteceu imagina quando o senhor era novo! 

Pensa que os pesquisadores e escritores estão acreditando na sua conversa?

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