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domingo, 13 de abril de 2014

MENSAGEM NA GARRAFA É ENCONTRADA APÓS 101 ANOS NA ALEMANHA

Publicado em 09/04/2014 por Rostand Medeiros
Descoberta. Pescador alemão Konrad Fischer descobriu a mensagem na garrafa em março, nas águas do Mar Báltico. O documento, que passou 101 anos no mar, é a mensagem na garrafa mais antiga já encontrada, segundo o Museu Marítimo de Hamburgo UWE PAESLER / AFP

O GLOBO (EMAIL) - COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS


BERLIM — Uma mensagem lançada dentro de uma garrafa no mar Báltico há 101 anos foi recuperada por um pescador da cidade alemã de Kiel, e entregue à neta do remetente em Berlim, afirmou o Museu Marítimo Internacional, em Hamburgo.


— Essa é certamente a primeira vez que uma mensagem tão antiga é encontrada, especialmente com a garrafa ainda intacta — contou Holger von Neuhoff, do Museu de Hamburgo.



Encontrada a mais de três quilômetros do farol de Kiel, no Norte da Alemanha, a garrafa foi recuperada pelo pescador Konrad Fischer, que pensou em devolvê-la ao mar, quando percebeu a mensagem escrita em um cartão-postal dinamarquês. No texto, Richard Platz, o filho de um padeiro, pedia que a mensagem fosse enviada a seu endereço em Berlim. Especialistas do museu compararam a caligrafia da mensagem com antigas cartas de Platz e confirmaram a autenticidade do documento.


Pesquisadores do museu conseguiram não apenas identificar o autor, mas também encontrar sua neta, Angela Erdmann, hoje com 62 anos, que teve a chance de segurar a garrafa na última semana.


— Foi quase inacreditável. Lágrimas correram pelo meu rosto — contou Angela, que não chegou a conhecer o avô, morto em 1946, e que recorreu a antigos álbuns de família para saber mais sobre o autor da mensagem, um social-democrata com gosto pela leitura.



Konrad Fischer, Klaus Matthiesen e Thomas Buick seguram a mensagem da antiga garrafa no barco de pesca Maria I, em Kiel, Alemanha.


A garrafa ficará exposta no museu de Hamburgo até 1º de maio, quando então será entregue a especialistas que tentarão decifrar o resto da mensagem, que se tornou ilegível com o tempo. Até então, a mensagem engarrafada mais antiga do mundo datava de 1914, e havia passado 98 anos no mar até ser resgatada das águas da Escócia, em 2012.



Extraído do blog Tok de Historias do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

http://tokdehistoria.wordpress.com/
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A CARTA DE M. K.



Por Rangel Alves da Costa* 

Alguém ultrapassou o portão de madeira, entrou no que restava do jardim, e após a ventania espalhar as folhas secas de cima de um banco, avistou algo inesperado. Era uma carta já amarelada e assinada apenas com as letras M. K, e com as seguintes palavras:

Não adianta me procurar. Por enquanto não. A janela está fechada, a porta também. Dentro da casa não há nada que diga sobre os meus passos. Está carta, como se vê, foi deixada em cima do velho banco do jardim sem flores.

Meu temor maior seria esta carta não ser encontrada, colocada que foi por cima das folhas secas do outono que nunca termina. Imaginei que as folhas constantemente caindo acabassem esvoaçando e fazendo pouso em cima destas minhas palavras, agora tão distantes. E este o meu medo maior, o de não poder ser lido no que tanto preciso dizer.

Alguém que algum dia force a porta e entre em casa para conhecer ou levar o que restou, logo perceberá a nudez do meu lar. Apenas uma mesa tosca de madeira, dois bancos também de madeira, um fogão de barro, uma moringa e um pote. E cacarecos de comer e beber. Apenas isso. Mas eu não precisava ter algo além.

Em cima da mesa há um caqueiro com os restos do que brotava uma flor lilás. Deixei que ressecasse e morresse porque assim desejei. Aquela flor tão viva no meu olhar afrontava o meu estado de espírito, a minha alma padecente. Na parede há só uma moldura sem nada ao fundo. Rasguei o retrato que eternamente sorria. Mas nada pude fazer com os escritos tomando as poucas paredes.


Certamente se mostrará muito estranho ao olhar que se deparar com aqueles rabiscos. Houve um tempo que não me restava nem mais uma folha de caderno, um pedaço de papel sequer, então resolvi escrever meus poemas e epitáfios de outra maneira. Não havia outra coisa a fazer. E assim lancei mão do carvão que se juntava das brasas mortas e fui rabiscando as paredes, com letra miúda, vez que tinha muito a escrever.

Os poemas estão esparsos, porém todos tratam sobre uma face que sorri, depois se firma impassível, para depois entristecer. E no entristecimento as dores tantas, as lágrimas surgindo, a agonia e a aflição. Para depois lentamente sucumbir no vazio da vida, restando somente os epitáfios ali também escritos. E num deles se evidencia: A morte abriu a porta, chamou-me e parti. Que não chore o adeus quem comigo não sorriu!

Do lado de fora da casa, como daqui logo se pode ver, nada é muito diferente do que lá dentro pode ser encontrado. Tudo tão pouco ou quase nada, mas de imensa significação, ao menos para os que têm sentimentos. Tudo parece eterno outono, tudo parece velho, entristecido e cheio de sombras. E também de segredos e mistérios.

Mesmo com a janela fechada há, no lado de fora do umbral, um ninho de passarinho que já encontrei quando aqui cheguei. Só avistei o seu dono por duas vezes, a primeira no dia seguinte que abri a janela, e a segunda no instante em que resolvi fechá-la para sempre, e partir. Naquela primeira vez, lembro bem, pensei ter ouvido o seu canto. Mas nesta última ele parecia mais entristecido que eu.

Juro que jamais descobri o mistério que acoberta aquele ninho. Encontrei-o já envelhecido, com gravetos parecendo de muitos anos, mas mesmo assim, depois de tantos anos, ainda parecia o mesmo da última vez que o avistei. Também não sei o motivo de aquele passarinho só ter aparecido duas vezes no percurso de tantos anos. Mas um dia sonhei que somente mais uma vez o encontraria, e seria no dia de minha despedida.

Quem estiver lendo está carta talvez consiga avistar o passarinho e seu canto. Mas seria melhor que não. É muito perigoso que vá até o umbral da janela e o encontre repousando no seu ninho. E o seu canto será mortal, eis que o sonho me disse que todo aquele que ouvir seu trinado tomará suas asas e partirá para jamais voltar.

Verdade que nunca ouvi o seu canto. Mas minha solidão e minha tristeza desejavam tanto aquela canção que um dia resolvi ir procurá-lo onde pudesse encontrar. E fechei a porta e a janela e saí por aí. Levei meu cantil de veneno e bebi.

Não sei se ganhei asas e subi ou se permaneço espectro por aqui. Talvez encontre um dos meus epitáfios escrito na madeira até bem pouco coberto por folhas secas. Talvez eu ainda esteja aqui sentado observando a vida que não existe mais.

Poeta e cronista
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As invasões de Lampião de Janeiro a Novembro de 1924




5 de janeiro de 1924 - Lampião invade a cidade de Santa Cruz da Baixa Verde - PE em busca de matar o seu ex-amigo Clementino Quelé. Nesse combate Lampião incendiou 3 casas e foi repelido pela força policial comandada pelo tenente Pedro Malta. Nesse combate morreram Pedro Quelé e Alexandre Cruz, ficando ferido Deposiano Alves Feitosa.

Quelé que antes era amigo de Lampião, posteriormente tornou-se inimigo

11 de janeiro de 1924 - Lampião ataca novamente Santa Cruz da Baixa Verde - PE. Foi repelido por Clementino Quelé que depois entrou na polícia.

Janeiro de 1924 - Lampião ataca o povoado de Tupanaci, em Mirandiba - PE onde na ocasião encontrava-se um pequeno grupo de cangaceiros comandados por Tibúrcio Severino dos Santos, vulgo Nego Tibúrcio, ex-cabra de Zé Saturnino e odiado por Lampião. Lampião então entra em combate e mata Tibúrcio e seus cabras partindo o cangaceiro em vários pedaços e jogando o corpo no meio da rua.

Março de 1924 - Combate de Lampião na Serra do Catolé, em São José do Belmonte - PE. Lampião é gravemente ferido no pé sendo cuidado pelo Dr. José Cordeiro e pelo Dr. Severino Diniz, da cidade de Triunfo - PE. A pedido do padre Kerlhe ele pensou em se entregar para a polícia, mas depois voltou atrás e continuou no cangaço.

27 de julho de 1924 - Lampião manda um subgrupo com 84 cabras tendo o comando dos cangaceiros Antônio Ferreira, Levino Ferreira, Sabino Gomes, Paizinho, Meia-Noite e o fazendeiro Chico Pereira atacar e saquear a cidade de Sousa - PB. Tudo na cidade virou alvo de saque, os cangaceiros roubaram o comércio, residências, tendo a cidade um prejuízo incalculável. O principal alvo era o coronel Otávio Mariz, desafeto de Chico Pereira que fugiu. O juiz Dr. Archimedes Soutto Mayor foi humilhado em praça publica pelo bando. O destacamento local era comandado pelo tenente Salgado que nada pode fazer. Depois desse ataque o coronel Zé Pereira, de Pincesa Isabel - PB, nunca mais deu proteção ao cangaceiro.

14 de novembro de 1924 – Lampião toca fogo na casa da fazenda Lagoa do Mato, de Pedro Thomaz Nogueira sendo perseguidos pelos nazarenos Manoel Jurubeba, Manoel Flor, Inocêncio Nogueira e Levino Caboclo até chegar à fazenda Baixas de Antônio Feitosa, em Floresta - PE. Lá houve novo combate entre Lampião com 15 a 20 bandidos contra os nazarenos Euclides Flor, Olímpio Jurubeba, Elói Jurubeba, Pedro Lira, Abel Thomaz, Manoel Thomaz e Davi Jurubeba que saiu ferido no tornozelo. Foi morto o bandido Manoel de Margarida e dos nazarenos Olímpio Jurubeba e Inocêncio Nogueira.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Virgulino_Ferreira_da_Silva
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Entrevista com o Ex chefe Cangaceiro "Sinhô Pereira"


In Fundação Casa da cultura S. Talhada

Conheçam a entrevista concedida pelo lendário chefe de Lampião ao Sr. Luiz Lorena , em 1971

Seu nome na pia batismal deve-se ao fato de ter nascido no dia de São Sebastião, 20 de Janeiro de 1896.

Sebastião Pereira da Silva "Sinhô Pereira" (Foto) nasceu em Vila Bela, em meio à uma áspera guerra entre as famílias Pereira (a sua) e Carvalho. Foi chefe de cangaceiros e das suas mãosLampião recebeu o bando.

Sinhô Pereira foi embora para Goiás no ano de 1922 e só voltou beber das águas límpidas e saborosas do Pajeú no ano de 1971 (mês de junho), quando veio visitar a família em Serra Talhada, PE.

Naquela ocasião Luiz Lorena e Sá, da família Pereira , travou o seguinte diálogo com seu brioso parente, que fora no passado o braço armado do clã: 

Lorena - Qual o momento que marcou sua vida de maneira indelével? 

Sinhô - Foram tantos os momentos dramáticos no meu trajeto que seria impossível escolher um. 

Lorena - Qual seu dia de maior alegria? 

Sinhô - Chegar a Serra Talhada 50 anos depois e ser recebido por todos os parentes com carinho que me dispensaram, foi na verdade motivo de muita alegria. 

Lorena - Qual seu dia de maior tristeza? 

Sinhô - Estando eu em Lagoa Grande, distrito de Presidente Olegário/MG, recebi a noticia do falecimento de Luiz Padre, em Anápolis, Goiás. Nem ao sepultamento compareci. 

Lorena - Você tem alguma grata satisfação do seu tempo de guerrilheiro? 

Sinhô - Não. Nasci para ser cidadão, casar-se e constituir família. Fui namorado da moça mais bonita do Pajeú. 

Lorena - Por que se envolveu nessa tragédia? 

Sinhô - A impunidade em Vila Bella teve seu auge em minha juventude; do assassinato de seu Né - meu irmão - nem inquérito policial foi aberto. 

Lorena - Você reconhece o que seus contemporâneos dizem sobre o seu espírito guerreiro e de ser você o mais valente entre esses? 

Sinhô - havia homens valentes até quase a loucura, entretanto, brigavam para matar. Na hora de morrer, até fugiam do campo de luta. Naquelas circunstâncias matar ou morrer para mim, seria a mesma coisa; daí a diferença. 

Lorena - Desses confrontos, qual o que você teve mais proveito? 

Sinhô - A família Pereira (minha família) vivia atormentada em face de minhas ações. Era imperativo mudar a face da história.  

Lorena - Quais os fatos que mais perturbavam você? 

Sinhô - Vários. No começo tudo o que eu fazia errado dava certo. Com o passar do tempo tudo o que eu fazia certo dava errado.  

Lorena - Entre estes, você poderia destacar um? 

Sinhô - Sim. A morte de João Bezerra, em Bom Nome. Na forma como eu procedi, acelerou minha decisão. O meu estado de espírito estava de tal forma desajustada que já não tinha condição de conduzir as ações do grupo que comandava. 

Lorena - Em que circunstância Lampião apareceu em sua vida? 

Sinhô - Ele e os irmãos chegaram de Alagoas depois do assassinato do pai, dispostos a confrontar com José Saturnino, seu inimigo comum.Não tinham condições financeiras nem experiências. Procuraram-me e participaram com muita bravura de alguns combates. 

Lorena - Por que Virgolino Ferreira da Silva ganhou o apelido de Lampião? 

Sinhô - Num combate, a noite, na fazenda Quixaba, o nosso companheiro Dê Araújo comentou que a boca do rifle de Virgolino mais parecia um lampião. Eu reclamei, dizendo que munição era adquirida a duras penas. Desse episódio resultou o Lampião que aterrorizou o Nordeste. 

Lorena - Você não quis Lampião em sua viagem para Goiás? 

Sinhô - Ao despedir-me dele na Fazenda Preá, no município de Serrita/PE, pedi para não molestar ninguém da família Pereira. Ele prometeu e cumpriu. Não quis, entretanto, seguir viagem comigo. 

Lorena - Depois de instalado em Goiás você convidou Lampião para ir morar naquela região? 

Sinhô - Sim. Quintas (meu irmão) foi o portador da carta. Ele respondeu verbalmente, dizendo que não aceitava o convite para não me criar embaraços. 

Lorena - Você recebeu o convite de alguém para atacar Antônio da Umburana em Queixada (Mirandiba)? 

Sinhô - Não. Tudo aconteceu por minha conta e risco. 

Lorena - E o seu problema com Isnero Ignácio, como aconteceu? 

Sinhô - Naquele tempo chegou para se agrupar comigo o meu parente Luiz Pereira Nunes (Luiz do Triângulo) acompanhado dos primos Chiquito e Teotônio do Silveira, valente ao extremo. Depois de várias refregas, explicou-me que estavam comigo por que foram escorraçados da sua propriedade na região de Santa Rita pelo primo Isnero Ignácio. Estavam se preparando para desforra e esperava o meu apoio. 

Lorena - Qual foi sua reação? 

Sinhô - Ponderei que já bastavam as inimizades já existentes e que Sinharinha, mãe de Isnero, era filha de tia Donana, figura considerada sagrada pela minha mãe. 

Lorena - E Luiz do Triângulo, como reagiu? 

Sinhô - Ficou contrariado, sem aceitar minhas ponderações. Entretanto, concordou que eu fosse com Luiz Padre pedir a interferência de Antonio Inácio de Medeiros também primo de Isnero, Sr. Sebastião Inácio de Oliveira, concordou. Isnero e mãe Sinharinha foram radicais, não aceitaram qualquer forma de reconciliação, inclusive proibiram o parente Luiz do Triângulo de voltar a sua propriedade. 

Lorena - E daí, o que aconteceu? 

Sinhô - Foi uma estupidez o que fizemos. Ateamos fogo na Fazenda Santa Rita, deixando em cinzas o roçado, o canavial, o engenho, os currais e a casa da fazenda. 

Lorena - Dos oficiais da policia militar que o combateram, qual o de maior respeito? 

Sinhô - O capitão José Caetano era um bravo. Intrépido e leal no mais duro da refrega. 

Lorena - Qual o combate mais dramático que você participou? 

Sinhô - Foi na Serra da Forquilha, numa semana em que estávamos repousando. Éramos doze homens, cercados num casebre, por cento e vinte policiais. Sem outra alternativa bradamos para que segurassem as armas porque iríamos para a luta de corpo-a-corpo e de corpo a punhal. 

Lorena - O que aconteceu? 

Sinhô - O que aconteceu? Saltamos e fugimos ilesos. 

Lorena - Por que a idéia de avisar aos sitiantes, nessa e em outras oportunidades, que continuariam a luta, mas, na verdade, abandonavam o refúgio? 

Sinhô - Enquanto aqueles procuravam entrincheirar-se, nós fugíamos. 

Lorena - Você viajou para o Planalto Central desprovido de recursos financeiros? 

Sinhô - Não. Isidoro Conrado e Né da Carnaúba financiaram a nossa viagem com dinheiro que compraríamos duzentos bois. 

Lorena - Em Dianópolis, onde se instalaram, tudo correu bem? 

Sinhô - Vivemos uma epopéia mais dramática do que aqui, expressar numa entrevista nem vale a pena... 

Lorena - Por que essa expressão! "minhas navegações" quando sabemos que navegar é próprio do oceano? 

Sinhô - Ouvíamos dizer que o mar é uma imensidão de água, e como a extensão de nossa desgraça não tinha limites, usávamos a expressão "nossas navegações". 

Lorena - É verdade que você anteviu a genialidade de LAMPIÃO? 

Sinhô - Dos homens que deixei em armas no Pajeú, só Virgolino podia chegar à celebridade. Os demais eram formiga sem formigueiro. Minha profecia foi cabalmente comprovada. Lampião nada aprendeu comigo. Já nasceu sabendo".

Sinhô Pereira faleceu numa manhã no final do ano 1979, em Lagoa Grande - Estado de Minas Gerais -, deixando para trás uma vida e uma história marcadas de angústia, dores e vontade de viver feliz com sua família e amigos.  

"Sinhô Pereira era uma baraúna"!

Créditos da nota de falecimento: Hildebrando Neto "Netinho".
Transcrição da entrevista Ivanildo Silveira. 

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2009/02/entrevista-c-o-ex-cangaceiro-sinho.html
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