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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

PARA DESOPILAR - BRUNA VIOLA - PAGODE EM BRASÍLIA / MORADIA / CHORA VIOLA


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LIVRO CORISCO A SOMBRA DE LAMPIÃO

Por Francisco Pereira Lima

A recomendação bibliográfica de hoje: 

CORISCO: A Sombra de Lampião, de Sérgio Augusto S. Dantas. 
Um excelente livro sobre essa figura emblemática do Cangaço. 
CORISCO. Livro Novo. Preço 50,00 Com frete incluso. Pedidos: 

franpelima@bol.com.br e 
whatsapp 83 9 9911 8286.

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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.

Solicite através deste e-mail:

franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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LIMPANDO O MUNDO

Clerisvaldo B. Chagas, 1/2 de janeiro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.238

Os sacolões usados atualmente nas compras de supermercados atuam fortemente na limpeza urbana. Eles fazem lembrar o nosso interior quando as padarias despachavam os pães embrulhados em papel comum, amarrados com barbante. Mas inúmeros clientes levavam de casa a sacola de pano, geralmente bordadas com um só motivo: pães e frutas, principalmente. As entregas eram realizadas com aquelas sacolas e deixadas no prego da porta ou janela da casa da encomenda. Em Santana do Ipanema, por exemplo, o lixo recolhido em casa era colocado e deixado na calçada, tampado, em latas, caixas de papelão ou lixeiras de pneus. A coleta municipal nas décadas de 1950-60 era feita através de uma carroça, cujo proprietário chamava-se Juvenal com sua burra de nome Nobreza.
MACEIÓ/PONTA VERDE. (FOTO/DIVULGAÇÃO).

B. CHAGAS.

Depois veio a grande poluição das ruas com latinhas de cerveja e a praga das bolsas plásticas. Pela solução encontrada da reciclagem, ruas e avenidas estão livres de latinhas, papelão, garrafas pet e metais como o alumínio e o ferro. Os catadores não deixam nada por onde passam. Já foi um grande avanço para o mundo inteiro que se preocupa com esse problema de resíduos sólidos. O recolhimento, de pneus abandonados também permite um alívio grande para o meio ambiente, mas ainda faltam indicações e divulgação acirrada sobre o descarte de pilhas e objetos similares que poluem rios, riachos, lagos e os lençóis  freáticos. Não existe orientação no interior como descartar elétrico/eletrônico. Calam-se todos: comércio, indústria e poder público.
Para quem quer um ano novo com um mundo novo, não basta rever sua conduta interior, mas também cooperar na parte física do Planeta. E o chão em que você pisa faz parte desse todo, presente para toda criatura. E por mais que a coleta de lixo se aproxime da perfeição, há resíduos jogados por todos os lugares como um protesto silencioso dos péssimos costumes, da vergonhosa falta de educação doméstica e coletiva.
Na última noite de 2019 choveu bem na capital de Alagoas. O Ano Novo amanheceu nublado, dorminhoco e belo.
Espera-se muito mais consciência, agora.
Ser humano em equilíbrio... Mundo equilibrado.
Segue a marcha inexorável do século XXI.


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NO PRIMEIRO DIA DO ANO, UM BANHO NO SÃO FRANCISCO

*Rangel Alves da Costa

Hoje, primeiro dia de 2020, acordei cedo e fui dar uma volta na cidade de Poço Redondo, no sertão sergipano, meu berço de nascimento e onde de vez em quanto me demoro alguns dias.
Por volta das oito da manhã, e ainda portas e janelas fechadas, poucas pessoas caminhando pelas ruas e avenidas, talvez um reflexo das festanças da virada de ano. Sentei na lateral de canteiro de praça e fiquei imaginando um monte de coisas.
Olhava para um canto e outro, mas nada interessante a fazer. O tempo passava e a mesmice continuando. Então decidi ir até as beiradas do Rio São Francisco, na povoação ribeirinha de Curralinho, distante apenas 14 km da sede municipal, e lá apreciar não só as belezas da natureza como as águas do Velho Chico.
Providenciei um carro, convidei um casal de amigos, e em poucos instantes já estava na estrada de chão em direção a antiga e primeira povoação de Poço Redondo. Curralinho, por incrível que pareça, já foi maior, bem mais desenvolvida, mas hoje apenas uma acanhada e humilde povoação.
O grandioso de hoje em Curralinho é apenas o Velho Chico que passa. Aliás, foi o rio quem sempre deu vida e fez progredir aquela povoação. Mesmo que as grandes embarcações não passem mais e o comércio pelas águas tenha perdido sua pujança de outrora, ainda e o rio que mantém viva e belo aquele lugarejo ribeirinho.
Até as margens do São Francisco, todo o percurso é feito pela Estrada Histórica Antônio Conselheiro. E assim porque foi velho beato e seus seguidores que abriram, cortando os sertões, no ano de 1874, a estrada que continua de chão batido.
Em meio aos sertões, ladeados pela vegetação catingueira e cactácea, enfim o veículo desceu a última ladeira até divisar mais uma obra de Antônio Conselheiro na região: a Igreja Nossa Senhora da Conceição de Curralinho. Ao avistá-la, então a certeza que Curralinho é ali.


Mesmo sem a pujança de antigamente, Curralinho ainda se mostra como uma povoação de singela beleza. A rua da frente, defronte ao rio, por exemplo, possui calçadas altas (para impedir o avanço das águas em épocas das cheias do rio) e belos exemplares arquitetônicos em algumas moradias.
Mais abaixo, margeando o rio, bares e restaurantes oferecem o necessário aos momentos prazerosos juntinho das águas. E águas estas que agora estão bom volume e muito diferente de pouco atrás, quando a magreza do rio estava visível em toda sua extensão. Mas hoje as águas não dependem mais das chuvas, e sim do homem controlando a vazão das hidrelétricas e principalmente  da barragem de Sobradinho.
As margens estavam lotadas, completamente cheias de visitantes. Era de se esperar assim, pois aos finais de semana, feriados e datas como as de hoje, o primeiro dia do ano, um grande número de pessoas procuram as águas do Velho Chico para os banhos doces e deleitosos.
Não minha intenção entrar nas águas e me deixar banhar em profusão. Até fui deixando o tempo passar enquanto eu caminhava observando a beleza das águas, das serras e montes de lado a outro, mas também as pessoas em mesas de bares e dentro das águas. Mas não houve jeito. De repente e eu já estava caminhando em direção à beirada.
E que banho maravilhoso. Indescritível sentir-se envolvido pelas águas históricas do Velho Chico. Mergulhar e sentir-se abraçado pela natureza molhada. Sair um pouco das águas para depois retornar. E assim fazer muitas vezes, pois uma sensação maravilhosa de estar ali.
E assim, cortando os sertões em direção às aguas do velho Chico, foi o meu primeiro dia do ano. E que maravilhoso início de ano.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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A PALAVRA

Por Francisco de Paula Melo Aguiar

Dom celeste inexplicável e dada
De graça por Deus ao homem
A todos outros animais é negada
Obra divina que só ele consome.

Dádiva natureza sublime incorpórea
Verbo invisível como o espírito
Faz a paz e a guerra, animadora da áurea
Veloz como eletricidade, súbito.

Brilhante em versos e prosas como a luz
E colorida como o prisma solar
Comunicadora do pensamento, conduz
Aos raios da inteligência antes de falar.

É também a mensagem invisível
Da ideia sonhada, essa íris celestial
Do espirito humano, plausível
Desigualdade da natureza animal.

Agitadora com ou sem asa dourada
Murmuradora do ouvido humano
Brinca, deita e rola como fada
Queima e assopra, com ou sem abano.

Arma atravessadora da imaginação
Embaladora de sonho fagueiro
Levantadora e destruidora na falação
Arado passado, presente e do futuro inteiro.

Reprodutora das nuances do pensamento
Do coração humano, desde o sorriso à lágrima
Do suspiro ao soluço de cada momento
Do gemido ao grito rouco agonizante, acima.

Enviado pelo autor.
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TESTEMUNHAS

Dona Luzia Carmina - Foto Ricardo Beliel

Dona Luzia viu a volante matar seu pai.

Pelos lados do Riacho do Mundé, distrito de Floresta, PE vive, há quase cem anos, Dona Luzia Carmina, num punhado de braças de terra, na mesma propriedade em que presenciou a morte de seu pai  Antônio José de Souza, o caboclo Garapu, em 24 de Junho de 1927.

Em meio à sequidão, cria cabras e cultiva uma pequena horta de subsistência na companhia do filho, Zé Caboclo. Sua mãe era prima de três cangaceiros de Lampeão, os irmãos Marinheiro, e quando o bando passava por essas terras tinham o apoio que necessitavam. As roupas esfarrapadas, depois de curtidas por longos períodos na agrura da catingueira, eram trocadas por novas, feitas por sua mãe.

Certo dia, o primo Zé Marinheiro e outro cangaceiro, Sabiá, resolveram não acompanhar mais as andanças quilométricas e diárias do chefe Lampião, preferindo agir em dupla nos rincões do Capim Grosso e do Mundé.

Por um ano viveram amoitados nos espinhaços das caatingas para atacar e extorquir os que lá moravam. Certo dia atacaram as fazendas Panela D´Água e Tapera e estupraram sem piedade Marcolina e Lucia, que também costuravam, com a mãe de Luzia, as roupas encomendadas por Lampião.

Bêbados e sabedores do mal cometido, foram buscar refúgio com a prima de Zé Marinheiro. Carmina de Garapu implorou não poder ajudá-los, mas o tempo para as palavras foi de súbito substituído pelo medo da morte. Nesse momento, doze soldados da volante de Floresta já cercavam a casa. Zé Marinheiro iniciou o confronto com um tiro certeiro na cabeça de um soldado que avançava a poucos metros. Sabiá, da janela dos fundos, liquidou outro inimigo e logo em seguida também acabou com a vida do praça Sinhozinho, que comandava o grupo.

Em meio ao tiroteio, o soldado Zé Freire mal teve tempo de perceber Zé Marinheiro pulando através da porta com o fuzil engatilhado em sua direção. Sorte de um, azar do outro. A bala inimiga "bateu coco", falhou, e Zé Freire como um raio disparou um balaço explodindo o cérebro do cangaceiro.

 Zé Freire

Sabiá, um dos cangaceiros mais perversos de então, manteve o fogo contra Zé Freire e o soldado Zé Tinteiro até cair baleado no terreiro em frente à casa. Com fratura exposta na perna e as vísceras escorrendo para fora da barriga, destroçadas por balas volantes, morreu rodopiando na terra como um pião. Grunhindo como um porco sacrificado com o fuzil nas mãos a cuspir balas em todas as direções.

Dona Luzia nos conta que seu pai, o Caboclo Garapu, pressentindo sua morte, anunciada aos berros, findo o combate, pelo soldado Zé Freire em frente à casa, se despediu da mulher e dos sete filhos, caminhou em direção à porta e enfrentou o soldado rival.

Tentou um primeiro golpe com uma faca, mas em resposta levou um tiro fatal na cabeça. Luzia, com idade de sete anos, seus seis irmãos e a mãe morreram um pouco também naquele dia. Marcadas pela tragédia, continuaram na mesma casa por toda a vida, onde hoje Luzia nos recebe para compartilhar sua história. Com as feições enrugadas de uma pura índia Tuxá, confidencia com a voz afogada por um profundo desconsolo "nós fiquemos sem pai pra sofrer..."

Com informações de Ricardo Beliel, Luciana Nabuco, Marcos De Carmelita

Adendo de Joel Reis (Grupo Lampião, Cangaço e Nordeste)

Sabiá I - Morreu em Mata Grande - AL em 1922.

Sabiá II - citado no texto, Manoel, entrou no cangaço em 1923, participou do ataque à Fazenda Tapera, Combate da Serra Grande, do ataque a Mossoró... Morreu em 29 de junho de 1927 pela Força de Floresta. Encontraram no bornal dele as orelhas do Ten. Francisco Oliveira que havia sido sangrado no combate do Serrote Preto. (Esse é o Sabiá do Texto).

Sabiá III - Era da Família Engrácia

Sabiá IV - João Alves dos Santos (João Preto) de Poço Redondo - SE, morreu em combate na Fazenda Barra Salgada, Canhoba - SE, no final de 1937.

ADENDO: - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

E o Sabiá que foi morto por Lampião por ter estuprado a moça Rita qual era a sua sequência? V, VI vII,,,?


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FLORO CUMPRIU AS ORDENS DA REPÚBLICA...

Por Renato Casimiro



Mais uma vez o documentarista Aderbal Nogueira; Conselheiro do Cariri Cangaço;  nos traz em vídeo do ano de 2012, evidências de uma das mais propaladas e polêmicas passagens da época do cangaço lampiônico: A visita e a patente de capitão a Virgulino Ferreira em 1926 em Juazeiro. A relação conflituosa entre Floro e Padre Cícero; o convite, a patente, as ligações, enfim; tratados de maneira direta pelo pesquisador de Juazeiro do Norte, Professor Renato Casimiro.

Fonte: Conhecedores da Nossa História
Youtube, canal Aderbal Nogueira

A ESPERANÇA...


Filho procura mãe raptada por cangaceiro de Lampião
Por Marici Capitelli.


Publicado no jornal ESTADÃO em 31/03/2011
         
Uma decisão tomada em 1939 por um cangaceiro no interior da Bahia reflete ainda hoje na vida de uma família de Capão Redondo, na zona sul de São Paulo. Aos 75 anos, José Grigório de Jesus procura pela mãe que foi raptada por Ângelo Roque, o Labareda, um dos chefes do bando de Lampião.

Entre as muitas ações nos últimos 40 anos para ter notícias da mãe, ele gravou depoimentos na internet, colocou anúncios em jornais, participou de programas de TV e rádios, visitou asilos, conversou com estudiosos do cangaço e cangaceiros e se prepara para uma viagem ao Nordeste em busca de pistas da mãe, que se estiver viva tem cerca de 90 anos.
            
Durante essas quatro décadas de buscas, José Grigório acabou encontrando uma tia e uma irmã, filha de sua mãe com o cangaceiro. Mas isso não é suficiente. “O que quero mesmo é encontrar a minha mãe, ou pelo menos saber onde ela foi enterrada. Ninguém desaparece da terra dessa maneira”, diz o idoso que chora enquanto conta a sua história. “Isso ainda me dói muito”, justifica ele, que é líder comunitário no Capão Redondo e dedica todo o tempo para melhorar a vida da comunidade local. A baiana Ana Senhora de Jesus era dona de casa, mãe de quatro filhos e morava em um sítio em uma cidade que é chamada atualmente de Coronel João de Sá.
             
José Grigório tinha três anos e era o segundo da prole quando o cangaceiro Ângelo Roque chegou com seu bando numa tarde na propriedade da família, que tinha bom poder aquisitivo. “Meus parentes sempre contaram que ele estava armado e perguntou ao meu pai se ela era mulher dele.”
              
Diante da resposta positiva, Labareda teria dito que ela não era mais mulher dele a partir daquele momento. Ana, segundo o marido e os parentes, foi autorizada a pegar algumas roupas, foi colocada num cavalo e nunca mais ninguém da família teve nenhuma notícia dela.
              
Aos 13 anos, Grigório deixou a Bahia para nunca mais voltar e se mudou para São Paulo. Foi metalúrgico, líder sindical e acabou preso em algumas greves na época da repressão política.
             
Tinha vergonha de contar o passado da mãe e dizia para todo mundo que ela havia morrido. Não contou nem mesmo para a sua mulher Maria, com quem se casou em 1963. Mas, na década de 1970, quando ela assistia a um programa popular de TV viu uma mulher que procurava pelos filhos e citava o nome de José Grigório. Como ela era muito parecida com a sua cunhada, Maria pressionou o marido até ele confessar a verdade. “Foi só aí que ele admitiu que a mãe tinha sido raptada”, conta Maria que se tornou aliada na busca pela sogra.
              
O casal chegou a ir até a emissora de TV, mas não conseguiu contato com a mulher. A partir daí, as buscas por Ana Senhora nunca mais pararam. Algum tempo depois, José Grigório colocou anúncio em um jornal em busca da mãe. Um leitor disse que ela vivia em Itaquera, na zona leste. Maria fez várias buscas na região. “Também procurei em asilos por toda a cidade”, conta a mulher.
            
O idoso gravou depoimentos na TV Orkut. “A história dele sensibilizou muito os ouvintes”, lembrou o apresentador Nilo March, que fez uma campanha durante três meses à procura de Ana Senhora. Receberam uma informação que ela estaria vivendo em Santo Amaro, na zona sul, mas não foi possível confirmar.

Outros filhos e parentes

Dos quatro filhos de Ana Senhora de Jesus, só restam três. A mais velha, Joana, morreu há 17 anos. A caçula Maria José da Silva, de 73, compartilha do sonho do irmão em saber o paradeiro da mãe. Quando Ana foi levada, ela tinha 1 ano e 5 meses e estava nos braços dela. “Fui criada pelos padrinhos e só com 11 anos soube da verdade. Fiquei muito triste”, recorda.
            
O outro filho de Ana, José André dos Santos, de 74 anos, não tem vontade de rever a mãe nem de saber notícias. “Ela podia ter voltado.” Anita, filha de Ana e Ângelo Roque, também disse aos irmãos ter mágoa da mãe por ter sido abandonada ainda bebê.           
           
Ângelo Roque raptou Ana Senhora em 1939, mas em 1940 ele se entregou à polícia. Solto, foi segurança no IML da Bahia e morreu no início da década de 1970. Quando Ana foi levada, sua irmã Maria Senhora de Jesus nem tinha nascido. “Toda a minha família procurou muito por ela”. Os irmãos chegaram a ir a outros Estados em busca de notícias. “Nunca conseguimos nada. Nossa mãe morreu há uns 30 anos falando dessa filha raptada.”            
           
Aos 67 anos, Maria sonha em encontrar ou ter notícias da irmã. “Pelo menos a gente resolveria esse assunto.” Dos sete irmãos, além de Ana, só ela e a irmã mais velha estão vivas. “Uma das maiores alegrias da minha vida foi ter reencontrado meus sobrinhos filhos da Ana.”
Mulheres no cangaço
              
As mulheres passaram a integrar os bandos de cangaceiros só nos últimos anos do cangaço. A presença delas começou com Maria Bonita que se tornou companheira de Lampião em 1931.

Moacir Assunção, estudioso do cangaço e professor da Universidade São Judas, explica que a maioria das mulheres entrava para os bandos de maneira voluntária, mas algumas eram raptadas, como:

Dadá, mulher de Corisco, que depois se apaixonou por ele. “Muitas, na falta de expectativa em que viviam, seguiam os cangaceiros na esperança de uma vida melhor, com mais conforto”.

Antonio Amaury Correa de Araújo, estudioso do assunto e com 14 livros sobre o cangaço, conhece um pouco a história de Ana Senhora de Jesus. “Quando Labareda se entregou à polícia, ela o acompanhou e aparece nas fotos ao lado dele.” Ele conta que a família de Ana era coiteira - oferecia algum tipo de ajuda aos cangaceiros, que ia desde oferecer alimento até a convivência dos grandes latifundiários.
              
A historiadora Ana Paula Saraiva de Freitas, autora de uma tese sobre a presença feminina no cangaço, conta que as mulheres, depois que integravam os bandos, não tinham como sair. “Ou sofriam retaliações do próprio grupo ou da sociedade que também as via como bandidas.”

Pesquei aqui: Blog do Estadão
Kiko Monteiro

Extraído do blog do Kiko Monteiro: http://lampiaoaceso.blogspot.com

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LUTO NA MÚSICA SERTANEJA JULIANO CEZAR FALECEU NO DIA 31 DE DEZEMBRO DE 2019.

Por Gabriel Vital 
Cantor Juliano Cezar durante apresentação ao vivo na rádio FM Diário, em setembro. - Divulgação/FM Diário

Cantor Juliano Cezar morre após sofrer infarto no palco.

Sertanejo participou recentemente do programa Estúdio Ao Vivo, na rádio FM Diário.

Morreu na madrugada desta terça-feira, 31, aos 58 anos, o cantor sertanejo Juliano Cezar. Ele fazia um show na cidade de Uniflor, no norte do Paraná, quando sofreu um infarto fulminante. Juliano chegou a ser socorrido e encaminhado a um posto médico montado para o evento, mas não resistiu.

Em nota publicada na página oficial do cantor no Facebook, a Explosion Music, produtora do sertanejo, confirmou a morte e informou que ele teve uma parada cardiorrespiratória. Segundo sua assessoria, o corpo será velado em Ribeirão Preto, onde o cantor morou por 25 anos. O velório será aberto ao público e acontecerá das 18h ás 21h na rua São José, 3081, bairro Alto da Boa Vista.

https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2019/12/31/video-mostra-momento-que-cantor-sertanejo-juliano-cezar-passa-mal-durante-show-em-uniflor-no-norte-do-parana.ghtml

O sepultamento acontecerá na cidade natal de Juliano, Passos (MG). O corpo seguirá para o município mineiro logo após o velório em Ribeirão. Em Passos, o velório acontece a partir da 1h do dia 1º de janeiro e segue até às 13h, na avenida Paulo Esper Pimenta, 151, no bairro Coimbras. O enterro acontece logo em seguida.

Em 30 anos de carreira, Juliano Cezar lançou 10 CDs e 3 DVDs. Sempre se apresentando como "Cowboy Vagabundo", título de um de seus principais sucessos, o cantor ficou conhecido nos quatro cantos do país. Antes, porém, despontou no cenário musical com a canção ‘Não Aprendi Dizer Adeus’, que lhe rendeu o Prêmio Sharp como ‘cantor revelação’. Pouco tempo depois, a indicação ao Grammy Latino com ‘Melhor Álbum Romântico’.

No dia 12 de setembro, o sertanejo participou do programa Estúdio Ao Vivo, da rádio FM Diário, em comemoração aos 31 anos da emissora.


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